quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Strip-tease do temido Temer


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Partido político não é seminário. Aqui dentro [no Congresso] não há seminaristas.
Sen a dor Walter Pereira, PMDB-MS, 3/3/2009


Só um homem bastante tolo pode honestamente compartilhar os prejuízos impostos a mais da metade da nação. Portanto, qualquer homem capaz e com talento político deve ser hipócrita para obter sucesso na política; mas ao longo do tempo a hipocrisia detruirá seu espírito público. RUSSELL, B., Ensaios céticos: 135

O nome do deputado Michel Temer (SP)*, presidente da Câmara e do PMDB, aparece no arquivo secreto da Construtora Camargo Corrêa. Na contabilidade da empreiteira, todos que receberam dinheiro são classificados como "clientes". Os pagamentos foram efetuados em dólares. O total de pagamentos da Camargo Corrêa alcança R$ 382,6 milhões entre 1995, 1996, 1997 e 1998. Em 95, foram liberados R$ 42, 3 milhões, atualizados; 96, R$ 111,5 milhões; 97, R$ 86,2 milhões; 98, R$ 142,4 milhões. Estadão, 2/12/2009
Nesta época, governava o país o professor CARDOSO, não o astrólogo OMAR, claro, mas um malandro carioca, filho do GENERAL LEÔNIDAS. O príncipe logrou subornar meio Congresso para mudar a Constituição em benefício pessoal, assim legalizando a
reeleição.
CBN - Lucia Hippolito
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e o de puta do Fernando Gabeira (PV-RJ) admitem ter participado da farra de passagens aéreas. Em nota, Temer reconhece que inúmeras viagens 'de familiares e terceiros' foram pagas pelo Congresso.
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A Folha de São Paul0 teve acesso ao vídeo no qual Collaço fala sobre uma suposta propina paga a caciques peemedebistas na Câmara: o presidente da Casa, Michel Temer (SP), o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e os deputados federais Eduardo Cunha (RJ) e Tadeu Filippelli (DF). Esse é o grupo que chancelou a permanência de Filippelli no comando do PMDB-DF, forçando a saída de Joaquim Roriz do partido em setembro. Roriz foi rifado com a aliança dos peemedebistas com o governador José Roberto Arruda (DEM). O democrata o acusa de estar por trás das denúncias. Na gravação, Barbosa diz que Arruda 'dava 1 milhão por mês para Filippelli'. Collaço fala em outro valor e detalha a suposta partilha: 'É 800 pau [sic]. Quinhentos pro Filippelli, 100 para o Michel, 100 para Eduardo, 100 para Henrique Alves'.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que o partido olha para a sucessão presidencial de 2010 com visão de negócios. Para ele, a legenda vai optar por quem 'pagar mais' em troca do apoio, seja Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). O PMDB fez de tudo para agradar o Fernando Henrique e conseguiu ‘carguinhos’. Agora faz a mesma coisa com Lula.
blog do Josias.

De volta de uma viagem a Paris, o governador pemedebê de Santa Catarina, Luiz Henrique (SC), levou os lábios ao trombone. Disse ter farejado 'golpe' na decisão de antecipar de março para 6 de fevereiro a convenção que reconduzirá Michel Temer à presidência do PMDB.
Folha de S.P., 24/1/2010

A decisão de antecipar a escolha do presidente da legenda foi referendada por Temer, Sarney, Renan e o restante da cúpula do partido: o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (pré-candidato ao governo da Bahia), e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (filiado no ano passado), entre outros caciques.

Idem
O consorte que se oferece, todavia, não é tão bemquisto assim:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT querem o PMDB de vice na chapa e avaliam a parceria como fundamental para eleger a chefe da Casa Civil. O problema está concentrado em Temer, que, na opinião do governo, não tem voto nem agrega apoio, apesar de ser de São Paulo, o maior colégio eleitoral do País.
Comando da campanha de Dilma quer apoio de aliados para rifar Temer. - Estadão, 26/1/2010
É admirável um sujeito da mais alta envergadura, elevado a professor de Direito, autor de várias obras, protagonizar um papel de segunda categoria, servil, ou pior, sem o sufixo - mais vil impossível. De que lhe adianta conhecer a ciência, desprovido da menor consciência?

“Foi um erro do sujeito que datilografou, que digitou”.Michel Temer, ao tentar explicar por que um imóvel de R$ 2,2 milhões não aparece em sua declaração de renda de 2006, um mês depois de alegar que o crescimento de 118% no patrimônio declarado neste ano resultou de “honorários advocatícios recentemente recebidos por conta de uma causa dos anos 1970″, comprovando que Dilma Rousseff e seu candidato a vice nasceram um para o outro. NUNES, Jornalista Augusto. - Veja, 29/8/2010

