quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O papel de Deus

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No homem primitivo era o medo, acima de quaisquer outras emoções, que o levava à religião. Esta religião do medo – medo da fome, de animais selvagens, de doenças e da morte – revelava-se através de atos e sacrifícios destinados a obter o amparo e o favor de uma divindade antropomórfica, de cujos desejos e ações dependiam aqueles temerosos sucessos.

Como o entendimento do homem primitivo sobre as relações de causa e efeito era pobremente desenvolvido, essa religião do medo criou uma tradição transmitida, de geração a geração, por uma casta especial de sacerdotes que se postara como mediadora entre o povo e as entidades temidas. Essa hegemonia concentrou o poder nas mãos de uma classe privilegiada, que exercia as funções clericais como autoridade secular a fim de assegurar seu poderio. Nesse ínterim se verificava a associação dos governantes políticos à casta clerical, na defesa dos interesses comuns.
ALBERT EINSTEIN cit. GABERDIAN, H. GORDON: 314
Uma ilusão geral constitui uma força social, que serve potentemente para cimentar a unidade e a organização política de um povo, como de uma inteira civilização.
MOSCA, Gaetano,
Scritti politici (Teorica dei governi-elementi di scienza política) vol. II, 633.
DESDE AQUELAS PRISCAS ERAS a faina pelo poder cataliza a consciência ocidental, a ponto de torná-la irracional.
O gênio irriquieto e ambicioso dos europeus...
impaciente para empregar os novos instrumentos do seu poderio.
FOURIER, JEAN-BABTISTE-JOSEPH, Descritiption de l'Égypte, prefácio.
Assim é que a força extra-terrena vem constantemente invocada, seja para destruir o inimigo, ou para recompor o amigo.
O mundo barroco pode ser descrito também como um grande teatro, onde cada homem deve ocupar o seu lugar. O mais belo dos teatros é o centro do mundo católico romano: a praça de São Pedro em Roma. A literatura, as artes, a filosofia giram em torno de Deus, de suas exigências e da salvação. Os filósofos e os sábios da época, em sua compreensão do mundo, privilegiam o caráter de abstração e de esquematização.
JAPIASSÙ, H., 1997: 81.
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Existem coisas ditas sagradas, e quem tentar desmistificá-las corre sério risco de vida.
Diz-se que religião não se discute. Concordo. Viver é melhor que sonhar. VOLTAIRE até se divertiu, mas pela teimosia GIORDANO BRUNO morreu imolado. SPINOZA demonstrou a irracionalidade cristã, e naturalmente foi excomungado. NIETZSCHE se meteu a enfrentá-la. Foi internado como louco. Nada vale desgaste. Foi por isso que COPÉRNICO e GALILEU ficaram quietos. O curioso é que DARWIN e MARX até hoje se tem como heróis. Não obstante, não há dia que não ouça o DEUS me livre, DEUS te acompanhe, DEUS te proteja, fica com DEUS, DEUS lhe pague, etc. etc. Quem será o idiota - meu interlocutor, DEUS, ou eu próprio?
Não fosse a implicação direta com todas as leis, com a História Geral, e com a insanidade mundial, não me preocuparia nem discernir essa raíz.
Admiro RICHARD DAWKINS, que não li: Deus é um delírio. (Companhia das Letras: 2007) Mas se não é, nem vem ao caso, a não ser para nos alertar sobre a necessidade de nos livrarmos da fé: ela nada mais é do que uma flagrante manifestação de preconceito, ainda que possa ser tomado genuinamente virtuoso. Não chego a tanto, mas Sir BERTRAND RUSSELL (p. 21) detonou:
“Se houvesse um Deus, ele (ou ela, aquilo, ou eles) deveria ser julgado por crimes contra a humanidade.” Vero:
Em 1755, mais precisamente às 9h40 do dia 1º de novembro, um grande sismo atingiu a cidade de Lisboa, então a quarta maior da Europa. Era Dia de Todos os Santos e, por isso, a maioria dos moradores estava na missa. Muitos morreram sob os escombros de igrejas que ruíram. As áreas baixas da cidade foram rapidamente engolidas por ondas gigantescas. Como se não bastasse, seguiu-se um terrível incêndio, que destruiu boa parte do que havia sido poupado pelo tremor. O fogo durou seis dias. O total de mortos ficou entre 30 mil e 70 mil. Hélio Schwartsman, 14/1/2009
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A razão primaz do apego à religião é o mêdo. Tudo que alarma faz as pessoas apelarem para DEUS. Batalhas, epidemias, cataclismas, naufrágios, tudo torna as pessoas mais ou menos religiosas. Os sacerdotes incutem o mêdo com maestria. É fogo do enxofre, é Belzebú, é o inferno, Juízo Final, e o diabo à quatro. Vencido o mêdo, vem a presunção; e por fim, até o ódio.
Os gregos tinham mais deuses do que soldados, mas tal força conjugada não elidiu a supremacia adversária. Os vitoriosos também contavam com a bênção:
Deus, vendo a noção individual ou a ecceidade de Alexandre Magno, nela vê ao mesmo tempo o fundamento e a razão de todos os predicados que verdadeiramente dele se podem afirmar, como, por exemplo, que vencerá Dario e Poro, e até mesmo conhecer nela a priori se morreu de morte natural ou envenenado, o que nós só podemos saber pela história. Quase como é razoável e certo que Deus fará sempre o melhor, embora o menos perfeito não implique contradição
LEIBNIZ, G.; Discurso de Metafísica

