domingo, 27 de julho de 2008

Sobre as ondas



No espaço aparentemente vazio há um nexo, uma vida eterna, que une tudo quanto existe no Universo- tanto animado quanto inanimado -uma onda de vida que flui através de tudo o que existe. Paramahansa Yogananda, Onde Existe Luz.
"Desenhar" um linha ondulada qualquer criança é capaz. Descrevê-la com palavras, entretanto, não é tarefa fácil, mormente se invisíveis, como as gravitacionais. Encontram-se muitas definições, mas em todas há o pressuposto de alguma experiência. Não sei como seria para um cego entendê-la, exceto por enorme recital. Se uma  imagem vale por mil palavras, uma onda bem merece o jargão. Podemos citar algumas, seja do mar, mais corriqueira, ou até aquela que desloca a serpente. Desprovida do mecanicismo de pernas, ela inventou solução serpenteada. Sem braços, inventou o bote, que também imita o movimento da onda, tanto quanto uma mola. As definições indicam que ondas se movimentam através de um meio. Grosso modo, elas podem se evoluir para uma ou até para todas as direções, ao mesmo tempo. No primeiro caso, temos as clássicas ondas do mar; ao segundo, os círculos ocasionados por uma pedra atirada n'água. Não obstante, elas tem expansão regular, e por isso, suscetíveis de algumas medições: freqüência, comprimento de onda, amplitude e período. São efeitos atômicos:
Uma onda periódica é uma perturbação periódica que se move através de um meio. O meio em si não vai a canto nenhum. Os átomos individuais e as moléculas oscilam em torno das suas posições de equilíbrio, mas a posição média delas não se alteram. À medida que elas interagem com os vizinhos, elas transferem parte da sua energia para elas. Por sua vez, os átomos vizinhos transferem energia aos próximos vizinhos, em sequência. Desta maneira, a energia é transportada através do meio, sem haver transporte de qualquer matéria.
C.A. Bertulani
Sendo uma energia que se comunica, pode ser cognominada tal qual difusora de informação; no mínimo, predispõe a existência de um emissor, e a própria direção. Por tudo, sempre causa reação:
A partícula ao se propagar pelo espaço emite um campo que informa esse seu movimento no sentido de um 'abre-alas que eu quero passar' (como se fosse um empurrar a distância). Literalmente falando, ela empurra a distância tudo o que está a sua frente, e certamente receberá uma reação dinâmica conveniente (o que pode até mesmo provocar uma reflexão total)
(Adroaldo Mesquita Filho, Debates 'Ciencialist 2003' a respeito de uma Nova Teoria a propor as bases para o entendimento da Natureza Íntima da Matéria www.ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/-
Ondas cerebrais
Assim, descobriu-se recentemente que na natureza tudo está subordinado a uma ordem, até mesmo os fenômenos confusos, sem nexo, totalmente imprevisíveis. Esta ordem ‘superior’ é capaz de explicar eventos aparentemente randômicos - não importa se se trata de bolsa de valores, da mudança na temperatura de nosso planeta, ou da maneira que nós formulamos nossos pensamentos – e que podem ser expressos tanto em fórmulas matemáticas e físicas, quanto em belas imagens (os chamados fractals) disformes, mas com uma atraente irregularidade. Todos esses eventos têm algo em comum: o fato de serem atraídos a certos estados da natureza, o que lhes dá unidade, se bem que disfarçada. A nova regularidade dos fenômenos deu origem a uma nova ciência, que tem o ‘caos’ como tema central e na qual, um dia, deve se enquadrar a teoria das ondas.
WITKOWSKI, Bergè: 275