Sempre desconfiei da sua dubiedade, mas nunca me dispus a percorrer sua trilha, em busca dos indícios. Para mim seria apenas uma questão de tempo vê-lo despido de suas roupinhas bem engomadas. .Os livros que leu, conheço-os todos, em especial o predileto: Il Principe, de MAQUIAVEL. Mas fui além desse manual dos napoleões, no fito de comprovar minha desconfiança. Não encontrei nenhum ator da peça tão magistralmente construída que obtivesse um fim já não digo glorioso, mas pelo menos sem sofrimento. Cogitei do insólito, e a História me ampara fartamente. Porque a subida ao poder sobre um povo sempre ingênuo e não poucas vezes atônito, ignorante, através da cartilha se faz bastante trivial, e rápido, e o deleite dos palácios por demais prazeroso, jamais supõe o incauto que o diretor florentino tenha costurado a peça sem margem a variação: ela reserva um final melancólico, de preferência trágico, ao seu astro principal, justamente para o deleite da platéia, a que lhe garante a bilheteria já por cinco séculos de sucesso! Seria o caso?


Diante das denúncias hoje veiculadas, dei-me o trabalho de investigar sua formação, e pela mão de quem este atual Presidente da Câmara dos De puta dos ingressou na política. Surpreendi-me. Sabia de seus dotes na área jurídica, mas quando acompanhei suas torpes manobras na Constituinte, e quando vejo o desempenho do colega que comanda o Judiciário, se tinha dúvidas hoje tenho certeza do pouco valor desta disciplina acadêmica, mero desempenho artístico. Suas feições e postura, sim, me impressionam, pela semelhança à terrivel figura de ROBESPIERRE. Sans-cullote, sento na praça com as tricoteuses, aguardando o final do espetáculo de La Concorde. .
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A semelhança não se restringe na aparência física.
Ambos enalteceram as virtudes da sangrenta
Revolução Francesa
; frequentaram escolas
de Direito; e escreveram sobre a cátedra, e a política.
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SO Incorruptível ainda recebeu algumas honrarias,
especialmente como Le Défenseur de la
Constituition
, mas nesse caso TEMER preferiu a
alteração constitucional, em prol do chefe da ocasião.
Não se conhece nenhuma honraria, mas por certo
não foi de graça que emprestou sua graça.
Os dois personagens muito se dedicaram aos estudos.
ROBESPIERRE ganhou o prêmio de melhor aluno, e recebeu
os cumprimentos do rei Luis XVI e da rainha Maria Antonieta,
os inditosos que, dezoito anos mais tarde, seriam decapitados
pela Revolução. Antes do trágico epílogo, o incorruptível foi eleito
deputado, e líder dos jacobinos, para iniciar o período do Terror.
Ao cabo, ele próprio subiu ao palco da guilhotina, vítima da peça
que tanto venerou, assim consagrando já pela enésima vez
o final do script articulado pelo diretor MAQUIAVEL.
TEMER foi eleito deputado, colaborou e ao cabo sacrificou
o antigo chefe, trocando o apoio em prol do adversário, o
atual Presidente. Por certo não lhe aguarda nenhuma guilhotina,
tal qual o original, mas também é certo que o enredo
modernizado também requer o seu desfecho.
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Michel Miguel Elias Temer Lulia nasceu em Tietê (SP), no dia 23 de setembro de 1940. Sua família imigrou de Betabura, na região de El Koura, Norte do Líbano, em 1925. Doutorou-se pela PUC/SP.; dirigiu o curso de pós-graduação da Faculdade de Direito da PUC-SP, deu aulas na Faculdade de Direito de Itu e, hoje, é considerado um dos maiores constitucionalistas do País. Iniciou a carreira política como oficial de gabinete de seu ex-professor Ataliba Nogueira, secretário de Educação de Adhemar de Barros. Temer foi procurador-geral do Estado em 1983 e deixou o cargo para ser secretário de Segurança Pública de São Paulo. Fez gestão marcante e voltou a ocupar o mesmo cargo no início dos anos 90. Confidenciou ao então governador Franco Montoro um grande sonho: participar da Assembléia Nacional Constituinte, em 1986. Montoro incentivou-o a ir em frente. * www2.camara.gov.br/presidencia/biografia
O doutor estreou na política compondo o staff do famoso ADEMAR DE BARROS?!! E apresentado pelo "ultracristão" MONTORO, este também responsável por oferecer o cargo de suplente de Senador ao introdutor do mensalão, o socio logo FHC, para depois, renunciando, permitir a cadeira ao novel costureiro? Agora sim, tudo se faz perfeitamente compreensível:
Do topo à base, todos aceitam propinas. Para ilustrar melhor o grau de corrupção, posso mencionar o fato de um homem, Adhemar de Barros, além de pobre e muito endividado, ao se tornar governador de São Paulo conseguir, em cinco anos, ser o mais rico da América do Sul. Poucas pessoas reagem com indignação contra esse fato. Notei que quando as pessoas se manifestam a respeito é para usar o 'slogan' de que ele 'rouba mas faz'. Isso o diferencia de outros políticos que também roubam, mas nada fazem.
BOHM, David*
A constatação é dura, já por demais conhecida, mas necessário enfatizar, no fito de acordar o gigante do berço esplêndido. Estamos submetidos à plêiade da pior qualidade e caráter:
Nenhuma gota d'água passa pelo esgoto sem se tornar poluída.
Deputado Federal Roberto Jefferson, Presidente do PTB)
Já critiquei a degradação pública à qual está submetido o sistema político brasileiro, alertando para a desqualificação moral dos partidos políticos. A verdade é sempre inconveniente para quem vive da mentira, da farsa e é beneficiário dessa realidade perversa, um quadro aterrador que até agora vinha sendo encoberto pelos bons resultados da economia. O exercício da politica não comporta espectadores. Quem não faz politica verá outros fazê-la em seu lugar, para o bem ou para o mal. A população que paga seus impostos não compreende o porquê da disputa ferrenha entre grupos partidários, sempre envolvendo empresas de orçamentos bilionários. O exercício da política não pode ser transformado em um balcão de negócios. O que se vê hoje no nosso país é um sentimento de descrença, com a impunidade corroendo as bases da democracia. o exercício da política não pode ser transformado em um balcão de negócios. O Parlamento não pode continuar sendo um mero atravessador de verbas públicas, com emendas liberadas às vésperas das votações que interessam ao governo. As distorções começam na elaboração do Orçamento, permanecem na sua aprovação e atingem o auge na hora da liberação dos recursos e quando o dinheiro, que deveria ir para obras prioritárias nos municípios, escorre pelos esgotos da corrupção e dos desvios, muitas vezes com a participação dos ordenadores de despesas do Poder Executivo, indicados pelos partidos políticos.
Senador Jarbas Vasconcelos, em pronunciamento de 3/3/2009
A foto do dia, na capital paulista


