A sincronicidade é também chamada por Jung de 'coincidência significativa'. Jung afirmava que temos quatro funções básicas: razão, emoção, sensação e intuição. No nosso ser, geralmente uma delas é predominante. Mas quando trabalhamos internamente estas funções na direção do equilíbrio, uma nova função é acrescentada: a sincronicidade.
A idéia de que o fenômeno seja uma exclusividade psicológica não me afigura correta. Jung não se oporia à crítica. Ele sabia dos limites de seus escritos. Era equação pessoal, como tantas. Ademais, mesmo pela vertente escolhida, parece haver uma pequena confusão. As funções estão bem relacionadas, mas, como interiorizadas, são necessáriamente sincronizadas, independentemente de equilíbrio, que é uma questão meramente geométrica, e sua aferição subjetiva. Estes elementos coexistem à captação da sincronicidade, a equalizar o próprio ser numa dada realidade.
Eventualmente você poderá dividir o homem em consciente, subconsciente, tetraconsciente, etc, ou como emotivo, racional, sensacional equilibrado, ora
bipolar, mas jamais se poderá identificá-lo com tais parâmetros. Não há fronteiras definíveis. Qualquer
partitura o mutilará, e o resultado será parcial; por conseguinte, equivocado.
Falo da sincronicidade de eventos, não de possibilidades.
Na rotina diária, nem sempre percebemos que tudo que existe é de certa maneira controlado por forças e interações invisíveis aos olhos. Nossa própria existência, do nascimento até a morte, é influenciada por essas forças. Elas controlam as menores partículas subatômicas e as grandes galáxias a bilhões de anos-luz de distância.
OLIVEIRA, Adilson, Departamento de Física Universidade Federal de São Carlos
19/11/2008 - http://cienciahoje.uol.com.br/133058
Dessarte foco a realização, ou mesmo o colapso antecipado, ambos de preferência de acordo com nossa vontade, mas também de modo aleatório, na popular sorte a qual, em drástica análise, também pode depender de nossa percepção.
Os elétrons atômicos interagem com a vizinhança. Através desse fenômeno ocorrem as ligações químicas, formando moléculas que podem se tornar estruturas complexas, como por exemplo, cadeias de DNA e proteínas:
"Sabemos que o universo manifestado, que parece ser formado por objetos sólidos, é na verdade composto por vibrações, com os diferentes objetos vibrando em frequências distintas." (CHOPRA, DEEPAK, A realização espontânea do desejo: 124)O que é certo é que qualquer evento depende de sincronicidade. O número e a direção dos vetores, mas principalmente a intensidade deles, ou seja, os tamanhos relativos das ondas, é que determinarão a passagem. Se qualquer componente for adicionado, ou estancado, obteremos um resultado diverso.
Vamos a dois quadros, entre vários possíveis para um desfecho. Suponha um automóvel numa rua. Eis a primeira condição ao acidente. Se ficasse parado, seria improvável. Em sua frente corre uma criança. Pronto, o desfecho é previsível. Contudo, se a mãe bloqueá-la, evidentemente teremos outro desenrolar. Neste caso, bastante simples, incidiram apenas poucos vetores, sob um ponto de vista. Mas se começarmos a somar as condições para qualquer dos epílogos, veremos que não são poucos os fatores que os levaram até aquele momento, naquele espaço comum.
É trivial contabilizar uma série de condições acessórias, até remotas, para a consecução dos exemplos elencados. Elas perfazem uma sincronia, que desemboca, sempre, em algum fato.
Na teia da vida, como gosta Capra, ou nas relações atômicas, como prefiro, tudo está ligado, nada é estanque, ou independente, exceto o virtual, campo no qual ainda não chegou o Universo, mas só porque ainda não tecido; no entanto, ainda assim, pelas linhas usadas, é possível supor a cor que predominará.
Para nascer qualquer elemento, parece haver uma prévia combinação de outros elementos, e isso é flagrante até no nascimento de um bebê.
Por envolver nossa própria história, a história individual de cada ser em consonância com o EspaçoTempo no qual está submerso, creio este tema da maior relevância, ainda que especulativo, e não me furtarei em melhor esmiuçá-lo no decorrer dos próximos dias, enquanto aguardo a incidência de alguns vetores invocados à limpeza dos palácios.
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Ainda:
Das vibrações
Sobre as ondas
Interatividade com as coisas
À sincronicidade entre o indivíduo e a sociedade
Ao rumo sincronizado
Em busca da sincronicidade
Olá,
ResponderExcluirUltimamente tenho percebido muitos fatos ocorridos em minha vida, que me levam a perceber as sincronicidades , um ex: foi que um dia ouvi uma palestra de dois padres na tv a respeito de Teologia Moral Biética etc ed urante esta palestra eles comentavam dos pequenos milagres que acontecem na nossa vida mas que muitas vezes não percebemos do qual para alguns são as sincronicidades, bem um dia ( logo depois deste dia que assisti a TV) Na Universidade do qual eu estudo fui na biblioteca e por curiosidade digitei teologia e o primeiro livro que apareceu foi " Visão de Deus" do filosofo Nicolau de Cusa ( eu nunca tinha escutado falar sobre ele) Incrivelmente à 500 anos ele comentava exatamente das sincronicidades como " a visão real de Deus" nas nossa vidas, ou seja, a partir das sincronicidades que não são materiais temos a percepção de Deus, olha que interessante esta frase de Nicolau de Cusa no livro " As coisas visiveis são verdadeiramente imagens do invisivel e de que o criador pode ser cognoscivelmente visto pelas criaturas como que num espelho e por enigmas"
A coincidência não é se não o muro entre a razão e o intelecto a partir do qual se torna visivel o invisivel na sua invisibilidade."
Todos os dias nós só olhamos para as coisas pequenas da nossa vida, como enxergar as formiguinhas mas todo o tempo o elefante esta na nossa frente e não percebemos, eu sinceramente , acredito que a partir das percepções desse invisivel temos provas empiricas das existencia de Deus, também acho que não é apenas psicologico, agora como provar isso cientificamente ?
um abraço