domingo, 4 de novembro de 2012

A agonia da Nação




Aetas parentum peior avistulit nos nequiores, mox daturos progeniem vitiosorem.
Horácio, Odes, Livro III, 6
(Nossos pais, piores que nossos avós, nos engendraram ainda mais depravados, e nós daremos uma progênie todavia mais incapaz.)
Investigação sobre filho de Lula é arquivada sem ouvir envolvidos
Já chegam a 89 policiais militares, sendo 73 do serviço ativo e 16 inativos, além de 18 agentes penitenciários, os agentes do estado mortos este ano, boa parte na proximidade de suas residências. Outros 140 PMs sofreram tentativas de assassinato. Na quarta-feira, na Favela de Paraisópolis, ocupada por 546 PMs desde segunda-feira, foi encontrada uma lista com 40 nomes, dos quais dez seriam policiais marcados para morrer. A rotina dos policias estava descrita na macabra lista. O caso de São Paulo requer, portanto, análise real de cenário e contexto e medidas imediatas de restauração da ordem pública e de sensação de segurança, com o apoio de tropas federais. Policias e cidadãos estão sob grave ameaça de vida e medida eficaz, de inteligência e de impacto, em nome da paz social, terá que ser tomada. O patrulhamento das vias públicas por forças federais, em conjunto com a Polícia estadual e a Força Nacional de Segurança, parece inevitável. Enquanto isso que a área de inteligência identifique os grupos criminosos, de policiais ou não, e os prenda em nome da lei. A ordem pública precisa ser urgentemente restaurada em São Paulo. É dever do estado de direito. Grave comprometimento da ordem pública em São Paulo impõe o emprego das Forças Armadas
A revelação do envolvimento de agentes da Polícia Rodoviária Federal com a prática de ações criminosas é muito grave, preocupa, assusta e traduz-se em insegurança à população fluminense. No rastro expressivo dos números encontram-se 80 policiais rodoviários (cerca de1/7 de todo o efetivo da corporação, sediada em nosso estado), segundo apontam as investigações da Polícia Federal e da Divisão de Fiscalizaçãoda Polícia Rodoviária Federal de Brasília. Ligações perigosas com o crime, pelo Dep. Federal PMDB/RJ
"Quem diria, o Secretário de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem – o xerife, guardião da lei, da moral e dos bons costumes é citado na CPI das milícias." (Bethlem e as Milícias « RioPraNãoChorar)
 
Dep. federal é parado em blitz da Lei Seca sem carteira de habilitação e não faz teste
Cada povo tem o governo que merece. Cada governo tem o povo que merece. País dominado por canalhas e oportunistas gera um povo sem nada a perder.  Diferentemente de juízes, legisladores, policiais, governantes e jornalistas, bandido não teme prisão, nem a morte. Ele sabe que sua vida não vale nada. Já na hora do crime ele arrisca perdê-la – nem isso lhe demove. Se colocar um soldado ao lado de cada cidadão, provavelmente um dos dois partirá. 
Repressão pratica o Eua, na geopolítica. Apanhou em Cuba, no VietNam, apanha no Iraque, Afeganistão, onde se meter.
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Do rio que tudo arrasta se diz que é violento
Mas ninguém diz violentas
As margens que o comprimem.
BERTOLD BRECHT  
Sob o falso pretexto de defender os interesses do povo, esse gigantesco Leviatã consome a renda da população, gere mal os recursos e fecha a economia do país a seus desejos, inibindo investimentos internos ou externos. Com políticas econômicas frágeis e na maioria das vezes mal formuladas (dado o fraco entendimento dos governantes nesse assunto), o crescimento econômico pode se iniciar acelerado, mas ao longo do tempo mostra-se ineficiente e frágil, fadando o país a um atraso monstruoso em relação a regiões mais democráticas. VASCONCELLOS, Daniel, A ameaça do "Estado-pai", O Globo, 27/8/2010
Em sociedades mais primitivas, ou com instituições precárias, ou sob regimes autoritários, tiranias ou anarquias (tiranias de alta rotatividade), a existência recorrente do núcleo duro de poder mencionado por Kennan resulta, com enorme freqüência, em verdadeiros atos de pilhagem dos recursos do país em benefício do núcleo duro e de seus satélites de poder local. PEDRO MALAN ¹
Brasil Sem Miséria é alvo de fraudes pelo país
Desânimo geral na Polícia Federal
Quando na calada da noite de 15 de novembro de 1995 os banqueiros cobertos pela artilharia oficial limparam as contas dos correntistas, o crime se tornou marca extensiva ao outrora pacato povo.
A publicidade goebbeliana dá conta de um Brasil emergente, onde todos prosperam, mesmo retirado aquele enorme volume de circulação.
Engana que a gente paga, porCarlos Alberto Sardenberg
Com a escassez monetária, ainda mais restrita pelos altos juros, altos impostos, alta burocracia, centralização tributária, depósitos compulsórios, e o tal fundo soberano, que usa nossa moeda para adquirir dólar, em vez de investir na produção e logística nacional, fora a corrupção campeando solta,  o Estado enriquece, a oficialidade nada em dinheiro, mas a Nação perde o sentido.
Brasil é um dos piores países para empreender Segundo ranking do Banco Mundial, país perdeu dez posições em três anos.
A longa e brutal jornada de um caminhoneiro até um porto  no Brasil
Brasil avança na África, mas procura evitar rótulo de imperialista
 A fragilidade do PIB
Em casa que falta o pão, todos brigam, e ninguém tem razão.
Esperança adiada
O Iluminismo é uma paisagem distante das belas praias de Pindorama, onde se banham os filhos de Macunaíma – 'um herói sem nenhum caráter, o herói da nossa gente', segundo os epítetos de Mario de Andrade – com sua frivolidade de Maria Antonieta, hedonismo de carpe diem horaciano e ignorância de Crassus, a assim chamada ignorância crassa. Mario Guerreiro
O enterro da CPI do Cachoeira confirma que quem esconde bandidos em casa não deve procurá-los no porão do vizinho
Só existe um meio de reverter o rumo da insanidade: é liquidar com a bandidagem no poder público. E se restar alguém aproveitável, ensinar-lhe o que vem a ser economia, produção, comércio, história, sociologia, filosofia, justiça, diplomacia, relações internacionais, ética e ciência política.
A partir daí, somente a partir daí é que, vagarosamente, os índices de criminalidade retrocederão. Mas é mais fácil dissipar o ninho das serpentes do que querer cobrir o país inteiro.
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1. Estadão, especial, 13/7/2008. O ministro deu provas de grande competência nas privatizações, na cobertura do rombo dos bancos, e finalmente no engavetamento do processo sobre improbibade no qual figurou como réu condenado em primeira instância, juntamente com Gustavo Franco e Pedro Parente

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