O mais genial dos consultores políticos não seria capaz de inventar nada de
melhor para restaurar a imagem norte-americana depois do governo Bush.
Ele oferece uma redenção aos Estados Unidos. (VAÏSSE, Justin, Brooklyn Institution)
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Com uma família presente em quatro continentes, ele personifica uma
genealogia da espécie humana. (BRUCKNER, Pascal)
Disposto a se regenerar, Tio Sam tirou o coelho mais precioso de sua cartola. Obama chegou arrasador e surpreendente como uma bomba atômica. Os próprios americanos se lançam em decifrá-lo. Se muitos deles sequer tinham ouvido falar no distinto Senador, que dirá o resto do mundo.
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As apreciações que encabeçam este artigo parecem pertinentes, mas igualmente óbvias. Não quero me deter nessas características, já por demais divulgadas; todavia, são raros relatos ou comentários sobre o teor da coletiva. Poucos se detiveram sobre o viés, e ninguém citou o cronograma do elenco, digo, a ordem de apresentação das prioridades. Algumas indagações ocorridas ventilavam hipóteses por demais obsoletas: o novo presidente lançará mão do protecionismo? Vai direcionar investimentos? Em outra palavras: à civilização, acostumada a raciocinar sob dialéticas, não ocorre outra alternativa que não aquela da regulagem do tamanho do Estado, que para uns deve ser mínimo, para outros, mais contundente. Presumem que o eleito, por democrata, irá trilhar o caminho percorrido por seus antecessores. Mercê da crise de 1929, Roosevelt é constantemente lembrado. Aliás, a escassez de imaginação não é prerrogativa dos jornalistas, senão que também dos velhos tecnocratas, ora reunidos (à tôa) no Brasil:O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, afirmou neste sábado em São Paulo, durante encontro do G20 financeiro, que a expansão de gastos do setor público deve ser pensada como instrumento para minimizar os impactos da crise econômica global e incentivar o crescimento da economia.Evidentemente o Estado, tal qual este senhor, nada produz; portanto, estará gastando o que não é dele. Ademais, cá entre nós, por mais paradoxal que à primeira vista pareça, são os governos e os bancos os principais aliados da crise:Para Michaël Zöller, sociólogo alemão da universidade de Bayreuth, o que se chama de Estado é certamente um sistema de interesses pessoais organizados, uma Nova Classe. Como todos nós, sua ambição é aumentar a remuneração e a autoridade. Como classe, ocupam-se, pois, a desenvolver seus poderes, suas intervenções e sua parte no mercado, isto é, a apropriação pelo setor público dos recursos nacionais, operada através do imposto sobre a sociedade civil.At last, se o Executivo retornar com o apelo às torpes artimanhas de Keynes, qualquer elemento serviria, até mesmo a senhora Clinton! Não parece haver uma formidável diferença?
SORMAN, G. :74.
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Não são poucos os que testemunham o conhecimento de Obama sobre a história. É de se presumir. Afinal, ele nasceu num recanto amealhado pelo fascismo americano, o qual desembocou no ardil do New Deal. O ápice se abateu na pergunta sobre consulta a algum antecessor! Ora, advogar experiências passadas para suplantar os novos desafios não parece o cúmulo da falta de imaginação? Então querem descobrir qual será sua equipe econômica, como se ele já não tivesse em mente o método que irá aplicar, e houvesse necessidade de se valer dos contadores, desses que andam por aí alhures ditando os números à civilização. Enquanto uns discutem a eficácia do trem, e propõem o automóvel, outros dizem que o automóvel é egoísta, e propõem a composição. A ninguém ocorre que ambos podem ser dispensados, em troca do avião, por exemplo!
