sexta-feira, 3 de julho de 2009

Carma Ocidental - 51. Édipo, ou luta pelo poder?


Nós gostamos das delimitações, das classificações, das hierarquias, das identidades claras. O essencial do esforço ocidental é afinal de contas nos traçados de fronteiras. Trata-se sempre, para nós, de esclarecer os contornos de uma idéia, de um objeto, de um projeto, de uma ato. Nós nos esforçamos de estabilizar esses contornos e de operar escolhas. Por exemplo: entre o verdadeiro e o falso, o justo e o injusto, o homem e a natureza, os fiéis e os infiéis. O movimento profundo, na Ásia, é exatamente o contrário: trata-se de apagar as barreiras, as distinções, de dissolver ou de afastar o sujeito fechado, o conceito que resiste, as aparentes contradições que bloqueiam o movimento. Último objetivo: a fusão com o Todo, a inserção imediata em um real fluido e movediço. Chegar a esse estado onde todas as fronteiras param ou se apagam, viver nessa indistinção suprema, tal seria a sabedoria. www.expressaototal.blogspot.com/2008/
Se alguém disser que o Sol circunda a Terra, facilmente poderá provar- basta acompanhar o nascente. Quase do mesmo modo, NEWTON demonstrou como agem as forças gravitacionais. Todavia, desde a mais tenra idade já somos alertados: não é a estrela maior que viaja, e sim nosso enfeitiçado planeta que a contorna. E ainda que poucos saibam, não são forças que regem a natureza gravitacional, mas apenas relações de massa, espaço e tempo. Até o limiar do XX isso era inimaginável. Os pés naTerra indicavam a certeza do rumo. "As imutáveis leis da História descritas por Marx, a luta desesperada pela sobrevivência de Darwin e as tempestuosas forças da sombria psiquê de Freud devem, em alguma medida, sua inspiração à teoria física de Newton." (Zohar, Danah, e Marshall, I.: 16)
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Disponho heurística coincidende. A provisória hipótese, elaborada com matrizes empíricas, até pode ser polêmica, mas não totalmente desprovida de razão. Admito a ousadia; porém ela não é carente de sentido, de argumentos, de ligações.
A cogitação não é aplicável a todo mundo - não possui o caráter universal tão apreciado pela ciência. Haverá enorme contingente que escapa do critério. Como salvaguarda, todavia, considere, pelo mesmo falsear, que o Complexo de Édipo também não pode ser aferido indistintamente, como se fosse uma regra imperiosa, inquebrantável, a toda gente.
Via-de-regra, e infelizmente, nossa "ciência" e por extensão nosso comportamento derivam da ágora, flagrantes através da política (poder, ou propriedade), da religião (mistificação), & da tècne (instrumento).
Freud buscou inspiração na cultura Grega, pois a doutrina platônica com certeza o impressionou em seu curso de Filosofia. As partes da alma de Platão correspondem ao Id, ao Superego e ao Ego da sua teoria que atribui funções físicas para as partes ou órgãos da mente (1923 - 'O Ego e o Id'). No centro do 'Id', determinando toda a vida psíquica, constatou o que chamou Complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe, e uma rivalidade com o pai. Segundo ele, é esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas.
COBRA, Rubem Queiroz - www.cobra.pages.nom.br/ecp-psicanalise.html
O estabelecimento do liame identifica o leitmotiv. No caso em tela, o objeto de conquista é o próprio filho. A mãe, reage: o que é dela, ninguém tasca. Nem o pai!
O gênio irriquieto e ambicioso dos europeus... impaciente para empregar os novos instrumentos do seu poderio.
FOURIER, JEAN-BABTISTE-JOSEPH, Descritiption de l'Égypte, prefácio.
Por tanto venerar os musculosos guerreiros é que PLATÃO e seus cometas desenharam esta base filosófica até hoje praticamente incólume, impregnando com seus parcos propósitos quase todas as ciências e políticas adotadas pela civilização ocidental. Levam o mundo à Marte, justo por não amar-te. “Hegel, como Heráclito, acredita ser a guerra o pai e a mãe de todas as coisas.”(POPPER, K.: 44)