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Roma recuperou o legado helenístico, mas quando ruiu o Império, aplicou-se a solução concentrada: um único DEUS poderia dar conta.
O Cristianismo tornou-se a única religião oficial do Império sob Teodósio I379-395 d.C.) e todos os outros cultos foram proibidos.[10] O imperador detinha o controle da Igreja.
Wikipédia
O amante do filho do Tirano de Siracusa se harmonizava e até antecipava, perfeitamente, a "razão" cristã:
Se o justo aparecer na terra, será açoitado, atormentado, posto em cadeias, cegado de ambos os olhos, e, finalmente, depois de todos os martírios, pregado numa cruz, para chegar á compreensão que o importante neste mundo não é o ser justo, mas parecê-lo. PLATÃO, República: 361c.
Tudo procederia da mesma fonte, a saber, do 'logos' divino.

Platão admite que a crença em Deus não pode ser demonstrada, nem sua existência; mas fala que ela não faz mal, só bem.
“Assim Platão constantemente estabelece o contraste nos seus diálogos.” (DEWEY, J.: 43)

Tudo é duplo no homem, tudo se joga entre o tempo e a eternidade. Só o amor, que surge como raiva, libido, arrebatamento ou delírio divino, pode rasgar o reino da necessidade.
CHÂTELET, F.: 43
Uma imagem daquele "justo" poderia propiciar a certeza do vaticínio, ainda mais se acompanhada de alguma prova material, nem que fosse forjada, como o Santo Sudário. E lá veio o pobre JESUS, curiosamente meio parecido com BIN LADEN, cruxificado por nada, ao gáudio de DEUS, mas encaixando perfeitamente na já tradicional projeção metafísica. O cruel Império Romano, em plena decadência, pode ser recuperado, e até ampliado pela disposição agostiniana.
Com o surgimento dos imperadores romanos o curso dos tempos se torna ainda mais tormentoso e os homens interiormente ainda mais inquietos e angustiados. E chegamos então a um ponto, verdadeira e secularmente crítico, de profunda decadência, quando, subitamente, aparece a figura de Cristo, anunciando-se como a luz do inundo, a ressurreição e a vida. O , ainda jovem, entra em cena e aos poucos arranca, à Filosofia, a direção do homem.
Johannes Hirschberger, História da Filosofia na Antiguidade
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A cultura antiga, que a religião cristã assimilou e à qual se uniu para entrar, fundida com ela, na Idade Média, era uma cultura inteiramente baseada no pensamento platônico. É só a partir dela que se pode compreender uma figura como a de Santo Agostinho, que traçou a fronteira histórico-filosófica da concepção medieval do mundo.
JAEGER 2003: 581
Em vez do sabre, a cruz; em lugar da legião a religião; para o lugar dos governadores e generais, bispos, arcebispos e novas embaixadas, aos milhares, em todas as cidades, as catedrais, de cathedras, sedes, em número sempre crescente, e arrecadação correspondente.
O sistema filosófico-teológico de Agostinho está inteiramente calcado sobre a ideologia* do Antigo Testamento. As doutrinas de Agostinho sobre o pecado e redenção do homem são de uma clareza diáfana e foram aceitas quase universalmente, com algumas modificações pela Igreja cristã do Ocidente, até aos nossos dias.
