quarta-feira, 23 de julho de 2008

Ao rumo sincronizado

-
''Na língua dos pássaros uma expressão tinge a seguinte.
Se é vermelha tinge a outra de vermelho.

Se é alva tinge a outra dos lírios da manhã.

É língua muito transitiva a dos pássaros.

Não carece de conjunções nem de abotoaduras.

Se comunica por encantamentos.

E por não ser contaminada de contradições

.........................,,.....A linguagem dos pássaros
só produz gorgeios.'' _
Para alcançar a sincronicidade usa-se as capacidades racional e intuitiva. Mentalizada a silhueta, resta a escolha do tipo e momento mais adequado, o modo de melhor utilizá-la. Não parece tarefa fácil e de fato não é, mas veja que até um mísero passarinho, como o da bela foto, pode pegar uma carona, integrando-se com total simplicidade.
Se pudéssemos a todas ondas enxergar, ouvir, ou pelo menos pressentir, com bom percentual de confirmação, ninguém teria surpresa. Cada um escolheria a que melhor lhe aprouvesse, e naturalmente descartaria as caixotes, que também vem em profusão. Tal meta, feliz ou infelizmente, é inatingível. A ordem é multiforme:
“Há infinitos universos paralelos formando ramificações. Em cada um se atualiza uma realidade”. (Toffler, e Toffler : 20)
As ondas são constantes, mas ninguém costuma se dar conta das aproximações. Das convenientes, julgam tão normais que nada percebem. Das drásticas, soí debitar à imperícia, a imperfeição do homem. Está certo, ele a maioria das vezes colabora, mas é isso: colabora. O agente tanto da fortuna quanto do infortúnio é a onda, é a circunstância, é a conjugação de fatores, coincidências a um ponto ou a um grupo dentro do EspaçoTempo. Quando acontecem seguidos desastres, há quem diga que a bruxa está solta, e vai ver, está mesmo. Basta cair um avião que logo outro se abate, e mais outro. Interessante o trágico acontecimento com a menina atirada de um edifício. Até então nunca se tinha ouvido falar de tão grande absurdo. Bastou estar na mídia, para contaminar outros desumanos - já beiram a dezena os casos registrados.
Às vésperas de sua Olimpíada, a China se vê envolta por uma série implacável de castigos da natureza. São terremotos, dilúvios, desabamentos e toda sorte, ou azar de eventos que por lá se abate. A Califórnia ciclicamente enfrenta incêndios de grande extensão, enquanto a cheia do Mississipi sempre é precedida por inúmeros sinais; contudo, ainda há quem construa casas em suas margens, e se surpreenda com a extravasão. Terremoto em Sobral e raios em profusão em Alagoas parecem obras de um acaso, mas também pode ser uma manifestação, uma reação, uma resposta à qualquer ação, ou até algum pensamento encadeado, por que não?
Nestes casos, evidentemente, não há como tirar proveito, mas permaneço nesta desconfiança. Um velho chavão intitula o best-seller de Richard Bach: Nada é por acaso. Concordo.
Não, jamais arriscaria um palpite, mas as coincidências confirmam que de algum ponte diverso elas partem, e para um ponto comum são atraídas.
A sociedade e a natureza se desdobram através dessa teia cósmica, complexidade crescente em ordem invisível:
Assim, descobriu-se recentemente que na natureza tudo está subordinado a uma ordem, até mesmo os fenômenos confusos, sem nexo, totalmente imprevisíveis. Esta ordem ‘superior’ é capaz de explicar eventos aparentemente randômicos - não importa se se trata de bolsa de valores, da mudança na temperatura de nosso planeta, ou da maneira que nós formulamos nossos pensamentos – e que podem ser expressos tanto em fórmulas matemáticas e físicas, quanto em belas imagens (os chamados fractals) disformes, mas com uma atraente irregularidade. Todos esses eventos têm algo em comum: o fato de serem atraídos a certos estados da natureza, o que lhes dá unidade, se bem que disfarçada. A nova regularidade dos fenômenos deu origem a uma nova ciência, que tem o ‘caos’ como tema central e na qual, um dia, deve se enquadrar a teoria das ondas. (Witkowski, Bergè: 275).
[
Nos anos 70, uns poucos cientistas nos Estados Unidos e Europa começaram a encontrar um caminho através da desordem. Eram matemáticos, físicos, biólogos, químicos, todos procurando conexões entre os diferentes tipos de irregularidades. Fisiólogos encontraram uma surpreendente ordem no caos que se desenvolve no coração humano, a causa da morte súbita inexplicada. Ecologistas exploraram a ascensão e queda das populações de mariposas-ciganas. Economistas desencavaram velhos dados sobre preços de ações. Os insights que emergiram levaram diretamente ao mundo natural - as formas das nuvens, os riscos dos relâmpagos, o entrelaçamento microscópico dos vasos sangüíneos, o ramalhete galáctico de estrelas.
James Gleick, Chaos, cit. Lemkow: 161.
Mas gostaria de chamar a atenção para outra extraordinária possibilidade: a de voce mesmo pautar a sincronicidade. A pretensão encontra amparo na própria ciência.
Goffredo Telles Júnior (O Direito Quântico, p. 54) fornece a pista:
Sendo geradora de energia, a partícula cria, em torno de si, um campo em que essa energia se manifesta. Aliás, todos os corpos geram campos de energia. A Terra, por exemplo, tem seu campo de energia magnética, que claramente se manifesta no comportamento da agulha da bússula.
O consagrado professor paulista complementa:
Os campos não devem ser consideradas como espaços vazios. Os campos são objetos físicos, pois é por meio deles que as partículas agem umas sobre as outras. É por meio deles, que os corpos, enorme multidão de partículas, se influenciam reciprocamente. Embora físicos, os campos não são objetos mecânicos. Um campo é imperceptível pelos sentidos. É imponderável. Não pode ser utilizado como sistema de referência. Mas é observável nos seus efeitos. É identificável nas perturbações que causa no comportamento das partículas ou dos corpos nele situados. Não somos capazes de ver a força de gravidade, mas a observamos na queda da maçã.
Os campos são estradas de várias mãos. Nada impede, e até é inexorável, que nossa energia, estimulada por nossos pensamento e desejos, peregrine livre em busca do nosso objetivo, ou até seja alcançado por ele. Neste caso, o assistente cara-pálida designa como sorte.
Nos proximos dias, formularemos algumas hipóteses pelas quais a ''sorte'' flui de modo natural, como pode ser provocada, de que modo podemos tentar neutraliza-la, e quando ela se torna impossivel.
Para tanto, utilizaremos os principios corroborados pela ultramoderna Filosofia da Teoria Quântica do Campo, esteio dos estudos sobre a relatividade atômica. De nome pomposo, o objeto nao menos complexo, ainda assim pode ser facilmente compreensivel ao mundo dos mortais. O novel enfoque teoria atribui aos indivíduos (as partículas) uma variedade de propriedades. As propriedades decorrem de cada localização no espaço espaço-temporal. Ele verifica as amplitudes do EspaçoTempo em relação à função de onda da própria partícula identificada. Nao teremos dificuldades em traduzi-la, adicionada de alguns exemplos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário