sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A crise de Honduras e o Itamaraty



Informaram-nos que o presidente Zelaya estava nas imediações, nos perguntaram se podia vir à embaixada e demos a ele autorização. CELSO AMORIM, chanceler de bolso da Fraternidade Bolivariana, ao informar na ONU que nem sabia que o companheiro golpista estava em Honduras, procurando acumular pontos com os patrões cucarachas para garantir um emprego perto do Brasil quando perder a boca no Itamaraty. NUNES, Augusto, Veja, 21/9/2009
Celso, você tem conseguido dormir? CLINTON, H. , cit. CHACRA, Jorn. Gustavo, Estadão, 25/9/2009
Nas trevas que caíram sobre o Brasil, a única luz que alumia, no fundo da nave, é o talento de Ruy Barbosa. DOM PEDRO II
O que ocorreu em Honduras é uma questão que não ameaça a paz nem a segurança internacionais. Em consequência não deveria haver uma intromissão nem de países nem de Governos nem de organizações internacionais. LÓPEZ, Carlos, ministro Relações Exteriores de Honduras
Houve uma evidente intromissão do governo do senhor Lula da Silva nos assuntos internos de Honduras ao acolher Zelaya. Governo de Honduras, BBCBrasil, 24/9/2009
O governo brasileiro transformou a embaixada do Brasil em um palanque para um golpe contra uma democracia latino americana. Celso Amorim deu margem a que Honduras rompa relações diplomáticas com o Brasil, estabeleça um período de horas para a saída dos diplomatas brasileiros do território hondurenho, invada a ex embaixada e prenda o caudilho Zelaya. O governo Lula por suas ações demonstra todo o seu repúdio aos governos democráticos e constitucionais. www.brasillivreedemocrata.blogspot.com - 21/9/2009
Ao ser indagado pelos repórteres se poderia falar sobre a crise em Honduras, Lula respondeu, pouco antes de entrar na limousine que o levaria ao jantar com os chefes de Estado: "Deixa o presidente golpista sair".

Qualquer que for o desfecho da patuscada brasiliana em Honduras os estragos na projeção do nosso País no cenário internacional são certos e sabidos. A declaração do embaixador dos Estados Unidos na Organização dos Estados Americanos, Lewis Anselem, de que o retorno de Manuel Zelaya foi uma atitude irresponsável e idiota é só um começo de conversa. NOBLAT, R., O Globo, 1/10/2009
Diante do interminável papelão que vem sendo protagonizado pelo Brasil no cenário internacional, dispus-me à pequenina pesquisa sobre o modus operandi preferido pelas estrelas tupiniquins. Ufa! Quase não dou conta de tantas citações. Fiquei estarrecido com a avalanche de deslizes, certamente por inaptidão, mas cogito o pior. Há de merecer uma obra, até no fito de orientar as próximas gerações dos custos da pusilamilidade, somada à má-fé, a dubiedade, principais atributos de vigaristas e traidores. Infelizmente domina "este país" uma impostura jamais experimentada. O Itamaraty mostra várias facetas, em esquizofrenia múltipla. Em bunda de vedette todo mundo passa a mão.
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Falsidade Ideológica
Em julho do corrente a jornalista MALU GASPAR noticiou no blog da Revista Exame: o título de doutor que CELSO AMORIM ostentava na verdade era falso. O ministro jamais concluíu doutorado, mas usava o título indiscriminadamente - como em sua biografia no site do Ministério das Relações Exteriores e em artigos de jornal. Acabou rendido:
"Nunca terminei meu doutorado, provavelmente por causa do meu excesso de ambição à época. O tempo da academia e da burocracia não coincidiram, então fui transferido de Londres antes que pudesse terminá-lo." Ele ficou conhecido pela designação de FHC, sendo guindado a Ministro por escolha do ex-sindicalista atual Presidente do Brasil. Entre seus principais objetivos são listados a " a luta contra a fome, a pobreza e o unilateralismo." De fato:
A chefe do Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, Lígia Maria Scherer, entregou à Autoridade Nacional Palestina uma doação de US$ 10 milhões do governo brasileiro para projetos de desenvolvimento nas áreas de saúde, educação e agricultura na Cisjordânia.
China, Rússia, Brasil e Índia mantêm políticas Buy National, que restringem significativamente a participação das empresas dos EUA nas suas aquisições. Os Estados Unidos não têm obrigação de deixar nenhum país participar nas compras governamentais a não ser que esse país tenha concordado em permitir acesso recíproco e justo para os fornecedores americanos nas aquisições deles.
KIRK, R. Secretário de Comércio Exterior dos EUA; Folha, 13/3/2009
"O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim disse que o governo brasileiro não está preocupado com a insatisfação de Israel por conta da visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil." (O Globo, 30/4/2009)
CELSO AMORIM e o iraniano MANOURCHERCH MOTTAKI negociaram secretamente a cooperação entre os sistemas bancários do Brasil e Irã, conforme reportagem da revista Isto É (29/6/2009), em flagrante violação das advertências do Conselho de Segurança da ONU e sanções dos EUA.
LULA se encontrou com AHMAFINEJAD nesta quarta-feira, 24, em Nova York, onde os dois líderes participaram da Assembléia da ONU.
O presidente em exercício, José Alencar, defendeu nesta quinta-feira que o Brasil domine a tecnologia nuclear para o desenvolvimento de armas atômicas. O Brasil é signatário da convenção de não proliferação de armas nucleares. A Constituição federal proíbe o país de fabricar bombas atômicas. Mas, para Alencar, isso não é problema.
O Globo, 25/9/2009
"O governo do Irã foi acusado de ocultar da comunidade internacional a existência de uma segunda instalação nuclear para enriquecimento de urânio." (Estadão, 25/9/2009)
Agora estamos sendo criticados por causa da embaixada na Coreia do Norte. Mas, se não tivéssemos embaixada, não teria tido tanto destaque na mídia internacional a decisão do governo brasileiro de suspender a ida do embaixador para lá.
AMORIM, C., www.coturnonoturno.blogspot.com, 31/9/2009