ROHDEN, H, Filosofia Contemporânea: 23
Nascido na Argélia e educado em Cartago, o padre AGOSTINHO (354- 430) resgatou o maniqueísmo, do persa mani (215-276):
Os séculos IV e V, em que Agostinho vive, são uma época em que a filosofia, talvez com exceção do neoplatonismo de Plotino, perdeu a confiança na razão. Cabe então a Agostinho restaurar a certeza da razão, e isso, paradoxalmente, por meio da fé.
ABRÃO, B.: 98
A interpretação religiosa assenta nessa mesma biguidade: una est religio in rituum varietate, proclama Ficino, que, na Teologia Platônica – título revelador – desenvolve o acordo entre o platonismo e o cristianismo. ‘Eis a razão porque, quem quer que leia seriamente as obras de Platão, nelas encontrará, evidentemente, tudo, mas em particular essas duas verdades eternas: o culto reconhecido de um deus conhecido e a divindade das almas, onde reside toda a compreensão das coisas, toda a regra de vida e toda a felicidade. E tanto o mais que, sobre estes problemas, a maneira de pensar de Platão é tal que, de entre outros filósofos, foi a ele que Agostinho escolheu para modelo, como sendo o mais próximo da verdade cristã, afirmando que, com pequenas alterações, os platônicos seriam cristãos.’
Para Platão, a ordem e a beleza que vemos no Cosmo resulta de uma intervenção racional, intencional e benigna de um divino artesão, um "demiurgo" (gr. δημιουργός), que impôs uma ordem matemática a um caos preexistente e, assim, produziu um Universo divinamente organizado, a partir de um modelo eterno e imutável (Pl. Ti. 26a). A visão platônica da origem do Universo também teve enorme influência na filosofia, especialmente na neoplatônica, no ocultismo e na teologia desde o século -IV até nossos dias. Desenvolvido por Plotino (205/270) no início do século IV, em meio à decadência do Império Romano, o neoplatonismo tornou-se uma das mais importantes correntes filosóficas da época e foi a última contribuição do pensamento grego à filosofia Ocidental. O neopitagorismo, que sobrevivera desde o século -IV como um modo de vida verdadeiramente religioso, também acabou por se fundir com o neoplatonismo.
www.greciantiga.org

É antes aquela forma platônica de pensamento, que descobre sempre o perfeito atrás de todo imperfeito, que o move, levando-o a ver, por trás de todas as verdades particulares, que são apenas verdades parciais, a verdade absoluta, como Platão vê, em todo bem particular, o Bem. Também Agostinho aceita as idéias, regras e fundamentos eternos (ideae, formae, species, rationes aeternae, regulae), constitutivos e bases de todo ser de verdade.
HIRSCHBERGER, J.,
Agostinho: o mestre do ocidente. www.consciencia.org
Pela causa, os europeus podiam e deviam tomar a riqueza estrangeira.
Chama-se cruzada a qualquer um dos movimentos militares, de caráter parcialmente cristão, que partiram da Europa Ocidental e cujo objetivo era colocar a Terra Santa (nome pelo qual os cristãos denominavam a Palestina) e a cidade de Jerusalém sob a soberania dos cristãos. Estes movimentos estenderam-se entre os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava sob controle dos turcosmuçulmanos. (Wikipédia)