A existência desses movimentos já não encontra contestação., O que se discute são as procedências. O jornal americano USAToday.com publicou um artigo com um novo brinquedo revolucionário que utiliza ondas cerebrais para movimentar objetos! O “The Force Trainer” vem com headset. Ele permite ao usuário usar suas ondas cerebrais para mover uma esfera, localizada dentro de um tubo transparente de 25 cm de altura. Igual ao uso da Força por Jedis como Yoda e Luke Skywalker em Star Wars. Claro que é necessário um alto nível de concentração para conseguir mexer a bolinha com a Força da Mente e a base emite efeitos sonoros dos filmes de Star Wars para indicar a passagem de nível de Padawan para Jedi.
O headset é baseado na tecnologia EEG mais comumente usada na medicina e o The Force Trainer deve custar por volta de US$100 no lançamento, ainda sem data confirmada. (www.blogdebrinquedo.com.br/2009/01/08/mova-objetos-com-a-mente)
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A Teoria Quântica estabelece que é impossível determinar o momento e a localização exata do eletron, em sua órbita atômica, por um cruel motivo: ao ser observado, ele imediatamente "acusa o golpe", e altera sua trajetória. Os cientistas costumam dizer que a mente promove o colapso da onda, a partir da definição que a luz, ou a energia emanada, evolui através delas, por partículas. Pois se a mente tem tal capacidade, é uma conseqüência lógica cogitar que ela, ou o ser, mediante a energia pela mente emanada, é capaz de alterar não só sua circunstância mais premente, como até mesmo a mais remota e, por fundamento, as conjeturas que ainda não se fizeram presentes. Trata-se de uma "distribuição randômica de sentimentos".
De modo meio cartesiano, os pesquisadores de plano subdividiram as ondas: a cunhada
Beta dizem ser o consciente, a mente racional. Alfa é a onda que durante muito tempo foi a meta dos meditadores transcendentais. É estado de profundo relaxamento, tentativa de esvaziamento dos sentidos. Quando ativados, eles acionam as ondas teta e delta. Teta seria o repositório do chamado subconsciente, e delta é o radar, a percepção.
Esta divisão, como sói acontecer com todas, é arbitrária, e sem demarcações, por total impossibilidade. A reintegração torna-se o zenith dos iniciados.

A produção das ondas cerebrais é incessante; todavia, os destinos são aleatórios.
Muitos psicólogos e psiquiatras se esforçam para que seus pacientes atinjam certo grau de controle sobre as freqüências, amplitudes e durações. Não são poucos os aparelhos destinados a monitorar as espécies. Tudo, contudo, visa apenas o produtor, não o produto, muito menos o destino:

Começaram a realizar exames de eletroencefalograma em iogues e monges
para ver o que eles produziam. Só que aquilo não era adequado para acompanhar
a variação em tempo real. Com esse aparelho novo, é possível ver em tempo real
o que a pessoa está produzindo, e ele apresenta isso muito claramente.

