terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A tolice do Euro

Não entendf a razão do Euro. Quantos mais forem os meios de pagamento, maior comércio, produção e consumo. E, com certeza, maior cultura também. A Europa sempre negociara com todas as moedas, de livre circulação entre as cidadelas. Por que simplesmente extingui-las? Algumas não seriam confiáveis? Mas seria vantagem liquidar com todas, por causa das problemáticas? Todas apresentariam vulnerabilidade? Então, o Euro também apresenta. É o que vem se sucedendo com este azul, a rigor patrocinado pela França, O Euro mostra seus fundilhos ao provocar colapsos e cataclismas por vários países daquele belo continente. Quase todos estão seriamente implicados.  Ou melhor, basta apenas uma pedra do dominó balançar para colocar em risco toda a cadeia. Quem sabe o macete é da década dos gangsters
O capitalismo de livre empresa, um mercado onde perdurassem a competição e a livre iniciativa, passou a ser considerado como instrumento de exploração do povo, enquanto uma economia planejada era vista como alavanca que colocaria os países no caminho do desenvolvimento. Caberia ao Estado, portanto, o controle da economia doméstica, das importações e a alocação dos investimentos de maneira a assegurar que as prioridades sociais se sobrepusessem à demanda egoísta dos indivíduos. (Milton Friedman, Capitalism and Freedom; cit. Peringer: 126)
Bertrand Russel se reporta "Na verdade, os interesses dos banqueiros têm sido contrários aos dos industriais: a deflação que convém aos banqueiros paralisou a indústria britânica." Assim pode-se compreender a razão do feixe.
Como em Esparta, só à classe governante é permitido portar armas, só ela tem direitos políticos ou de outra espécie, só ela recebe educação, isto é, um adestramento especial na arte de manter em submissão suas ovelhas humanas, ou seu gado humano. POPPER, Karl, 1998, Tomo I: 60
Primeiro foi mesmo a cidadela de Sócrates e Platão suplicar por 110 bilhões de euros da União Européia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Seis meses depois foi a vez da Irlanda, que recebeu das mesmas organizações um total de 85 bilhões de euros.  Mas ao que se deve a perda dessa dinheirama? Seria uma produção claudicante, ou apenas manobras de banqueiros, maracutaias para ser claro? Pois bem podem ser ambos, e outros mais, mas as conseqüências serão danosas àquele povo fiel:
O socorro levará à centralização do poder na União Européia.  Os políticos europeus já determinam, indiretamente, qual deve ser o orçamento irlandês.  Por exemplo, eles dão ordens ao governo irlandês para aumentar impostos, como o imposto sobre vendas.  Eles também vêm colocando enorme pressão sobre o governo irlandês para que ele abandone sua política de baixos impostos sobre pessoa jurídica, política essa que vários políticos europeus classificam como sendo "dumping fiscal.   ,
A safadeza ou má-gerência monetária não exclui o epicentro
Quando a mente toma a dianteira do espírito, constrói uma sociedade contra a natureza e persiste em seus conceitos até que apareça a Grande Complexidade proveniente de seus próprios processos. Ela percebe então que já não pode administrar essa realidade, nem quantativamente, nem qualitativamente. RANDOM, Michel, O pensamento transdisciplinar e o real : 208
As contas do estimado Portugal e da rica Espanha também apresentam profundos déficits orçamentários. "Portugal está numa situação muito ruim", observa Rafael Pampillón, professor de ambiente econômico da Escola de Negócios IE, em Madri. "A economia está estagnada há dez anos, e amarga agora uma taxa de desemprego alta demais para o país: por volta de 10%."  O acaso quis que coubesse à Espanha, à frente da presidência da União Europeia (UE) no primeiro semestre deste ano, a tarefa de tirar o bloco comercial europeu da crise. Contudo, o cenário para 2011 é sombrio: o país se converteu “no doente da Europa” depois de seis ou sete trimestres consecutivos de crescimento negativo e de um desemprego galopante que é praticamente o dobro da média dos países da Europa.