"As Cruzadas não diziam respeito apenas à libertação do Santo Sepulcro, mas antes a saber qual dos dois venceria na terra." (SAID, EDWARD, Orientalismo: o oriente como invenção do ocidente: 180)
Pelo fim do século XIV o padre JOÃO DUNS SCOTO convencia: os aspectos emocionais e espirituais alcançados pela religião deveriam mesmo servir à praticidade terrena, à matéria. Um manuscrito ateniense contrabandeado através de Constantinopla, em 1430, completaria a chance. O rascunho conturbou de modo indelével, não só a atmosfera daquela Florença renascentista, mas de toda a civilização ocidental, numa incidência avassaladora sobre as manifestações sociais, políticas, jurídicas, econômicas, religiosas e científicas, por todos os sucessivos séculos, até o presente.

No século XV, a república de Florença, que por duzentos anos gozou de um regime de liberdade individual sob o império da lei, tal como não se tinha conhecimento desde os velhos tempos de Atenas e Roma, caiu sob o domínio da família Medici, que adquiriu, por um apelo demagógico às massas, crescentes poderes despóticos.
GUICCIARDINI, FRANCESCO, cit. MAKSOUD, HENRY: 75
A Academia Platônica, fundada por Marsilio Ficino, com consentimento de Cosme de Medici, elabora com efeito uma doutrina destinada a uma larga difusão, por longo tempo benéfica à manutenção da hegemonia cultural florentina, mas da qual os Medici são os primeiros a tirar vantagem concretamente.
LARIVAILLE, P.: 161.
MAQUIAVEL (Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio. Brasília : Editora UnB, 1994: 58; tb. cit. BOBBIO, 2002: 164) colheu o ensejo e criou sua oportunidade
Na verdade, jamais houve qualquer legislador que tenha outorgado a seu povo leis de carácter extraordinário sem apelar para a divindade, pois sem isso estas leis não seriam aceitas... O governante sábio sempre recorre aos deuses.
Em 1513, Frá FRANCESCO DE MELETO (cit. GRUZINSKI, SERGE: 45) se encarregou do alarme:
Por todo lado haverá sangue. Haverá sangue nas ruas, sangue nos rios, as pessoas navegarão em ondas de sangue, lagos de sangue, rios de sangue. Dois milhões de demônios serão largados do céu porque mais mal foi cometido nestes últimos dezoito anos do que durante os cinco mil que os precederam.
Os reis impunham seus caprichos, suas simples vontades, por serem expressões celestiais.
Mesmo os ateus estão de acordo acerca de que não há coisa que mais mantenha os Estados e as Repúblicas do que a religião, e que esse é o principal fundamento do poderio dos monarcas, da execução das leis, da obediência aos súditos, da reverência dos magistrados, do temor de proceder mal e da amizade mútua para com cada qual; cumpre tomar todo o cuidado para que uma coisa tão sagrada não seja desprezada ou posta em dúvida por disputas; pois deste ponto depende a ruína das Repúblicas.
BODIN, JEHAN, cit. CHEVALLIER, Tomo I: 55

Vê-se como, ao transferir para a vontade geral as funções cumpridas anteriormente pela vontade divina (vox populi vox Dei) o positivismo jurídico veio a fundamentar toda a regra jurídica positiva no poder legislativo do Estado e na sanção, que garante a obediência à lei. Recusando qualquer outro fundamento do direito, o positivismo jurídico negou a existência a de um direito que não fosse a expressão da vontade do soberano.
PERELMAN, C., : 395
GORE VIDAL (cit. MENDOZA, P. A., MONTANER, C. A., & VARGAS LLOSA, A.: 207) atribui o desastre das Américas Central e do Sul
ao espírito de um rei católico, totalmente beato e totalmente não inteligente de nome Felipe Segundo, seguido de um estúpido regime que suprimiu culturas regionais, florescentes naturais, preenchendo o vazio de sua falta com os piores elementos da cultura arcaica, de mausoléu.
O cleptomaníaco Coronel JUAN DOMINGOS PERÓN (Perón y el justicialismo) deu a tudo razão:
A diferencia de los otros, el movimiento justicialista era ideológicamente cristiano, y tanto lo era, que por diez años consecutivos el clero argentino, desde su más alta jerarquía, hasta el más humilde cura de campaña, apoyó al Peronismo, ta nto en sus campañas electorales como durante su gestión partidista en el gobierno
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Nosso Senhor do Bonfim em Salvador vira palco de campanha