O resultado se vê nas ruas:
A sensação que tenho é de que a violência vai crescendo como uma doença letal, uma verdadeira epidemia, que vai contaminando todos, aos poucos. As notícias de crime chegam diariamente, sem dó nem piedade. E, se a gente descuida, vira tudo número, estatística.
BARROS, Jorge Antônio, em 4/3/2009
http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/reporterdecrime/#16533
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Folha
, 2/12/2009

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Notas
* Temer foi, depois da segunda metade do primeiro mandato de FHC, um dos principais auxiliares dos tucanos no Congresso.
Temer só chegou a cargos executivos por meio de nomeações, como nas duas vezes em que ocupou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, nos governos pemedebistas de Franco Montoro (1983-1987) e Luiz Antonio Fleury Filho (1991-1994), do qual também foi secretário da Casa Civil.
Temer foi, depois da segunda metade do primeiro mandato de FHC, um dos principais auxiliares dos tucanos no Congresso. Sua primeira eleição para a presidência da Câmara - com o apoio do Planalto - foi resultado de seu esforço em levar parte do PMDB a aprovar a emenda da reeleição. A segunda vez em que ocupou a presidência, em 1999 e 2000, decorreu da costura política que realizou para que o PMDB fechasse informalmente apoio a FHC nas eleições de 1998 e, de forma oficial, com o governo no segundo mandato. No discurso de posse na segunda presidência da Câmara, rasgou elogios a FHC, “um dos mais eminentes homens da história republicana, destacado por seu preparo, sua visão da geopolítica internacional, pelo equilíbrio com que vem comandando o mais arrojado programa de mudanças do Brasil contemporâneo”.O expediente utilizado nos anos FHC repetiu-se sob a era Lula. No primeiro mandato do petista, Temer proclamou a independência de seu grupo, o que fez com que o governo passasse apuros na Câmara, já que no Senado José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL) garantiam ao menos parte da sigla com o presidente. No segundo mandato, atendeu ao pedido de Lula por um PMDB inteiro na base e aderiu ao governo. Em troca, ocupou espaços no governo federal.
No governo FHC, o apoio ao tucano lhe valeu, além da dupla presidência na Câmara, indicações para a diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o porto de Santos.
Em 2002, foi um dos coordenadores da campanha presidencial de José Serra (PSDB). Seu padrinho político, o ex-governador de São Paulo Franco Montoro, foi um dos fundadores do PSDB. Eleito governador em 1982, deu a Temer seu primeiro cargo público, de procurador-geral do Estado.
MALTA, Dácio,Um perfil de Michel Temer
** Cit. Freire Jr, Olival, Bohm, Einstein e a Ciência no Brasil, Revista Ciência Hoje, v. 15, n. 90:44/47; também em Moreira, Ildeu de Castro e Videira, Antonio Augusto Passos Organizadores, Einstein e o Brasil: 267.
Grande amigo de Einstein, David Bohm foi um dos baluartes da Teoria Quântica. Nasceu na Pensilvânia de 1917, para falecer recentemente, em 1992. Esteve no Brasil, para trabalhar na USP, entre 52 e 54, aqui presenciando o “festival da maracutaia” e desrespeito à ciência. Decepcionado, enviou esta carta à sua comunidade, uma beleza para compor nos
so conceito no exterior.



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