quarta-feira, 11 de julho de 2012

A futilidade da presidente

A classe política brasileira faz piquenique na beira do precipício. LUCIA HIPPOLITO, O Globo, 20/4/2009

A Presidência da República abriu licitação para substituir espelhos do Alvorada. O vencedor receberá mais de R$30 mil para satisfazer mais este capricho da senhora atual moradora do magnífico palácio.
"O capitalismo precisa ser sempre reinventado. Onde está dando mais certo? Nos países que adotaram o capitalismo de Estado."(Ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, IstoÉ - Dinheiro.)
No Brasil, o dinheiro é desperdiçado em obras malplanejadas, mal-executadas, feitas e refeitas sem qualquer controle efetivo. Gasta-se com aviões com maior autonomia de voo enquanto o rei da Suécia aqui chegou na Rio+20 num avião de pequeno porte, nada condizente com sua condição de integrante de uma vetusta realeza. Aliás, tenho observado também que somos uma República muito diferente: presidentes e governadores moram e trabalham em palácios. Estranho, não? E tome dinheiro para o que não tem importância. A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei de Acesso à Informação Sandra Starling
"BC-Br jogou combustível ao argumento de que o modelo do Brasil, baseado no desenvolvimento impulsionado pelo estado, tem levado o crescimento a um beco sem saída" (Financial Times )
Governo substitui helicóptero usado por Dilma
Cinquenta aparelhos serão entregues até 2017, para uso nas Forças Armadas, com dois reservados ao uso presidencia. Preço? Módicos R$ 5,2 bilhões.
Planalto agora quer comprar o 'AeroDilma' Governo vai adquirir nova aeronave para substituir o 'AeroLula'
Dilma, autoproclamada mãe do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), entregou a desaceleração do crescimento até aqui. Os recordes históricos de arrecadação tributária, que impõem pesado custo à competitividade do país, são desperdiçados em gastos de custeio da máquina pública obesa e ineficiente. Os próximos passos do desenvolvimento pós-real custam a ser dados. Estamos já no cheque especial do bônus duplo da estabilidade e do boom das commodities. O troféu da gerente
Dilma diz que uma 'grande nação' não se mede pelo PIB "Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para suas crianças e seus adolescentes. Não é o Produto Interno Bruto. É a capacidade do país, do governo, e da sociedade de proteger o seu presente o seu futuro, que são suas crianças e seus adolescentes"  Mas sem dinheiro, servirá o lago como espelho? Vai proteger as crianças com velhos guarda-chuvas? E o inverno sulino? E a seca nordestina?
"Faria sucesso num concurso de miss o discurso da presidente Dilma Rousseff na 9.ª Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente, em Brasília. Sua declaração mais notável, destacada pelos jornais e reapresentada exaustivamente nas tevês e rádios, foi digna de uma devota leitora d’O Pequeno Príncipe: Na interpretação mais benevolente, essa peroração é apenas uma banalidade. Na menos caridosa, é uma grande tolice apresentada na embalagem rosa da mais pobre filosofice." 14/07/2012 ‘Dilma e o Pequeno Príncipe’, editorial do Estadão
"O problema é que esta administração vem dando demonstrações seguidas de deficiência gerencial. Os desembolsos do Tesouro no primeiro semestre deste ano corresponderam a apenas 21% do total previsto no Orçamento"  Engasgou 
http://www.valor.com.br/sites/default/files/capa12_3.jpg
E como no final das contas não é senão u'a máquina cuja existência e manutenção dependem da vitalidade circundante que a mantenha, o Estado, depois de sugar a medula da sociedade, ficará héctico, esquelético, morto com essa morte ferrugenta da máquina, muito mais cadavérica que a do organismo vivo. ORTEGA Y GASSET, Rebelião das Massas.

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