Na ânsia para sair da depressão macroeconômica assume maior relevância a clássica pergunta: o quê será atacado nos primeiros cem dias? Calca-se em pensamento linear, na hipótese da linha férrea, direcional, objetiva, e excludente. Embora os recursos materiais sejam sempre limitados, ainda assim em cem dias dá para acionar todos os vetores, simultâneamente: basta incrementar uma Economia Quântica, que até é mais fácil do que a puxada pela prosaica loco motiva. A tanto ele dispõe da conjugação da maior riqueza e tecnologia com a maior concentração de cientistas de todos os calibres, uma rede de informações que ninguém possui,* e ainda a melhor equipe administrativa que se pode conceber na face da Terra. É mole? Não será uma partida de trem, mas um início de Big Bang, onde a evolução se encaminhará sobre todos os pontos, ao mesmo tempo, e com velocidade espantosa, compatível com a capacidade de sua gente, e com as possibilidades energéticas de nossa Era, momento de tempo real. Naturalmente não será um passe-de-mágica, mas apenas a mudança de rumo já livrará a civilização do despenhadeiro. A partir daí, o que vier, é lucro.
* * *S.Exa demonstra conhecer a Teoria do Campo. Como o átomo, primeiro se preocupa com o que lhe rodeia; portanto, o que lhe é mais valioso: sua família, suas filhas, desde já sob risco. E qual o prêmio que lhes promete? Uma sociedade numa empresa de telefonia? Uma poupança? Nada disso. (Obama x Lula) Duas preocupações, apenas: não torná-las diferenciadas, por isso lhes submetendo a um colégio comum. E para as horas de lazer, um guaipeca qualquer. A genialidade é irmã gêmea da simplicidade.
Novamente como o átomo, Obama sabe que é ele, o átomo, o ser humano, e não a máquina do Estado, a totalidade orgânica, a responsável pela abundância da energia. De onde tirei tal ilação? Ele foi claro: são as famílias que trabalham duro as que merecem sua atenção. É a classe média que vai ser aliviada dos fardos tributários. Mais do que isso, porém, foi o fato dele se lembrar das cidades, dos prefeitos, e dos estados, dos governadores. Há, entretanto, um sinal amarelo:A criação de um banco de investimento em infra-estrutura, proposta por Obama durante a campanha, ganhou impulso na crise. O banco teria US$ 60 bilhões para ajudar Estados e cidades a investir em obras como pontes e estradas. Agora, essa proposta pode crescer para US$ 150 bilhões, dentro do pacote de estímulo.Eis uma grande bobagem. É passeio do capital. Ele sai da produção, passeia no centro e volta à origem? Ou será deslocado para regiões insípidas? Quem sabe colocará, como Roosevelt, a impressora da Casa da Moeda à disposição? Neste caso terá que programar uma guerra, para com osdespojos recompor as reservas reais. Não creio que S. Exa. trilhe o caminho da perfídia. Seria por demais desastroso, não só para si, como ao parque fabril americano, e de resto à comunidade internacional.. Desse modo, tampouco cogito na criação de empregos. Governos nada produzem; portanto, não lhes cabem criar postos de trabalho, mas propiciá-los à produção. Como alcançar tal intento? Simplesmente permitindo que a renda, o capital, gere mais renda a partir de sua cabeceira, provada per se sua eficácia. Suponho que Obama valorize a liberdade na biodiversidade, através da cientificidade federalista, da descentralização de poder. Suas últimas palavras, quiçá as mais importantes, deram conta que o desenvolvimento eclodirá das bases ao vértice, e não o contrário, como sói acontecer, porém jamais exitoso. Certamente ele observará a Relatividade das Leis. Ou seja: aquela conversinha de centralizar os recursos para depois distribuí-los parece estar com os dias contados, tanto quanto a presença do Estado como motor do desenvolvimento. A desenvoltura se faz por todos os pontos, em todas as direções. Quem quiser represá-la, ou mesmo orientá-la, na verdade a estará cerceando:A manutenção da organização na natureza não é - e não pode ser - realizada porÉ bem verdade não falamos especiíficamente da natureza, senão que da política, a qual constantemente solapa a própria natureza. Desse modo sabemos que injunções são flagrantes também de imediato, e o socorro prometido às montadoras e mesmo aos atingidos pela tão propalada e interessante crise atesta, mais uma vez, a prevalência dos "investimentos" de campanha**:
uma gestão centralizada, a ordem só pode ser mantida por uma auto-organização.
