quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Efeito Social da Economia Liberal

O quê haverá de mais simples?
As leis da história, a idéia de um sentido único e a esperança messiânica em um mecânico genial que, filósofo esclarecido, iria parir uma sociedade radiante se revelaram tragicamente caducas. Ilya Prigogine_.
A teoria do liberalismo econômico surgiu no contexto do fim do mercantilismo, período em que era necessário estabelecer novos paradigmas, já que o capitalismo estava se firmando cada vez mais. www.brasilescola.com/economia
A característica do mercantilismo era a cobertura real aos amigos do rei. O liberalismo veio a quebrar o arbitrário liame, proporcionando oportunidade a todos que se dispusessem encetar iniciativa. Como resultado, a produção e os níveis sociais da grande ilha passaram a sobrepujar com larga vantagem, todo o continente europeu!
QUALQUER religião, o comunismo & as “leis” de movimento descritas por Kepler e Newton não refletem a ciência, mas a coincidência; não fotografam a realidade, mas a projeção da crença no céu, para proventos na Terra. O materialismo clássico, qualquer determinismo enfim, conduz justamente a uma "teologia", não à Filosofia, que lhe é muito mais ampla; por conseguinte, superior. Bastou Copérnico e Galileu demolirem a construção geocêntrica para o cientificismo deslocar a filosofia, a poesia, os sentimentos, a humanidade. A vela era a rainha da noite, mas o homem supunha se adonar da verdade. Tudo poderia ser explicado pelos números, e isso já recomendara Platão. As ciências humanas, querendo o seu quinhão, escorregaram pelas mesmas veredas.
Maquiavel foi o primeiro "cientista social" que surgiu após a "física" de Galileu. A partir do Secretário daqueles papas, uma leva de juristas e filósofos logrou sucesso na avenida. Podemos elencar entre esses artífices, por ordem de apresentação: Bacon, Descartes, Hobbes, Rousseau, Newton, Hegel, Comte, Bentham, Mill, e Marx, entre outros. 1905 reservava, contudo, o bizarro: toda a ciência edificada desde Copérnico simplesmente ruiu, diante da magnitude e certeza das teorias da Quântica e da Relatividade.
Uma escola filosófica livrou-se da catarse. Por coincidência, mas não por acaso, este edifício desconsiderou tanto os preceitos platônicos, quanto a ordem religiosa eclesiástica e, mais ainda, a ordem cosmológica newtoniana. Refiro-me ao sistema democrático implantado na Inglaterra, no longínquo 1689, e incólume por todos esses séculos.