O uso político da festa popular não poupa nem o culto inter-religioso. Às 8h30, o prefeito João Henrique (PMDB) e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima - pré-candidato do PMDB ao governo baiano -, acompanhados por secretários municipais e deputados, já estavam ao lado dos representantes religiosos reunidos para a cerimônia, realizada do lado de fora da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Dali, distribuíam acenos à massa popular. Acaba o culto e só então surge o governador e candidato à reeleição Jaques Wagner (PT), acompanhado pela mulher, por secretários estaduais e deputados de seu partido. Seguindo a tradição criada pelo senador Antonio Carlos Magalhães, quando administrava o Estado, é a comitiva do governador que puxa o cortejo, logo atrás do bloco das baianas. De uma janela do primeiro andar da igreja, o padre Edson Menezes prepara a bênção aos fiéis. Enquanto isso, batedores de carteira ficam atentos à movimentação, esperando o melhor momento para atacar. Perder dinheiro, documentos ou o celular é relativamente comum no fim do cortejo, momento de maior aglomeração de pessoas. Este ano, a vítima famosa foi Imbassahy, que nem notou quando seu celular foi retirado do bolso da calça.
Estadão, 14/1/2009
Cerca de 90% dos haitianos tem ascendência africana. O resto da população é principalmente mulata, de ascendência mista caucasiana-africana; no entanto, no Haiti, como em alhures, o catolicismo romano é a religião de estado, e assim praticada pela maioria da população. A padroeira do paupérrimo reduto é Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. (Wikipédia)
"O que eles não sabem é que eu sou capoeirista... Que Deus dê conforto a todos nesse momento doloroso." (LUÍS DA SILVA, presi dente do Brrrasil)
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6 comentários:

  1. César tudo bem? Voçê está sempre a escrever que não leu Dawkins... Isso que voçê diz nem parece seu porque eu sei que voçê é um leitor inveterado. Aqui na Europa, de vez em quando fala-se de Dawkhins ou é ele que fala para meia dúzia de intelectuais(!)a defender acérrimamente o ateísmo. É um evolucionista claro- o oposto do criacionista que em Portugal se representou por um Leonardo Coimbra ou um Teixeira de Pascoais. Aquele abraço!

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  2. Grats, Manuel. Como disse, esse assunto nem me diz respeito. Não posso ser contra o que não existe. O que enfatizo é a forja do instrumento.

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  3. Certo César mas é bom estarmos conversando- voçê como epistemólogo tem que pensar a História dado que não é um Historiador não é? A meu ver é um filósofo- o que pensa e reflecte as verdades e as mentiras da História. Mum aparte devo dizer que Dawkhins é um super-star de certos canais de televisão- voçê contra isso não é? Mas voçê está errado. O que não existe é o que nos oprime e de que maneira... Está certo é não ser um super-star dos media...

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  4. Eu sei que você enfatiza a forja do instrumento , mas eu estava tão só a falar do Dawkins que é uma pessoa com bastante interesse e que me agrada- se
    voçê não sabe do que se passa na Europa eu tenho o mesmo direito de "não saber" do que se passa na América do Sul...

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  5. Manuel,
    Parece-me que o afã de Dawkins o leva a reforçar a heresia darwinista, esta "teoria" montada sobre arranjos epistemológicos,levada à cabo por metodologia empírica, parcial, dogmática, mecanicista e determinista, ainda que dialética, tão platônica quanto a adversária criacionista.
    Mas não me pergunte o quê colocar no lugar. Já tem gente demais olhando pelo espelhinho. Miro à frente, que será sempre mais ampla que o passado, que é finito, por começo.

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  6. Eu sou ateu! O que é que verdadeiramente voçê tem a dizer disso?

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