segunda-feira, 11 de julho de 2011

Atletas & políticos

Após ter então agarrado cada membro da comunidade e tê-los moldado conforme a sua vontade, o poder supremo estende seus braços por sobre toda a comunidade. Ele cobre a superfície da sociedade com uma teia de normas complicadas, diminutas e uniformes, através das quais as mentes mais brilhantes e as personalidades mais fortes não podem penetrar, para sobressaírem no meio da multidão. A vontade do homem não é destruída, mas amolecida, dobrada, guiada; os homens raramente são forçados a agir, mas constantemente impedidos de atuar; tal poder não destrói, mas previne a existência; ele não tiraniza, mas comprime, enerva, ofusca e estupefaz um povo, até que cada nação seja reduzida a nada além de um rebanho de animais tímidos e trabalhadores, cujo pastor é o govêrno. Alexis TOCQUEVILLE
Os campeões que envergam jaquetas nacionais tem na fé, na alegria, no orguho por seu país, na felicidade nele vivida, o lastro emocional que os impele acima da concorrência. Estes sentimentos podem até ser, e comumente o são, emulados pelo marketing governamental, mas são estas centelhas que acendem o estopim às vitórias, ao desabrochar de talentos em cascata.
Alemanha e Itália foram hegemônicas nos anos trinta em virtude de seus atletas se acharem superiores aos malvados comunistas. Caída a máscara, os malvados cresceram. Até a queda do muro, U.R.S.S., TchecoEslováquia, Polônia,  Hungria, Iuguslávia, Cuba e assemelhados disputavam  palmo-a-palmo com os parceiros vencedores da II Guerra, muita vezes abiscoitando até maior fatia. Quando a farsa marxista sucumbiu na Guerra nas Estrêlas, a nova vitória revigorou as delegações norteamericamericanas, e ainda com reflexos, já por duas décadas. Do gap nazifascista e comunista ora despontam os asiáticos, imbuídos de um sentido uno, complementar, os mais isentos das fragmentações ocidentais, das perfídias dialéticas que vem tornando a civilização esquizofrênica. Destacaram-se nas últimas Olimpíadas os países que  desfraldam com maior vigor as bandeiras da ética e da liberdade*. Na rabeira, juntaram-se os latinoamericanos, cujos governos são de arroubos e prepotências, de retóricas, e safadezas. 
O Brasil já teve o gosto de abiscoitar grandes prêmios,e de modo encordoado. Houve década na qual sobressaimos no  tênis masculino e feminino,  boxe, iatismo, natação, basquete masculinoe feminino. No automobilismo enfileiramos nada menos do que tres campeões mundiais, cada qual por tres vezes! A canarinho brilhava até judô*, xadrez, e na ginástica olímpica*, handbol, hipismo, vôley de praia, de salão, e  outras modalidades  além do futebo, claro, com as seleções e vários clubes campeões da América e do Mundo.  Ufanávamos de nossos feitos. O povo tinha orgulho de seu de seu país, e de seus governantes, merecessem ou não. Ora, até os cavalos estão desmotivados, mas nem tem tanta importância: "Chegar a Pequim já foi um êxito para os cavaleiros," adiantou o belga Johan Zagers, técnico da equipe brasileira. Cavalheiros, os  cavaleiros xiaram apenas nos bastidores. na cocheira. Então deu-se mais um infeliz jeitinho: " O brasileiro Bernardo Alves foi eliminado da final da prova de saltos do hipismo dos Jogos Olímpicos de Pequim devido ao doping do cavalo Chupa Chups."  O boxeador Washington Silva (categoria até 81 kg) imputou a uma lesão no joelho a razão de ter apanhado feio, tomado 8 a 0 do irlandês  Kenny Egan, em quartas-de-final. Os ginastas caiam e depois   choravam nos microfones, solicitando misericórdia. No salto com vara furtaram o instrumento de nossa super-atleta, restando choro e ranger de dentes. No salto simples, um inglês tocava a barra, ela balançava, mas não caia. O vento derrubou tudo, em nossa vez.  A favoritíssima Seleção de Futebol sofreu vexatória derrota, justamente perante los hermanos. Maradona colheu o ensejo para mais uma vez se jactar: "O Brasil se apequenou diante da Argentina."
