domingo, 9 de setembro de 2012

Quem dirige o ônibus?

A gente se perfilou junto ao flamante quadrieixo, cortesia do generoso amigo Thomaz.
Na hora aprazada, contudo, veio a má notícia: o motorista havia sofrido um acidente. O passeio teria que ser adiado, a menos que entre os passageiros houvesse alguém habilitado. 
Vários se apresentaram. Qual deles iria dirigir o coletivo? Quem procederia a escolha?
Como não havia mais chefe, o grupo chegou ao óbvio consenso: decidir-se-ia a disputa através de votação.
Alguém tratou das prévias, de entrevistar cada eleitor, separadamente, para ninguém tentar influenciar.
Eu voto no Mané. Ele é muito pobre. Era motoboy, mas está desempregado. Dirigindo o ônibus faz jus a um rendimento.
Prefiro Suzana. É a vez das mulheres terem a oportunidade de também servir.
Gosto do Cleto - centroavante goleador, que nos deu muitas alegrias.
Acho que o Zé da Bica pode tornar a viagem mais divertida, porquanto humorista de sucesso nacional.
Tem um ex-presidiário entre nós, preso injustamente por uma década. Por questão de reparação, escolho o distinto. Todos estamos em débito com ele.
Pelas cotas, é a vez do Zulú.
Conto com o evangélico. O ônibus será dirigido pelo homem, mas guiado por Deus. O paraíso petralha,
Mas se Ele quiser nos guiar direto a seu Reino? Voto no amigo do amigo de minha prima, que mora lá na cidadela. É mais seguro.
Costumo ficar ao lado do culto, não do oculto. Do melhor apessoado, pronto. S.P.C. preenche o gabarito. É professor; e é o mais bonito.

Agora, Lula decide pintar os cabelos, e a tintura avançou-lhe pelo bigode e até pelas sobrancelhas.  A primeira aplicação foi até discreta, para que as pessoas possam ir se acostumando a esse novo visual. E na primeira foto em que posa para posteridade com as mechas alouradas, ele enverga uma extravagante jaqueta da CBF, presenteada pelo amigo Ricardo Teixeira, que anda meio sumido. Enfim, uma novidade na política: Lula está pintando os cabelos, o bigode e as sobrancelhas
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Publicada a pesquisa, um sonâmbulo que acompanhava a delegação entendeu questionar: de que valem as qualidades elencadas, mesmo todas reunidas em um só motorista, se a função não requer nenhuma delas, até ao contrário?
Muito vagarosamente houve a resignação com a realidade, mas a tempo de evitar um desastre de gigantescas proporções.

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