quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Água em Saturno


A desconfiança é antiga, e encontra respaldo. Astrônomos norteamericanos identificaram efeitos espetaculares de gás e poeira provenientes da lua  Enceladus. Fortes indícios sugerem líquidos; portanto, água. As lentes da NASA captaram as nuvens se precipitando em velocidade supersônica. A equipe de Candice Hansen, do laboratório de propulsão de jato da Califórnia, calculou o curso dos fenômenos em 1.360 mph, aproximadamente 2.000 km/h.
Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior no sistema solar. Diâmetro equatorial: 119,300 quilómetros (74,130 milhas). Muito do que se sabe sobre o planeta é devido às explorações da Voyager  Voyager em 1980-81. Saturno é visivelmente achatado nos pólos, resultado da alta rotação do planeta no seu eixo. O dia dura 10 horas e 39 minutos, mas demora cerca de 30 anos para circundar o Sol. A atmosfera é composta por hidrogénio com pequenas quantidades de hélio e metano.
Saturno é o único planeta menos denso do que a água (cerca de 30 porcento menos). No hipotético caso de se encontrar um oceano suficientemente grande, Saturno flutuaria nele. Sua coloração amarela enevoada é marcada por largas faixas atmosféricas semelhantes, mas mais fracas que às de Júpiter. Saturno tem um grande número de satélites ou luas, o maior que todos os demais planetas. Os seus maiores satélites, conhecidos antes do começo da exploração espacial, são: Mimas, Enceladus, Tétis, Dione, Reia, Titã, Hiperion, Jápeto e Febe. Em 2004 a sonda Cassini-Huygens fotografou o que são considerados mais dois satélites, batizados de Methone e Pallene. Em 1/5/2005, um terceiro satélite natural foi descoberto na Falha de Keeler (um intervalo existente no Anel A de Saturno). Designou-se S/2005 S1. Enceladus e Titã são especialmente interessantes para os astrônomos justamente pela existência de água líquida a pouca profundidade de sua superfície, com a emissão de vapor da água geyser. Ademais, possuem uma atmosfera rica em metano, bem similar à primitiva Terra.  .
"A Enceladus é um dos lugares com maiores chances de se encontrar vida no Sistema Solar fora da Terra. Estão presentes os três principais ingredientes necessários à vida - os elementos químicos básicos, os blocos básicos, uma fonte de energia, e agora achamos que existe água também. Todos os elementos estão aí. Se isto é suficiente para gerar vida ainda não sabemos, mas estamos muito interessados em saber mais." disse à BBC o cientista John Spencer, da missão espacial Cassini.


JOVENS ESTRELAS CONTÉM RNA
Uma equipe de cientistas europeus descobriu a presença de glicolaldeído, um açúcar que entra na composição do RNA, numa região do espaço de intensa formação de estrelas, a 26 mil anos-luz do Sistema Solar. A assinatura do glicolaldeído foi detectada por meio de um radiotelescópio do Instituto de Radioastronomia Milimérica (Iram), situado nos Alpes franceses. O RNA é uma molécula fundamental para a vida na Terra.
"Creio que o que descobrimos implica que moléculas que podem estar envolvidas diretamente na origem da vida talvez sejam abundantes em regiões onde planetas e estrelas estão se formando", disse ao estadão.com.br uma das autoras da descoberta, Serena Viti, do University College London.
"As descobertas sugerem que os ingredientes básicos da vida podem ser encontrados no espaço, e não são exclusivos da Terra".
Veja:



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