A física moderna e o fim do materialismo
No tempo de Newton, ex-religioso, supunha-se que Deus ordenara o mundo como um relógio, perfeitamente engrenado. A plêiade julgava o Senhor como o maior matemático. Ele calculara com precisão as forças de tração e repulsão que ordenavam os planetas ao redor do sol, e lhes estabeleceu a gravidade. O polonês Copérnico (cit. Châtelet, F., p.49.) vendera o bilhete:
E no meio repousa o Sol. Com efeito, quem poderia no templo esplêndido colocar essa luminária num melhor lugar do que aquele donde pode iluminar tudo ao mesmo tempo? Em verdade, não foi impropriamente que alguns lhe chamaram a pupila do mundo, outros o Espírito, outros ainda o seu reitor."
Newton não informava de onde nem como se operavam as forças, bastava crer em Deus. Dessarte, ninguém jamais questionou. Até Einstein. Ora sabemos. Ensina Bertrand Russell (As consequências filosóficas da Relatividade; cit. Fadiman: 26):
"Os corpos se movem como o fazem porque esse é o mais fácil movimento possível na região de espaço-tempo em que se encontram, não porque forças 'agem' sobre eles."
O “ser” da matéria não se separa de sua atividade. A interação é total:
“A massa de um corpo é a medida de seu conteúdo de energia.” (Einstein, A., cit. Jammer: 154)
As ciências humanas edificadas naquela estrutura presumidamente correta, só podem sucumbir junto às próprias bases.
Um ramo saliente foi o materialismo dialético. O marxismo não possui, sequer, objeto, e não foi propriamente o muro desabado sobre Marx que desnudou a farsa:
"O materialismo do século XIX morreu por falta de matéria - que ironia!- pois a ciência do século vinte reduziu a tal matéria a energia, E=mc2 Energia é massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz. (Rohden, H., cit. Monteiro: 9)
Einstein não tolerava a ditadura comunista, mas tampouco lhe serviria o ridículo rótulo de reacionário, nem a Bohr, ou a Eddington. O gênio nunca compactuou com fascistas e nazistas:
"Einstein, apesar de sua falta de simpatia pela Inglaterra, ainda prefere que a Inglaterra vença ao invés da Alemanha; a Inglaterra saberia melhor como deixar o resto do mundo viver." (De um artigo não publicado, sobre tolerância; 1934; Calaprice: 216)
Deixou-nos esse relato o pacifista Romain Rolland, em 1915, portanto no curso da I Grande Guerra. Na II, Einstein preferiu mudar para os EUA.
-
Teoria da Relatividade & Laissez-Faire
Mesmo que não conscientemente, até por não conhecê-la na essência, não ligá-la com postulações físicas porque dedicado à exaustiva investigação cosmológica, Einstein sempre preferiu o laissez-faire, o “deixar viver”, único paradigma compatível com seu trabalho.
Poderia, então, ele ter sido um legítimo portavoz liberal, tão autêntico quanto os maiores expoentes?
A resposta é afirmativa, de novo. Maurice Solovine, primeiro aluno particular, depois tornado um dos melhores amigos, endossa:
“A primeira e definitiva impressão que Solovine teve de Albert Einstein, além da extraordinária radiância de seus grandes olhos, foi de “um grande liberal, um espírito iluminadíssimo." (Einstein, A., cit. Brian: 50)
No ápice fascista o mestre da Física ressaltou até mesmo a conveniência do assunto predileto de Locke:
"O mais importante tipo de tolerância é aquele da sociedade e do Estado para com o indivíduo. Quando o Estado se transforma na coisa principal, e o homem no seu instrumento frágil e sem vontade, os valores mais altos estão perdidos."
Piratas bolcheviques não poderiam saber, (ou, mais exato, não se interessaram) em entendê-lo; em nada:
"O partido comunista russo condenou a teoria de Einstein como sendo “reacionária por natureza, fornecendo suporte para idéias contra-revolucionárias e também o produto da classe burguesa em decomposição.” (New York Times, 16/11/1922; cit. Pais,1997: 185 )
Os fiéis marxianos não poderiam admitir, sob pena da própria extinção, fossem Einstein, Adam Smith e John Locke mais socialistas do que seus corifeus:
"Marx é descrito por Beer como 'aristocrata'; Engels era mercador, Lenine membro exilado de uma família proprietária de terras." (Wells, t.3: 213)

