Há muito tempo, os partidos buscam pessoas conhecidas. Artistas, jogadores de futebol e comunicadores estão ingressando na política. Dentro desse quadro, desde que comecei a ter visibilidade na mídia, tenho sido convidada a concorrer. Eles diziam: 'Você escolhe qual cargo quer disputar'. Mas há hora para semear e hora para colher. Eu vejo a fragilidade dos partidos: muita gente vem conversar comigo sobre a candidatura, mas jamais alguém me perguntou por qual partido irei concorrer. Sinto que tomei a decisão certa. A minha briga também será para que o Estado deixe de vir a Brasília com chapéu na mão pedir recursos. Minha responsabilidade é abrir um debate institucional e político em torno dessa questão. Serei candidata para representar o Rio Grande do Sul. Ana Amélia Lemos troca o jornalismo pela política
Decorrido apenas ano, todavia, a única coisa que a senadora eleita dizia ter acertado agora lhe parece formidável equívoco. E a motivação, que nas democracias deve emanar do povo, em seu caso procedeu de apenas um oportuno convite. Francamente, a indumentária e postura da foto, somadas às intrangisências que apresenta coladas em forjada moralidade, remetem-me aos alto-coturnos da SS.
Insatisfeita com a decisão do Partido Progressista (PP) de Porto Alegre de apoiar a candidatura do prefeito José Fortunati (PDT) à reeleição, a senadora Ana Amélia Lemos reafirmou o que alguns membros da sigla preferiam não ouvir: a parlamentar não só vai ignorar a orientação do diretório municipal, como fará campanha para o PCdo B: "Vou subir no palanque de Manuela D'Ávila", diz Ana Amélia Lemos
Ao surgir na arena política a jornalista foi questionada pelos colegas:
O PP seu partido, vem sendo assediado pelos candidatos ao governo do Estado. Com qual candidatura a senhora mais se identifica? Ana Amélia – Estou acompanhando essa questão, mas não tenho preferência. Essa decisão cabe ao comando partidário, que irá ouvir as bases do partido. Não que eu esteja lavando as mãos, mas sou cristã-nova na legenda. Não me cabe apontar a direção. Ana Amélia Lemos troca o jornalismo pela política
Conversa-fiada. Entre as tres candidaturas havia uma egressa do mesmo forno que lhe aquecia. O jogo já estava armado pelas cúpulas empresarial e partidárias estaduais; por isso entrou. Depois de ver seu ex-repórter Antônio Brito instalado comodamente no Piratini, desta feita o veículo estradulava a parada, praticamente designando sua dobradinha aos dois mais altos cargos do estado. De Antônio Brito nunca mais se ouviu falar. E de Yeda Crusius, restou a lembrança de uma professora universitária paulista,, desta classe periodicamente em greve por melhores salários, mas também da comentarista televisiva, adquirirente de suntuosa mansão ao exercer pífio mandato como governadora. Ana Amélia tem, pois, tudo bem presente. O que menos interessa é a competência, a capacidade de se responsabilizar pelo tesouro público, honestidade material, ideológica ou intelectual, o plano e a forma de ação política. O talento de um jogador de futebol, ou de um comunicador de tv é mais do que suficiente para que a vontade do aspirante se imponha sobre a coletividade. Cabeça-de-ponte perfeita. Os mantenedores de contratos privados agora se fazem públicos, com "grossas vantagens a ambos contratantes". E o público? Diariamente aparece na tv. Só faz bobagem.
A elegante senhora dava conta dos rumos e rumores .da Esplanada dos Ministérios aos ouvintes da rádio de maior audiência do Rio Grande do Sul. Viúva de um senador Ana Amélia Lemos contava com os gabinetes parlamentares, sempre receptivos às suas visitas, ainda que nenhuma de cortesia. A aura de seriedade lhe colocava em destaque frente a seus entrevistados, no mínimo equiparada com as raridades.. Quando qualquer dúvida se levantava sobre sua imparcialidade, o crítico levava o selo de patrulheiro avesso à liberdade de imprensa. Ampliaram-se os espaços. A coluna diária no jornal de maior circulação, e o espaço na retransmissora Globo sedimentaram sua performance. A credibilidade assim lapidada por vários anos, tornou-lhe não só conhecida, como admirada pelos riograndenses.
