terça-feira, 28 de julho de 2009

Sobre a Teoria de Campo

Um novo conceito apareceu na física, a mais importante invenção desde a época de Newton: o campo. Foi necessária muita imaginação científica para perceber o que é que é essencial para a descrição dos fenêmenos físicos não são as cargas nem as partículas, mas o campo situado entre as cargas e as partículas. O conceito de campo mostrou-se bem-sucedido quando levou a formulação das equações de Maxwell para descrever a estrutura dos campos magnéticos.
EINSTEIN &INFELD: 244
Enquanto os formuladores continuavam descendo a ribanceira pelas coordenadas positivistas e cartesianas, alguns cientistas do XIX identificavam movimentos que excediam as uniformidades mecanicistas. MICHAEL FARADAY (1791-1867) introduzia, e JAMES CLERK MAXWELL (1831-1879) aperfeiçoava alguns cálculos com fatores até então desconsiderados, porque desconhecidos. As investigações levaram à Teoria de Campo, uma bomba nos ortodoxos racionalistas.
A teoria que proponho pode, por conseguinte, chamar-se teoria do campo eletromagnético por que trata do espaço nas proximidades dos corpos elétricos e magnéticos, e pode chamar-se teoria dinâmica por que supõe que neste espaço há uma matéria em movimento que produz os efeitos eletromagnéticos observados MAXWELL
O estudo sem referência a corpos materiais despedaçava a idéia de que as coisas só se moviam por impulso aplicado. Cada carga criava uma “perturbação”, uma “condição” no espaço à sua volta, de modo que a outra carga “sentia”sua força.
É extremamente sugestivo considerar que o germe que, nas mãos de VOLTA, OERSTED, FARADAY e MAXWELL, iria desenvolver-se numa estrutura de importância rival à mecânica newtoniana brotou de pesquisas voltadas para fins biológicos.
BOHR, N., Física atômica e conhecimento humano: 19
O conceito de força diretamente aplicada, o princípio da bola de bilhar, era substituído por isso que se convencionou como sutil campo de força, onde não se enxerga o ponto de início, o momento de aplicação da força. Ela passava admirada como efeito, não mais como razão. O mundo tomava conhecimento de que a atmosfera não era totalmente desprovida, mas esteio por onde percorriam fenômenos elétricos com poder de atração - o eletromagnetismo -, propagação em ondas, na velocidade da luz.
Na física do eletromagnetismo, um campo eletromagnético é um campo composto por dois vetores: o campo elétrico e o campo magnético. Os vetores (E e B) que caracterizam esses dois campos que possuem um valor definido a cada ponto no espaço e tempo. Se apenas o campo elétrico (E) não for nulo, e é constante no tempo, esse campo é denominado campo eletrostático. E e B (o campo magnético) são unidos pelas Equações de Maxwell. Campos eletromagnéticos podem ser explicados com base quântica pela eletrodinâmica quântica.
Wikipédia
As novas equações indicavam a produção de ondas, somente possíveis se não houver o vazio completo, anteriormente suposto. Elas emergem necessariamente de um campo dotado de potencialidade energética. EINSTEIN (Notas Autobiográficas: 12) reforça:
O que levou finalmente os fisicos, após longa hesitação, a abandonar a crença na possibilidade de toda a física ter como base a mecânica de Newton foi a eletrodinâmica de Faraday e Maxwell. Essa teoria, confirmada pelas experiências de Hertz, provou a existência de fenômenos eletromagnéticos que por sua própria natureza são separados de toda a matéria ponderável - a saber, as ondas no espaço vazio, que consistem em campos eletromagnéticos.
A prevalência dessas ondas propiciaram ao citado RUDOLF HERTZ criar as primeiras ondas de rádio, e daí à tv, radares, comunicação por satélites, e até o forno de microondas. Não por acaso o célebre RICHARD FEYNMAN reputava à descoberta da eletrodinâmica o acontecimento mais importante do século XIX.
A Teoria da Relatividade Especial e Geral (EINSTEIN: 56) demonstra a simplicidade, a coerência, a lógica e a eficácia da hipótese central de FARADAY:
Quando, por exemplo, um imã atrai um pedaço de ferro, não nos devemos dar por satisfeitos com a idéia de que o imã, através do espaço vazio entre eles, atue diretamente sobre o ferro, mas imaginamos com Faraday que o imã cria, sempre, no espaço circundante que o envolve, algo físicamente real, a que damos o nome de 'campo magnético'. Este campo, por sua vez, atua sobre o pedaço de ferro, de modo que ele tende a mover-se em direção ao imã. Não tentaremos justificar aqui este conceito intermediário, em si arbitrário. Limitamo-nos a observar que, com o auxílio dele, podemos representar teoricamente - de maneira muito mais satisfatória do que sem ele - os fenômenos eletromagnéticos, sobretudo a propagação das ondas eletromagnéticas. Interpretamos os efeitos da gravitação de maneira semelhante.
GOFFREDO TELLES JR. (O Direito Quântico: 54) explica:
Sendo geradora de energia, a partícula cria, em torno de si, um campo em que essa energia se manifesta. Aliás, todos os corpos geram campos de energia. A Terra, por exemplo, tem seu campo de energia magnética, que claramente se manifesta no comportamento da agulha da bússula. Os campos não devem ser consideradas como espaços vazios. Os campos são objetos físicos, pois é por meio deles que as partículas agem umas sobre as outras. É por meio deles, que os corpos, enorme multidão de partículas, se influenciam reciprocamente. Embora físicos, os campos não são objetos mecânicos. Um campo é imperceptível pelos sentidos. É imponderável. Não pode ser utilizado como sistema de referência. Mas é observável nos seus efeitos. É identificável nas perturbações que causa no comportamento das partículas ou dos corpos nele situados. Não somos capazes de ver a força de gravidade, mas a observamos na queda da maçã.

