terça-feira, 14 de julho de 2009

Carma Ocidental - 14 de Julho & II Guerra

Os niveladores... rapazes bonzinhos e desajeitados... mas que são cativos e ridiculamente superficiais, sobretudo em sua tendência básica de ver, nas formas da velha sociedade até agora existente, a causa de toda a miséria e falência humana... O que eles gostariam de perseguir com todas as suas forças é a universal felicidade do rebanho em pasto verde, com segurança, ausência de perigo, bem-estar e facilidade para todos; suas doutrinas e cantigas mais lembradas são 'igualdade de direitos' e 'compaixão pelos que sofrem' - e o sofrimento mesmo é visto por eles como algo que se deve abolir. NIETZSCHE, F., Além do Bem e do Mal: 45

 A Revolução Francesa produzira um impacto galvanizado sobre os vizinhos europeus da França, desencadeando as idéias utópicas que reinaram soberanas nos séculos XIX e XX. BIGNIEW BRZENSK, A desordem, in Veja 25 anos - Reflexões para o futuro: 67)
Não são poucas as causas listadas pelos historiadores da II Grande Guerra. Todavia, praticamente todos se atém aos vetores mais emergenciais do episódio. Concentrando-se no tema eleito, os pesquisadores e relatores tiram de foco movimentos periféricos, muitas vezes não-locais, digo mais afastados daquele presente apreciado, de modo que tal parcialidade sói valorizar apenas o que lhe traz a tela, mas por uma antena previamente restrita, e orientada. Pois encontro até facilidade em demonstrar que o dantesco episódio do midi-século passado teve seu estopim aceso ainda no adolescente XVIII, jurado maior. Embora passadas quase dez gerações, a ligação é direta, sim senhor. De pai para filho.
Revolução Francesa era o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de Maio de 1789 e 9 de Novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Em causa estavam o Antigo RegimeAncien Régime) e a autoridade do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade. A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios. Wikipédia
Seus "princípios universais" são antagônnicos. Na igualdade não há liberdade, posto não haver diversidade. É figura de linguagem. Ficção. E fraternidade foi o que menos se viu.  Por trás dos apanágios, tudo evoluiu por descalabros, e por tudo entortou o parco mundo:
Constitui um lugar-comum histórico relacionar o surgimento do nacionalismo moderno com a Rev. Francesa. A afirmação é válida, no sentido de que a Revolução Francesa evoluiu para uma espécie de totalitarismo democrático devido ao seu culto do povo sem restrições, o primeiro a instituir algo como o serviço militar universal, 'uma nação as armas'. LUCKÁCS, John, O Fim do Século 20: 226
Retifico: o pavilhão logrou uma estupenda igualdade - por sua causa milhões jazem no cemitério. E quanto à liberdade, e fraternidade?
A Napoleão (não à Revolução Francesa que procura fraternidade entre os povos e as universais efusões coloridas) é que nós devemos o poder pressentir agora uma seqüência de séculos guerreiros inigualável na história, em suma, de termos entrado na idade clássica da guerra, da guerra científica e ao mesmo tempo popular.Todos os séculos futuros lançarão sobre esta idade perfeita um olhar cheio de inveja e de respeito; pois o movimento nacional de onde surgira essa glória guerreira é apenas um contragolpe a Napoleão e não existiria sem ele. (NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm, A Gaia da Ciência,: 194)
* * *
A INGLATERRA gerou ao mundo a luz de LOCKE:
O escrito de Descartes se difundiu amplamente no continente, em particular na França e nos Países Baixos, mas não teve o mesmo sucesso na Inglaterra. A filosofia experimental tal como ali se desenvolveu impedia uma aceitação fácil de qualquer sistema dedutivo, e o sistema de Descartes foi considerado tão gerador de dissensões, quanto o sistema extremamente materialista de Thomas Hobbes.
HENRY: 71
.Foi igualmente pela recusa do dualismo cartesiano, e pela defesa da observação e da análise contra o espírito sistemático, que Locke se impôs como 'mestre da sabedoria' aos filósofos franceses do século XVIII.
CHÂTELET: 228
.
A FRANÇA preferiu cortá-la, com ROUSSEAU (Contrato Social, cit. KOSELLECK, R: 142): "O chefe deve mostrar constantemente o caminho ao povo, que não conhece sua verdadeira vontade; deve fazê-lo ver as coisas como elas são – ou como devem lhe parecer."

