Quando os príncipes eram eles próprios suficientemente inteligentes, também eram maquiavélicos. Viviam planejando e tramando destruir uns aos outros, roubar os companheiros mais fracos, destruir os rivais, para que, por um breve intervalo, lhes fosse dado o supremo prazer de pisar soberba e orgulhosamente sobre todos. Não tinham nenhuma visão de qualquer plano dos destinos humanos superior ao do pequenino jogo entre eles próprios. WELLS, H.G., História Universal, segundo tomo - Da ascenção e queda do império romano até o renascimento da civilização ocidental: 507
O Brasil sempre primou pela neutralidade em conflitos internacionais. Na II Mundial "este país" praticamente aguardou o desfecho para escolher o lado. Ora o governo incrementa desempenho à revelia da Nação que lhe compete gerir. Mete os pés pelas mãos. As críticas vão se sucedendo, mormente através de pilhérias, mas nada demove a ousadia dos atores, intrépidos em levantar o sabre na defesa de inexpressivas e escusas personalidades estrangeiras. Os protestos se avolumam. Milhares de correspondências inundam os órgãos informativos. A Nav' s ALL recebeu mensagem até do além. O presidente outrora dissidente, de certo modo também culpado pela atual situação, queria manifestar sua repulsa pelo rumo tomado. A medium Foca Liza partiu a entrevistá-lo. Apresentamos a primeira parte da sensacional reportagem..
O senhor deve mesmo explicações. Sua renúncia frustrou o povo que lhe consagrou. Ninguém entendeu.
Fui eleito com o símbolo da vassoura. Queria varrer a ampla rede de corrupção instalada a partir do golpe de 1930.. Não podia prová-la, por isso falei de "forças ocultas". Hoje é fácil entender. As "forças ocultas" apareceram tranbordando pelas cuecas. A politicalha queria mensalão.
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Precisava largar tudo?
Com tamanho apoio popular, pensei reformar todo o sistema. A renúncia foi tacada estratégica. Infelizmente não deu certo. Foi preciso a presença militar para acabar com a safadeza.
Mas não acabou. Hoje a safadeza é maior, e explícita.
Vero. Em meu círculo vigem os dignos, e somos maioria. Não há a menor razão para serem todos conduzidos a mesquinhos endereços. Eis a razão de minha eterna inconformidade.
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Sua maioria não joga.
Não joga, mas fiscaliza. Observamos tudo, daqui de cima. Podemos sinalizar alguns arietes.
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O quê, por exemplo, de aproveitável?
A demarcação da trajetória me parece essencial.
Como todos sabemos o Brasil é um país subdesenvolvido, o 13º mais corrupto do mundo e tecnologicamente atrasado. Vocês talvez estejam se perguntando porque esse cara só xinga o seu próprio país. Bem a resposta é simples: é tudo verdade. Todavia, estou certo que dentro de poucas décadas tudo isso vai mudar, seremos um país desenvolvido, a maior potência do Hemisfério Sul e a 5ª maior economia do planeta.Como vemos, pessoal sói manter os olhos no futuro, levado pelo otimismo, pela fé, pela crença que tudo se superará. Não vê que não existe frente. O jato que andar na mesma altura, em linha reta, chegará no seu ponto-de-partida!
www.reportercurioso.blogspot.com
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O senhor é muito teórico. Diz-se obervador. Pois bem. Comente os fatos, então.
Isso é o que mais tem. Bombeiros não permanecem jogando água mesmo depois de apagado o incêndio? Tanto quanto eu, o Exército veio apoiado pelas forças populares, mas saiu antes do tempo! .
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Tres cruzes! Agora prefere a ditadura? Isso sim é voltar ao ponto-de-partida.
A época é outra. A força não está mais na truculência, mas na sapiência. Por isso o Brasil navega mal. Precisa reexaminar seus mapas, os planos de viagem.
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Todos condenam a supremacia militar.
Conversa. Compram guerras. O suor do povo serve para adquirir armamento. Não se satisfazem com o imenso território? Querem todo o continente, ou o quê?
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As aquisições são para defender nossas fronteiras, a Amazônia, o petróleo.
Ah tá. Defender perante quem, ou de quem? Que ladrão pode carregar essas reservas?
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Diz o ditado: "Se queres a paz, arma-te para a guerra."
Fosse por isso os nazistas não seriam os mais pacíficos da face da Terra, até hoje?
Aceitas um convite ao almoço?
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