quinta-feira, 9 de julho de 2009

A vez do Primeiro-Ministro do Perú renunciar

A onda do Pacífico veio encorpada por grupos indígenas, sindicatos e organizações da sociedade civil peruana. A sociedade exige do governo mudanças na política econômica. O movimento paralisa várias cidades do interior do país. Há registro de muitos incidentes e confrontos com policiais - 156 pessoas foram presas.
A Alianza Popular Revolucionaria Americana, o partido do presidente, encontra-se perigosamente desgastado. Pesquisa de maio já apontava uma popularidade de penas 30%..
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Yehude Simon Munaro
(Lima, 1947) médico veterinário e sociólogo.


A Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP) afirmou
que a manifestação no centro de Lima reuniu cerca de 3 mil pessoas.
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O secretário-geral, Mario Huamán, considerou a mobilização " exitosa".
Dos protestos participaram povos de várias localidades - da a costa à região amazônica - Arequipa, Cuzco, Puno, Satipo, Huánuco e outras.
Só restava ao primeiro-ministro Yehude Simon oferecer ao presidente Alan García sua renúncia.
Na carta o boi-de-piranha assumiu 'o custo político da desgraça que marca todo o país'.
Simon, um político independente com raízes de esquerda, aceitara chefiar o Conselho de Ministro em outubro do ano passado, em outra crise política, quando foram descobertas gravações telefónicas que revelavam a existência de negócios com petrolíferas.
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Daysi Zapata, a nova presidente da Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana (Aidesep), que substituiu Alberto Pizango – procurado pela Justiça e asilado político na Nicarágua – qualificou de "tardia" a decisão e reiterou a desconfiança em relação ao governo, afirmando que somente após se oficializar a anulação das leis é que a entidade irá se pronunciar sobre a abertura do diálogo com o governo.
"Os povos já estão cansados de promessas, queremos ver realidades", afirmou.
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