Cerca de trinta partidos políticos disputam os votos
alemães. O pleito ocorrerá em setembro. Além dos
seis mais tradicionais (CDU, CSU, SPD, Partido Liberal,
Partido Verde e A Esquerda), todos com bancadas
no Congresso, e dos extremistas de direita NPD e DVU,
representados em algumas câmaras estaduais, mais
umas vinte greis partidárias obtiveram autorizações, na
sexta-feira passada. Para integrar o Bundestag, eles tem
que obter no mínimo 5% dos votos. Entre os novos aspirantes
dois mantém grande presença na mídia.
Partido Pirata
Fundado em 2006. atualmente o exótico grupo germânico possui cerca de 5 mil filiados, com associações nos 16 estados da federação. Até o momento participou apenas de eleições estaduais em Hessen e Hamburgo. O partido se insurge contra o excesso de controle na Internet.
O congênere sueco obteve surpreendentes 7,1% nas eleições ao Parlamento Europeu, em junho último. Na Alemanha, os piratas obtiveram apenas 0,9% dos votos europeus, mas nas próximas eleições nacionais almejam ultrapassar a marca dos 5%, necessária para obter representação parlamentar. Os piratas alemães vêm ganhando popularidade e o número de membros do partido triplicou em apenas poucas semanas. No final de semana, uma convenção do partido em Hamburgo definiu novo presidente, o físico Jens Seipenbusch. Os números foram significativos: enquanto no último congresso houve apenas 60 participantes, desta vez mais de 200 pessoas se reuniram em Hamburgo.
Em vez de papéis, os participantes da convenção tinham laptops sobre a mesa. Os resultados das votações internas eram divulgados imediatamente através da plataforma Twitter e imagens do evento, transmitidas em tempo real via live streaming. Muitos vestiam tapa-olhos, chapéus de pirata ou camisetas contendo a expressão Zensursula, apelido dado à ministra alemã da Família, Ursula von der Leyen, a partir de Zensur (censura).
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União Livre
Fundado há apenas um mes, pela dissidente da CSU Gabriele Pauli, a UL vai na esteira das denúncias de espionagem, as quais em 2007 levaram à queda do então governador da Baviera, Edmund Stoiber. O partido arrola cerca de mil filiados, os quais defendem, de modo mais preponderante, a eleição direta para chanceler federal e governador.
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