segunda-feira, 9 de julho de 2012

Capitalismo Atômico

Em esboço heurístico, claro.
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É necessário que a ciência mostre por fim sua utilidade! Ela se tornou nutricionista a serviço do egoísmo: o Estado e a sociedade a tomaram a seu serviço para explorá-la segundo seus fins. NIETZSCHE, O livro do filósofo: 30
É aí que mostraremos causas de estagnação e até de regressão, identificaremos causas da inércia às quais daremos o nome de obstáculos epistemológicos (...) o ato de conhecer dá-se contra um conhecimento anterior, destruindo conhecimentos mal estabelecidos, superando o que, no próprio espírito, é obstáculo à espiritualização. BACHELARD, G., 1996: 170) 
Poucos dias antes de assumir a Presidência dos Estados Unidos, em janeiro de 1961, discursava John F. Kennedy despedindo-se de seu mandato como senador por Massachusetts: “Quando no futuro o alto tribunal da História se reunir para julgar cada um de nós... nosso sucesso ou fracasso em qualquer cargo exercido será avaliado em função das respostas a quatro perguntas. Éramos nós homens de coragem? Éramos nós homens íntegros? Éramos nós homens dedicados? Éramos nós homens com capacidade de discernimento?”.  Integridade e discernimento, por Paulo Guedes
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Em nosso século, o estudo da constituição atômica da matéria revelou que a abrangência das idéias da física clássica apresentava uma limitação insuspeitada e lançou nova luz sobre as demandas de explicação científica incorporadas na filosofia tradicional. Portanto, a revisão dos fundamentos para aplicação inambígua de nossos conceitos elementares, necessária à compreensão dos fenômenos atômicos, tem um alcance que ultrapassa em muito o campo particular ciência física. BOHR, N. Física atômica e conhecimento humano: Introdução
As instituições mecanicistas baseadas nas estruturas de comando e controle da era industrial dominaram durante quatro séculos o funcionamento das sociedades, determinando a vida econômica, social, cultural, política e demais áreas do conhecimento. Neste início de terceiro milênio, observamos um movimento crescente da diversidade e complexidade das sociedades em todo o mundo e parece estar brotando um consenso de que a atual estrutura hierarquizada de poder das organizações está bem próxima de atingir seu nível de saturação, onde não mais conseguirão cumprir seus objetivos e permanecerão crescendo, consumindo recursos, devastando o meio ambiente e limitando cada vez mais o ser humano. RIOS, Antônio Salles, http://eracaordica.blogspot.com
"A revisão dos fundamentos para aplicação inambígua de nossos conceitos elementares, necessária à compreensão dos fenômenos atômicos, tem um alcance que ultrapassa em muito o campo particular ciência física. (BOHR, N., Física atômica e conhecimento humano: Introdução)
"Sem dúvida, o universo inteiro podia ser pensado como se desdobrando ou se expressando em ocorrências individuais. E dentro dessa visão global que se torna possível acomodar as sincronicidades como eventos significativos que emergem do coração da natureza. (GLEICK, J.: Chaos, cit. LEMKOW, A.,: 216)
"Se todas as partes do universo são solidárias numa certa medida, um fenômeno qualquer não será o efeito de uma causa única, mas a resultante de causas infinitamente numerosas; ele é, como se diz com freqüência, a conseqüência do estado do universo um momento antes.". (POINCARÉ, H., : 36)
É nesta moderna física que se constata a viabilidade da “multiplicação dos pães”. Na inóspita bomba atômica, cada núcleo que se rompe faz com que outro também se libere; há uma epidemia de rompimento de átomos, e uma liberação extremamente rápida de calor e energia. A usina do progresso econômico produz o círculo virtuoso de Adam Smith:
Na verdade, o conceito de retornos crescentes não é novo em economia, como afirma Keneth Arrow no prefácio do livro Retornos crescentes e trajetórias dependentes em economia, de Brian Arthur. Adam Smith, nos capítulos iniciais de A Riqueza das Nações, usa o argumento de retornos crescentes para explicar o crescimento econômico e a especialização. (GLEISER, I.: 191)