A questão da propriedade


O amor é filho de dois deuses: a carência e a astúcia.
SÓCRATES

Contrastes do amor e do direito: ponto culminante, sacrifício para o mundo.
NIETZSCHE, F., O livro do filósofo: 36
O filho muda a vida do casal, e nada pode ser previamente estipulado. O que era a vie-en-rose passa por vários matizes: a famosa depressão pós-parto, ansiedade pelo cuidado com o novo ente querido, a responsabilidade pelo sustento, a divisão das atenções, enfim, não há quem não passe por momentos de atribulações, completamente imprevisíveis. Os instantes nevrálgicos se sobrepõem às esperanças, e o sexo frágil se torna ainda mais fragilizado. Junto com as festas pelo rebento se sobressaem apreensões e com elas inéditos pensamentos.
A mãe carrega no ventre a propriedade exclusiva, mas ao nascer outros se aproximam com idênticos direitos. Entre esses, o pai se mostra a maior ameaça, naturalmente. Nada mais oportuno do que bem colorir a ameaça: “Para falar em termos fisiológicos: na luta com o animal, torná-lo doente é talvez o único meio de enfraquecê-lo.” (Idem, Crepúsculo dos ìdolos, ou como filosofar a marteladas: 54) No caso em tela, o protagonista é o pai. O novo quadro toma maior vulto, e de certo modo confirma a primária angústia materna, no primeiro desacordo do casal, este sim, inevitável.
"Na Idade Média, a dialética torna-se disputatio, isto é, um confronto de opiniões.” ( ABRÃO, B.: 353) Com o inimigo à vista, resta o resguardo pelo proselitismo amoroso, no aliciamento emocional. Apenas sob um viés ela logra salvar: "Tudo é duplo no homem, tudo se joga entre o tempo e a eternidade. Só o amor (...) pode rasgar o reino da necessidade." (CHÂTELET, F.: 43)
Numa eventual separação, quem ficará com sua a guarda?
Em qualquer decisão a situação se agrava.
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O preço pago por EINSTEIN
Para corroborar a ilação, mais uma vez trago a experiência, desta feita por demais dolorosa, do honroso copiloto:

Eu carreguei esses meninos no colo inúmeras vezes, dia e noite, leveio-os para passear de carrinho, brinquei com eles, e me diverti ao seu lado. Eles costumavam gritar de alegria quando eu chegava; o menor grita até hoje, pois é muito pequeno para entender a situação. agora, eles partirão para sempre, e a imagem do pai fica prejudicada. EINSTEIN, ALBERT, cit. ISAACSON, WALTER, : 202
Neste caso, pelo menos, parece flagrante que os meninos não hostilizavam o pai por nenhum complexo, mas por um mau-juízo levado à cabo por força das circunstâncias.
Depois disso a guerra contra Mileva se ampliou, apenas por causa financeira, ou seja, de novo pelo poder, às custas dos inocentes. Ela envenenou completamente os filhos contra ele. O resultado não poderia ser mais nefasto: o menor, Eduard, acabou internado em um hospício.
EVELYN EINSTEIN (cit. BRIAN, D: 275) neta do Grande Relativo, inquieta adolescente filha adotiva de HANS ALBERT, foi visitá-lo. Ficou horrorizada:
Ele tinha uma cela particular, um quartinho sem janela no porão. A porta dava para um corredor. Tinha mobília e luz elétrica, mas era escuro e úmido. No entanto, ele estava acostumado. Acostumava-se com tudo. Era um ser humano institucionalizado quando o conheci. Não poderia viver do lado de fora. Acho que quanto menos informado mais fácil era controlá-lo. Ele me contou que trabalhava no jardim, mas não gostava. Disse que era muito importante, porque quando os russos invadissem a Suíça, matariam todos os que não trabalhassem. Eu perguntei porque ele dizia isso e ele explicou que o [pessoal do] hospital tinha lhe contado para convencê-lo a trabalhar no jardim.
BRIAN (p. 433) completa: "Disseram a Evelyn que Eduard ouvia vozes imaginárias e ficava violento, mas nada disso aconteceu em sua presença.”
Eduard, junto à mãe, Mileva Marice ao irmão, Hans Albert
EEduard deixou a vida precocemente, recluso pelas lúgubres paredes como esquizofrênico, enquanto hoje se sabe, por vários depoimentos, a precária condição mental da própria mãe, constantemente depressiva.
.No flagelo de EINSTEIN, o ato se consumou de maneira mais radical. Contudo, ainda que uma incompatibilidade não precipite a separação, a simples ameaça já torna a mãe atenta, e pretensamente prudente. Pois se o bebê é hóspede exclusivo da mãe, desde a concepção; se ele se vale do seio materno, da mão, do carinho, do afeto, da ternura, de tudo o mais que só uma mãe pode dar, não há dúvidas que o pai pode parecer a maior ameaça à usurpação.

