segunda-feira, 23 de março de 2009

A falha de Einstein

Todo o mundo sabe que Einstein fez algo assombroso, mas poucos sabem, ao certo, o que foi que ele fez. FILLIPI, M. A., O Maior Cientista do Século XX: O Homem e o Gênio, Einstein por Ele Mesmo: 112
Com todo o respeito: Einstein não fez nada. Gênio não trabalha; e costuma ser bastante espirituoso. O funcionário da repartição suiça de registros de marcas e patentes apenas cogitou que toda a ciência estivesse erigida em bases absurdas. E para confirmar sua certeza, mandou o pessoal espiar a trajetória da luz de uma estrela polar ao enfrentar a presença do Sol. Enquanto isso, o Grande Relativo foi velejar. As duas excursões exultaram: Einstein estava certo!  Ao chegarem com a notícia, o gênio se riu: "Se não houvesse o desvio o bom Deus teria errado nos cálculos!"
As dúvidas foram encerradas.
Enfim foi descoberto:
a luz pode ser curvada
E Einstein de glórias coberto.
DEBRUÇO-ME sobre a trajetória deste grande campeão, adorável copiloto da Nav's ALL.  Uma tentativa de crítica no pavimento pode até parecer pretensiosa; porém, não me preocupam os rótulos. Tampouco receio encetar alguma análise a priori deformada. Ambas podem ser facilmente corrigidas. À primeira, basta trocar o ângulo de visão. À outra, uma reavaliação.
Não fossem as insistências de NIELS BOHR (1885-1962), do grande mentor MAX PLANCK, (1858-1947), de WERNER HEISENBERG, (1901-1976), e por fim de ERWIN SCHÖDINGER, 1887-1961), o Grande Relativo teria ainda maiores dificuldades em reconhecer a procedência da potencialidade e da incerteza na quântica ."Em especial, não quis aceitar o papel do acaso." (ZEILINGER, A.: 203) O gênio não podia tolerar a imprevisibilidade da trajetória eletrônica.
Deus é sutil, mas não é malicioso. Deus não joga dados.
BOHR lhe sugeriu que parasse de preceituar a DEUS, de dizer o que Ele deveria fazer, ou não. Em vão. Atordoado por Deus não vir ao caso, o implacável cientista perseguiu, pelo resto da vida, a unificação da Física Quântica com a Relatividade:
Einstein discordou da interpretação de Copenhagen porque ela defendia que a realidade era aleatória ou probabilística. Einstein concordava que a Mecânica Quântica era a melhor teoria disponível, mas procurou sempre uma explicação determinista, isto é não-probabilística.
 Argolava-lhe a tradição pelo fatídico viés:
Tanto o platonismo quanto o cristianismo distanciam os seres humanos do meio que os rodeia. A natureza e a experiência eram encaradas como o mundo das modificações perturbadoras, o mundo do erro e do caos. Para o cristianismo, a dúvida e a incerteza são obra do diabo. ZOHAR, D., O Ser Quântico, Uma visão revolucionária da natureza humana e da consciência, baseada na nova física: 188.
O lapso, ainda que às custas de muito tempo e esforço, foi corrigido; mas a humanidade perdia a chance de ouro, a melhor cabeça que dispunha para refazer o grande liame essencial, uma recomposição à partitura platônica, responsável direta pela fragmentação de todas as ciências. Eis a falha de  Einstein; 

