1 | China | 8 | 3 | 2 | 13 |
2 | Coréia do Sul | 4 | 3 | 0 | 7 |
3 | Estados Unidos | 3 | 4 | 5 | 12 |
4 | Itália | 2 | 3 | 1 | 6 |
5 | Austrália | 2 | 0 | 3 | 5 |
6 | Japão | 2 | 0 | 2 | 4 |
7 | Grã-Bretanha | 2 | 0 | 1 | 3 |
8 | República Checa | 2 | 0 | 0 | 2 |
9 | Holanda | 1 | 1 | 1 | 3 |
10 | Espanha | 1 | 0 | 1 | 2 |
11 | Finlândia | 1 | 0 | 1 | 2 |
12 | Azerbaijão | 1 | 0 | 0 | 1 |
13 | Índia | 1 | 0 | 0 | 1 |
14 | Romênia | 1 | 0 | 0 | 1 |
15 | Tailândia | 1 | 0 | 0 | 1 |
16 | Rússia | 0 | 4 | 2 | 6 |
17 | França | 0 | 3 | 2 | 5 |
18 | Coréia do Norte | 0 | 1 | 3 | 4 |
19 | Alemanha | 0 | 1 | 1 | 2 |
20 | Cuba | 0 | 1 | 1 | 2 |
O quadro de medalhas recém começa a ser preenchido,
e já surpreende muitos analistas.
Tirante a má performance alemã, a mim, contudo, não.
O desempenho dos atletas não é proveniente apenas das
capacidades físicas, ou genéticas, como podem ser soldadinhos.
Os desempenhos dos laureados tem na fé, na alegria, na felicidade,
o lastro emocional que os impele acima da concorrência.
Alemanha e Itália foram hegemônicas nos anos trinta por seus atletas
se acharem heróis diante dos malvados comunistas.
Caída a máscara, os malvados cresceram.
Até a queda do muro o que se via era U.R.S.S., TchecoEslováquia, Hungria,
Iuguslávia, Cuba e assemelhados disputarem palmo-a-palmo com os colegas
vencedores da II Guerra, muita vezes abiscoitando até maior fatia.
Quando os farsantes foram derrotados na Guerra nas Estrêlas,
a nova vitória revigorou as delegações americanas, e ainda tem reflexos, já por duas décadas.
Ora surgem os asiáticos, imbuídos de um sentido uno, complementar, os mais isentos
das fragmentações ocidentais, das perfídias dialéticas que vem sustentando a civilização
já por séculos. Coincidentemente, também se destacam todos os países que ora desfraldam
com mais vigor a bandeira da liberdade.
Na rabeira, no fiasco, juntam-se os povos latinoamericanos, cujos governos são de arroubos e prepotências, de retóricas, fanfarronices e safadeza. O fanfarrão da Venezuela, o inventor cubano, o fraudulento boliviano, a oportunista argentina, o confuso colombino, podem tirar o cavalinho-da-chuva, para usar a linguagem predileta no chão-de-fábrica.
O Brasil já teve o gosto de abiscoitar grandes prêmios, no tênis, no boxe, iatismo, natação, basquete, até judô*, ginástica olímpica*, handbol, hipismo, vôley de praia, de salão*, e outros parcos esportes que praticamos. Isso era na época em que o povo tinha orgulho de seu país, e de seus governantes, merecessem ou não. Ora, até nossos cavalos estão desmotivados, mas nem tem importância: "Chegar a Pequim já foi um êxito para os cavaleiros," adiantou o belga Johan Zagers, técnico da equipe brasileira. **
Cavalheiros, os cavaleiros protestaram na cocheira. Então deu-se mais um infeliz jeitinho:
"HONG KONG, 21/12/2008- O brasileiro Bernardo Alves foi eliminado da final da prova de saltos do hipismo dos Jogos Olímpicos de Pequim devido ao doping do cavalo Chupa Chups."