Quântica do campo

O ser humano é parte do todo, chamado Universo, uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experimenta seus pensamentos e sentimentos como algo separado do restante - numa espécie de ilusão ótica de sua consciência. Essa ilusão é uma espécie de prisão para nós, e nos restringe às nossas decisões pessoais e aos afetos por algumas pessoas mais próximas de nós.
EINSTEIN, Albert, cit. LASZLO, Ervin, A Ciência e o Campo Akáshico: 56
A descoberta de que as ondas eletromagnéticas podem ser explicadas como uma emissão de pacotes de energia (chamados quanta) permitiu o acesso aos sistemas atômicos e subatômicos. Na mecânica quântica, o estado de um sistema físico é definido pelo conjunto de todas as informações que podem ser extraídas desse sistema ao se efetuar alguma medida.
PASCUAL JORDAN e MAX BORN iniciaram as pesquisas sobre a irradiação atômica, e ganharam a parceria de WERNER HEISENBERG, isso pela metade da década de 20.
Por volta de 1950 veio a confirmação da enorme potencialidade inserida no espaço

O físico alemão W.O.Schumann constatou que a Terra é cercada por uma campo eletromagnético poderoso. Ele se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100 km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (daí chamar-se ressonância Schumann) mais ou menos constante, na ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio a biosfera, condição comum de todas as formas de vida.
Junto veio a confirmação e melhor aferição da quântica nos campos, uma espécie de unificação almejada por EINSTEIN.. Chama-se Filosofia da Teoria Quântica do Campo. O novel enfoque atribui aos indivíduos (as partículas) uma variedade de propriedades. As propriedades decorrem de cada localização no espaço espaço-temporal. Ele verifica as amplitudes do EspaçoTempo em relação à função de onda da própria partícula identificada.
Na Teoria Quântica de Campo (QFT) propriamente, o campo perfaz os componentes fundamentais. Qualquer dado deve ser elaborado a partir de sua amplitude, ainda que tal abrangência seja dificilmente mensurável. De todo modo as partículas são apenas expressões da excitação do campo, de maneira que de pouca serventia será identificar sua potência, mas sim a do campo, pelas interações pontuais. O holograma se conecta - in-forma todas as coisas, por todo o EspaçoTempo.
O fenômeno eletromagnético baliza a trajetória do elétron em torno do núcleo. Eis sua mais perfeita conceituação:

A teoria quântica de campo é a aplicação conjunta da mecânica quântica e da relatividade ao campo que fornece uma estrutura teórica usada na física de partículas e na física da matéria condensada. Em particular, a teoria quântica do campo eletromagnético, conhecida como eletrodinâmica quântica (tradicionalmente abreviada como QED, do inglês 'Quantum EletroDynamics', é a teoria provada experimentalmente com maior precisão na Física. a teoria protótipo era chamada de segunda quantização, isto é, a realização e quantização dos campos, além da quantização da matéria. A tanto, a teoria quântica do campo considera tanto a matéria (hadrons e leptons) quanto os condutores de força (bosons mensageiros) como excitações de um campo fundamental de energia mínima não-nula (vácuo).


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