Eu queria dar bom dia pra todas as mulheres aqui. E também pros homens. Afinal de contas, as mulheres são mães de todos os homens. Então tá todo mundo em casa. Presidenta Dilma, em discurseira pelo Nordeste.E me diga se essa semana não bateu recorde, e se o número de sandices ditas pelas autoridades não ultrapassou os limites. Mais do que isso já poderemos decretar calamidade pública! Enchente de saco! Salvem-nos desses governantes! Artigo de Marli Gonçalves.Nélson Rodrigues observou que o século XX introduzia o idiota na vida pública. “O Óbvio Ululante” (1968) já informava: “Os idiotas estão por toda a parte – na política como nas letras, nas finanças como no cinema, no teatro como na pintura (...), liderando povos, fazendo História e fazendo Lendas”. Vero. Gente com os mais rudimentares conhecimentos passaram a influir e decidir em questões políticas complexas, a partir de slogans e palavras de ordem, a ponto de assumirem até mesmo governos de nações. Montaner e Vatgas Llosa escreveram o best-seller - Manual do perfeito idiota latino-americano.
O festival de besteiras não tem fim (Denis Rosenfield)
A presidenta desponta:
As políticas de ajuste por si próprias não resolvem nada, sem investimento e estímulos ao crescimento. As políticas que estão sendo aplicadas na Europa levarão a uma recessão brutal. O Euro é um projeto inacabado e na realidade hoje não é uma moeda única.
"Não é possível falar da Europa como um todo. As regiões realmente problemáticas são Itália, Espanha e Grécia, onde há níveis surreais de corrupção, clientelismo e ineficácia fiscal. Isso não é a Europa toda." (Francis Fukuyama) Oara, ora, não são justamente comunidades hipercatólicas, greco-romanas?. Sócrates e Platão se divertem no inferno. Só falta a França, já na espreita.
O canto latino-americano ecoa do mesmo buraco-negro: "No Brasil, os números provam que a existência de corruptos anda de mãos dadas com a regulamentação econômica. O país é o 73º colocado no ranking mundial da percepção popular da corrupção".(Brasil tem baixa liberdade econômica e alta percepção de corrupção )
Folha.com - Poder - Ouça trechos das conversas gravadas pela PF
Nº de ligados ao PCC quase triplica em 6 anos
"Empresários, banqueiros, políticos, advogados manifestam seus receios traçando um quadro de pré-barbárie jurídica." (Inversão de valor, por Dora Kramer)
"Nosso continente está infestado por quadrilhas armadas, narcotraficantes, milícias, sequestradores, assassinos por encomenda e exploradores do tráfico de pessoas." (Aritmética da violência, por Luiz O. Coimbra)
"Há pouco tempo, levamos um puxão de orelhas da OCDE, acompanhado da ameaça de uma recomendação a empresas dos seus países-membros, no sentido de que suspendessem seus negócios com o Brasil. É de envergonhar. Será preciso que o povo volte às ruas, para cobrar decência de seus representantes?" (Vergonha nacional, por Luiz Garcia)
Então que tipo de moral, que noção de desenvolvimento social tem alguém que preside favelas, ruas e palácios tomados pelo crime organizado, país de esquálido PIB, há lustro em declínio?
"O que as pessoas precisam compreender cada vez mais é que, quanto pior a situação dentro dos presídios, mais violência nós teremos nas ruas. Há uma conexão.",informa a abnegada ministra Maria do Rosário. Mas o que as pessoas tem a ver com a situação dos presídios, tarefa precípua, razão do Leviathan?
"As prisões brasileiras estão lotadas de presos, mas são pessoas comuns. Desta vez são pessoas graduadas do ponto de visto político, econômico e social." (Joaquim Barbosa, presidente do STF, sobre o Mensalão)
“Em qualquer lugar do mundo, o crime organizado está sempre dentro do Estado, e não fora”, apontava o deputado carioca Marcelo Freixo, ao relatar a dificuldade na instituição da CPI neste depoimento.
"A conta pode chegar por meio do incremento de gastos com saúde, com assistência básica de sobrevivência às vítimas e também de uma maneira mais cruel, o vergonhoso abandono à própria sorte. Torço por saída mais honrosa." (Entre mortos e feridos)
"... Esses males têm raízes solidamente fincadas na persistência entre nós de um enorme déficit de consciência política sobre o qual é enorme a responsabilidade de um governo que prefere botar a culpa de todos os males nas "elites", onde hoje tem seus principais aliados." (Sobre a era medieval - Editorial)
Específicamente quanto ao criticado desenrolar econômico, o que se passa na cidadela que cabe a S. Exa. resguardar?
A presidente Dilma Rousseff aproveitou a viagem à Espanha para oferecer aos governantes europeus, mais uma vez, lições de política econômica. Nenhuma autoridade local perguntou à visitante por que a economia brasileira deve crescer tão pouco neste ano - talvez nem 2% -, depois do fiasco dos 2,7% em 2011. Enquanto ela completava suas lições e propunha maior autonomia para o Banco Central Europeu, em Brasília a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, divulgava mais um constrangedor balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As lições de Tia Dilma Rolf Kuntz
A política econômica tem atendido a emergências, quando deveria ter um rumo; ameaça com arsenal de medidas quando deveria implementar reformas que tirassem do caminho os obstáculos ao crescimento; distribui favores quando deveria melhorar o ambiente de negócios... O BNDES pensa estar fazendo política industrial despejando volumes extravagantes dos recursos no projeto de formação de grandes conglomerados. Tudo isso dá a impressão de que há um projeto. Não há. Falta projeto
Que manual orienta sua assessoria econômica? O que ensinam nossas pouco criativas academias? Nada além do esteréotipo:
O modelo keynesiano acabou sendo totalmente assimilado pela corrente principal do pensamento econômico. Em sua maioria, os economistas tentam hoje fazer uma 'sintonia fina' da economia, aplicando os remédios propostos por Keynes: imprimir dinheiro, aumentar ou baixar as taxas de juros, cortar ou aumentar impostos, e assim por diante. HEDERSEN, HAZEL, cit. CAPRA, F., 1995: 206
"O governo Dilma imagina que os obstáculos relevantes ao investimento privado fossem apenas o câmbio fora do lugar e os juros escorchantes, suficiente e definitivamente removidos... Este é um governo excessivamente intervencionista. Tão intervencionista que prejudica até mesmo o setor público - como se vê na condução das políticas do petróleo e da energia elétrica." (E os investimentos? Celso Ming)
A distorção mais visível começou com o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), concebido como instrumento de reativação econômica. Lançado em 2009, quando o Brasil já começava a sair da recessão, deveria ter sido extinto em pouco tempo, mas foi prorrogado e continua em vigor. Por meio desse programa, o Tesouro tem transferido recursos ao BNDES, para reforçar sua capacidade de empréstimo. A advertência logo soou: o novo esquema era muito parecido com a famigerada conta movimento, extinta no fim dos anos 80, depois de grandes danos às políticas monetária e fiscal. Confusão entre Tesouro e banco
O lucro líquido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recuou 48 por cento no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2011,
Lucro líquido do BNDES cai 21% no terceiro trimestre
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