sexta-feira, 27 de março de 2009

Um Brasil racista?

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O estudo da sociedade é tão precioso porque o homem é muito mais ingênuo como a sociedade do que como indivíduo. NIETZSCHE, F., Vontade de Potência - Parte 2: 276

Desde a malfadada Revolução Francesa tem sido costume dos governantes colocar as próprias nações em choque. Enquanto os cidadãos se digladiam, e por isso se tornando enfraquecidos, os vilões colhem o ensejo para saqueá-los. Tal tática, como todas maquiavélicas, em um primeiro momento se fazem eficazes. Todavia, por incitar o ferimento da própria natureza humana, que se distingue da animalesca justamente por conhecer o amor, raro escapa de naturais compensações.
A introdução do fascismo no Brasil
Para o fundador do Teatro Experimental do Negro, em 1944, a presença de Joaquim Barbosa no STF causa desconforto aos colegas. Ex-deputado federal e ex-senador, Abdias conta que foi 'esmagado' no Congresso. 'Sempre quando ele (o negro) ergue a voz, já é um crime', afirma. 'Há um racismo na Justiça brasileira'. TERRA, 23 de abril de 2009
Engana-se. O que causa desconforto naquele rincão é alguém compromissado com a Justiça. Só isso.
Ultimamente o Estado brasileiro vem tentado recriar o suprassumo do racismo, logo aqui, onde se encontra a maior mistura de raças do planeta. A politicalha começou se imiscuindo nas relações educacionais, determinando cotas para os negros, por que senão os malvados brancos lhes alijariam da participação produtiva. Como se postou em prol do pretensamente injustiçado, ninguém reparou o retrógado cunho que norteou tais determinações. Por bizarro, o difícil é delimitar na mulata, no mestiço, qual fator preponderante. Haja preconceito.
Ora o Presidente da Nação vem culpar "os brancos de olhos azuis" pela safadeza do mundo. Para mim é a mais candente manifestação racista já pronunciada. Se o retirante tivesse dito que era "coisa de negão com zóio preto" ouviria de imediato o "teje preso"!
Só posso tributar o ápice da infelicidade como fruto de uma megalomania que se acentuou por ter sido recebido com honras de chefe-de-estado, (embora pouco comande por aqui) na maior potência do mundo.
O Brasil não sabe se quer ser o primeiro entre os pobres ou o último entre os ricos.. Essas cúpulas me fazem lembrar aquelas bonecas tradicionais russas (matrioshkas). Vem uma atrás da outra e é tudo vazio...
Pela charla de Sauípe o Brasil tenta seguir os passos de Fidel, Chávez e Morales (os mesmos que vem periodicamente aplicando vários golpes contra nossas empresas e até o sistema financeiro, ao sangrar o BNDEs), para não dizer de Hitler.
Sob o títuloTTThe samba beat, with missteps. (O ritmo do samba, com passos em falso) a britânica The Economist ironiza a "política" externa brasileira, calcada numa "harmonia ilusória" da região: "A promessa de Lula de ser generoso com os vizinhos menores não é recíproca", diz a revista, em tom de blague, lembrando a inércia do Brasil diante do esbulho causado pela Bolívia à Petrobrás, do calote do micro Equador (3), e do affaire com novo Tratado de Itaipu,,.requerido pelos tradicionais falsários paraguaios. Brasil virou corrimão, bunda de vedette: todo mundo passa a mão, mas nenhum de olhos azuis. .
Estado e patrocinadores de campanha se esbaldam na patente crise de vergonha. Todos bradam contra o protecionismo conquanto combinam proteções recíprocas. Propalam fortalecer as relações multilaterais, porém a arte em vigor exige fronteiras fechadas, de modo que não há flanco relacional. .Anunciam fortalecer as relações multilaterais, porém a arte em vigor exige fronteiras fechadas, de modo que não há flanco relacional. São fanfarrões, moleques, inconsequentes.

