sábado, 11 de agosto de 2012

Partido confessa ter recebido formidável mensalão

Em sua sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Marcelo Bessa, que defende o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) alegou que os 8,8 milhões de reais recebidos por seu cliente por meio do valerioduto faziam parte de um acordo eleitoral com o PT, fechado ainda em 2002. "Ele não recebeu esse dinheiro em exercício do mandato de deputado, e sim como presidente do partido", disse Bessa na sessão desta sexta-feira. A ideia de se usar empresas do publicitário Marcos Valério para cumprir os acordos de campanha partiu, segundo a defesa de Valdemar, do tesoureiro do PT à época, Delúbio Soares. A aliança entre PT e o então PL foi parte fundamental da chegada de Lula à Presidência da República em 2002. Pelo acordo, segundo Bessa, um quarto do que fosse arrecadado pela coligação seria repassado ao PL para custear dívidas de campanha. Pagamentos eram acordo de campanha, diz defesa de Valdemar

Não somente pela quantia, mas pela quantidade de votos comprados dos parlamentares do partido dos evangélicos, esta transa não constituiu o maior dos mensalões? E donde lo saca? As vertentes são incontáveis; mas algumas vem à tona:
Um dos sinais desses focos de hemorragia, também denunciado por ela, foi a até agora inexplicada disparada dos custos de construção da Refinaria Abreu e Lima (em Pernambuco), cujo orçamento saltou inexplicavelmente de US$ 2,3 bilhões, em 2005, para US$ 20,1 bilhões, neste ano. Graça se limita a afirmar que é um exemplo do que não se pode fazer.
"Eis por que será realmente difícil e, sem exagero, histórica a decisão do Supremo. A Corte vai confirmar ou colocar um basta nessa prática dominada pela 'legalidade' arranjada e pela cultura do 'não tem nada de mais'." (Não tem nada de mais? Sardenberg)
Acompanhei o desenrolar da escolha de quem iria compor a chapa à Presidência de Lula. Aliás, também posso confessar - boa parte de culpa nessa história cabe a este escriba. FHC praticava misérias à testa do Executivo, mas convencia o Congresso por meio de mensalões. Primeiro, os mensalões bloquearam  eventual impeachment desde os primórdios,  tempos  da Rayteon; e para completar, com o mesmo artifício FHC logrou alterar até mesmo o dispositivo pétreo-constitucional que impedia a reeleição.  Cogitei que o PT não integrasse o baile, mas, por minoria, não reunia forças para demover as péssimas intenções do opositor. Do mesmo modo o PL, partido ora tomada pela multidão de evangélicos, mas que. isoladamente, e dado a tibieza de seus quadros, restringia-se a seus exclusivos interesses. Então, ingenuamente, supus que a união dos dois seria um casamento perfeito: de um lado a massa operária, ávida em tudo mudar para seu bem-estar. De outro, o elitista a avalizar a correção das propostas. Somados, poderiam derrotar o impostor professor internacional de Sociologia
Concessões a igrejas têm fim político
É ouro que lhe ri, em áscuas iriantes,
É ouro que lhe sopra, à cara gargalhadas,
É ouro que se enrola em seus braços gigantes,
E lhe enche as duas mãos de tê-lo fatigadas
SANTOS, Luiz Delfino, Algas e musgos.
Pela virada do milênio passei o recado, por e-mail,  ao deputado-presidente do PL.  Poucos utilizavam a Internet, tudo era novidade, de modo que qualquer comunicação costumava ser lida. Por palavras S.Exa não foi capaz de agradecer, mas todos seus atos posteriores dão conta de ter aprovado a sugestão, de tal sorte que até o altíssimo rendimento pode alcançar. "O advogado Marcelo Luiz Ávila Bessa, que defende Valdemar Costa Neto no julgamento do Mensalão, afirmou nesta sexta-feira (10) que seria impossível imaginar uma coligação PT-PL nos Estados nas eleições de 2002."
Confirma-se, em juízo, toda negociata, colorida celestial. Se não for o maior dos mensalões, pode me tirar o tudo.
A transmissão do julgamento do mensalão pela TV nos mostra muita coisa
Mensalão ameaça a imagem de Lula no exterior Jornais da Argentina e da Europa destacam a “cultura da corrupção” no Brasil
_________________

Nenhum comentário:

Postar um comentário