Relações humanas. Troca de bens, troca de interesses e troca de influências. As relações são, em essência, uma coleção de trocas. Até mesmo a base da vida, as relações químicas atômicas e moleculares, são, apenas, trocas. Trocas que criaram todo o universo e ainda o regulam. Na ciência denominada Química, os diversos elementos da tabela periódica possuem características únicas. Porem, toda essa individualidade só faz sentido na interação entre os elementos.Trocam elétrons, alteram o núcleo, mudam a carga energética. Combinam e colaboram em nome da vida, do existir. A diferença entre as relações humanas e as equações químicas é que os átomos não são egoístas. Mesmo quando mais densos ou complexos, combinam-se para que o objetivo seja melhor conjuntamente. No mundo elementar as diferenças são os tijolos da diversidade e a beleza do universo. Se a raça humana existe hoje, deve tal fato à diversidade, à interação e à combinação de todos os elementos. O bem o mal
A partícula de cristal - ampliação de uma idéia - pode rapidamente adquirir uma influência acima de sua unidade. Somos condicionados para termos medo, ficarmos na defensiva, sermos hostis, ainda que tenhamos também a capacidade para uma extraordinária transcendência. A comprovada flexibilidade do cérebro e percepção humanos sugere a possibilidade de que a evolução individual pode conduzir a evolução coletiva. Quando uma pessoa libera uma nova capacidade torna-se de súbito evidente para outras, que podem então desenvolvê-la também. "Uma singularidade é ela própria modelada como um giro, totalmente compatível com a natureza termodinâmica e fractal da vida. Um exemplo dessa organização aninhada, auto-similar, pode ser encontrado nas bonecas russas Matryoshka." (Artigo de Jessica Studeny - 28/01/2012, â cerca da obra recem lancada:Theory of the Origin, Evolution, and Nature of Life. Erik D. Andrulis Life Vol.: 2(1):1-105 DOI: 10.3390/life2010001 http://www.mdpi.com/2075-1729/2/1/1/pdf)
O fenômeno do trickle-down, que configura o fractal, eleva-se à potência espiritual: “No capitalismo todos colaboram com todos. O egoísmo capitalista acaba sendo, pois, tão solidário que parece o pregado pela Bíblia.” (Mendoza, Montaner, & Llosa: 208).
O Indivíduo Soberano, de Wiliam Rees-Moog e James Dale Davidson pleiteia o colapso do Estado nacional, substituído por “associações de mercadores e indivíduos plenos de faculdades semi-soberanas”, praticamente o mesmo diagnóstico de Naisbitt: "Quanto mais as economias mundiais se integram, menos importantes são as economias dos países e mais importantes são as contribuições econômicas dos indivíduos e das empresas particulares." (NAISBITT: 264)
"Uma economia só pode crescer de maneira global se as empresas individuais que a formam crescerem. Portanto, qualquer teoria do crescimento deveria estar embasada na atividade e no comportamento das empresas individuais." (ORMEROD, P., 2000: 216)  A razão é a seguinte:
Como o próprio conhecimento é organizado relacionalmente ou na forma de hipermeios - significando que pode ser constantemente reconfigurado - a organização tem de se tornar hiperflexível. É por isso que uma economia de firmas pequenas, que interagem, reunindo-se em mosaicos temporários, é mais adaptável e, em última análise, mais produtiva do que uma outra construída em torno de uns poucos monolitos rígidos. TOFFLER, A., 1992: 199
Gilles Lipovetsky (cit. DESCAMPS: 82) vê uma segunda revolução individualista-liberal, quando a comunicação sobrepuja a politização, e o permissivo esmorece o coercitivo:
Assim, longe de ser uma ‘ilusão social’, a ideologia individualista [rejeito o termo “ideologia” aplicado ao individual - justamente uma não-ideologia] produziu - e continua a produzir - uma mutação que nos separa para sempre das outras sociedades. Conceituar as diversas manifestações do individualismo atual, portanto, é observar uma escalada numa lógica de longa duração. Vivemos o último estágio da história, já multissecular, do ‘homo aequalis’, do homem que tem direitos.
É do vazio da política que a verdadeira política necessita. Nesses momentos é que podem emergir as ações inesperadas, que possibilitam uma tomada de palavra, um exercício de poder, uma reação que signifique uma reorganização da ordem social. , Se pensamos o mundo como multiplicidade, o vazio não é um problema, ele é mais um constitutivo dessa multiplicidade. O vazio passa então a ser tomado de modo positivo, como possibilidade de traçar linhas de fuga, de inventar, de construir o futuro. O mundo fragmentado, vazio de crenças e de política, é o que permite a ação. O homem está livre para ocupar espaços e com isso (re)criar crenças e a própria política. Prof. GALLO, Silvio Gallo, Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas.
O verdadeiro gerenciamento da economia do país reside na busca incessante de formas que permitam o funcionamento mais livre não só do sistema de preços, como do restante da economia nacional, com a respectiva eliminação das barreiras de mercado, pois elas tolhem a livre competição entre as empresas e premiam a ineficiência e o desperdício, impedindo que a economia otimize resultados, obtenha um melhor nível de produção e emprego e minimize o período de tempo necessário a recomposição dos desajustes.  PERINGER, A. M.: 8.
Tudo é temporário. É por isso que sugeri a metáfora da 'liquidez' para caracterizar o estado da sociedade moderna, que, como os líquidos, se caracteriza por uma incapacidade de manter a forma. Nossas instituições, quadros de referência, estilos de vida, crenças e convicções mudam antes que tenham tempo de se solidificar em costumes, hábitos e verdades "auto-evidentes". É verdade que a vida moderna foi desde o início 'desenraizadora' e 'derretia' os sólidos e profanava os sagrados', como os jovens Marx e Engels notaram. Mas, enquanto no passado isso se fazia para ser novamente 'reenraizado', agora as coisas todas - empregos, relacionamentos, know-hows etc. - tendem a permanecer em fluxo, voláteis, desreguladas, flexíveis. A Sociedade Líquida: entrevista com Zygmunt Bauman
“Cada pessoa possui uma inviolabilidade fundada na justiça que nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo pode ignorar.” (RAWLS: XV)  "O esforço natural de cada indivíduo para melhorar suas própria condição constitui, quando lhe é permitido exercer-se com liberdade e segurança, um princípio tão poderoso que, sozinho e sem ajuda, é não só capaz de levar a sociedade à riqueza e prosperidade, mas também de ultrapassar centenas de obstáculos inoportunos que a insensatez das leis humanas demasiadas vezes opõe à sua atividade." (SMITH, A. cit. DOWNS: 56)
O crescimento econômico é alcançável quando se permite o florescimento dos negócios, deixando a prosperidade verter para a população de baixa e média rendas, que se beneficiará da crescente atividade econômica” (GIDDENS, ANTHONY, 1996: 104))
“O motivo é que um crescimento da riqueza individual quase sempre representa um crescimento ainda maior da riqueza para a sociedade como um todo.” (PILZER: 12)
Chew formulou The Bootstrap resultado das interações das partículas subatômicas. “Cada partícula ajuda a gerar outras partículas, as quais, por sua vez, a geram”
Heisenberg não conseguiu deduzir todo espectro das partículas elementares a partir de sua equação, mas Chew há pouco tempo conseguiu fazer justamente isso com sua teoria bootstrap. Em particular, ele e seus colaboradores conseguiram deduzir resultados característicos dos padrões quark sem precisar postular a existência física deles; atingiram, por assim dizer, a física dos quarks sem estes. CAPRA, 1995: 45
A partir das conclusões da mecânica quântica desenvolvida na primeira metade do século XX, uma equipe de físicos contemporâneos – liderados por Geoffrey Chew – construiu um modelo de interpretação física do universo chamado teoria bootstrap. Sua fundamentação principal encontra-se na mecânica matricial de Heisenberg. Nele o mundo é visto como uma teia dinâmica de relações configurada por hadríons, partículas de alta energia e caráter auto-gerativo, presentes em todo o universo. No modelo bootstrap não se admite a existência da partícula fundamental, mas sim que a ilusão de concretude e finitude da matéria nos é dada por limitações humanas em termos de percepção e de consciência. (Eufrasio Prates & Sonia Guedes de Medeiros, Fractalidade simbólica numa estética paradoxal, texto apresentado no III Congresso Internacional Latino-Americano de Semiótica, 996)