 A rigor despontamos para o mundo a partir da Suécia, nas vésperas de inaugurar Brasília. Era a Novacap à ,Nova Era. Estocolmo viu extasiada uma inédita constelação de craques, e o Rei foi coroado,  A façanha foi se encorpando durante o campeonato, atraindo a atenção e a torcida do mundo inteiro, inclusive da própria Suécia, ao nosso êxito. Quase o mesmo se sucedeu no Chile, quatro anos depois. Até hoje os chilenos lembram do Brasil. com bastante amabilidade. Já na Inglaterra, em 1966,  a arrogância havia tomado conta do salão, e o saldo foi o fiasco de montão.  Lá e cá: Causa e consequência. Eis quem escolheu, com pleno êxito, o rumo do desatino aos macaquitos brasileños. E justamente em seguida a  '64,   vésperas da Copa da Inglaterra, 
A via que escolhi é a guerrilha que devemos desencadear nos campos e através da qual me integrarei definitivamente à Revolução Latino-americana. A guerrilha é, para mim, a única maneira de unir revolucionários brasileiros e de levar nosso povo ao poder. Como comunista, estou convencido de que meu gesto servirá ao menos para mostrar que comportamento revolucionário deve ter. CASTRO, FIDEL, cit. em ALVES, MÁRCIO MOREIRA, 68 Mudou o Mundo: 30
Muy amigo. General,  sim senhor  pero de exército estrangeiro?  Que negócio é esse?
Nossos generais tiveram que entrar em ação ,porque somente a polícia não daria conta de tanta estupidez: .Como poderíamos mesmo nunca mais largar o poder os ingleses mandaram quebrar Pelé & Garrincha de cara, tocaram na gaveta o grande goleiro Manga, virado  caçador-de-borboleta,  e ministraram  um durmabem no almoço do gordo Feola para técnico na hora do jogo sonhar com acordes oocrodes dos Beatles. A Rainha dava  risada.
A década de '70 ainda assistiu efêmera mas fulminante recuperação. Década de ouro na qual desabrochariam os memoráveis talentos artísticos, e muitos campeões. Prá frente Brasil! Noventa milhões em ação captaram as simpatias mexicanas, e enfim do globo inteiro. Durou pouco. À felicidade do João Bafo-de-Onça cubano, e à nossa mais completa infelicidade, seus amigos acabaram se agadanhando do poder. A guerrilha da corrupção
Aetas parentum peior avis tulit nos nequiores, mox daturos progeniem vitiosorem. 
Horácio, Odes, Livro III, 6 
(Nossos pais, piores que nossos avós, nos engendraram ainda mais depravados, e nós daremos uma progênie todavia mais incapaz.)
Trouxemos a Jules Rimet para ser derretida e vendida literalmente a peso de ouro. Sediaremos as próximas Copa e Olimpíadas, porém o milagre se deve a estes santos-de-pau-òco.
Consagra-se a fraude como leitmotiv brasileiro.
 Tanto Nomini Nullum Par Elogium.
(Tanta fama  nenhum elogio alcança) 
Para mim, e para muita gente do globo inteiro, não resta dúvida: as conquistas para sediar os importantes eventos quadrienais se devem ao aprimoramento do mensalão à versão internacional.   Faltou apenas adquirir a Cadeira de Segurança da ONU. Merecemos uma elétrica.
Na Copa da França vimos pela primeira vez torcidas contrárias à nossa presença. Ronaldo diz estar 100% para disputa da final da Copa do Mundo  Depois do inédito vexame o corruptor presidente Chirac mandou o portaviões. Ontem foi demais. O Brasil foi submetido a intensa vaia durante o jogo inteiro. Aos tedescos, veja só, passamos a ser mais antipáticos, mais hostis, mais desprezíveis do que os famigerados yankees! 
Goleira dos EUA vira musa Senti um apoio enorme durante o jogo. Creio que o melhor time ganhou, foi isso que o público sentiu. Tivemos coração para vencer o jogo. Era importante contar o apoio do público", disse. "Nós, americanos, temos um time que luta, briga. Sempre foi assim", afirmou a graciosa goal-keeper Hope Solo, 
Que tal se fosse ao contrário? Que sentimento nos despertaria Obama caso tivesse vindo com uma camiseta da Seleção de Basquete, ou a feminina de futebol,  ou  quem sabe com o  fardamento de astronauta repleto de autógrafos para oferecer de souvenir ao cara, ou à coroa?
Dose animal
Viemos perdendo a credibilidade e a simpatia como se perde sangue pelos pulsos cortados.
Por que o leilão do trem-bala fracassou 
Peruano se revolta com "lamentável" árbitro brasileiro
Não temos mais, sequer, força moral. 
Pipocam artigos de formação de bolha no Brasil
Por que os brasileiros não reagem?  
 