MIGUEL REALE (1998: 161) tem no genebrino “o Descartes da política.” Todos concordam:" [ROUSSEAU] Este pensador peculiar - embora freqüentemente considerado irracionalista ou romântico - também se apoiou no pensamento cartesiano e dele dependeu fundamentalmente.( HAYEK, 1995: 74)
Enquanto os ingleses, há séculos (a rigor, desde 1215), partiam às soluções verdadeiramente democráticas; e quando os EUA proporcionavam ao mundo verdadeiras lições de cidadania e civilidade, os franceses mergulharam no desespero e no desalento, prelúdio dos perversos domínios:
Examinarei, pois, o sistema do mais ilustre desses filósofos, J.J. Rousseau e mostrarei que, transportando para os tempos mais modernos um volume de poder social, de soberania coletiva que pertencia a outros séculos, este gênio sublime, que era animado pelo amor mais puro a liberdade, forneceu, todavia, desastrosos pretextos a mais de um tipo de tirania. CONSTANT, BENJAMIN, Da Liberdade dos Antigos Comparada a dos Modernos, tradução de textos escolhidos de Benjamin Constant, por GAUCHET, MARCEL Org., paper Assembléia Legislativa do RS, 1996.
Havia a drástica predisposição:
O reino da França foi um dos raros Estados europeus que se recusaram, de modo obstinado, a reformar-se segundo as exigências do novo espírito iluminista. Houve soberanos esclarecidos nas Alemanhas, Áustria, Rússia, Itália, na própria Espanha e em Portugal, mas não em Versalhes. GUSDORF, GEORGES, As Revoluções da França e da América: 38
A Revolução prescindia de Judiciário. "Embora Rousseau nunca tenha previsto algo como revolução, muito do terrorismo jacobino revolucionário de 1793-1794 foi executado em seu nome.” (MERQUIOR: 28) 
ROBESPIERRE adorava execuções sumárias. O resultado foi a condenação à morte de 35 mil a 40 mil pessoas. Naquele belo horizonte do 14 de Julho espreitava o 'Golpe 18 de Brumário': "O consulado possuía características republicanas, além de ser centralizado e dominado por militares. No poder Executivo, três pessoas eram responsáveis: os cônsules Roger Ducos, Emmanuel Sieyès e o próprio Napoleão. Criavam-se instituições novas, com cunho democrático, para disfarçar o seu centralismo no poder."
NAPOLEÃO (cit. JORGE, F.: 71) agradeceu: "ROUSSEAU] Era um mau homem, um homem perverso. Sem ele não haveria Revolução Francesa. É verdade que eu também não seria nada. Mas talvez a França fosse mais feliz com isto.."  Certamente.
Portanto, ninguém deve se tranquilizar pensando que os bárbaros ainda estão longe de nós, porque, se há povos que deixam arrancarem-lhes das mãos a luz, outros há que a apagam, eles próprios, sob seus pés. TOCQUEVILLE, 2000: 54,
Desde o fatídico 1789, mister ser vermelho ou azul, padre ou leigo, burguês ou socialista, reacionário ou progressista, militar ou civil. Entre os dois grupos inimigos, as pessoas se estripavam, cortavam-se em pedacinhos, insultavam-se, desprezavam-se. Os dantescos episódios, tomados épicos por lavrarem o primeiro confronto esquerda/ direita, tornaram franceses e de resto todo mundo polarizados.
O maniqueísmo é totalmente coerente com o método dialético-cartesiano, algo que se projeta até nossos dias, com a invenção, de novo francesa, do segundo turno eleitoral. Se nas empresas há milhares de candidatos para uma vaga, assim confundindo o gerente, na modalidade francesa tudo é facilitado. O fotochart, se necessário, só enquadra as duas cabeças finalistas, e torna mais fácil as combinações. Na "instituição" do segundo turno, por ironia, decidem o disco os papagaios-de-pirata, os derrotados que ficam fora do placê. O mais grave, antes de tudo, ou além disso: a parceria enseja aos derrotados a ascenção ao poder, sem a menor responsabilidade, ao arrepio das urnas que originalmente lhes remeteram ao ostracismo. Não obstante, en passant: atualmente, em todo lugar, em qualquer democracia, o povo vara sobre trilhos, compostos pelas duas guias, empacotadinho nos containers, ao gáudio das alcatéias. Os Estados Unidos, essa pátria da liberdade, nem ela escapa da dicotomia: de um lado o pele-vermelha; do outro, o cara-pálida, enegrecido em azul marinho. E não me acusem de racista, por favor!