Ana nasceu e foi criada no interior do interior do estado, planalto serrano. Filha de gente humilde, ao completar idade para ingresso na Universidade rumou à capital, ao endereço do governador voltado à educação. Leonel Brizola garantiu-lhe a bolsa. A obstinada interiorana ingressou na Comunicação, onde se aproximou de dois mais influentes jornalistas gaúchos. Após cinco décadas, ironicamente, a notável jornalista usaria a fama adquirida para confrontar as hostes do caudilho. Qual razão lhe fez esquecer tão marcante episódio, e mais ainda, puxar a espada em arroubo contra seu próprio exército? Ela respondeu imediatamente: "Tentei atualizar o PP de Porto Alegre. Fiz minha parte. Estarei com a deputada Manuela porque é melhor para a cidade" (Twitter @anaamelialemos)
Ou seja, por tal vagueza que sustenta com tanto ardor, se há razão, ela é escusa. Ora, faz 30 anos que a veterana jornalista abandonou Porto Alegre, onde vinda do interior viveu pouco tempo,. o que S.Exa. bem conhece são as cortes e os magestosos palácios da capital federal. Com certeza sua sola de sapato nunca pisou nenhuma vila, nenhum arrabalde de Porto alegre. Dos bairros, no máximo uma meia-dúzia lhe viu passear em alguma caçamba de camionete. A campanha ao senado dispensa maiores discursos ou visitas, tarefas entregues aos cabos eleitorais, e companheiros de disputa para os cargos proporcionais - deputados federais, estaduais. Diferentemente das eleições municipais, que se decidem pelo peso das ramificações estendidas por cabos eleitoriais e simpatizantes, as campanhas às eleições majoritárias estaduais e nacionais nacionais são travadas na tv. Cumprido apenas um ano, agora saberia a "novata-cristã" melhor conduzir o partido que lhe dá guarida, e além disso, conhecer mais a Valerosa Cidade do que os próprios portoalegrenses, e os edis de sua grei?
A arrogância e prepotência chega ao seu nível máximo quando alega ser detentora de um cacife de 400 mil votos em Porto Alegre. Evidentemente a personalidade pública deve ter contribuído com acentuado percentual; porém, se não disputasse a majoritária, não teria apenas tres adversários para dividir um universo de mais de milhão de eleitores. Na comparação que sugere e exercita, S. Exa diminuiria no mínimo em um dígito a cifra que proclama. Os 400 mil votos não são pessoais, mas partidários. A faminta senadora parece ter lavrado alguma certidão de propriedade meia falsa. Tenciona de qualquer modo nos votos imprimir sua exclusiva chancela, apropriando-se do montante ao arrepio de sua grei, justamente para sentar na mesa de jogo contra a própria grei..
A novata senadora quer ir morar no Piratini, e o PCdoB se dispõe a ajudar na mudança. O partidão tem seus móveis em prêt-à-porter, e necessita dependências, sob pena de mais uma vez ficar dèmode. Se Manuela estiver distraída com a prefeitura pode ser que esqueça a disputa ao estado, ainda mais diante de uma fragorosa derrota, o que nao é improvável. Acordo interessante a ambos os lados. Maquiavélico? Claro. Para concretizar a meta, o meio não não vem ao caso. Segundo o jornal Correio do Povo, a senadora quer ampliar para todas as cidades possíveis a aliança que tentava fechar com o PCdoB em Porto Alegre. O PCdoB lhe prometera quatro itens: amplo espaço na prefeitura de Porto Alegre; apoio à sua candidatura ao governo gaúcho em 2014; e para esta eleição, vaga de vice ao PP e coligação na proporcional. Em São Paulo as escórias se abraçam: Maluf ganha secretaria em ministério e fecha apoio a Haddad em SP Com apoio do PP e do PCdoB, petista deverá ter o maior tempo de propaganda na eleição paulistana. .