Elaboram previsões catastróficas para as economias de todos países, exceto aos paraísos fiscais, os quais lhes mantém cada vez mais opulentos, numa pizza dividida em aproximadamente 500 pedaços, para também contemplar integrantes dos poderes judiciário e legislativo, inclusos os estaduais. Não cogitam, os incautos que os paraísos fiscais mantém o sigilo absoluto apenas ao povo, porque as off-shores são obrigadas a constantes relatórios às suas origens, sabendo os governos exatamente o montante, a propriedade, os bens e o modo pelo qual são conduzidos os depósitos lá trancafiados. Aliás, a Suíça, o maior ícone, recentemente notificou o Brasil sobre a incidência de vultoso montante mal-havido, fato que desvirtua o carácter da proposta suíça, que é preservar o sigilo em função de concorrências, não para proteger apropriações indébitas e corrupção desenfreada. A Suíça sabe que um fluxo artificial desarranja o mercado, e, por via de consequência, suas próprias instituições.
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Neste instante, milhares de pais-de-família saem a pé, embaixo de chuva; os mais afortunados embarcam em onibus, trens, metrôs, bicicletas e automóveis para ganhar o pão de seus filhos, que vem pela praticamente pela metade porque a outra é fica à cargo, e é consumida ao deleite da alienada plêiade, enquanto as mães lotam igrejas implorando pelo emprego, ou por sua manutenção. Enquanto isso o governo prima por tentar arregimentar prosélitos, e para tanto inventa guerras. Ao invés de se espelhar nos líderes que encaminharam suas nações ao desenvolvimento social e individual, o ex-sindicalista prefere seguir os passos dos revoltosos gangsters, nada mais do que os marginais da civilização.
Infelizmente, nós, brasileiros, nunca lemos Burke, Locke ou Tocqueville, nem Acton, Burkhardt ou Hayek, ou outros bons autores anglos-axônicos. Preferimos as divagações românticas dos discípulos de Rousseau, as chatices de Comte e a filodoxia ou pretensioso amor das opiniões especulativas e rebuscadas dos autores da rive-gauche, influenciados por Marx e seus corifeus. Gramsci e os medíocres professores da Escola de Frankfurt ainda continuam aqui hegemônicos.
PENNA, O.M.
O espírito das revoluções: da revolução gloriosa à revolução liberal: 469
Nosso dileto embaixador é por demais condescendente. Pessoal prefere as notícias do Corinthians, regado à 51. Pois quando o pessoal estiver sóbrio, poderá constatar que o timão enverga justamente a combinação do branco com o preto!
O homem só muito lentamente descobre como o mundo é infinitamente complicado. Primeiramente ele o imagina totalmente simples, tão superficial como ele próprio.
NIETZSCHE, F., O livro do filosofo: 41
Não por acaso temos sido mal-vistos em todos os lugares do globo. Uns pensam que somos todos iguais. Outros, que somos todos ingênuos. Por qualquer lado, estamos com nossa imagem jamais tão arranhada, tão denegrida, agravada por uma corrupção jamais vista em nenhum lugar do mundo, consubstanciada com índices de criminalidade maiores do que as guerras do Afganistão, Iraque, e da Palestina, juntas:
Com aproximadamente 48 mil mortes por ano, o Brasil é um dos países que detém uma das maiores taxas de homicídios no mundo, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira pelo relator especial do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias ou Extrajudiciais, Philip Alston.
Folha de São Paulo, 15/9/2008
"O Brasil aparece como uma das principais rotas de tráfico de cocaína da América para a Europa, em relatório sobre drogas divulgado nesta terça-feira pela Casa Branca." (Idem, 16/9/2008)
Como não fosse suficiente, inúmeras desventuras vem se multiplicando na sociedade brasileira. São alarmantes os índices de divórcios; de brigas em trânsito; de acidentes; proliferação de igrejas, e consultórios psiquiátricos; de questões judiciais de toda a espécie; procura por concursos à burocracia, portanto improdutivos; e de revoltas populares.
Só um homem bastante tolo pode honestamente compartilhar os prejuízos impostos a mais da metade da nação. Portanto, qualquer homem capaz e com talento político deve ser hipócrita para obter sucesso na política; mas ao longo do tempo a hipocrisia destruirá seu espírito público. RUSSELL, Bertrand, Ensaios céticos: 135
Acostumado a dizer qualquer bobagem de modo totalmente irresponsável, por isso impune, o senhor da Silva não tem a menor noção do desfecho que acaba de lavrar, agravado pelo fato de ser manchete internacional, não por sua estupidez, é claro, costumeira, corriqueira, contumaz, mas pelos ouvidos do Premier britânico que gentilmente nos visitava. Tenho a impressão que S. Exa. agora se encaminha vertiginoso ao triste epílogo, o mesmo reservado aos principais atores de Maquiavel.
É absolutamente inacreditável a que absurdo podem chegar as declarações inusitadas, que a cada dia inundam a mídia, do mandatário desse país. Não é possível que qualquer brasileiro, por mais humilde ou conformado, seja obrigado a conviver com esse manancial infindável de descalabros verborrágicos que assolam os discursos de alta complexidade cultural sabe-se lá criadas onde. Se frutos do improviso de um cérebro patologicamente comprometido, do total descaramento, ou do pouco caso para com a posição que ocupa. Será isso discriminação para com a cultura e a inteligência alheia? Não é de se esperar outra coisa de um analfabeto funcional declarado e assumido, que além de não saber se expressar de forma oral ou escrita alardeia a vaidade que tem de não gostar de ler (sê é que sabe), fruto, segundo o próprio, da origem humilde da qual tanto se orgulha. Esse mesmo humilde homem não consegue, entretanto, esconder o deslumbre pessoal e familiar com o poder, com o dinheiro fácil oriundo do suor do povo que comanda, e com a capacidade política que um dia se convenceu que tem. Será que se lembra mesmo de suas origens? Patética figura a desse homem que confunde o povo ao fantasiar de humildade a ignorância cultivada, o desinteresse pelo conhecimento e um mínimo de respeito para com o povo que representa.
TEIXEIRA, Luís de Almeida, O Globo, 27/3/2009
Veja a repercussão da tolice:
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/03/27/declaracao-de-lula-premie-britanico-causou-constrangimento-dizem-jornais-internacionais-755028285.asp

Um Brasil Muito Além do Jardim
Um energúmeno?*
Do conceito de justiça

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* Finalmente há quem acompanhe a Nav's ALL :
O preconceito existe, não tem como negar, mas a lei provoca um acirramento da discriminação na sociedade. Até quando o critério cor da pele vai continuar prevalecendo? A ditadura do politicamente correto impede que o Legislativo discuta a questão", disse ele, durante sua defesa. A lei estadual tem o objetivo de garantir vagas a negros, indígenas, alunos da rede pública de ensino, pessoas portadoras de deficiência, filhos de policiais civis e militares, bombeiros militares e inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão do serviço. Deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP)

'Cotas' é uma discriminação racial contra brancos pobres, p.ex. Mas isto não é o pior. O pior é que AUMENTA a discriminação contra os negros. Qualquer negro formado será tratado como 'cotista incompetente' mesmo que não tenha usado as cotas.
Estadão, 25/5/2009


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