Quem seria inspirador, o mais notável mentor das chacinas? Quem deu respaldo "filosófico" ao funesto coro dos sans cullotes e tricoteuses na Place de La Concorde?
A marca da filosofia platônica é um dualismo radical. O mundo platônico não é um mundo de unidade, e o abismo que, de diversas formas, resulta dessa bifurcação, surge em inúmeras formas.
KELSEN, H., 2001:81

Na verdade, foram os gregos que primeiro elaboraram a noção de direito. O pensamento platônico é o início da racionalização. Antes, porém, o pensamento grego está penetrado pela mitologia. O conceito de justiça sai da lenda e passa a ser entendido a partir da perspectiva da razão.
http://www.espacoacademico.com.br/

Consequências
O impacto da Revolução Francesa – que em 1789 proclamou Liberté, Egalité, Fraternité na França, eliminando a ordem social feudal e promovendo a separação de poderes – foi o que faltava para fazer desmoronar o Sacro Império Romano de Nação Germânica. Os ideais revolucionários que se fizeram ouvir na França não chegaram a se alastrar na Alemanha, devido à estrutura federalista do império. Mas as ofensivas militares desencadeadas pela revolução tiveram amplo efeito sobre a região. Atacado pelo exército de Napoleão Bonaparte, que se considerava herdeiro da Revolução Francesa, o Sacro Império sucumbiu definitivamente, e a França anexou a margem esquerda do rio Reno.
www.dw-world.de
Quando a Prússia e os outros estados germânicos ingressaram no século XIX, encontraram a onda de nacionalismo e as demandas por participação popular estimuladas pela Revolução Francesa.
ALMOND, G. e POWELL JR., G.: 197
O período da Revolução Russa que se inicia em 1924 foi definido como termidoriano, em referência à Revolução Francesa.
MAESTRI, Mário & CANDREVA, Luigi, Antônio Gramsci: vida e obra de um comunista revolucionário: 228
No exato centenário da carnificina macaquitos brasileños, que nada tinham a ver com aquelas porfias, colheram o ensejo para aplicar o golpe da res ex-pública, ora privada, e muito fedorenta:

Quatorze de Julho - A data de hoje, que a República Brasileira comemora solenemente incluindo-a no seu calendário de festa nacionais, tem alta significação para o espírito de liberdade que domina a civilização contemporânea. Quaisquer que fossem os erros e os excessos que se seguiram a grande conquista de 1789, a histórica já consagra o estupendo legado que a humanidade recebeu dessa grande revolução, - o início da transformação política de todas as nacionalidades modernas, o berço fecundo de onde frutificou a semente generosa de todas as liberdades.
O Estado de São Paulo, ed. de 14/julho/ 1895; republicado em 14/julho/ 1995
Só falta comemorar o 17 de outubro, da Bolchevique, sua filha mais exuberante.
Liberdade, Igualdade, Fraternidade são apenas ficções, e ainda incompatíveis entre si. O Nobel Amartya Sen (2001: 29) reconhece:
"A idéia de igualdade é contrariada por diversidades de dois tipos distintos: 1) a heterogeneidade básica dos seres humanos e 2) a multiplicidade de variáveis em cujos termos a igualdade pode ser julgada."
A igualdade, per se, é antitese da liberdade:
A Constituição Francesa de 1791 proclamou uma série de direitos, ao passo ‘que nunca houve um período registrado nos anais da humanidade em que cada um desses direitos tivesse sido tão pouco assegurado - pode-se quase dizer completamente inexistente - como no ápice da Revolução Francesa.’
LEONI: 85
Desde então, a Vaca Leiteira (como o nazista lhe chamava), e de resto o grosso ocidental vem batendo a cabeça no brete, ora à esquerda, ora à direita:
Faça a conta dos regimes que nos levam a codificar com um gesto nossas paixões do momento. Compensamos nossa inconstância através de visões eternas logo gravadas no mármore. Nossas revoluções passam primeiro pelo tabelião. Conseqüência: quinze Constituições em cento e oitenta se sucederam na França depois da Convenção: Diretório, Consulado, Primeiro Império, Restauração, Cem Dias, Restauração, Monarquia de Julho, II República, Segundo Império, III República, Vichy, de Gaulle, IV República, V República, ufa!
MITTERRAND, FRANÇOIS, Aqui e Agora: 90

