segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

da riqueza e da pobreza

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Ontem queria falar sobre indivíduos. No cacoete, enveredei pela massa,
pela política. Sorry. Era para ser até ao contrário. A ordem, contudo,
costumo deixar ao acaso. Afinal, não é por ela que nascemos?
A riqueza e a pobreza são paradoxos; ainda assim, mister observar a relatividade.
Alguém que produza o suficiente para receber dez mil dólares/mês pode ser visto pelos dous lados, como gostava Machado. Se para muitos, no Brasil, isso é fortuna, não menos por lá é micharia. Por outro ângulo, há quem ganhe tal valor, mas ainda assim se endivide. Perde o valor. Aquele mendigo, que nada deve, lhe é superior.
De pobres que se tornam ricos, contam-se muitas histórias. De ricos que se tornaram pobres, mais ainda, aos milhares, principalmente nos últimos dez anos.
Reversões podem ser rápidas. Dudú-da-loteca, remember. Em uma semana, viu milhões entrarem, e milhões saírem. Do vácuo, restou buraco-negro.
Quem tem dinheiro para comprar um fusca, pode ser taxado por qualquer polo. Ao que almeja a merça, tal quantia é insuficiente. É muito pobre. Quem não precisa de carro, pode ter a conta bancária maior. É mais rico.
Certa ocasião pegaram o distinto guiando um carro velho, e popular. "Ao uso diário", se explicou. Econômico, o gajo. Falta-lhe maior valor. Pode ser confundido com ladrão, o doutor.
Sidharta era um rico Príncipe. Despojou-se das posses para enriquecer sua experiência. Já os piratas, de muita experiência, visam apenas tesouros. São desprovidos, coitados. Passam a vida em busca do ouro; quando um deles o arrebata, outro vem com a chibata.
O dinheiro compra tudo, até outro dinheiro. Mas não compra a amizade, que quero do mundo inteiro.
Nada daquele jeito estanque assim, cortado, separado. Tudo flui, na abundância da vida.
Um bom café.

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