sábado, 12 de janeiro de 2008

Belas Artes




PARA ENFRENTAR OS BAIXOS ÍNDICES de popularidade, e a "falta de recursos" para investimentos, a paulista Governadora do Rio Grande do Sul, Professora Yeda Rorato Crusius (PSDB), lançou edital de licitação para a publicidade. Valor: R$ 92,9 milhões.
Se os órgãos de aferição apontarem melhores índices, e certamente o farão, em 2009 a quantia dobrará.
-
Quê inveja! Só com o trivial do 008 eu importaria uma frota de 3.000 automóveis alemães, americanos e japoneses. Mil de cada. Além de solidificar minha presença no comércio internacional, internamente poderia alugá-los a preço de nacional. Render-me-ia o suficiente para quaisquer promoções. Se agregar os do 009, então, que salto quântico: teria 10.000 automóveis de luxo, alugados a preço de popular. Com tal renda, compraria todas empresas tradicionais, e as proeminentes da internet. Nunca mais gastaria com publicidade.
A pobre Província de São Pedro investe no imaginário, e sonega o que lhe compete: "Estado reduz número de escolas e turmas". (Correio do Povo, RS, manchete de capa de 18/01/008)
Não parece, sequer, economista, S. Exa. Sua escola é outra:
Somadas as publicidades da administração direta e das estatais, em 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, foram gastos R$ 761 milhões em propaganda do governo federal. Em 2003, primeiro ano de Lula, foram usados R$ 667 milhões. Em 2004, ano de eleição municipal, esse valor pulou para R$ 956 milhões; em 2005, foi quase igual: R$ 962 milhões. Já em 2006, na reeleição de Lula, subiu para R$ 1,015 bilhão. Em 2007, R$ 965 milhões. (Estadão,16/01/008)
Seja o que as agências apresentem, por certo não será verdade. Às realizações oficiais, existem diários oficiais, fora as entrevistas coletivas. A Imperatriz (!?) como se autocognomina ao defender-se da ficta acusação, poderá programá-las todo dia, desde que tenha alguma farinha no saco para ofertar. Seria mais democrático, e nada custaria ao bolso do esquálido contribuinte.
As ações de governo não são de comércio, embora as agências só as enxerguem assim, como produtos de consumo de massa. São descabidos os comerciais. De todo modo, reconheço, tal enormidade a muitos contemplará. Marcos Valério, o operador da reeleição, espreita renascer o mensalão, ora na terra do Macalão.*
*Obs: esta notícia não será publicada.
Quanto aos precatórios, críticas variadas, demissões, orçamentos reduzidos, empréstimos para pagar folha, ou dinheiro para edificar alguma obra pública, ou manter as secretarias de educação e saúde, não vem ao caso. Para a ex-artista da TV, e ex-ministra sei-lá-do-quê, o importante não é ter, nem ser, mas parecer. Simular e dissimular. Porém, mais do que tudo, conta a obrigação de retribuir os investimentos jogados em sua sela, para vitoriar-se no páreo da campanha.
A campanha continua, ora por um trânsito sem morte. Colaboram multas, de toda sorte.
Quando há um acidente espetacular, o jornal coloca na capa, e forra o poncho. Com o trocado, esquece o enterro. Tanto quanto a parceira.
Ironia
Ligue uma rádio russa. Ouça o idioma do outrora arquinimigo burguês. Os Cavaleiros da Rainha passam no trote, a cantarolar na Praça Vermelha, de Moscow. Um mísero monomotor aterrisou tempos atrás, causando alvoroço planetário. Agora a invasão se deu pelas estrêlas; e os OVNIs, bem-vindos. Reagan e a baronesa Thatcher ganharam a III Grande Guerra, sem derramarem uma gota de sangue; só champagne.
Infelizmente o farol, há quatro séculos instalado no extremo ocidente europeu, orienta a civilização, não o além-mar. Agora chega! Nós é que estamos precisados. Quando Féliz assumiu, foi o apagar das luzes. Quando acenderam, não tinha mais nada. Apagão virou moda. Perdem gregos & troianos, sejam pagãos ou cristianos. Iluminismo, Já!
___________
* Vende-se as três selas exibidas, estilo ao cavALLgar.
Brinde: Livro impresso e autografado.
Frete por Nav's ALL

Nenhum comentário:

Postar um comentário