Paulo Maluf é procurado pela Interpol e está proibido de viajar a vários países, onde ele tem ordem de prisão por causa de suas mazelas fiscais. Ou seja, lá fora ele é ameaçado com prisão. Aqui, bajulado com cargos, disputado pelo PT e PSDB. Não é à toa que as pessoas acreditam cada vez menos nos políticos.Gilberto Dimenstein - Dá nojo
Além do exercício de sua profissão, qual contribuição ofereceu a ilustre personalidade ao Rio Grande do Sul, à sua capital, ou mesmo ao partido pelo qual se elegeu, para pleitear com tanta veemência os timões do estado, de Porto Alegre e do PP, tudo de uma vez só, ao seu gáudio e exercício? Sua carreira política começou no ano passado. Consagrou-se mercê de não ser política profissional, e por estar disposta a agir pelo estado independentemente do partido governante. Sua presença no belo salão azul do Senado Federal, todavia, equivale-se como planta. Decorrido o ano, não conheço nenhum projeto de lei efetuado. Não mereceria, sequer, umas férias. A tribuna não lhe atrai. Parece não ter nada para falar. Vasculhando o YouTube, encontrei apenas uma série de pronunciamentos lidos na defesa dos aposentados da Varig! Ora, isso é tarefa para deputado federal, não à senadora, ainda mais com tanta exclusividade. O estado, que lhe cabe representar, encontra-se completamente atolado em dívidas cobradas arbitrariamente pela União, com juros abusivos e com valores que já pertenciam ao RS, posto retirados de sua produção. Urge alguém ou alguma equipe se propor a formular a federação. À senadora nada disso tem vindo ao caso -até ao contrário; a insolvência do estado inibe qualquer plano de desenvolvimento que o atual governador, e futuro adversário, pode exercer.
Há décadas que o Rio Grande do Sul convive com um grave problema estrutural: a dívida do Estado. Essa dívida, na casa das dezenas de bilhões de reais sufoca a capacidade de investimentos do Estado, prejudica a qualidade dos serviços públicos e dos salários pagos aos servidores. É, sem dúvida, “o” problema que desafia todos os governantes. Já há um consenso hoje que a solução para ele não é contábil, mas sim política, exigindo algum tipo de repactuação junto ao governo federal. A situação do Rio Grande do Sul é mais grave que a da maioria dos outros estados da Federação, o que prejudica, e mesmo inviabiliza, soluções isoladas. Mas qual é mesmo o tamanho do problema? A dívida consolidada do Estado do Rio Grande do Sul é de R$ 44,412 bilhões, segundo dados da Secretaria da Fazenda e do Tesouro nacional. A maior parte dessa dívida é com a União, para onde o Estado repassa todos os meses 13% de sua receita corrente líquida. Essa é a “prestação” salgada que o Rio Grande do Sul tem que pagar todos os meses. O total da dívida contratada com a União é de R$ 37 bilhões. O restante se divide entre mais de R$ 3 bilhões de dívidas com o BNDES, Proes (Redução da Presença do Estado na Atividade Bancária), INSS e FGTS. Além disso, o Estado deve mais de R$ 3 bilhões em precatórios, dívidas com bancos internacionais, débitos parcelados do Pasep e outras dívidas menores. Só para este ano, o déficit estimado do Rio Grande do Sul é de R$ 550 milhões.Em uma reunião realizada em maio deste ano com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os sete governadores das regiões Sul e Sudeste – Tarso Genro; vice-governador Eduardo Moreira (SC); Beto Richa (PR); Geraldo Alckmin (SP); Antonio Anastasia (MG); Sérgio Cabral (RJ) e Renato Casagrande (ES) – discutiram a possibilidade de incluir o problema das dívidas dos estados na negociação da mudança do ICMS. A verdade é que o peso da dívida sufoca a capacidade de investimento do Estado e inviabiliza a recuperação dos serviços públicos que sofrem um processo de sucateamento há vários anos. 'O enfrentamento desse problema é crucial. Sem fazer isso, o governador Tarso Genro não conseguirá fazer grande coisa em seu governo', diz o presidente da seção gaúcha da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), Celso Woyciechowski.
A jornalista Ana Amélia Lemos apenas ambiciona, em tempo record de militância política, tomar os destinos do Rio Grande do Sul para si, e por certo aos velhos patrões, pouco se lixando com quem terá que arcar ou ceder ao exacerbado capricho. Tenho a impressão que em vez de contribuir, ela compromete ainda mais a frágil candidatura do PCdoB.
Pela expressa traição, entre os tres há o desfecho que lhe faz pertinente: pedir o desligamento imediato do partido; ser expulsa pela gritante infidelidade partidária. ou então, até ser cassada em falta de decoro parlamentar, por falsidade ideológica de discurso e prática. Em todos os casos tem que se despedir do recinto que ocupa no Senado Federal, gabinete que pertence ao partido que hostiliza, e pelo qual se elegeu.
