quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A vista do Hawai‘i

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Pro forma o arquipélago compõe um dos cincoenta estados unidos da América
Por vocação, contudo, não. Havaianos não se ligam em concorrências.*
A pérola foi tomada no apagar das luzes do XIX, na fatídica guinada dos EUA à faina imperialista, no molde bismarckiano. O
Neo-Imperialismo era uma prática completamente desconforme aos ideais dos quakers; entretanto, tendo em vista especialmente a predição marxista, a ambição logo encontrou o amparo social. O país mergulhava na senda fascistóide.
Se fosse para identificar o magnífico recanto com algum continente, não seria o das Américas. Seu povo desconhecia as elucubrações greco-romanas, em especial o cristianismo. Missionários católicos romanos espanhóis e franceses desembarcam pela primeira vez em 1827, mas nunca foram bem recebidos. Em 1831 a pequena população cristã foi convidada a se retirar.
A região se localiza no meio do Pacífico, entre a Ásia e a América. Sua história nos remete aos polinésios. A partir dos anos 60 intensificou-se a luta daquela gente para retornar ao status quo, ao desmembramento da grande potência. Em 1993, o então presidente Bill Clinton aprovou pedido de desculpas pela invasão, pedido evidentemente fajuto, diante da permanência da possessão.
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Os EUA visto do Hawai‘i tem outra coloração. Foi de lá, e não dos EUA, que o novo Presidente o avistou pela vez primeira. Qual o significado disso? Não seria tão importante, se Obama tivesse cooptado aos métodos do império. Embora cristão confesso, por isso dogmático, sua postura, contudo, demonstra o contrário, e permite um exercício de predição, tão ao gosto da Nav's ALL: ele possui toda a capacidade, e ora a oportunidade, de promover o retorno da ética, para suplantar a mera dialética. Destarte, arrisco anunciar: o câmbio será vertiginoso. Dar-se-á não apenas nas relações de comércio, e de resto nas sociais, jurídicas, políticas, financeiras, econômicas e diplomáticas, porque será implementada no núcleo filosófico da civilização ocidental. O fenômeno já acarreta uma recuperação da auto-estima americana, consubstanciada pelo apoio unânime que a comunidade internacional ora oferece. O eleito governará para seus eleitores, certamente, mas desta feita o mundo estará integrado, e não como objeto de conquista:
"Obama gera esperanças universais, um momento mágico. Pode ser o último capítulo da história do racismo nos Estados Unidos e o primeiro de uma nova prosperidade mundial" (LUCAS MENDES, da BBC Brasil, em Nova York)
A onda havaiana oferece energia em profusão, à promover a mais completa ReVerSão.
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* HUNA é um termo utilizado desde tempos remotos pelos nativos do Havaí para significar "segredo" ou "conhecimento secreto". (www.centro-aloha.com) Expressa assim uma filosofia de vida cujo objetivo não era manter um conhecimento oculto aos demais, mas realmente compreender as interações com o lado invisível ou oculto de todas as coisas e fazer bom uso disso. Assim, um significado mais abrangente de HUNA é "conhecimento dos segredos da Vida". (www.somostodosum.ig.com) Mana é o termo havaiano para a energia universal, a força da vida conhecida em todas as culturas, o ‘prana’ hindu, o ‘chi’ chinês, o ‘ki’ japonês. (www.beatrizfgundes.com)

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