Os graves danos
Nas sociedades, cabe a mãe, por várias razões, doar a maior parte do tempo que dispuser ao conforto do filho, e de fato, por natureza, sói ser mais amorosa. O pai, na costumeira luta pela sobrevivência do núcleo, afasta-se do acompanhamento mais intenso. Nas rupturas de diálogo, tão somente, ainda que por curtos períodos, coisas comuns a quaisquer casais, desde a mais tenra idade o filho não hesitará em dar razão à mãe, suposta e geralmente mesmo, a parte mais fraca; e tirará, por via de imperiosa consequência, a razão do pai.

E se pai ainda conservar um caráter mais enérgico, até mesmo com fins educativos? Pronto: a mãe ao defender o rebento do malvado, acusa a injustiça cometida. Automaticamente ela estimula a revolta do "Édipo".
Criança requer mimo e proteção, mas caso excessivos, constituem um risco para o desenvolvimento, à fragilização da personalidade.
Devemos, então, considerar FREUD um libertador de traumas, ou um rasteiro opressor?
Ao início de novo ciclo, pois, desaparecem resistências. O método ortodoxo-psicanalítico é visto como 'um grande embuste no qual somente ingênuos ou fanáticos praticam, por respeito religioso ao seu fundador, ou por interesses materiais pouco dignos'. MEZAN, RENATO, Cada disciplina com seu objeto. - Folha de São Paulo, 21/11/1993, caderno 6: 5
Conheci uma maquiavélica senhora. Fingia flertar com qualquer um. Os flagrantes revoltavam o consorte, naturalmente, mas era coisa que só ele via. Como ela passava todo o tempo livre com o filho, era trivial concluir que o pai foi alcunhado como ciumento, um ciúme doentio, condenável, fruto exclusivo de suja imaginação.
Sutilmente, por certo quase sempre de modo inconsciente, e por isso inconsequente, vai a mãe aos poucos minando a confiança do menor à fidelidade do pai, até a fé em sua higidez mental.
O pai como inimigo, ou traidor da família, assegura o monopólio da mãe. Eis o depoimento de ninguém menos do que EINSTEIN (cit. ISAACSON, W. : 226):
"A causa foi o medo da mãe que os pequenos se tornassem dependentes demais de mim."
Eis o dilema do marisco:

O marxismo e a psicanálise freudiana expressam os dois lados de um mesmo 'fato', duas perspectivas de uma mesma realidade, a realidade do indivíduo 'cindido', explorado e alienado. PISANI, M. MELLO, Revista Mal-estar e subjetividade . - Fortaleza, CE, março/2004
Para o reforço do combate, não raras vezes se aliam os avos maternos, ávidos em competir com os paternos.
E como se desce, desse mundo de ironia e razão e veridicidade, ao reinado do sábio de Platão, cujos poderes mágicos o elevam muito acima dos homens comuns, embora não tão alto que dispense o uso de mentiras ou despreze o triste mercado de cada curandeiro, a venda de feitiços, de encantamento e criadores de raça, em troca de poder sobre seus concidadãos! PEREIRA, J.C., Epistemologia e Liberalismo - Uma Introdução a Filosofia de Karl R. Popper: 153
Eis como o tal complexo, visto "natural", "compreendido" por hipócritas, pode ser completamente antinatural, levado à cabo pela faina do poder, o carma de nossa civilização:
O racionalismo priva de energia tudo aquilo que os homens mais amam: o sonho, a fantasia, o vago, a fé, a afirmação gratuita. Acrescentemos que isso é essencialmente inumano: o racionalista persegue seu raciocínio, não se importando em saber se ofende os interesses da família, da amizade, do amor, do Estado, da sociedade, da humanidade. Na realidade, o racionalista é um monstro. A humanidade se afirma nas suas religiões mais vitais atirando-lhes na cara o seu ódio. BENDA, JULIEN, cit. BOBBIO, NORBERTO, Os intelectuais e o poder: dúvidas e opções dos homens de cultura na sociedade contemporânea: 56.
O resultado dessa formidável sapiência se vê alhures:"A estimativa é de que atualmente haja 35,6 milhões de pessoas vivendo com demência no mundo. Este número deve subir para 65,7 milhões até 2030 e 115,4 milhões até 2050." BBC-Brasil, 21/9/2010
A falha metodológica freudiana: o "racionalismo" cartesiano
Talvez o ramo mais afetado pela epistemologia cartesiana seja aquele dedicado à pesquisar os segredos da mente. Em primeiro plano, a Psicologia, evoluída a partir de meado do XIX. A novel e vistosa cátedra naturalmente também almejava obter a carteira de identidade da comunidade científica. O rigorismo quantificado passou a ter a única importância à aferição da inteligência. A geometria analítica poderia traduzir as operações de pensamento. E as ciências humanas, agora as “mentais”, ficavam mais uma vez privadas de seu sujeito e de seu objeto. Em nome do racionalismo, apelos simétricos.
Eis como pode ser bem fracionada, à ponto da esquizofrenia, a mente em precária formação, cingida entre o bem da mãe, e o mal projetado do pai; entre a razão maternal, e a emocionalidade paterna.
"A crença fundamental dos metafísicos é a crença na oposição de valores." (NIETZSCHE, F., Além do bem e do mal: 10)
“A cisão é a fonte da exigência da filosofia”, diz Hegel no Differenzschrift.( cit. CÌCERO, A.: 73)
HEGEL (Conferências e escritos filosóficos de Martin Heidegger; Hegel e os gregos: 20) não titubeou homenagear o ídolo: "Com Descartes cruzamos propriamente o umbral de nossa filosofia independente. Aqui, podemos dizer, estamos em casa e podemos, como o navegante após longo périplo por mar proceloso, exclamar ‘terra’!
Não seria preferível HEGEL permanecer no mar?
Bem se pode entender, contudo, o viés esteriotipado da Coruja Prussiana:

Quando Hegel estudava o destino do sujeito racional sobre a linha do saber, ele não dispunha mais do que de um racionalismo linear, de um racionalismo que se temporalizava sobre a linha histórica de sua cultura, realizando movimentos sucessivos de diversas dialéticas e sínteses. BACHELARD, G.: 57
O preço se faz incomensurável. Popper (cit. Oliva, Alberto, Popper, Da atitude crítica à sociedade aberta. - Pereira, Julio Cesar R., Organizador, textos de Oliva, Alberto; Caponi, Gustavo A.; Carvalho, Maria Cecilia M.; Barros, Roque Spencer Maciel de: 92) não poupou críticas à ilusão vendida:

A psicanálise é uma metafísica psicológica interessante, mas jamais foi uma ciência. O que impede suas teorias de serem científicas é que não excluem qualquer comportamento físico possível. Mas qual era seu método de argumentar? Freud dava exemplos: analisava-os e mostrava que se encaixavam em sua teoria, ou que sua teoria podia ser descrita como sendo uma generalização dos casos analisados. Por vezes apelava aos seus leitores para que suspendessem suas críticas, e indicava que iria responder a todas as críticas sensatas em ocasiões posteriores.
A primeira desintegração se elabora no interior da criança, dividida e vista como composta por corpo e alma, esta em princípio divina, mas que poderia tomar o rumo do inferno, se capitulasse frente aquele mundano e limitado, contraste que leva diretamente ao confronto, e a consequente doença de todo organismo.
O dualismo cartesiano, ao criar a bifurcação mente-matéria, observador-observado, sujeiro-objeto, moldou o pensamento ocidental, poucos filósofos discordando dele, cujos mais notórios foram Spinoza e Schopenhauer. No século XX essa discordância se acentuou. GOTTSCHALL: 189
O mesmo se sucede com as questões relativas à mente, ao cérebro e ao corpo, em relação as quais o erro de Descartes continua a prevalecer. Para muitos, as idéias de Descartes são consideradas evidentes por si mesmas, sem necessitar de nenhuma reavaliação. DAMÁSIO, ANTÔNIO : 113.
O movimento profundo, na Ásia, é exatamente o contrário: trata-se de apagar as barreiras, as distinções, de dissolver ou de afastar o sujeito fechado, o conceito que resiste, as aparentes contradições que bloqueiam o movimento. Último objetivo: a fusão com o Todo, a inserção imediata em um real fluido e movediço. Chegar a esse estado onde todas as fronteiras param ou se apagam, viver nessa indistinção suprema, tal seria a sabedoria.
www.expressaototal.blogspot.com
Em nosso modo, infelizmente, resta a prevalência do carma, desde o berço:
Na Grécia, berço das artes e dos erros e onde se levou tão longe a grandeza e a estupidez do espírito humano, raciocinavam sobre a alma como nós.
VOLTAIRE, «13.ª carta», Cartas Filosóficas.
Em 1932 FREUD (cit. ALVES, RUBEM, Rubem, Filosofia da Ciência: 110) teve a coragem de enviar uma carta a EINSTEIN, logo para quem, com a sugestão:
“Não será verdade que cada ciência, no fim, se reduz a um certo tipo de mitologia?"
ULISSES CAPOZOLI (Cem anos no divã do doutor Sigmund Freud, O Estado de São Paulo, 29/10/1995) compara e questiona:
“Ao contrário dos trabalhos de Einstein, no entanto, que ganham consistência com o tempo, as perspectivas da psicanálise não parecem tão evidentes. No seu centenário, a psicanálise divisa seu próprio fim?”
EINSTEIN prognosticou o Nobel de Literatura, não da ciência, que seria abiscoitado pelo coitado do charuto.
O famoso complexo se esvai na observação de MALINOWSKI (cit. MERQUIOR, J.G, As Idéias e as Formas: 182) sobre os costumes nativos das ilhas Tobriand - o triângulo envolve o filho, a mãe e, em vez do pai, um tio materno, que nem coabita com sua irmã.

O superego é um juiz malévolo, como seu inconsciente é um carcereiro obtuso: velando sempre tão zelosamente sobre seu segredo, ele acaba por designar o local onde se esconde. Sob o pretexto de liberar os complexos, as pessoas se enredam cada vez mais nos assuntos sociais, familiares. BACHELARD, GASTON, cit. QUILLET, PIERRE: 61
Como relembra Renato Mezan, usando as palavras famosas, felizmente “não se pode enganar todo mundo todo o tempo.” (29)
Hegel, Platão, Hobbes, Descartes, Rousseau, Darwin, Bentham, Mill, Comte, Sorel, Marx e Freud abordaram a ciência por ângulos de aproximação e desenvolvimento invertidos: quanto mais acreditavam em suas verdades, mais longe delas ficaram. Foram à “Marte", justo por não amar-te, acompanhados de milhões que ainda embarcam, por ingenuidade, imitação, interesse, mas geralmente desinteresse, justificativa, desespero ou comodidade, nesta nave onírica de perfídia sideral.
“Freud forneceu-nos a metade doente da psicologia e devemos agora preencher a metade saudável”.(Maslow, A., Toward a Psycology of Being, Van Nostrand, Reinhold, 1962: 5)
Livrai as criancinhas do banco dos réus, please.
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