quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Pequeno raid

Ragazza,
DIA DESSES tive que disfarçar a Nav's ALL. Ia descer na praia, embora no aeroporto. O tiro era curto, perto da base. Então pintamos ela com as cores do goleiro holandês. Só faltava a pontualidade britânica, para não me colocar em maus lençóis. Ai, que saudades da Nav's ALL.
Não gosto de desviar o rumo e o momento de ninguém.
O goleiro me toma o primeiro frango.
A situação agora era outra, por causa do inconseqüente.
Uma barbaridade esses atrasos. Injustificáveis. Só pode ser marketing. Faz o aeroporto lotar de gente, passando a impressão de que qualquer um pode andar de avião. Que o avião é popular. Essa é boa. É tão popular que ninguém tem, muito menos um boeing de primeira geraçao. Por fim, não são poucos os salários mensais que não atingem o montante requerido para ir e voltar de meros 500km. Mas com tal marketing, dobram a frota.
Deveria ter disfarçado a Nav's mais apropriadamente. O tom não era esse. O tom deveria ser no feminino. Agora era tarde. Passageiro embarcado só desembarca no destino.

Tudo começava a mudar. Até o poder. De certo modo, houve quem constatasse: eu não era capaz de determinar vôo nenhum. Pronto, tinha arrumado um rival, sabe-se lá qual. Manhã, tempo a favor. Nada podia dar errado. Mas não.
Senti saudade até do Lloyd Aéreo, da Pan-air, para não lembrar da pujante Varig, detonada por bananas. Lamento a ausência da Vasp e Transbrasil. Por último a BRA: nunca me faltou.
Dizem-me que popularizam os vôos internos. Se políticos, demagogos.
Preço sem apreço
Paga-se pela passagem de 500 km ida/volta mais vendida ( sim porque os preços variam mais do que qualquer intempérie do percurso) ao redor de R$410,00, de aeroporto a aeroporto. Antes e depois, raramente há ônibus. O que tem são táxis, e eles não costumam ser baratos.
Miami dista aproximadamente 8.000 km. Dentro do parâmetro, que deveria até ser maior por envolver nações, pelos cálculos tupiniquins daria R$3.280,00 aproximadamente. Descer num daqueles magestosos aeroportos americanos, e voltar, é pouco mais do que o dobro cobrado para um tour Rio-São Paulo.Na mais barata. A mais cara, pasme!, tem seu preço maior do que a viagem intercontinental! Tem uma engraçada: Florianópolis/Porto Alegre, com escala em Sao Paulo. Ou seja, o destino é do Cruzeiro do Sul. Ele embica para São José do Juazeiro. Nem assim poderia ser mais caro do que uma viagem aos EUA. Tem umas lógicas verdadeiramente bizarras.
Isso é popularizar? Ou não é mesmo marketing elevado ao máximo à peculiares conseqüências?

O resultado vem por aglomerações estrondosas nos aeroportos, como se a mostrar que estavam repletos. Segura os passageiros do dia: não cabem em nenhum aeroporto. Aeroporto lotado, preço de barbada! A psicologia é popular. A astúcia não é devagar.
Já ouvi que existe barbada. Em corrida-de-cavalos sempre tem. Prefiro viajar sentado em uma confortável poltrona. Mas principalmente, de modo pontual. Não há quem não se envolva. Mister respeitar, não só os viajantes, mas principalmente quem os espera.
Bem, outra hora conto o resto.
Uma boa-noite para você.

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