O pressuposto de maioria na obtenção da verdade sói distanciá-la. O conceito provém das parelelas gregas: a força, e a matemática. Sob o ponto de vista científico, ambas foram destroçadas por EINSTEIN. O mundo é regido por relações, não por jogo de forças. A matemática não vem ao caso. Relações necessitam concordâncias recíprocas. A matemática nem sempre prevalece, nem mesmo na extraordinária proposição de NASH, a da combinação dos dados.
Com essas metonímias a França, e de resto TODOS os latinos se vêem constantemente envoltos em sucessivos golpes de Estado, sempre de acordo com a pretensa Vontade Geral preconizada por ROUSSEAU, não por MONTESQUIEU, e geralmente fraudada:
“O homem no estado natural de Rousseau se tornou, no século XIX, o ‘povo’ de Mazzini e o ‘proletariado’ de Marx. “ (ROSSELI: 118)
É admirável o mundo everenciar a façanha. Ainda mais bizarra é a caríssima comemoração francesa. Tirante o exibicionismo da Champs Elises, o governo patrocina todas das festas da capital, como se fossem juninas, naturalmente com dinheiro expropriado da produção: Somente o concerto de Johnny Hallyday no Champ-de-Mars custou quase dois milhões de 1,9 milhões de euros. Esta despesa é tomada integralmente em carga pelo ministério da cultura, e por certo, cabem muitas comissões. A consulta de hoje, feita pelo Le Monde assinala 75% da população desconforme com esta aberração.
Há algum tempo, notadamente desde 1968, incidentes protagonizados pela juventude também se multiplicam. Vai ver, esta pode ser uma das razões da nova onda de revolta juvenil:


PARIS - Jovens franceses colocaram fogo em 317 carros e feriram 13 policiais durante a noite de segunda para terça-feira, 14, às vésperas do Dia da Queda da Bastilha, segundo a polícia francesa. A polícia diz que 240 pessoas foram presas, quase o dobro do número de detidos no mesmo tipo de conflito no ano passado.
BBC, 14 de julho de 2009
A Revolução e a II Guerra Mundial
Para vencer os inimigos, necessitamos de audácia,
cada vez mais audácia, e então a França estará salva
.

