ALL Capacho - Termine essa estória de uma vez! De tanto entretanto, pediram-me para entrevistar outra eminência parda, que também se acha coruja-de-minerva. O pior é que suponho não se tratar propriamente de coruja, mas de um pavão, e dos medíocres. Vai ser duro aos meus ouvidos. Tenho que poupá-los.
Trabalhador - Pavão tem ser mais divertido do que anta, como sói me rotularem.
Trabalhador - Pavão tem ser mais divertido do que anta, como sói me rotularem.
Se for aquele que penso, a estória não acaba comigo. Ele é quem sabe tudo. É o sabidão da Bobonne. Foi instruído in loco sobre as aratacas de Richaí, RobePierre, Russô, e Napô.
Era só adequar um corte moderno, desestruturado, em colorido tropical. Muito mais fácil.
Pelo amor dos meus filhinhos! Que enrolação!
Enrolação sempre foi comigo. Recebo por hora trabalhada. Quanto mais enrolada, mais comprida; portanto, mais rentável.
Mas que mesquinharia - tornar a vida amarrada no ponteiro, e por vil dinheiro. Ainda mais se considerarmos levar um mês, ou não sei quantas horas, para ganhar o tal salário-mínimo. Gozada essa denominação. O cara percebe reduzido valor para uma hora espichada ao máximo, e ainda tem coragem de estufar o peito para dizer que está a ganhar a vida. Não seria ao contrário - come, dorme, e só espera a morte chegar?
Ministro também não é trabalhador? Veja o caso do finado Zé Bedeu: ganhava e até distribuia mensalão. Sabe quanto isso significa? E o que dizer do cartão-que-vale-milhão? Capitalista não tem isso não.
Zé Bedeu não morreu. Agoniza, mas não desceu. Ele é perigoso. E, dizem, ainda está armado. Mas isso não vem ao caso. Nessa missão não o vi passar. Já estou cansando. Se não disser de uma vez o que tencionam, serei obrigado a descer aí para entrevistar o próprio Belzebú, teu chefe. Não quero tocar mais fogo na fogueira do inferno.
Aqui vige a dialética: se não tocar fogo, sai queimado.
Suas informações são parcas e dissimuladas. Chega. Vou entrevistar direto o mentor desse inédito furto anunciado. Ele vai levar um susto. Vou deixá-lo branco, do cabelo ao pé; mas nada ficará em branco. Vai ter cabelo em pé.
Pelo amor dos meus filhinhos! Que enrolação!
Enrolação sempre foi comigo. Recebo por hora trabalhada. Quanto mais enrolada, mais comprida; portanto, mais rentável.
Mas que mesquinharia - tornar a vida amarrada no ponteiro, e por vil dinheiro. Ainda mais se considerarmos levar um mês, ou não sei quantas horas, para ganhar o tal salário-mínimo. Gozada essa denominação. O cara percebe reduzido valor para uma hora espichada ao máximo, e ainda tem coragem de estufar o peito para dizer que está a ganhar a vida. Não seria ao contrário - come, dorme, e só espera a morte chegar?
Ministro também não é trabalhador? Veja o caso do finado Zé Bedeu: ganhava e até distribuia mensalão. Sabe quanto isso significa? E o que dizer do cartão-que-vale-milhão? Capitalista não tem isso não.
Zé Bedeu não morreu. Agoniza, mas não desceu. Ele é perigoso. E, dizem, ainda está armado. Mas isso não vem ao caso. Nessa missão não o vi passar. Já estou cansando. Se não disser de uma vez o que tencionam, serei obrigado a descer aí para entrevistar o próprio Belzebú, teu chefe. Não quero tocar mais fogo na fogueira do inferno.
Aqui vige a dialética: se não tocar fogo, sai queimado.
Suas informações são parcas e dissimuladas. Chega. Vou entrevistar direto o mentor desse inédito furto anunciado. Ele vai levar um susto. Vou deixá-lo branco, do cabelo ao pé; mas nada ficará em branco. Vai ter cabelo em pé.
Posso não saber nada o que acontece à minha volta, no quarto ao lado. Mas sei que tudo que faço, antes conheci com o fessô. Cada vez que me acusam de algo que não sei, pego o dossiê. Aprendi com Chacrinha. Por aqui nada se cria; tudo se copia. Se quiserem me prender, antes vão ter que prender o roteirista.
Mas então você sabe de tudo!
Sim, mas ninguém sabe nada.
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