Mas a implicação geral da teoria do equilíbrio competitivo é que o papel do governo deve ser o menor possível e um setor público pequeno implica que os custos de manutenção serão pequenos, assim como os impostos necessários para financiá-los. Na medida do possível, segundo esse modelo as funções do Estado devem desaparecer. Para melhor servir aos interesses do povo, não deveria existir Estado. Essa é, evidentemente, uma conclusão muito semelhante aquela a que Karl Marx chegou em seus escritos políticos: sob a ótica do socialismo, o Estado desapareceria. Pode parecer irônico que o modelo econômico do livre-mercado afirme que, sob o capitalismo de livre-mercado esse fenômeno também deve acontecer; mas existem mais semelhanças do que se poderia imaginar entre a teoria econômica de uma sociedade socialista e a teoria econômica de uma sociedade baseada exclusivamente na livre iniciativa.
(
Ormerod, 1996: 86)
A propósito, há uma magestosa diferença: enquanto Adam Smith e John Locke tratam a socialização como opção entre agentes, os quais, por livres e espontâneas vontades, constroem relacionamentos comprometem-se uns com os outros, quando então o individual assume, na prática, o caráter social, no marxismo o desiderato é buscado pela baioneta, pelo crime organizado, pelo comportamento belicoso da massa manobrada. (Ora, querer fazer do mote anti-social uma teoria social não parece, justamente, o mais completo non sense, a maior prova do embuste? )
Esquerdistas de vanguarda, finalmente, recebem a luz do novo milênio:
"Ao destacar os limites de um liberalismo que tangencia, mas nunca incorpora devidamente, o socialismo, Perry Anderson deposita suas esperanças em um marxismo renovado, capaz de aprofundar, em seu projeto de socialismo, os valores e as instituições da democracia liberal." (Afinidades seletivas; Seleção e apresentação, Emir Sader; tradução, Paulo Cesar Castanheira. - São Paulo : Boitempo, 2002; cit. Musse, Ricardo, Um marxismo renovado; Folha de São Paulo. 9/11/2002.)
A possibilidade da participação de todos no sistema liberal não busca a igualdade, mas a excelência, oferecida cento e cinqüenta anos antes de Marx, sem requerer nenhuma morte:
Contudo, estas diferentes raças de animais, embora da mesma espécie, não têm praticamente qualquer utilidade umas para as outras. A força do mastim não encontra qualquer apoio na rapidez do galgo, ou na sagacidade do lulu, ou na docilidade do cão de pastor. Devido à falta da capacidade ou propensão para a troca, os efeitos destes diferentes talentos e faculdades não podem tornar-se num valor comum da espécie, e em nada contribuem para o seu melhor aprovisionamento ou maior conforto. Cada animal continua a ver-se obrigado a manter-se e defender-se a si mesmo, isolada e independentemente, e não tira qualquer vantagem da variedade de talentos com que a natureza dotou seus companheiros. Entre os homens, pelo contrário, as capacidades mais dissemelhantes são úteis umas às outras; os diferentes produtos dos seus respectivos talentos são, graças à predisposição geral para cambiar, permutar ou trocar, levadas, por assim dizer, a um fundo comum, onde cada homem pode adquirir aquelas parcelas da produção dos outros de que tiver necessidade." (Smith, Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações, vol. I.: 98)
-
Liberalismo & Trickle-down
Vernon Rowland, da Case Western Reserve University, constata:
“O todo é maior do que a soma de suas partes. A cooperação parece ser uma chave; quanto mais complexo um sistema, maior seu potencial de autotranscedência.”
(Telles Jr, Goffredo, O Direito Quântico, p. 48)
Não há, pois, que se realizar a divisão cartesiana:
“Na verdade, nem o corpúsculo, nem o campo é a coisa fundamental. Ambos, em igual medida, são aspectos da matéria. São as duas formas fundamentais e primárias da matéria como tal. A estrutura da partícula é um reflexo de suas interações.”
(Idem, p. 56)
No tocante à importância do trabalho, Adam Smith foi elementar, como todo o gênio. A magistral obra elege a atividade humana e não a generosidade da agricultura ou a generosidade da mãe-natureza, ou o paternalismo governamental, ou mesmo a ação de Deus, como a verdadeira fonte de riqueza. E expôs o efeito “nuclear”, pioneiro trickle down (1):
“Na medida que o comércio expande a divisão do trabalho, todos os participantes ganham porque se beneficiam do aumento da produtividade deste trabalho.” (Idem: X)
Morador da mesma Inglaterra, Marx bem poderia tê-la entendido. Preferiu o caminho da fama, louca obssessão. A bomba-relógio estouraria em cima dos russos, malgrado o tempestivo contraponto de Churchill, (cit. Jenkins: 118) há sete anos da barbárie:
O Socialismo quer puxar a riqueza para baixo; o Liberalismo busca elevar a pobreza. O Socialismo destruiria os interesses particulares; o Liberalismo preservaria os interesses particulares a única forma como podem ser preservados com segurança e justiça, reconciliando-os com o interesse público. O Socialismo mataria a empresa; o Liberalismo libertaria a empresa do tresmalho das preferências e dos privilégios.
Ao subverter a teoria através de arbitrária mostra histórico-econômica, a dobradinha trabalhista-comunista afasta a propriedade do próprio trabalhador, conquanto o condena à desesperança, certeiro vaticínio de Tocqueville (2000: 313 : 403). Vale conhecer o trecho:
Os príncipes de nosso tempo, que se esforçam por atrair para si todos os novos desejos que a igualdade suscita, e contentá-los, acabarão, pois, ou muito me engano, se arrependendo de terem se empenhado em tal empresa; descobrirão um dia que arriscaram seu poder ao torná-lo tão necessário e que teria sido mais honesto e mais seguro ensinar a cada um de seus súditos a arte de bastar a si mesmo.Fixar para o poder social limites extensos, mas visíveis e imóveis; dar aos particulares certos direitos e garantir-lhes o gozo incontestado deles; conservar para o indivíduo o pouco de independência, de força, de originalidade que lhes restam; reerguê-lo ao lado da sociedade e sustentá-lo em face dela – este me parece ser o primeiro objetivo do legislador na era em que entramos.Dir-se-ia que os soberanos de nosso tempo não buscam nada mais que fazer coisas grandiosas com os homens. Gostaria que eles pensassem um pouco mais em fazer grandes homens; que dessem menos apreço à obra e mais ao operário e se lembrassem sem cessar de que uma nação não pode permanecer forte por muito tempo, quando cada homem é individualmente fraco e quando ainda não foram encontradas formas sociais nem combinações políticas capazes de fazer um povo enérgico composto de cidadãos pusilânimes e moles.Vejo em nossos contemporâneos duas idéias contrárias, mas funestas.Uns não percebem na igualdade mais que as tendências anárquicas que ela mesma fez surgir. Temem seu livre-arbítrio; têm medo de si mesmos.Outros, em menor número, porém mais esclarecidos, têm outra concepção. Ao lado do caminho que, partindo da igualdade, leva à anarquia, descobriram enfim o caminho que parece levar irresistivelmente os homens para a servidão. Submetem de antemão sua alma a essa servidão necessária; e, perdendo a esperança de permanecer livres, já adoram no fundo do coração o amo que não deve tardar a chegar.Os primeiros abandonam a liberdade porque a estimam perigosa; os segundos porque a julgam impossível. Se eu tivesse esta última crença, não teria escrito a obra que você acaba de ler; teria me limitado a gemer em segredo pelo destino de meus semelhantes.Quis trazer à plena luz os perigos que a igualdade faz a independência humana correr, porque creio firmemente que esses perigos são os mais formidáveis, assim como os menos previsíveis, de todos os que o futuro encerra. Mas não os creio insuperáveis.

