quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A última homenagem

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Rousseau sabe que está falando bobagem e ri do mundo por lhe dar atenção.
Samuel Johnson cit. Challita: 78

Não nos espantemos, portanto, ao observar com que maravilhosa facilidade a centralização foi restabelecida na França no começo deste século. Os homens de 89 tinham derrubado o edifício, mas suas fundações permaneceram na própria alma de seus destruidores e foi sobre estas fundações que puderam erguê-lo novamente e torná-lo mais sólido do que jamais o fora.

Benjamin Constant, Da Liberdade dos Antigos Comparada a dos Modernos

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"A França viu-se molestada por experiências inúteis cujos autores, irritados pelo pouco êxito que alcançaram, tentaram forçá-la a usufruir de um bem que ela não desejava e contestaram-lhe o bem que ela queria." (Tocqueville, 1997, Livro II, cap. VI: 100)

Muitos outros filósofos modernos, como Hanna Arendt, Aron e Kolakowski, concordam com a tese de que o socialismo representa aquela pseudo “religião civil” que Rousseau pretendeu criar, para substituir a Igreja com o culto patriótico do Estado Ressacralizado.
Penna, J.O.M., apresentação à edição brasileira de Jouvenel: 10
A mais realista e significativa homenagem Jean-Jacques Rousseau a recebeu no cemitério, em Ermenonville. O próprio Bonaparte (cits. Jorge: 71) prestou o tributo às qualidades do defunto: “Era um mau homem, um homem perverso. Sem ele não haveria Revolução Francesa. É verdade que eu também não seria nada. Mas talvez a França fosse mais feliz com isto.”
O mundo também, com certeza!

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