O EspaçoTempo de Einstein
O Ocidente veio enformado pelo conto de Comte. Em Memoire sur la science de l’homme, o mais velho “físico social” afirmava orgulhoso, como BACON, sim, mas, antes de tudo, como PLATÃO, que embora tomado como filósofo na verdade execrava a Filosofia, mercê de controversa, preferindo inaiugurar a Academia somente com a presença de quem detivesse alguma familiaridade com a geometria, que "a sociedade não tem por objetivo dominar os homens, mas a Natureza”. (COMTE, A., A. Oeuvres, vol V, 1966, cit. JAPIASSÚ, Nascimento e Morte das Ciências Humanas: 114). Como metafísicas platônicas são atraentes par excellence, multidão foi facilmente conduzida ao (des) caminho da ilusão:
O  trio se dispunha científico na suposição  fosse a certeza superior à dúvida adjacente às disposições filosóficas. Certamente nenhum deles aceitaria a cunhagem que consagrou o pioneiro Sócrates. E por vender  a pretensa certeza, PLATÃO, BACON, mesmo MAQUIAVEL, DESCARTES,  e agora COMTE logravam influenciar as tenras ciências humanas, Além da  França ,também  mergulharam a nInglaterra (tradição empirista e utilitarista) com os artífices  Jeremy Bentham, Austin, John Stuart Mill e Herbert Spencer; Na tradição naturalista  renascentista  surgiu o italiano Roberto Ardigò.A Alemanha do a cientificismo e monismo materialista apresentava  Ernst Heckel e Jakob Moleschott; Já no no raiar do XX o positivista-lógico ERNST MACH dominava o cenário germânico. Durante a I Guerra, MACH arregimentara formidável séquito. Acabou estimulando a II. GTal qual os precedentes, o alemão também influenciou os mais afetos à Filosofia pretendente científica ao  formar um estupendo movimento filosófico estendido sobre  o corredor do primeiro quarto do XX. O salão engalanado da  Filosofia das Ciências Indutivas  de Viena. aclamava Philipp Frank (1884-1966), Otto Neurath(1882-1945), o matemático Hans Hahn (18791934), Moritz Schilick e Rudolf Carnap (1891- 1970). Na pista, o show do Positivismo Lógico: a festa da ilusão vinha protagonizado em dança à media-luz, em notável gandaia: "De fato, o Círculo de Viena de positivistas lógicos era originariamente conhecido como Sociedade Ernst Mach." (Idem:175Max Weber (1864 - 1920) e Hans Kelsen (1881 - 1973) estavam por perto; e penetraram no baile, juntamente com Ludwig Wittgenstein (1889-1951). Os convivas não supunham haver nada além do concreto, do palpável: "Uma das principais contribuições do Círculo de Viena reside na noção de verificabilidade. Esta compreende que o sentido de uma proposição está intrinsecamente relacionado à sua possibilidade de verificação." (SILVA, Antônio R. da, www.geocities.com/discursus/textos/viena)

A mais notável contribuição, todavia, ainda que ninguém confirme, parece-me óbvia: naquela cidadela, no mesmo 1924, se arvorava um macaco amestrado com registro de Adolf (1889 - 1945), o sucesso na divulgação do Mein Kampf (Minha luta).
No salão da valsa o anfitrião Mach e o colega Wilhelm Oswald garantiam:
“Não pode haver significado nas declarações referentes a uma suposta teoria atômica, já que não temos meios de verificar diretamente a existência de átomos e moléculas.” (
COVENEY, P. & HIGHFIELD:57)

