quinta-feira, 7 de junho de 2012

O desespero da equipe econômica - I

 


O homem só muito lentamente descobre como o mundo é infinitamente complicado. Primeiramente ele o imagina totalmente simples, tão superficial quanto ele próprio. NIETZSCHE, F., O livro do filósofo: 41 

O capitalismo precisa ser sempre reinventado. Onde está dando mais certo? Nos países que adotaram o capitalismo de Estado.
Min. da Fazenda do Brasil, Guido Mantega,  IstoÉ - Dinheiro.
Nestes últimos anos lemos não sei quantas páginas sempre mais polêmicas e sempre mais documentadas sobre a crise deste Estado capitalista mascarado que é o Estado do bem-estar, sobre a hipócrita integração que levou o movimento operário à grande máquina do Estado das multinacionais. Agora estamos tendo outras tantas páginas não menos doutas e documentadas sobre a crise deste Estado socialista igualmente mascarado que, com o pretexto de realizar a justiça social (que Hayek declarou não saber exatamente o que seja), está destruindo a liberdade individual e reduzindo o indivíduo a um infante guiado do berço à tumba pela mão de um tutor tão solícito quanto sufocante BOBBIO, N., O Futuro da Democracia: 132.
Se o Estado nada produz, donde lo saca, o que mais pode fazer para compor seu estupendo capital, senão que extorquindo a própria produção que diz se preocupar? 
Hoje a comunidade católica reverencia o corpo e o sangue de Cristo. Mercê do andor de sucessivos crimes de lesa-pátria, infelizmente amanhã os brasileiros lamentarão sobre o corpo e o sangue de nosso país. Com certeza.
A 'depressão' ou 'recessão'  ocorre quando a autoridade monetária retira ou retarda a oferta de dinheiro. Os desequilíbrios e as distorções tornam-se visíveis, com alguns projectos de investimento que têm que ser escritas ou baixados com prejuízo, com realocações de trabalho e outros recursos para a alternativa, e queda dos salários e preços para  exigir de volta a ordem correta 
Esta foi a maquiavélica manobra que causou o Crash de 29, preparo  ao ingresso do mágico financeiro: ."Keynes, longe de ser o salvador do capitalismo, almejava substituir a livre iniciativa por uma economia controlada pelo estado - sendo que o estado seria gerido por 'especialistas' como ele." (LEWIS, Hunter, cit. David Gordon) Ninguém melhor do que fascistas e nazistas operaram o venerado "capitalismo de Estado." Qual conduta o gay de Bloomsbury aconselhava?  "A intervenção deve-se dar de maneira mais ou menos permanente, principalmente sob a forma de uma política de manipulação monetária com o objetivo de atuar sobre três elementos variáveis, acima indicados, elementos esses dos quais depende o volume de emprego e da produção." (CUNLLIFE, M., The Intellectuals in the USA, cit. LIPSET, S. M. 357)
Desde a publicação, em 1936, da primeira edição da Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda, de John Maynard Keynes, a quase totalidade dos economistas passou a acreditar nas chamadas políticas de ‘sintonia fina’, isto é, em uma pretensa capacidade dos governos de, mediante intervenções na ordem espontânea de mercado, evitar flutuações ‘indesejáveis’ no emprego dos fatores de produção e, assim, impedir as oscilações na produção. SKIDELSKI: 5
O modelo keynesiano acabou sendo totalmente assimilado pela corrente principal do pensamento econômico. Em sua maioria, os economistas tentam hoje fazer uma 'sintonia fina' da economia, aplicando os remédios propostos por Keynes: imprimir dinheiro, aumentar ou baixar as taxas de juros, cortar ou aumentar impostos, e assim por diante. SORMAN, G.: 74
De acordo com Mises ,é preciso enfatizar o fato óbvio de que um governo somente pode gastar ou investir aquilo que tira dos cidadãos, e que os gastos e investimentos adicionais diminuem, na mesma medida, os gastos e os investimentos que seriam feitos pelos cidadãos. Disso, podemos concluir que, sendo o governo um ente que não gera riquezas, ele consequentemente não pode fazer a economia crescer em termos reais. Contrariamente à crença popular, quanto mais o governo gastar, pior será para a saúde da economia e, por conseguinte, para o crescimento econômico.  