DANTON
Debite-se quase exclusivamente à insensatez do homem-do-cavalo-branco as hostilidades até ao nosso século, algo que encontra ressonância na sinistra previsão de NIETZSCHE (A Gaia da Ciência: 194)
A Napoleão [...] é que nós devemos o poder pressentir agora uma seqüência de séculos guerreiros inigualável na história, em suma, de termos entrado na idade clássica da guerra, da guerra científica e ao mesmo tempo popular.Todos os séculos futuros lançarão sobre esta idade perfeita um olhar cheio de inveja e de respeito; pois o movimento nacional de onde surgira essa glória guerreira é apenas um contragolpe a Napoleão e não existiria sem ele.
O louco não viveu para testemunhar sua certeza nos horrores do front ocidental, na bolchevique, muito menos na atômica. Para mim não requer maiores delongas, nenhuma habilidade estabelecer uma ligação direta entre a subsequente devastação européia, especialmente no estádio germânico, e todas as guerras civis e internacionais que se sucederam, começando pela própria Franco-Prussiana, e findando pelo desfile de HITLER sob o Arco do Triunfo:
A derrota frente a Napoleão e a resoluta defesa por parte dos intelectuais da supremacia da cultura germânica converteu-se em ideologia popular: surgiu o sentimento de que a verdadeira força de uma nação residia no âmbito do espírito e da cultura. Segundo Soppè, entre 1850-80 dominava na ciência alemã um materialismo mecanicista, segundo o qual a realidade obedeceria a leis inerentes às próprias coisas, matéria e força seriam constituintes últimos do real.
PEREIRA, J. Cesar R: 38
A rica França, a tonta Alemanha, a hibernada Rússia, a folclórica Itália, los valientes espanholes, e TODOS os latinos foram aquinhoados, desde então, com inúmeras perturbações, guerras civis e internacionais, ditaduras e constituições de toda índole, justamente na esteira do carma.
Embora as leis e as condições de produção da riqueza possuam mesmo caráter das verdades físicas, a distribuição é apenas uma questão de instituições humanas. As coisas estando disponíveis, a humanidade, individual ou coletivamente, pode fazer com elas o que quiser. A sociedade pode sujeitar esta distribuição de riqueza a quaisquer normas que ela invente. MILL, J. S., cit. HAYEK, F.A., p. 127; tb. cit. HUGON, P.: 160.
Hegel influiu nos negócios na Alemanha ao fim das guerras Napoleônicas, diante a profunda humilhação nacional perante a França e as aspirações de unificação política e criação de um estado nacional que correspondesse a unidade e grandeza da cultura germânica.
BOBBIO, N., Estudos sobre Hegel : direito, sociedade civil e Estado: 119
BOBBIO ainda afirma que HEGEL conseguiu ser “mais roussoniano que Rousseau.”
Em 1870 a Prússia arrumou a fácil arregimentação apregoada pela Coruja de MInerva, porque contra a gente que descendia do inolvidável invasor. Retomando os sentimentos de vingança, BISMARCK uniu rapidamente a Nação.. Bem marcando a histórica lembrança, o Marechal de Ferro optou por vestir semelhante uniforme de general de cavalaria, primeira caricatura germânica de NAPOLEÃO - não tão egocêntrica, porém de assemelhado maquiavelismo. Chamou a Áustria para apoiá-lo, ampliando, com o reforço, a possibilidade de absorver mais terras e riquezas.
As ações de BIRMARCK tiveram as mais graves conseqüências, assim apanhadas : por EINSTEIN (New York Times, 23/6/1946; cit. Pais, Abraham, Einstein viveu aqui: 276) justamente ao cabo da II Grande Guerra Mundial:
“Se a Alemanha não tivesse sido vitoriosa em 1870, que tragédia para a raça humana teria sido evitada!”

O encouraçado Bismarck, o terror dos mares, um moderníssimo navio de combate, foi posto a pique pela esquadra inglesa do Atlântico na manhã do dia 27 de maio de 1941. Ele fora alvo de uma das maiores caçadas navais do século XX, quando a maior parte dos navios de guerra da Grã-Bretanha, senhora da mais poderosa esquadra do mundo, colocou como prioridade máxima afundar o Bismarck. Com ele foi-se a possibilidade nazista de nterceptar pela superfície os barcos que vinham de todos os lados do mundo para abastecer as ilhas britânicas. Dali em diante, quem tomou a tarefa de infernizar os comboios aliados foram os submarinos.
O mundo todo, especialmente o ocidental, a América Latina e nosotros, enfim, viemos pagando caro pela aventura genuinamente francesa:
"Hegel foi o filósofo clássico de todos os totalitarismos estatais e políticos, tanto os da direita (nazismo) como os da esquerda (comunismo).” (ROHDEN, H. 1993: 157)
Bismarck realizou a overture, e Hitler chegou no ápice. Nada de novo no front ocidental:
O fascismo caracteriza-se pela tomada de poder por gangsters, o que Marx chama de lumpen, gente não pertencente a nenhuma classe organizada da sociedade. Tomada de poder em nome do povo e da comunidade sem a limitação de nenhum controle racional. LIPSET, S. M., O homem político: 182

Nenhum comentário:

Postar um comentário