Leonardo Mascaro, Psicólogo usa aparelho para medir estados de consciência, Folha de S. Paulo,
30/03/2006
Pois os monges e iogues tem como meta o estado que chamam de Zen, ou seja, a tentativa da calmaria total. Deste modo, essas cobaias não são apropriadas. Quiçá os loucos, presumidamente mais agitados, seriam mais suscetíveis à identificação das ondas que suas mentes produzem, além de, naturalmente, mais necessitados.
Nada contra os psicólogos, tampouco contra os psiquiatras, mas sim quanto aos métodos e objetivos. É interessante notar a preocupação em medir os elementos, tão naturais quanto a respiração, ou a pulsação. Aliás ambos também são responsáveis por ondas. Então, qualquer alteração na regularidade ondulatória é motivo para que
médicos logo sejam chamados para regulá-las. A regulação, óbvio, busca a regularidade, o regular. Ou seja, obter-se-á o nível buscado - aquele regular.
Qualquer efeito gravitacional é assinalado por ondas, e o que mais importa são as conseqüências periféricas daí geradas, e não somente o corpo que as produz. Enquanto vivo, ele sempre terá boas razões.
Alguém pode ser mais ou menos carismático justamente pela intensidade de suas ondas gravitacionais, que são expressões, e não anomalias, das personalidades. No caso dos carismáticos, a produção das ondas tem uma finalidade predestinada: ir de encontro, e muitas vezes até despertar, similares de menor expressão, mas não se pode considerar deficiente aquele desprovido do caráter carismático; isso é evidente per se.
Tirante o caminho luminar, para qual outro destino poderia partir tão candente produção? Poderíamos interferir nesses destinos? Teríamos capacidade de interrompê-las em algum instante, pelo menos em alguma direção? E já que, necessariamente, essas ondas serão sentidas por onde passarem, poderemos dotá-las de informação, ou desejos?
A resposta é única para todas: SIM! *
Calma, não descobri a América, mas as ondas de meu grito eu ouço duplamente, em eco, de modo que elas podem me informar que existe algo pela frente. E como retornam até ampliadas, não tenho dúvidas de que um mundo monumental, muito mais amplo do que meu insignificante ponto emissor, espera por mim, e por todos.
É por se acercar deste fantástico mundo que O Segrêdo vem mantendo o mais alto valor no ranking dos best-sellers, embora carente de correta metodologia. Neste Universo, identifico no médico Deepak Chopra PhD** um dos mais notáveis ALLmirantes, um navegar exercido com extraordinária competência e precisão, e através de instrumentos quânticos, não meramente mecânicos.
Como também aprecio o mar, não temo enfrentá-lo com uma mera prancha, na esperança de que as notáveis correntes me conduzam por uma viagem prazeirosa, e per se, proveitosa.
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Aprecie, ainda:
Surf nas Ondas Herméticas
Interatividade com as coisas
À sincronicidade entre o indivíduo e a sociedade
Ao rumo sincronizado
Em busca da sincronicidade
Das vibrações
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* Autor de uns trinta livros, traduzidos em 35 línguas, entre os quais A Cura Quântica, As Sete Leis Espirituais Do Sucesso, miniobra de alta densidade, e Criando Saúde, além de cinco programas para a televisão pública dos EUA e ser proponente de várias outras idéias por muitos consideradas místicas. Em 1999, a revista Time o incluiu na lista das 100 personalidades do século, chamando-lhe "poeta e profeta das medicinas alternativas".
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Em 13 de agosto de 2008 -
Suíços confirmam
*Emitindo pares de fótons - partículas de luz - ao longo de uma fibra óptica estendida entre as cidades suíças de Satingny e Jussy, cientistas do Grupo de Física Aplicada da Universidade de Genebra determinaram que um fóton, chegando a um extremo da linha, é capaz de reagir instantaneamente a uma manipulação realizada no parceiro que foi para o lado oposto, a 18 km de distância. Os pesquisadores calcularam que, se essa reação for resultado de uma comunicação entre as partículas, o sinal teria de viajar a, no mínimo, 10.000 vezes a velocidade da luz. “Trata-se de uma violação do espírito, se não da letra”, da Teoria da Relatividade de Einstein, que diz que nada pode viajar mais depressa que a luz, diz o físico Terence Rudolph, do Imperial College London, em comentário ao experimento suíço. Tanto a descrição da experiência quanto o comentário de Rudolph estão publicados na edição desta semana da revista Nature.
O efeito utilizado pela equipe suíça é conhecido pelos cientistas como “emaranhamento quântico”, e ocorre quando duas partículas são preparadas de tal forma que qualquer alteração numa delas afeta a outra instantaneamente, não importa a distância que as separa. A velocidade de 10.000 vezes a da luz, determinada pelos físicos de Genebra, é o limite mínimo para que o sinal seja “instantâneo”. “Sabemos que as partículas que representam os bits quânticos, ou q-bits, precisam adquirir, durante o processamento da informação, certo grau de emaranhamento para que a computação quântica seja mais eficiente que computação clássica”, explica o físico brasileiro Marcio Cornelio, atualmente na Unicamp. Cientistas acreditam que computadores quânticos serão capazes de realizar cálculos muito mais rapidamente que computadores normais, ou clássicos, além de resolver problemas que estão fora do alcance das máquinas atuais.
O emaranhamento não viola a “letra” da relatividade porque, por si só, o fenômeno não permite a transmissão de sinais de comunicação mais depressa que a luz - não seria possível, por exemplo, usar partículas emaranhadas para criar um telefone celular instantâneo. “O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de informação escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos correlacionados por ele são aleatórios, fora do controle humano. Se os eventos fossem determinísticos, seria possível usar o fenômeno para comunicação clássica mais rápida que a luz”, o que violaria a relatividade, diz Gisin. Mas se as partículas não trocam sinais entre si, como o emaranhamento quântico é possível? Como uma partícula “sabe” que sua parceira, a quilômetros de distância, foi manipulada?“ Eu diria que as partículas simplesmente estão correlacionadas”, diz Cornelio.
“Como não é possível transmitir informação usando apenas partículas emaranhadas, não há necessidade de uma 'saber' o estado da outra e vice versa. Existe apenas uma correlação estranha, que não pode ser descrita pela física clássica”.
Partículas 'conversam' a 10.000 vezes a velocidade da luz.
(Partículas 'conversam' a 10.000 vezes a velocidade da luz, - Estadão, 13 de agosto de 2008.)
A julgar pelas datas, esses suíços, por certo, andaram navegando com a Nav'sALL
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Arrisco uma suposição, em forma de precária solução. Muitos físicos percebem o Universo como se fosse uma grande teia.
Quando um mosquito se enreda, a teia de imediato balança de modo integral, não apenas no ponto onde o apanha. De modo mais concreto, imaginemos uma composição, um longo trem. A locomotiva, ao alterar sua velocidade, imediatamente altera todos os vagões, ao mesmo tempo. Eis uma radical correlação, sem necessidade de maior descrição.

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