A realidade física é concebida como uma teia dinâmica de eventos inter-relacionados. As coisas existem em virtude de suas relações mutuamente compatíveis, e tudo na física tem de partir da exigência de que seus componentes sejam compatíveis uns com os outros. Chew escreve num de seus primeiros artigos: 'Alguém que é capaz de olhar sem preconceitos para modelos diferentes, sem dizer que é um mais fundamental que o outro, é, automaticamente, um bootstrapper.' Em outras palavras, essa filosofia bootstrap, ou filosofia de rede, leva a atitude de tolerância. (CHEW, G.,  cit. CAPRA & STEINDHAL: 129)
Os bósons de Higgs, mais uma vez, se encarregam da interatividade. O resultado do pertinente processo metodológico vem de acordo o empirismo de Priestley (cit. FALCON: 73): "Os ricos obrigam-se, pelas leis naturais da economia e pelos ditames morais da natureza, a difundir sua riqueza às camadas menos favorecidas." Einstein poderia chancelá-los: a realidade da Relatividade ensina que somos parte de um sistema no qual a simples presença do corpo precipita efeitos gravitacionais. Eis nossa responsabilidade. Planck diria que é efeito atômico - a difusão energética de amplitude ilimitada.
O físico nuclear Richard Feynman (O significado de tudo: reflexões de um cidadão cientista, p. 14) alertava, de antemão: “Não há praticamente nada do que vou dizer esta noite que não pudesse já ter sido dito pelos filósofos do século XVII”.Para encerrá-las, o pesquisador de Los Alamos trocava o “vou dizer” por “eu disse“; e praticamente repetia as concepções de Locke e Smith:
Nenhum governo tem o direito de decidir sobre a verdade dos princípios científicos nem de prescrever de algum modo o caráter das questões a investigar. Também nenhum governo pode determinar o valor estético da criação artística nem limitar as formas de expressão artística ou literária. Nem deve pronunciar-se sobre a validade de doutrinas econômicas, históricas, religiosas ou filosóficas. Em vez disso, tem para com os cidadãos o dever de manter a liberdade, de deixar os cidadãos contribuírem para a continuação da aventura e do desenvolvimento da raça humana. Obrigado.
"De fato, a vida no espaço cibernético parece estar se moldando exatamente como Thomas Jefferson gostaria: fundada no primado da liberdade individual e no compromisso com o pluralismo, a diversidade e a comunidade.” (NAISBITT, J., Paradoxo Global: 96)
Economistas redescobrem o trabalho de Joseph Schumpeter, que falou da 'destruição criativa' como necessária ao progresso. Numa tempestade de tomadas de controle acionário, alienação de bens, reorganizações, falências, deslanches, joint ventures e reorganizações internas, toda a economia está adquirindo uma nova estrutura que é anos-luz mais diversa, ágil e complexa do que a antiga economia das chaminés. TOFFLER, e TOFFLER: 74
Em setembro de 1987, 20 pessoas se reuniram no Instituto Santa Fé para discutir A Economia como Sistema Complexo Adaptativo. Dez eram economistas teóricos, convidados por ninguém menos que Kenneth Arrow,  que 15 anos antes dividira o prêmio Nobel de Economia com Sir John Hicks. Além de sua contribuição com Debreu para a prova matemática da existência do equilíbrio geral, Arrow também provou que a escolha social, ou de decisão social, não é necessariamente racional. Ela pode transgredir o princípio da transitividade. Arrow percebeu que, antes dele, economistas como Adam Smith, Schumpeter, Hicks, Marshall, Friederich Hayek e outros haviam entendido as implicações de fenômenos complexos para a economia, mas não possuíam o instrumental necessário para estudá-los formalmente, embora Hayek, de tradição austríaca e aluno de Menger, possuísse aprofundado conhecimento e interesse em teorias de sistemas e cibernética, campos de estudo relacionados àcomplexidade. Naquela década Prigogine apontava a importância da não-linearidade. O Efeitos-borboleta constata  mínimos movimentos que provocam resultados incomensurávelmente maiores, atrvaés do que  convencionou chamar de