O que agora excita... é o efeito, considerado desastroso, das políticas keynesianas adotadas pelos Estados econômica e politicamente mais avançados, especialmente sob o impulso dos partidos social-democráticos ou trabalhistas. Nestes últimos anos lemos não sei quantas páginas sempre mais polêmicas e sempre mais documentadas sobre a crise deste Estado capitalista mascarado que é o Estado do bem-estar, sobre a hipócrita integração que levou o movimento operário à grande máquina do Estado das multinacionais. Agora estamos tendo outras tantas páginas não menos doutas e documentadas sobre a crise deste Estado socialista igualmente mascarado que, com o pretexto de realizar a justiça social (que Hayek declarou não saber exatamente o que seja), está destruindo a liberdade individual e reduzindo o indivíduo a um infante guiado do berço à tumba pela mão de um tutor tão solícito quanto sufocante BOBBIO, Norberto, O Futuro da Democracia: 132
Sob o falso pretexto de defender os interesses do povo, esse gigantesco Leviatã consome a renda da população, gere mal os recursos e fecha a economia do país a seus desejos, inibindo investimentos internos ou externos. Com políticas econômicas frágeis e na maioria das vezes mal formuladas (dado o fraco entendimento dos governantes nesse assunto), o crescimento econômico pode se iniciar acelerado, mas ao longo do tempo mostra-se ineficiente e frágil, fadando o país a um atraso monstruoso em relação a regiões mais democráticas. VASCONCELLOS, Daniel, A ameaça do "Estado-pai", O Globo, 27/8/2010
(Se considerarmos o Imposto de Renda com alíquota de 27,5%, e os impostos embutidos na compra de um automóvel com a sobra do salário beiramdo os 40%, sobressai-se ainda mais flagrante a escravidão em nada social  em que está submetido o dócil povo brasileiro.) 
"Sobre a possibilidade de estar 'na torcida' por alguma redução da taxa de juros, Lula disse: 'Eu não acho nada. Eu, apenas, quando sai o resultado, festejo ou lamento'." (Estadão, 21/7/2009) HILDERFING (p.101) ter-lhe-ia bem informado:"O que se observou no sistema financeiro internacional foi o surgimento de uma brecha entre as duas taxas: os juros incidentes sobre empréstimos bancários mantiveram-se elevados enquanto o retorno esperado de investimentos produtivos declinava." Isso, porém, definitivamente não vinha ao caso. "O segredo de um demagogo é parecer tão burro como os que o escutam, de maneira que essas pessoas se possam considerar tão espertas como ele." (KRAUS, Jornalista KARL; cit. REBECCA, G., Incompletude – A demonstração e o paradoxo de Kurt Gödel, Gradiva, Lisboa, 2009: 75) Esta double face é característica fundamental dos pelegos, brilhante profissão criada pelo fascismo para tornar os trabalhadores dóceis por migalhas, pata  depois enviá-los cantarolantes aos campos talados de minas e canhões.
Um banco central faz um serviço que é impossível de ser feito. Portanto, não se trata de culpar uma única pessoa. O culpado não é apenas o atual presidente ou o presidente anterior. O principal problema é a pressuposição de que os burocratas da instituição podem saber ao certo qual deve ser a taxa de juros do momento, qual deve ser a oferta monetária, ou mesmo a suposição de que é possível ter preços estáveis ao mesmo tempo em que se imprime dinheiro. Há ainda o grande problema de se imaginar que o desemprego pode ser solucionado pela simples manipulação da oferta monetária.  Ron Paul,, para Nin-Hai Tseng, repórter de economia e finanças da revista Fortune
O ex-ministro e ex-deputado José Dirceu está convencido há muito tempo de que Lula e Palocci fizeram um acordo secreto com os banqueiros para manter os juros na estratosfera a maior parte do tempo possível. Eles, sim, estão felizes. O ex-presidente do PT José Genoino desconfia da mesma coisa. Memórias do Mensalão: A quem interessa
Depois de massacrar já por quase duas décadas o desenvolvimento do país, impondo à Nação a moeda mais valorizada do mundo (por sua escassez); a monopolizada gasolina, que dizem ser nossa, a. mais cara da esfera (imagina se não fosse); juros mais altos do mundo; os impostos mais escorchantes do planeta; o recolhimento do imposto de renda de modo antecidado; as leis trabalhistas mais retrógadas da face da Terra; a apropriação indébita de uns 30% sobre os depósitos em conta corrente, a título compulsório; e a burocracia mais entravante do globo; depois de enterrar a óbvia solução do Mercosul, em prol de um envergonhado protecionismo, o governo vê seus esforços para arrefecer sua própria ganância apresentarem pífios resultados. Tamanha inércia exige no mínimo igual período à reversão. 