O país do futuro, Pátria do Evangelho, esperança do mundo, mostra-se em quase todos os campos o maior fiasco do mundo. O que temos hoje, lastimavelmente, é um Estado tão cínico quanto hipócrita, mundialmente conhecido como corrupto, dono de surpreendente mediocridade, cuja gente é cada vez mais hostilizada ou motivo de pilhéria em qualquer lugar. A desclassificada classe dirigente supõe que ninguém perceba as orelhas de burro que o chapéu de Midas tenta esconder. Piada.
 
O Brasil é um grande cassino, a mesa de jogo é a democracia, quem jogam são os partidos, o povo é simplesmente uma roleta. Não é à toa que ficamos assim tontos, sem rumo, enquanto só eles vibram com suas apostas indecentes. http://guizovermelho.dihitt.com.br/usuario/Kristal
Como vemos, Fidel fez bela escola. Conforme a lista elaborada pela Economist Intelligence Unit (EIU), braço da revista britânica The Economist, nosso país ocupa a vergonhosa 47ª posição no ranking das democracias do mundo,  Na edição de 2008, o Brasil estava em 41º lugar. Agora, está atrás de países como Timor Leste (42º). A julgar pela velocidade geométrica do andor, alcançaremos os três dígitos antes das nossas Olimpíadas. 
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 Indice de desenvolvimento da América Latina
45 Chile 0,783
46 Argentina 0,775
52 Uruguai 0,765
54 Panamá 0,755
56 México 0,750
59 Trindad e Tobago 0,736
62 Costa Rica 0,725
63 Peru 0,723
73 Brasil 0,699
75 Venezuela 0,696
77 Equador 0,695

* Olimpíadas de Pequim

País Ouro Prata Bronze Total
China 51 21 28 100
Estados Unidos 36 38 36 110
Rússia 23 21 28 72
Reino Unido 19 13 15 47
Alemanha 16 10 15 41
Austrália 14 15 17 46
Coréia do Sul 13 10 8 31
Japão 9 6 10 25
Itália 8 10 10 28
10º França 7 16 17 40
11º Ucrânia 7 5 15 27
12º Holanda 7 5 4 16
13º Jamaica 6 3 2 11
14º Espanha 5 10 3 18
15º Quênia 5 5 4 14
16º Belarus 4 5 10 19
17º Romênia 4 1 3 8
18º Etiópia 4 1 2 7
19º Canadá 3 9 6 18
20º Polônia 3 6 1 10
21º Hungria 3 5 2 10
22º Noruega 3 5 2 10
23º Brasil 3 4 8 15
24º República Tcheca 3 3 0 6
25º Eslováquia 3 2 1 6
26º Nova Zelândia 3 1 5 9
27º Geórgia 3 0 3 6
28º Cuba 2 11 11 24
29º Cazaquistão 2 4 7 13
30º Dinamarca 2 2 3 7
31º Mongólia 2 2 0 4
31º Tailândia 2 2 0 4
33º Coréia do Norte 2 1 3 6
34º Argentina 2 0 4 6
34º Suíça 2 0 4 6
36º México 2 0 1 3
37º Turquia 1 4 3 8
38º Zimbábue 1 3 0 4
39º Azerbaijão 1 2 4 7
40º Uzbequistão 1 2 3 6
41º Eslovênia 1 2 2 5
42º Bulgária 1 1 3 5
42º Indonésia 1 1 3 5
44º Finlândia 1 1 2 4
45º Letônia 1 1 1 3
46º Bélgica 1 1 0 2
46º Estônia 1 1 0 2
46º Portugal 1 1 0 2
46º República Dominicana 1 1 0 2
50º Índia 1 0


































Um comentário:

  1. O projeto Memória do Esporte Olímpico Brasileiro, lançado nesta semana mudará a realidade de muitas crianças e jovens, formando uma nova geração de cidadãos. Confira: www.memoriadoesporte.org.br.

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