Liberalismo & Entropia

O novo Individualismo – a serviço do qual, quer queira, quer não, está o socialismo – será a harmonia perfeita. Será o que o Grego buscou, mas não pôde alcançar completamente, a não ser no plano das Idéias, porque tinham escravos, e os alimentava; será o que a Renascença buscou, mas não pôde alcançar completamente, a não ser no plano da Arte, porque tinham escravos e os entregavam à fome. Será completo e, por meio dele, cada homem atingirá a perfeição. O novo Individualismo é o novo Helenismo.
(Wilde: 86).
Espiritualistas e pesquisadores reconhecem o trickle down, ou a entropia (2) econômica:
“O motivo é que um crescimento da riqueza individual quase sempre representa um crescimento ainda maior da riqueza para a sociedade como um todo.”
(Pilzer: 12)
Priestley (cit. Falcon:73) oferecia a pioneira constatação:
“Os ricos obrigam-se, pelas leis naturais da economia e pelos ditames morais da natureza, a difundir sua riqueza às camadas menos favorecidas.”
A natural difusão (3) pode ser verificada nas interações subatômicas - “cada partícula ajuda a gerar outras partículas, as quais, por sua vez, a geram”:
A realidade física é concebida como uma teia dinâmica de eventos inter-relacionados. As coisas existem em virtude de suas relações mutuamente compatíveis, e tudo na física é tem de partir da exigência de preconceitos para modelos diferentes, sem dizer que é um mais que seus componentes sejam compatíveis uns com os outros. Chew escreve num de seus primeiros artigos: ‘Alguém que é capaz de olhar sem preconceitos para modelos diferentes, sem dizer que um é mais fundamental do que o outro, é, automaticamente, um bootstrapper.' Em outras palavras, essa filosofia bootstrap, ou filosofia de rede, leva a atitude de tolerância.
(Capra e Steindhal: 129)