Hiroshima e Nagasaki dirimiram todas as dúvidas..
Einstein não participou do magestoso ágape austríaco, mas do lado de fora ouviu seus acordes.
A proeminência de Mach não poderia ser relegada 1.
Viu-se obrigado obrigado em atender Freud, diante da insistência. O sisudo do charuto não dançava bem com o positivismo, mas não era isento de outro feitiço 2, na cadência mais antiga, batida de Descartes e Hegel. Embora acenasse com uma inovação, na verdade cumpria dobrado equívoco. Einstein o reverenciou como "muito imaginativo"..
Embora modestamente não concorde, até porque Freud usou e abusou da mitologia grega, e também do mapa platônico consubstanciado com as orientações cartesianas, valendo-se desses palimpsestos exatamente por carência de imaginação, ainda assim Freud abiscoitou o Nobel LIterário, não científico, fato que consagrou a sarcástica predição de Einstein.
Convém de novo lembrar o efeito religioso impregnado na tradição judaica; no caso, em ambos baluartes. A música positivista combinava com a idéia da ordem divina imposta ao caos. O mundo deveria ser predeterminado, sim, pela Entidade Superior, mas as descobertas recentes da Teoria de Campo, de Faraday, do eletromagnetismo apontado por
Maxwell e Hertz, e ainda as inéditas conjeturas de Hendrik Antoon Lorentz (1853-1928) e de Henry Poincaré (1854 - 1912) 3, indicavam a Einstein que de fato havia uma hipótese diversa do hegemônico postulado, do cartesianismo adotado tão ardentemente por Hegel, Marx, Freud e pelos positivistas autodenominados lógicos. 4
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A influência de Niels Bohr
Einstein primeiramente se dedicou a examinar efeitos foto-elétricos, para em seguida, dispor a base da Relatividade. Como que não querendo macular a velha concepção, em princípio ele conjecturou uma dimensão restrita, só ampliando à generalidade depois de muitos anos de certificações. A rigor, Einstein (cit. POPPER, K., A Lógica da Pesquisa Científica: 525) custava a acreditar na própria teoria, que dirá na Teoria Quântica. Graças a insistência de Niels Bohr ele se obrigou a aceitar os aparentes paradoxos; então compôs: E=Mc2. Em seguida advertiu:
Não me agrada absolutamente a tendência 'positivista' ora em moda (modishe), de apego ao observável. Considero trivial dizer que, no âmbito das magnitudes atômicas, são impossíveis predições com qualquer grau desejado de precisão e penso que a teoria não pode ser fabricada a partir de resultados de observação, mas há que ser inventada.
Posteriormente, ele próprio é que foi o encarregado de alertar, e por isso iniciar o fatídico programa atômico de Los Alamos.
O gap de Einstein
Quando a filosofia vier a cooperar com o curso dos acontecimentos e tornar claro e coerente o significado dos pormenores diários, a ciência e a emoção hão de interpenetrar-se, a prática e a imaginação hão de abraçar-se. DEWEY, John: 205
O grave dano social cartesiano 
E=Mc2. A própria equação corrobora: a Quântica nada mais é do que condição, extensão da Relatividade. Nestes campos, nada havia para Einstein unir - seria como tentar unificar os dois lados de uma mesma moeda. Que tal tentar unir o lado escuro da lua com o visível? Ou então colocar frio e calor como antagônicos, contrários, quando na verdade o termômetro atesta que um fenômeno é apenas prolongamento do outro, e qualquer demarcação per se é arbitrária? Ambos lados da moeda, da lua, tanto quanto as definições de temperatura são abrangentes. Seus limites não são delineáveis. Ou por outra: não há limites. Não existem polaridades; não cabe nenhuma dialética; portanto, qualquer síntese é fora de propósito, até porque exigiria a prévia mutilação do objeto.
Na mosca:
A Nav' s ALL tem o maior orgulho,  honra e  satisfação em ver suas especulações e esboços heurísticos serem constantemente confirmados. Vai ver os melhores pesquisadores do mundo andam sintonizados  nas ondas de nossos raids.
Linking Quantum Physics With Classical Physics: Basis Of Einstein's First Approximation In The Theory Of Relativity Investigated (July 16, 2009) — In his discussion of accelerated motion on page 60 of "The Meaning of Relativity," Albert Einstein made an approximation that allowed him to develop the theory of relativity further. Einstein ...  > read more
Rewriting General Relativity? Putting A New Model Of Quantum Gravity Under The Microscope (August 26, 2009) — Scientists are trying to figure out to what extent a new theory of quantum gravity will reproduce general ...  > read more
O que merecia atenção à  integração eram as ciências humanas com a Física que propunha, apartadas desde o berço das famosas terras de Academus.
O "gap" de EINSTEIN enseja a permanência cartesiana nos domínios das ciências adjacentes. A fatalidade obstaculiza o desenvolvimento jurídico, econômico, sociológico, psicológico, medicinal, filosófico, até os rincões da história, esta narrada a partir de um passado constantemente mal-interpretado, quando não desprezado por falta acuidade, ou senso epistemológico, relevando apanágios, em detrimento do núcleo promotor. Tivesse o Grande Relativo tomado a iniciativa de demonstrar a inviabilidade científica da concepção mecanicista também pelo âmbito das letras, talvez lograsse desviar a tempo o Chapeuzinho do caminho da floresta, especialmente do labirinto no qual espreitavam fascistas, nazistas, marxistas e assemelhados. Isto seria perfeitamente alcançável. Quiçá pudesse até mesmo elidir a necessidade da Rosa de Hiroshima e dos massacres dialético-materialistas. Esses sistemas "políticos" estavam à mercê de uma desmoralização científica, justamente na própria rampa pela qual se lançavam.
Bohr (cit. ZEILINGER, Anton, A face oculta da natureza: 211) já havia tentado lhe salvar da empreitada de "unificar" a Física. O dinamarquês invocara justamente a própria Teoria da Relatividade Geral para compor a razão complementar aferida. A discussões se acentuaram em diversas conferências realizadas já em fins da década de 1920. Bohr registrou os embates no artigo Discussions with Einstein, reproduzida em 1948 pela coletânea Albert Einstein: Philosofer - Scientist. Curiosamente, foi neste ambiente pós-guerra que fulgurou a Teoria Quântica dos Campos.