atratores. São fenômenos que se sujeitam, como tudo, à relatividade e à realidade quântica. Ormerod (2000: 16): "Cada qual tem seus próprios matizes, mas estão conectados por suas implicações gerais. O que se precisa é de uma economia nova, orgânica, com um toque leve, suficientemente sofisticado para permitir a interação - que, para os propósitos deste livro, chamo de 'O efeito borboleta'." No  Chile Humberto Maturana ratificava a auto-organização dos sistemas vivos, o que chama autopoiese. Nos EUA, como sói acontecer, abundavam pesquisas. Heinz vo Foerster se entreteve com redes interdisciplinares, no fito de investigar auto-organizações. O químico James Lovelock evidenciara: o planeta Terra é um sistema vivo, auto-organizado. A atmosfera se constitui num sistema aberto, permeado por constante fluxo de energia e matéria, o que é conhecido como Gaia. David Bohm, percebeu o Universo tal qual holograma. Cada parte contém as informações do todo, ainda que de forma menos precisa e detalhada. O constante fluxo de mutações no qual está mergulhado o cosmos pode ser aferido sob a égide do holomovimento. Thomas Kuhn há muito ensinou The Structure of Scientific Revolutions. T. Roszac apresentou a contracultura. A. Maslow propos a feliz analogia: "É cada vez mais claro que uma revolução filosófica se encontra em marcha. Um sistema abrangente está se desenvolvendo com rapidez, como uma árvore que começa a dar frutos em todos os seus galhos ao mesmo tempo."
Há mais de cem anos, ao preconizar tal disparate, Carlo Rosselli (1899-1937) foi caçado e fulminado pelas tropas fascistas. Do mandante, há muitas notícias. Da vítima, raros tem conhecimento. Em nome da história, da ética, da piedade ou solidariedade, da economia, da sociologia, da ciência, enfim, creio oportuno o resgate. Mister reencontrar o fio da meada. John Holland (cit. GLEISER, I.: 202/3) revela o modus operandi da New Age:
Descentralização - O que acontece na economia é resultado da interação de muitos agentes atuando em paralelo. As ações de um agente em particular serão resultado de sua expectativa em relação ao que os outros agentes irão fazer. Os agentes antecipam e co-criam o mundo à sua volta.
No center control - Não há uma entidade global ao controle das interações ou que tenha conhecimento da estrutura do sistema. O controle é feito pelo processo de cooperação e competição entre os agentes e medido pela presença de instituições e regras.
Organização hierárquica flexível - A economia tem vários níveis de organização e interação. Unidades em um certo nível - comportamentos, ações, estratégias, produtos - servem de base para a construção de unidades em níveis superiores. A organização global é mais do que hierárquica, com interações entre os diversos níveis se misturando e criando uma complexa rede de relacionamentos e canais de comunicação.
Adaptação contínua - Comportamentos, ações, estratégias e produtos são revisados continuamente à medida que os agentes ganham experiência - o sistema está em constante adaptação. O elemento surpresa e a chance permitem que o sistema tenha muitas soluções e aproveite novas oportunidades. Eventualmente, uma destas soluções será a escolhida, mas não necessariamente será a melhor.
Novidade perpétua - Nichos são continuamente criados por novos mercados, novas tecnologias, novos comportamentos e novas instituições. O próprio ato de se preencher um nicho já cria novos nichos. O resultado é um sistema onde sempre aparecem novidades. Inovações são desenvolvidas, levando a produtos mais avançados que, por sua vez, demandam mais inovações.
Dinâmica fora do equilíbrio - Como novos nichos e novas possibilidades estão sempre sendo criados, a economia opera fora de uma situação de equilíbrio global, ou seja, sempre há espaço para melhora. Apesar de estar fora do equilíbrio, o sistema possui regras que limitam seu comportamento, evitando que este se torne caótico durante o processo de adaptação e evolução.
Como administrar tudo isso, ainda mais sob chicote? 
Pronto, senhora presidente. Pode doer, ser difícil tudo realizar, mormente frente aos neófitos que lhes cercam, mas salva tudo e todo mundo, começando por V. Exa.  Alea jacta est.

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