Há mesmo uma enorme controvérsia a respeito do futuro do euro. Pois haverá sempre quem queira quebrar os espelhos para que não se desmoralizem os governos nacionais inchados e ameaçados de insolvência. Quem suportaria tanta verdade? Não seria mais fácil condenar a moeda continental europeia à extinção? O mais impressionante é que a moeda única desagrada a gregos e troianos, até mesmo aos alemães, os maiores beneficiários pelo estímulo a sua engrenagem extraordinariamente produtiva (Paulo Guedes, Hora da verdade, 7/12/2010)
A mim, pura tolice, apropriado platônico. Para muitos, vantajoso, com certeza. Para esses não se trata de ideal, e sequer de metafísica. Nada tem de miragem. À Europa, todavia, a emenda ficou pior do que o soneto. “A zona do euro (16 países) não pode ter uma política monetária e 27 políticas fiscais (UE 27) distintas”, observa Robert Tornabell, professor de finanças da Esade e autor do recém-lançado O dia depois da crise. O faina de domìnio, de tudo querer controlar, acarreta o descontrole geral.
As corporações centralizadas e autoritárias têm fracassado pela mesma razão que levou ao fracasso os estados centralizados e autoritários: elas não conseguem lidar com os requisitos informacionais do mundo cada vez mais complexo que habitam. FUKUYAMA, F., 2002: 205
E lá se vai Sarkozy atrás de Obama, para combinarem novas bases.
Sarkozy vs. Obama: A Test for the Dollar   
By JOHN VINOCUR Published: December 20, 2010
"E agora se encontram trancados em uma sala de espelhos, da qual não conseguem escapar. É a jaula do euro, em que entraram por ambições geopolíticas de enfrentamento aos americanos." (Paulo Guedes, Hora da verdade, 7/12/2010). Pelo jeito, fracassam até mesmo ante à locomotiva, propalada em séria crise: o euro se desvalorizou em 10,6% entre dezembro e fevereiro, passando de US$ 1,51 para US$ 1,35.  Evidente pela ambição,  o Euro contém o DNA espartano, platônico, com função competitiva, mas então o que tem a combinar com quem hostiliza? E por qual razão, agora essa, até o Euro depende do Dólar?
A maior parte dos países-membros da União Européia estão atualmente administrados por governos social-democráticos e o principal problema da maioria deles é o desemprego. Como o enfrentam? A resposta alemã é o corporativismo e não uma reforma estrutural. Na França limita-se o número máximo de horas de trabalho, e os políticos europeus alimentam a esperança de terem sua volta aos métodos keynesianos de condução da economia nacional facilitada pela adoção do euro, a moeda única. Em lugar da autonomia individual dos liberais, os social-democratas se apegam aos ideais coletivistas dos socialistas. LEME, Og, A nova Terceira Via da Europa maio de 2009
A integração das nações se faz ao natural, pelo comércio de bens e serviços, intercâmbios culturais e artísticos, não por alguma amarra obrigatória, ainda mais de cunho monetário.
O estudo de como surge a ordem, não em conseqüência de um decreto de cima para baixo da autoridade hierárquica, seja política ou religiosa, mas como resultado de auto-organização por parte de indivíduos descentralizados é um dos acontecimentos mais interessantes e importantes de nossa época. KELSEN, H., A democracia: 140.
Quem já escapuliu de cola erguida da quimera coletivista ora oferece a sugestão:: uma "cesta de moedas" com livre circulação no mercado internacional, lastreada por parcelas de cada uma, sem nenhuma extinção ou exclusão. A China tira o Ocidente do labirinto greco-romano, ao natural. Seus empresários estão soltos. Andam pelo mundo inmventando negócios, mas cada um trata do seu. Não há governos no território comercial chines.
A certeza da Nav's ALL:

Recuperação da Europa

Por que o euro é um sistema monetário autodestrutivo 

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