Não é suficiente ensinar a um homem uma especialidade.Através dela ele pode tornar-se uma espécie de máquina útil mas não uma personalidade desenvolvida harmoniosamente. A sobrecarga necessariamente leva à superficialidade.
EINSTEIN, Albert cit. PAIS, Abraham, Einstein viveu aqui: 271
Pois Einstein esqueceu de sua própria observação; e as ciências descambaram à confusão:
Entre a teoria dos quanta, que sustenta o edifício científico da idade atômica e o pensamento dos economistas e filósofos, marxistas e tecnocratas, parece terem decorrido séculos. Já não falam a mesma língua. Já não têm nem uma idéia comum.
KRAEMER, Eric La grand mutation cit. GOYTISOLO: 69

A Importância da Relatividade das Leis

O princípio da relatividade deve ser mais geral ainda - devemos procurar a diferença de tempo nas realizações biológicas e sociais, - o tempo local das espécies e dos grupos humanos. Isto nos poderá explicar muitos fenômenos que resistem às explicações atuais. Mas para conseguir tais fórmulas muito terá que lutar o espírito humano contra os preconceitos que o rodeiam e contra as obscuridades da matéria que irá estudar.
MIRANDA, Pontes de,
cit. MOREIRA: 103
Ninguém melhor do que Einstein para promover esta tarefa. Entretanto, o excepcional articulador teria que debulhar uma infinidade de obras cunhadas sociológicas, filosóficas, até de Economia e de Direito, além das composições de Kant, David Hume e Spinoza por ele tão apreciadas. Pois ouso até afirmar, categoricamente: bastar-lhe-ia conhecer A Episteme de Demócrito
Também é verdade que o grande mestre merecia seus momentos de lazer. Seu violino poderia ter abrilhantando uma daquelas reuniões-dançantes levadas em Viena, mas o simpático cientista preferia estar perto d'água, fosse em seu veleiro lacustre, ou em navio. Se não dispusesse de embarcação, servia a beira, mesmo, momento da rara foto.
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Einstein  se divertia com a prosaica bicicleta. Não obstante, teve uma vida bastante conturbada, desde o desaparecimento de sua primogênita Lieserl, passando por um casamento desfeito, a internação e o prematuro falecimento do filho Eduard, um novo casamento com uma prima, a perseguição nazista, as mudanças de residência, e de nacionalidade, a fama e a requisição à inúmeras efemérides, o assédio de fãs, turbilhão naturalmente avesso à concentração necessária para o aprofundamento de seus estudos.
Evidentemente, não dá para nada reclamar. Sua contribuição, per se, já foi maior do que a de todos pesquisadores citados, e somados.
Israel chegou a lhe convidar para presidir a Nação. Mercê do forte efeito gravitacional que sua presença impunha, é até admirável como pode conservar integridade até a derradeira morada. At last, convém mais relevar: a preferência pelas fronteiras numerais é costume natural de qualquer Físico 5..Raro é o pesquisador matemático se dispor ao enfadonho (e muitas vezes contraditório) estudo da ciência através das letras, afastada do conhecimento científico porque taxada via repleta de entretantos e filigranas, dialéticas e controvérsias, não poucas vezes movidas por interesse exclusivo e imediatista do próprio formulador. O curioso é que o próprio fundador da Academia assim o fez por seu exclusivo interesse, tão escuso, quanto medíocre, apanágio que vislumbrava apenas a possibilidade de atrair infantes, seu prato predileto. Diga-se a bem da verdade: Einstein encontrava dificuldades em ser assimilado: “A súmula do pensamento einsteniano produz vertigens numa pessoa comum. Não que seja muito difícil, mas pelo que tem de estranho”. (AZIMOV, I, Para Compreender a Relatividade, in Trattner, Ernest B.: 42)  Na época a revista Times chegou pedir a seus leitores “para não se sentirem ofendidos pelo fato de apenas doze pessoas poderem compreender a teoria do subidamente famoso doutor Einstein”. ( PAIS, Abraham, Sutil é o Senhor: a ciência e a vida de Albert Einstein: 367)
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Notas