___________
Fado Vaca de Fogo
Processo eleitoral para os representantes da sociedade civil nos Colegiados Setoriais
ResponderExcluirApós a publicação da Portaria nº 51, de 02 de maio de 2012, iniciou-se em 14 de maio de 2012, o processo eleitoral para os representantes da sociedade civil nos Colegiados Setoriais das áreas técnico-artísticas e de patrimônio cultural com representação no Conselho Nacional de Política Cultural - CNPC, que deverão indicar seus representantes para o Plenário do Conselho. As etapas do Processo Eleitoral são as seguintes:
- De 14 de maio a 24 de junho: cadastramento de eleitores que participarão dos Fóruns Estaduais Setoriais e registro de candidaturas aos Fóruns Nacionais Setoriais.
- De 25 a 6 de julho: validação das inscrições pelas Comissões Eleitorais Setoriais;
- Até 13 de julho: interposição e julgamento de recursos;
- A partir de 21 de julho: divulgação e debates de propostas dos Candidatos a delegados estaduais;
- De 28 de julho a 19 de agosto: eleição de delegados estaduais;
- 19 e 20 de setembro: Realização dos Fóruns Nacionais Setoriais.
Para a fase de cadastramento, o Ministério da Cultura disponibilizou na internet um formulário que receberá as inscrições dos participantes das áreas que elegerão seus Colegiados Setoriais. Esta fase, que se encerra em 24 de junho de 2012, é particularmente importante, pois dela depende o sucesso de todo o processo. Somente aqueles que se cadastrarem poderão participar como eleitores ou como candidatos nos Fóruns Estaduais e Fóruns Nacionais Setoriais. É também uma etapa de grande mobilização de todos os segmentos culturais em todo o Brasil.
Para que essa mobilização seja bem sucedida, divulgamos o link da plataforma de cadastramento que se encontra disponibilizada no site do Ministério da Cultura no endereço http://www.cultura.gov.br/setoriais/
Quáck! Supunha que os representantes civis de um regime democrático fossem aqueles eleitos por voto secreto e universal - prefeitos, governadores, vereadores, deputados estaduais e federais, senadores e presidência. Nossa cartilha, contudo, e infelizmente, parece bem alterada, ao talhe do infausto Gramsci.
ExcluirA nota de pesar pela morte do cineasta Carlos Reichenbach divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério da Cultura foi criticada por artistas e fãs do diretor. Ele morreu na tarde de quinta-feira (14), em São Paulo, no dia em que completou 67 anos, vítima de um infarto.
ExcluirO texto, divulgado no site do ministério e distribuído para a imprensa, contém erros de português. A ministra confundiu tachar com taxar, e esqueceu vírgulas. Além disso, a nota foi interpretada como de mau gosto e pejorativo ao dizer que o diretor "foi taxado (sic) como autor de filme marginal e da Boca do Lixo" O crítico da Folha, André Barcinski, publicou um texto em seu blog dizendo que a nota da ministra é "uma das declarações mais preconceituosas, desconexas e ignorantes" que ele já leu.
Você deveria ser melhor informado para escrever em um blog. Dizer que a senadora Ana Amélia não fez nenhum projeto? Se o senhor lesse o Correio Braziliense saberia que entre os senadores de primeiro mandato ela é a que mais aprovou projetos: 6. Além disso, foi apontada pelo site Congresso em Foco pelos jornalistas como um dos dez melhores senadores e o parlamentar que mais defendeu os municípios em 2011. Além disso, apontada pela Revista Veja como o segundo melhor senador de 2011 em termos de produtividade com assuntos de relevância para o País. Quanta desinformação do senhor hein? Outra coisa, o PP fez em 2008 um total de 55 mil votos em Porto Alegre. Se a senadora fez 400 mil em 2010, creio que os votos não são todos do partido.
ResponderExcluirSenhora Senadora,
ExcluirMeu grau de informação não lhe diz respeito. Aprovada pelo Congresso em Foco? Isso quer dizer que serve ao Congresso; mas e ao estado pela qual a senhora foi eleita? Prêmio de melhor senadora pela revista paulista? Lula obteve melhores premiações pelo mundo afora. Mérito por assuntos relevantes ao país? Não lhe diz respeito. Não foi país que lhe elegeu. 55 mil votos em Porto Alegre? Se verdade o número, tirado sabe-se lá de onde, era eleição ao Senado, em 2008? Nossos filhos não merecem continuar sendo levados por sofismas socráticos, por mais aprimorados que tentem se apresentar. E logo a senhora, "nova cristã", pecando assim já no primeiro ano?