BIEBRACHER, C. K.,; NICOLIS, G., SCHUSTER, R., cits. PRIGOGINE, I.: 75O setor do automóvel é a espinha dorsal da indústria americana e uma parte crítica de nossa tentativa para reduzir nossa dependência do petróleo estrangeiro", continuou o líder eleito. Fiz uma das máximas prioridades da minha equipe de transição trabalhar em outras opções para ajudar que o setor do automóvel se ajuste, combata a crise financeira e tenha sucesso na hora de produzir nos Estados Unidos carros de consumo reduzido.Para mim trata-se de grave erro de percepção, além de discriminação com milhares de outras empresas, tão ou mais importantes do que esses objetos que nos rodeiam desde a tenra idade, com nossos brinquedinhos. É manter fábricas de máquinas de escrever, ou de telex. O automóvel tem os dias contados. Se Malthus se equivocou na equação alimentos/crescimento populacional, porque ela não é estanque, a produção de veículos automotores em relação ao espaço necessário está fadado ao colapso, e arrisco, ainda antes de completar uma década. Todavia, reputo os arranhões como impossibilidade da perfeição.
Barack ObamaA macropolítica, a macrocultura, a macroeconomia dependem da micropolítica,O efeito atômico contaminou todo o planeta, tingindo-lhe com o tom da esperança. Se algo ocorrer de acordo com meu exercício especulativo, ele poderá separar o joio do trigo. Será fácil identificar os vilões, os impostores, os oportunistas que se espalharam alhures a partir da queda do muro; mas também servirá de picada e incentivo à novas e verdadeiras vocações, ora submersas pela presença de príncipes curiosamente maquiavelescos, malgrado esses discípulos acabarem invariavelmente muito mal.
da microcultura, da microeconomia (em termos de seu respectivo âmbito,
quantitativo ou extensivo), e aquelas não podem absorver estas sem sofrer as
conseqüências que, ao fazê-lo, provocaria. A vida é interação das partes no todo.
GOYTISOLO, J.V.: : 74
Posso estar enganado, mas merecemos muito mais do que até hoje nos foi imposto. Finalmente contamos com um Almirante à Nova Era. Merece o voto de confiança, até pelo altivo desempenho. Neste caso, o mútuo interesse, e a Ética*** precederão discussões jurídicas, ou regulamentares; as relações humanas conduzirão as comerciais; e a Economia será levada à cabo pela produção, pelos atratores, e não mais por sua representação, mero capital.
Ao grande périplo, Obama nas alturas!
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*Intensifica-se a Internet à relação nacional com o novo governo no site www.change.gov. A estratégia prevê a manutenção de uma base de dados com endereços de e-mail de 10 milhões de pessoas.
** A GM está ultimando a limousine presidencial. O veículo tem os seis metros de comprimento à prova de fuzis, granadas e lança-chamas.
*** "O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, irá introduzir regras para restringir o papel de lobistas durante a transição e durante o seu governo, segundo o coordenador de sua equipe de transição, John Podesta. Em uma entrevista à imprensa, Podesta disse que Obama 'prometeu mudar a maneira como Washington funciona e conter a influência de lobistas'. Podesta disse que Obama irá introduzir 'as regras éticas mais rigorosas e mais abrangentes de qualquer outro processo de transição da história' e prometeu a transferência de poder 'mais aberta e transparente' já realizada. (BBC-Brasil, 12/11/2008).
Na mosca, de novo. Nav's ALL antecipa o futuro para você.
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