O que temos hoje, lastimavelmente, é um Estado mundialmente conhecido como corrupto,
cuja gente é cada vez mais hostilizada em qualquer lugar que tenha se tenha um mínimo de informação, enquanto a classe dirigente supõe que ninguém perceba as orelhas do burro que o chapéu de Midas tenta esconder. Piada.
Por certo, como sempre, salvar-se-á o futebol, e alguma surpresa individual, provavelmente ainda no judô. As duplas de praia devem retornar, no mínimo, bronzeadas. Serão valorosas lembrancinhas*.
Aprecie:
As novas Olimpíadas
_________
*O Brasil poderá até se constituir na exceção que confirma a regra. A tanto torcemos,
principalmente os órgãos de comunicação, mercê dos anunciantes.
Não tenho receio de morder a língua, digo, machucar o dedo. Se for o caso invocarei a salvaguarda.
Ainda antes de findar esta jornada, nossa delegação apresenta bons desempenhos no judô,
oferece alguma esperança na ginástica, e no voley feminino. Neste caso lamberemos os dedos.
0
** Uma semana já é forte para a confirmação de meus prognósticos, infelizmente.
Salva-se o brilhantismo, a garra e a determinação individual de um Cesar Cielo.
Fatos bizarros, que denotariam má-sorte, mas que tem a origem no quadro que evidenciei, vem acompanhando algumas delegações brasileiras. O boxeador Washington Silva (categoria até 81 kg) admitiu que uma lesão no joelho esquerdo atrapalhou seu rendimento na luta contra o irlandês Kenny Egan, em que perdeu por 8 a 0, nas quartas-de-final. Ginastas, depois de belas apresentações, caem, e choram, nos microfones, solicitando misericórdia. Até os cavalos tiveram lesões, outros apresentaram rendimento estranho. A vara de saltos da super-atleta foi furtada. Em vez pódium , e da medalha, instalou-se o ódio, e a lágrima. Um inglês saltava, batia na barreira, mas ela pulava, e não caia. A favoritíssima Seleção de Futebol sofreu uma vexatória derrota, justamente perante los hermanos. Maradona disse que o Brasil se apequenou.
Verdade.
O que poderíamos esperar com um Dunga puxando a fila? Só uma canção:
"Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou... "
Quantos aos jogadores, no desembarque serão obrigados ao coro: "Eu sou... o pirata da perna-de-pau".
Pelé lastima, com a nostalgia própria do tempo em que se tinha orgulho de envergar a canarinho: "Se eu tivesse jogado uma Olimpíada, o Brasil teria ganhado a medalha de ouro. A minha grande frustração é não ter participado dos Jogos, pois na minha época o atleta profissional não tinha esse direito." (Estadão, 21/8/2008)
Resta a esperança na seleção de futebol feminina, de excelente atuação até aqui. Curiosamente, são as que tem portões dos estádios fechados, no Brasil. Eles são exclusivos aos malvados.
Na areia se abateu a maldição, de novo. As duplas do vôley sequer voltarão bronzeadas. Na quarta-de-cinza, o Sol sumiu. Elas morreram na praia, e aparecerão brancas, como defuntos:
"Debaixo de chuva, as brasileiras encontraram dificuldade de marcar diante de defesas importantes do time chinês."
Tirante nem meia-dúzia de reconfortantes lembranças bronzeadas, eventualmente alguma heróica trinca de ouro, de resto, nas dezenas de esportes que competimos, não há sequer disputa, para não falar das outras dezenas que sequer conhecemos. Mas por favor, não cogite que eu possa estar torcendo contra, só pelo sabor do prognóstico. Se estivesse errado, diria que Deus estava dormindo, e apagaria tudo.
A propalada "oitava economia do mundo" vê quarenta (40) países mais competentes nessas Olimpíadas.
A realidade é dura, mas pode servir de lição. Em país no qual visceja a corrupção e a safadeza, o ouro pertence ao ladrão; e o povo, na pobreza, fica a lamber sabão.
Por aqui ninguém tem mêdo de ser feliz; mas seria oportuna a vergonha por ser tão infeliz.
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