* A teoria quântica dos campos é a aplicação conjunta da mecânica quântica e da relatividade. Ela fornece uma estrutura teórica usada na física de partículas e na física da matéria condensada. Em particular, a teoria quântica do campo eletromagnético, conhecida como eletrodinâmica quântica (tradicionalmente abreviada como QED, do inglês 'Quantum EletroDynamics', é a teoria provada experimentalmente com maior precisão na Física. Resumidamente, pode-se dizer que a teoria quântica dos campos é uma segunda quantização, isto é, realiza a quantização dos campos, ao passo que a mecânica quântica apenas realiza a quantização da matéria. A teoria quântica dos campos considera tanto a matéria (hadrons e leptons) quanto os condutores de força (bosons mensageiros) como excitações de um campo fundamental de energia mínima não-nula (vácuo).

1.Quando estudante, Einstein foi influenciado por Mach. O físico austríaco já era amplamente conhecido, entre outras razões pelas referencias feitas por Lenin no livro Materialismo e empirocriticismo.
2.Paul-Laurent Assoun, em O Estranho, levanta a supreendente familiaridade de Freud com Ernst Mach (1838-1916), revelada através de citação em pé de página. (L'introduction A La Metapsychologie Freudienne)
3. Em “A dinâmica do elétron”, Poincaré desenvolve as equações de Lorentz e propõe a noção de “tempo local”, o tempo real. Ambos afiançaram a certeza da Relatividade Restrita. Registros de Poincaré: Os novos métodos da mecânica celeste (Les méthodes nouvelles da mécanique céleste), entre 1892 e 1899, e Lições de mecânica celeste (Léçons de mécanique céleste, 1905). Também escreveu várias obras de divulgação científica que atingiram uma grande popularidade, como Ciência e hipótese (1901), O valor da ciência (1904) e Ciência e método (1908).
4. Prêmio Nobel de Física em 1902, por seu trabalho sobre as radiações eletromagnéticas

O que levou finalmente os fisicos, após longa hesitação, a abandonar a crença na possibilidade de toda a física ter como base a mecânica de Newton foi a eletrodinâmica de Faraday e Maxwell. Essa teoria, confirmada pelas experiências de Hertz, provou a existência de fenômenos eletromagnéticos que por sua própria natureza são separados de toda a matéria ponderável - a saber, as ondas no espaço vazio, que consistem em campos eletromagnéticos.
EINSTEIN, A.,
Notas Autobiográficas: 12
5. “A matemática goza perante as outras ciências de consideração especial por um só motivo: as suas proposições são absolutamente seguras e indiscutíveis, enquanto as de outras ciências são, até certo ponto, discutíveis e encontram-se sempre em perigo de serem derrubadas por novos factos.(…) Como é possível que a matemática que é, no fundo, um produto do pensamento humano, independente de toda a experiência, se adapte tão perfeitamente à realidade dos objectos? Poderá pois a razão humana, sem experiência, só por meio do pensamento puro, investigar as qualidades das coisas reais? A Natureza é a realização de tudo quanto é matematicamente mais simples. (...) A experiência, claro, continua a ser o único critério de utilização de uma construção matemática da física.”. (EINSTEIN, Albert)


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