quinta-feira, 7 de junho de 2012

O desespero da equipe econômica - II


A quantidade de dinheiro exigida para efetuar, de um modo livre e fluente, as transações de um país em determinada proporção; se for superior às necessidades, não haverá nisso vantagens para o comércio; se for inferior, muito inferior, ser-lhe-á extremamente prejudicial, A escassez de dinheiro reduz o preço daquela parte da produção que é usada no comércio, pois o desestímulo que daí resulta para o comércio restringe a demanda da produção a ele destinada. A escassez de dinheiro num país desestimula o trabalhador e os artífices (que são a principal força e sustentáculo de um povo). FRANKLIN, Modesta Investigação Sobre a Natureza e Necessidade do Papel-Moeda; Economistas políticos: 177/9.
Friedman mostrou que as autoridades monetárias haviam produzido efeitos indesejados na economia, tais como inflação e depressão devido ao tratamento errôneo da oferta de moeda. Ele culpa o Federal Reserve pela grande depressão da década de 1930, alegando que este, em um primeiro momento, reduziu a oferta de moeda devido ao medo de especulação demasiada no mercado acionário e depois não fez nada de 1930 a 1931, quando houve uma corrida aos bancos. GLEISER, I.: 151
Desaceleração da economia foi maior do que a esperada
A pergunta que se impõe é a seguinte: por qual razão o governo esperava alguma desaceleração?  Teria consciência dos malefícios de suas ações? Com certeza. Preocupado exclusivamente em reforçar o tal Fundo Soberano, inovação de 2008 com vistas à fazer frente às crises monetárias norteamericanas e européias, que a rigor nada tem a ver com nossa economia, posto abalo em moedas estrangeiras, o Banco Central do Brasil mantém em seu freezer   vultosa quantia, assim brecando a livre circulação da base monetária, enquanto brinca de leilões com moeda estrangeira.
Com US 195,849 bilhões em caixa, o Brasil é atualmente a oitava maior reserva internacional do mundo. Se por um lado este dado é bom para o País - pois reduz a vulnerabilidade do Brasil em relação às crises externas -, também traz uma conseqüência negativa: a baixa rentabilidade destes recursos, já que a maior parte está aplicada em títulos dos EUA, que rendem por volta de 4,5% ao ano. 
As excias reafirmam a prioridade em equalizar o valor relativo do Real, Nas horas vagas joga as economias extraídas a manu militaire do setor produtivo a estratosféricos investimentos nos países dominados por muy amigos.  A manobra de enxugamento manteve o Real sob uma fictícia valorização, causando danos irreparáveis nas empresas exportadoras do país. Como o valor da moeda depende, em primeiro lugar, da produção que lhe dê lastro, e não de especulação bem formulada, e como as empresas ficaram desprovidas de capacidadedeinvestimento graças ao somatório elencado, a desindustrialização era uma coisa perfeitamente previsível, exceto para os obcecados pelo vil metal. Em Londres o neófito presidente chegava ao climax: "O Brasil tem cacife hoje para colocar dinheiro emprestado para ajudar países pobres." (2/4/2009) Pobres ingleses! "O ministro das Relações Exteriores disse que o Haiti vai precisar de um 'Plano Lula' para a reconstrução do país.' Sugere brindá-lo com uma hidrelétrica, e maior controle: 'O Haiti precisa de uma alfândega.' (Agência Brasil, 24/1/2010) Enquanto isso, nossas fronteiras ficaram entregues ao controle do tráfico. A operação militar do Brasil no Haiti, prevista inicialmente para durar seis meses e custar R$ 150 milhões, completou oito anos no início deste mês a um preço de R$ 1,97 bilhão. A cifra corresponde a mais de seis vezes o que foi gasto com a Força Nacional entre 2006 e 2012 e a dois anos de despesas do Pronasci, o principal programa de segurança pública da União.
Passageiro de segunda classe
Caos nos aeroportos - Infraero anunciou que vai investir R$ 5,23
Quantas estradas, pontes, vias-de-acesso, estações rodoviárias, linhas de energia e financiamentos foram criados, quantos portos já não digo inaugurados, mas pelo menos atendidos em reciclagens? Brasil financia aeroporto milionário na África Alguma linha férrea além da maldita Norte-Sul, concebida por Sarney a 30 anos atrás, consumidora de bilhões, porém ainda longe de suas conclusão? Delta obteve R$ 139 milhões em financiamentos via BNDES em 2 anos Onde  estão as hidrovias? E a cabotagem, alguém ouviu falar? Brasil investe em aeroportos de... Moçambique - Jornal do Brasil
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que contará com a assessoria da Caixa Econômica Federal para a construção de uma rede bancária pública e na criação de um sistema de financiamento de casas populares na Venezuela. O acordo deve ser assinado na terça-feira, em Salvador, na Bahia, onde Chávez se reunirá com o presidente Luiz da Silva para tratar da agenda comercial bilateral e de temas de integração regional.  BBC-Brasil, 26/5/2009
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CARACAS, 22 Mai 2009 (AFP) - Hugo Chávez, negocia um empréstimo de 10 bilhões de dólares com o brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), revelou o próprio líder venezuelano nesta quinta-feira. Segundo Chávez, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, está na Venezuela para analisar os 'mecanismos' destes projetos comuns de 'desenvolvimento'. 'Coutinho me disse que o Brasil está disposto a financiar projetos aqui por até 10 bilhões de dólares'
Lula foi também o mentor do perdão de dívidas de outros países com o Brasil, ignorando carências internas gritantes. São cenas cotidianas o nosso sistema viário abandonado, hospitais inoperantes, escolas desamparadas, prisões comandadas por prisioneiros, barracos de papelão servindo de moradia a trabalhadores que pagam os impostos que vão financiar metrôs e armamentos na Venezuela, hotéis em Cuba, casas de alvenaria na Bolívia e empregos no Paraguai, no Equador, em Moçambique, na Nigéria, em Cabo Verde, na Nicarágua e no Gabão. O total das dívidas perdoadas desses países foi de R$ 1,62 bilhão, quantia suficiente para atender ao reajuste dos aposentados, que o governo afirma não ter recursos para honrar. Está também doando como ajuda à Grécia mais de R$ 567 milhões, além de emprestar R$ 17 bilhões ao FMI sem haver sido convidado a fazê-lo. DANON, J, Ave Lula. Estadão, 11/6/2010
Subsídio do Tesouro para o BNDES atinge R$ 28 bi  
 E  o sistema educacional, a cada instante sofrendo as decisões dos gabinetes burocráticos, quiçá por isso frustradas modernizações, e ampliações da rede? MEC atrasa R$ 11 milhões em verbas de apoio para programa de graduação Ora  temos as demagógicas cotas,e tal, mas onde estão nossos cérebros? Professores de 49 instituições federais já aderiram à greve  
UNE é investigada por irregularidades em convênios
MP aponta que recursos da União pagam até compra de bebidas alcoólicasSponholz