Liberalismo e Interação

Existe uma acentuada complementariedade entre a condição de agente individual e as disposições sociais: é importante o reconhecimento simultâneo da centralidade da liberdade individual e da força das influências sociais sobre o grau e o alcance da liberdade individual. Para combater os problemas que enfrentamos, temos que considerar a liberdade individual um compromisso social. Essa é a abordagem básica que este livro procura explorar e examinar. A expansão da liberdade é vista, por essa abordagem, como o principal fim e o principal meio do desenvolvimento. O desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas e as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de agente.
(Sen,A. 2000:10).
Realidade e virtualidade, sujeito e objeto, corpo e alma, Céu e Terra, são convencionais e complementares:
" Ora, nossas observações do mundo exterior, que nos conduzem à física, nos revelam um universo constituído de uma multiplicidade de sistemas ‘abertos’, todos em incessante interação com seu ambiente.” (Ben-Dov: 149)
George Herbert Mead (1863-1931) e Dewey sabiam distinguir:
A comunidade fala-lhe com uma mesma voz, mas cada indivíduo fala partindo de um ponto de vista diferente; no entanto, estes pontos de vista estão em relação com a actividade social cooperativa e o indivíduo, ao assumir sua posição, encontra-se implicado, devido ao próprio carácter da sua resposta, nas respostas dos outros.
(Herbert, A filosofia do ato: 153; cit. Abbagnano: 29)
Alguma dúvida? A Internet a elimina. A livre participação individual perfaz o esplendor do todo, sem ninguém se submeter a nada, exceto às limitações tecnológicas. O pesquisador pode se abastecer de milhões de diferentes informações. Em poucos minutos, colhemos dados coletados por séculos. O colega chinês pluga o de Estocolmo. Cada vez que um novo site se apresenta, ou um antigo é enriquecido, mais a comunidade aufere. Somos inexoráveis participantes dessa mágica tridimensional, teia universal, também título (4) do Nobel de Física de 1978, Fritjof Capra, mas só a prosperidade individual leva ao resultado social:
Houve uma ruptura mundial com a tradição do “fordismo”, na qual a produção em massa reinava suprema e os trabalhadores individuais eram um fator de custo a minimizar. A nova abordagem da manufatura valoriza o indivíduo e as equipes de trabalhadores qualificados, constantemente treinados, capazes de assumir responsabilidades, de usar redes e de se organizarem em regime de autogestão. Os empregados terão, graças ao aumento de seus conhecimentos, uma fatia maior dos meios de produção.

O Mercado Como Cooperação Social

__________
1.Trickle down: “ O crescimento econômico é alcançável quando se permite o florescimento dos negócios, deixando a prosperidade verter para a população de baixa e média rendas, que se beneficiará da crescente atividade econômica.” (Giddens, A., 1996: 104 )
2. Entropia: do grego, significa evolução. Energia + tropos = transformação, ou capacidade de modificação. Arthur Eddington comparou a entropia com “a beleza e com a melodia porque estas três coisas englobam ordenação e organização.” (Eddington, Arthur Stanley, (1882-1944) cit. Coveney, Peter e Highfield, Roger: 133)
Ludwig Boltzmann foi o pioneiro na demonstração do fenômeno acusado pelo médico alemão Rudolf Classius e pelo físico inglês Lord Kelvin, que afirmara que “um calor sempre flui de um corpo quente para um corpo mais frio.” (Classius, R.; Kelvin, cit. Gleiser, Marcelo, Tempo, vida e entropia, Folha de São Paulo.- SP, 19/5/2002 : 22) Boltzmann demonstrou a Segunda lei da termodinâmica em 1886, durante o encontro da Academia Austríaca de Ciências. (Boltzmann, L., (1844-1906), Populare Schriften Essay 1 : theorethical physics and philosophical problems: 15; cit. Coveney: e Highfield, R.: 135)
A entropia age por complemento, de algum modo divergente da dialética da seleção natural darwiniana. A lei reconhece a possibilidade de dissipação da energia: o calor a libera; e não podemos plenamente recuperá-la. Quando juntas água fria e água quente, resulta água morna e os dois líquidos já não mais se separam. Se colocar açúcar, jamais o terá de volta.
3. Sendo geradora de energia, a partícula cria, em torno de si, um campo em que essa energia se manifesta. Aliás, todos os corpos geram campos de energia. A Terra, por exemplo, tem seu campo de energia magnética, que claramente se manifesta no comportamento da agulha da bússula. Os campos não devem ser consideradas como espaços vazios. Os campos são objetos físicos, pois é por meio deles que as partículas agem umas sobre as outras. É por meio deles, que os corpos, enorme multidão de partículas, se influenciam reciprocamente. Embora físicos, os campos não são objetos mecânicos. Um campo é imperceptível pelos sentidos. É imponderável. Não pode ser utilizado como sistema de referência. Mas é observável nos seus efeitos. É identificável nas perturbações que causa no comportamento das partículas ou dos corpos nele situados. Não somos capazes de ver a força de gravidade, mas a observamos na queda da maçã. (Telles Jr, Goffredo: 54/55)
4. A Teia da Vida

Nenhum comentário:

Postar um comentário