"É ou não é o pior caráter da política brasileira?"(idem)
"Mais um problema internacional para o País: a ONU (Organização das Nações Unidas) criou uma comissão de investigação para apurar uma grave acusação contra soldados brasileiros que participam da Missão de Paz no Haiti." (www.odia.terra.com.br)

Após as eleições presidenciais de Evo Morales em 2006, a Bolívia anunciou a nacionalização do gás e do petróleo em seu território, utilizando o exército para a ocupação de empresas estrangeiras, entre elas a estatal brasileira Petrobras. Celso Amorim afirmou que a nacionalização era um "cenário esperado".
Houve um tempo em que o companheiro Hugo Chávez estava sozinho. Quem imaginava, há dez anos, o nosso querido Evo Morales ser presidente? Quem imaginava que um bispo da Teologia da Libertação fosse Presidente do Paraguai?
SR. DA SILVA , Presidente do Brasil
(Folha de São Paulo, 17/12/2008)
ALFREDO VALLADÃO, da Universidade de Paris, não comprende a preferência governamental pelos estrangeiros, em detrimento da Nação. O professor criticou a postura diante dos países vizinhos, em entrevista à BBC-Brasil (16/12/2008). Segundo o renomado pesquisador, a política externa do país é "limitada" por refletir a crise de identidade de sua elite.
O Brasil não sabe se quer ser o primeiro entre os pobres ou o último entre os ricos.. Essas cúpulas me fazem lembrar aquelas bonecas tradicionais russas (matrioshkas). Vem uma atrás da outra e é tudo vazio... Não quero minimizar a importância desses encontros. Ao contrário: acho que são extremamente importantes, mas é preciso mais conteúdo.
The samba beat, with missteps
(O ritmo do samba, com passos em falso)
A britânica The Economist ironiza a "política" externa brasileira, calcada numa "harmonia ilusória" da região:
'A promessa de Lula de ser generoso com os vizinhos menores não é recíproca' diz a revista, em tom de blague, lembrando a inércia do Brasil diante do esbulho causado pela Bolívia à Petrobrás, do calote do micro Equador, e do affaire com novo Tratado de Itaipu,,.requerido pelos tradicionais falsários paraguaios.
O Brasil virou corrimão, bunda de vedette: todo mundo passa a mão. .
No dia 23 de setembro de 2008, o presidente equatoriano RAFAEL CORREA determinou o embargo dos bens da construtora brasileira Odebrecht, ocupando suas obras por meio do exército e proibindo funcionários de deixar o país. Exigiu então uma indenização de 43 milhões por falhas no funcionamento da central hidrelétrica San Francisco, a segunda maior do Equador; caso não fosse feito o pagamento, a Odebrecht seria expulsa. No dia seguinte, Amorim anunciou que o Brasil estava dando proteção à empresa. CORREA então ameaçou não pagar o empréstimo de mais de 200 milhões de dólares do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que contraiu para financiar a San Francisco. Mesmo assim, os presidentes CORREA e LULA disseram que acreditavam que a questão da Odebrecht não afetaria as relações das duas nações. Em 30 de setembro, AMORIM informou que a empresa aceitaria o acordo proposto pelo Equador. Logo depois, uma missão de LULA ao país para discutir o apoio brasileiro a obras de infra-estrutura viária foi cancelada. Em 20 de outubro, a Petrobras confirmou um novo acordo com o Equador, no qual o Estado fica com todo o petróleo e a empresa, com uma remuneração pelos seus investimentos e seu serviço.

CARACAS, Venezuela, 22 Mai 2009 (AFP) - Hugo Chávez, negocia um empréstimo de 10 bilhões de dólares com o brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), revelou o próprio líder venezuelano nesta quinta-feira. Segundo Chávez, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, está na Venezuela para analisar os 'mecanismos' destes projetos comuns de 'desenvolvimento'. 'Coutinho me disse que o Brasil está disposto a financiar projetos aqui por até 10 bilhões de dólares'.

A China fez o negócio da China e o Brasil papel de otário, no empréstimo de US$ 10 bilhões à Petrobras em troca de 200 mil barris/dia de petróleo por dez anos. Especialista respeitado, John Forman, ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo, fez as contas: a China pagará US$ 2.739.726,02 por 200 mil barris/dia. Cada barril, hoje cotado em US$ 28,37 (valia US$ 138 há um ano), sairá pela merreca de US$ 13,70.
www.claudiohumberto.com.br - 28/05/2009
A ação política doméstica e internacional brasileira parece seguir o molde sindicalista, doble-face. Convém o alerta. Das águas profundas do Mar do Caribe pode surgir o mais terrível iceberg. Prudente imediata cambagem, sei-lá de que jeito.

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