Parece ser também muito conveniente que a Justiça do Trabalho seja responsável por grande parte da mortandade – que é enorme no Brasil – das micros e pequenas empresas. Já existem em cidades como São Paulo grupos organizados de 'trabalhadores' que vivem, exclusivamente, de indenizações trabalhistas impostas contra as pequenas empresas.Brasil Maior ou Brasil Menor ?
O custo de abertura de uma pequena empresa no Brasil chega a R$ 2.038, de acordo com estudo divulgado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). O montante representa o triplo do valor cobrado na média de Rússia, China e Índia, de R$ 672.  Especialistas chineses afirmam que o Brasil não sabe negociar.  Vero.  Enquanto Pequim é fria e calculista como manda a diplomacia econômica eficiente, o Itamaraty parece letárgico, ideológico e emotivo, tendo deixado a recusa (política) chinesa em apoiar a postulação brasileira de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU contaminar as relações comerciais. As ações governamentais perfazem motivos às chacotas: "A presidente eleita, Dilma Rousseff, não terá dificuldade para encontrar a pobreza absoluta que ela prometeu erradicar até o fim do mandato, como um dos principais compromissos da campanha. Quase 5,3 milhões de famílias - a grande maioria dos brasileiros que permanecem na condição de miseráveis - já são beneficiárias do programa Bolsa-Família, de transferência de renda " (Estadão, 5/12/2010)
Os conselhos de Dilma Rousseff contra o protecionismo soam de forma hipócrita, principalmente após o Brasil ter anunciado o aumento do imposto incidente sobre automóveis importados. (IPI) O país que está listado em 152º lugar no ranking do Banco Mundial por seu desajeitado e pesado sistema de impostos está dando conselhos sobre impostos restritivos e políticas cambiais.Financial Times
A presidente da República está longe de ser a única a dar aulas de “boa governança”, como se diz hoje, aos países ricos – e só a eles, claro, porque dar conselho a país pobre não tem graça nenhuma. O que há em comum entre eles é que pouco ou nada de útil resulta de todo o seu palavrório pelo mundo afora. (10/10/2011‘Aulas para o mundo’, um artigo de J. R. Guzzo)
Como não se pode apurar nenhum resultado diverso fazendo a mesma coisa, é trivial concluir que o decantado Brasil Emergente tem o destino do fiasco experimentado pelo Milagre Brasileiro  
Basta uma sacudida na economia para que o último degrau da escada social despenque no abismo de miséria de onde saiu, tornando inevitavelmente maior a sua propensão ao crime. Pesquisa recente do Centro de Pesquisa Social da FGV mostra que São Paulo é a região do País onde mais se produziu miséria - 5,9%. SIMANTOB, Fábio Tofic, Estatísticas do crime e discurso do medo
A equipe econômica vem lançando todos vetores que tem na mão, no fito deste balanço demover a brutal queda do setor produtivo.  Desta vez, a bondade só vai até dia 31 de agosto Infelizmente, de nada adianta, agora, o cavalo-na-chuva.   Morte ao mau governo
A corrupção evolui como uma doença degenerativa na administração pública. O Estado se tornou uma possessão de quadrilhas organizadas, o que torna o poder público uma propriedade de poucos. Chegou o memento em que a sociedade precisa lutar pela desprivatização do Estado. As máfias brasileiras, que se  servem do que é publico, deixam as máfias italianas no chinelo. É agora ou nunca: estanca-se a corrupção ou ela vai acabar o país.  A corrupção e as relações de poder: é preciso desprivatizar o Estado
O enfraquecimento do real não é uma anomalia de curto prazo, mas uma mudança estrutural que reflete a exaustão do modelo de crescimento baseado principalmente na expansão do consumo, disse Luis Stuhlberger, cofundador e diretor de investimentos de uma das maiores firmas de administração de ativos do Brasil, a Credit Suisse Hedging-Griffo. 'De 2004 a 2012, cada vez que o real se enfraquecia, isso era visto como uma mudança cíclica e não estrutural, então o que todo mundo dizia é 'tudo que cai volta a subir', disse Stuhlberger à agência Dow Jones. 'Mas agora é estrutural. O modelo está quebrado.' Queda do real reflete erros do Brasil. 
É o que veremos, no desespero da equipe econômica - II

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