O senso-comum continua acreditando que o sudário possui "características inexplicáveis que não podem ser reproduzidas por mãos humanas", disse o cientista Luigi Garlaschelli, em nota.
"O resultado obtido, todavia, indica claramente que isso poderia ser feito com o uso de materiais baratos e um procedimento simples".
Garlaschelli, professor de Química da Universidade de Pavia, disse ao jornal
La Repubblica que sua equipe usou linho tecido com as mesmas técnicas que as usadas no sudário, e envelhecido artificialmente por aquecimento em um forno e lavagem.
O pano então foi colocado sobre um estudante que usava uma máscara para reproduzir o rosto, e esfregado com um pigmento vermelho muito usado na Idade Média. O processo consumiu uma semana, disse o jornal.
O sudário aparece pela primeira nas mãos de um cavaleiro francês, em 1360, curiosamente nos instantes do
Grande Cisma do Ocidente, a crise religiosa que ocorreu na
Igreja Católica de
1378 a
1417, depois da derrocada das Cruzadas.
"As Cruzadas não diziam respeito apenas à libertação do Santo Sepulcro, mas antes a saber qual dos dois venceria na terra." (SAID, EDWARD, Orientalismo: o oriente como invenção do ocidente: 180)
O artefato é mantido numa câmara especial da catedral de Turim, e raramente é exibido em público. A última apresentação foi no ano 2000, quando atraiu mais de 1 milhão de visitantes. A próxima está prevista para 2010.
Francamente, malgrado ter lá suas virtudes, cogito inclusive a completa falsidade do cristianismo. Parece-me flagrante recurso à manutenção do Império Romano, sob outro signo. Na decadência dos implacáveis
augustos, surgiu um
agostinho bonzinho:
Agostinho é uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Agostinho foi muito influenciado pelo neoplatonismo de Plotino.[3] Ele aprofundou o conceito de pecado original dos padres anteriores e, quando o Império Romano do Ocidente começou a se desintegrar, desenvolveu o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus (em um livro de mesmo nome), distinta da cidade material do homem.
Wikipédia
O sistema filosófico-teológico de Agostinho está inteiramente calcado sobre a ideologia do Antigo Testamento. As doutrinas de Agostinho sobre o pecado e redenção do homem são de uma clareza diáfana e foram aceitas quase universalmente, com algumas modificações pela Igreja cristã do Ocidente, até aos nossos dias.
ROHDEN, H, Filosofia Contemporânea: 23
É antes aquela forma platônica de pensamento, que descobre sempre o perfeito atrás de todo imperfeito, que o move, levando-o a ver, por trás de todas as verdades particulares, que são apenas verdades parciais, a verdade absoluta, como Platão vê, em todo bem particular, o Bem. Também Agostinho aceita as idéias, regras e fundamentos eternos (ideae, formae, species, rationes aeternae, regulae), constitutivos e bases de todo ser de verdade.
HIRSCHBERGER, J., Agostinho: o mestre do ocidente. www.consciencia.org
"Agostinho está cheio de doutrinas platônicas; o que ele acha se, apropria a si, se vê que concorda com a fé; mas se não concorda, adapta, melhorando"
(S. Th. I, 84, 5). Desde então, ao invés do sabre, o instrumento de domínio é o "amor". Pelo amor de
DEUS!
No homem primitivo era o medo, acima de quaisquer outras emoções, que o levava à religião. Esta religião do medo – medo da fome, de animais selvagens, de doenças e da morte – revelava-se através de atos e sacrifícios destinados a obter o amparo e o favor de uma divindade antropomórfica, de cujos desejos e ações dependiam aqueles temerosos sucessos. Como o entendimento do homem primitivo sobre as relações de causa e efeito era pobremente desenvolvido, essa religião do medo criou uma tradição transmitida, de geração a geração, por uma casta especial de sacerdotes que se postara como mediadora entre o povo e as entidades temidas. Essa hegemonia concentrou o poder nas mãos de uma classe privilegiada, que exercia as funções clericais como autoridade secular a fim de assegurar seu poderio. Nesse ínterim se verificava a associação dos governantes políticos à casta clerical, na defesa dos interesses comuns.
EINSTEIN, A., cit. GABERDIAN, H. GORDON: 314
Mas, por favor, não conte à minha mãezinha! Ela pensa que Ele me acompanha. Melhor assim.
A palavra- ou verbo- assim como a Razão ou Logos têm origem nas religiões mais remotas. O Cristianismo e o Imperialismo concomitante vieram fazer clivagens no corpo e no espírito humanos;- O Imperialismo asiático é muito mais antigo que o Imperialismo cristão- parece-me que por cegueira ideológica(!) o autor deste site que é um epistemólogo e devia fazer uma análise descomprometida de todos os saberes- parou no "tempo" Europa!
ResponderExcluirOps, ataque de nau lusitana?
ResponderExcluirGrato pelo costumeiro prestígio. Recito-lhe:
Nada vive que seja digno
De teus ímpetos e a terra não merece suspiro.
Dor e aborrecimento, esse é nosso ser e o mundo é lama - nada mais que isso.
Fique tranquilo.
Giacomo Leopardi, (1798-1837)
Se prefere sair do charco, indico-lhe:
http://allmirante.blogspot.com/2008/08/importncia-da-china.html
Seus artigos sao muito mais que interessantes!
ResponderExcluirParabens
Abraços