Com essa política irresponsável, os governos do PT, além de nada investirem em infraestrutura, literalmente permitiram a deterioração de tudo o que já tínhamos construído, principalmente nos anos de governos militares, como as hidrelétricas, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e redes de distribuição de energia que hoje estão em péssimas condições ou já praticamente destruídas.  O tsunami de Dilma
O que dizer do sofrimento da população em geral? "Alguma coisa está errada quando o preço da banana é duas vezes mais alto no Brasil do que nos EUA"  E são governadores em romaria à capital federal, pedindo misericórdia com suas enormes dívidas; e prefeitos municipais se organizando em protestos. O sistema previdenciário, de saúde, rede de hospitais, etc? Preencheria todo o espaço elencando as infindáveis mazelas que se abatem sobre o país, desde o descaso com o socorro nas calamidades públicas, o inchaço da máquina pública, multiplicados salários dos servidores, (As despesas com pessoal nas três esferas de governo representam 14% do PIB)  té a corrupção desenfreada, tudo em ,movimento retilíneo uniformemente acelerado em escala geométrica, em desvios jamais vistos em nenhum lugar do mundo, em qualquer tempo da história.

"Há riqueza ostensiva em Brasília que não poderia ser construída honestamente. Casas suntuosas de servidores e ex-servidores que acumularam patrimônio incompatível com a realidade salarial... Parlamentares agradecem a Deus pela propina, numa cena inacreditável" (RABELLO, J.N., É só o começo. - Estadão de São Paulo) .Filho de vice-governador do Distrito Federal casa em castelo da Itália "Pindorama ultrapassou a barreira dos 10 milhões de servidores públicos (civis, militares, federais, estaduais e municipais). O ano de 2007 fechara com 9,827 milhões. É provável que a marca tenha sido batida no primeiro semestre." (GASPARY, H., Folha, 29/3/2009) Na velocidade proposta, hoje deve beirar os 15. "Mais de 40 mil candidatos às eleições de 2006 e 2008 eram beneficiários do programa Bolsa-Família, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União." (www.claudiohumberto.com.br - 5/5/2009) Governo libera Imposto de Renda retido na Fonte em valor record, acreditando movimentar o comércio.
Paralisado pela incompetência crônica que não poupa nenhum dos quase quarenta ministérios e sufocado por um rosário interminável de denúncias de corrupção, o governo federal e sua base alugada empregam mais tempo na tentativa de minimizar os estragos da bandalheira institucionalizada do que no dedicado à solução dos graves problemas conjunturais e estruturais que se acumulam e cobrem de incertezas o futuro do país. Acuados, refugiam-se covardemente nas maravilhas de um país de araque que existe apenas no imaginário deturpado desse bando que, liderado por um dos maiores blefes políticos que já se teve notícia, utiliza-se da mais indecente campanha publicitária para mentir à Nação. É só uma questão de tempo
Paro por aqui. Com tudo isso olvidado, e segundo o milagragroso Keynes, o governo supôs que apenas manipulando, dando mais velocidade  no curso da moeda, irrigando o mercado com maior intensidade, poderia tirar o país de qualquer atoleiro a qualquer instante. Paul Ormerod (p. 48.) critica a pretensiosa mentalidade dos ocupantes do poleiro mais alto, desses “encarregados” em calcular e fazer circular (ou estrangular) essas riquezas - nada além de desdobramento e extensão das premissas cartesianas e newtonianas:
Os economistas vêem o mundo como uma máquina. Uma máquina complicadíssima, talvez, cujo funcionamento pode ser entendido se juntarmos cuidadosa e meticulosamente as partes que a compõem. O comportamento do sistema como um todo pode ser deduzido de uma simples soma desses componentes. Uma alavanca puxada em certa parte da máquina, com uma certa força, provocará resultados regulares e previsíveis em outra parte da máquina. 

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