segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A influência política no desempenho atlético

Após ter então agarrado cada membro da comunidade e tê-los moldado conforme a sua vontade, o poder supremo estende seus braços por sobre toda a comunidade. Ele cobre a superfície da sociedade com uma teia de normas complicadas, diminutas e uniformes, através das quais as mentes mais brilhantes e as personalidades mais fortes não podem penetrar, para sobressaírem no meio da multidão. A vontade do homem não é destruída, mas amolecida, dobrada, guiada; os homens raramente são forçados a agir, mas constantemente impedidos de atuar; tal poder não destrói, mas previne a existência; ele não tiraniza, mas comprime, enerva, ofusca e estupefaz um povo, até que cada nação seja reduzida a nada além de um rebanho de animais tímidos e trabalhadores, cujo pastor é o govêrno. Alexis TOCQUEVILLE
Como qualquer pastor, o governo lhe tira a lã; e por fim, o rebanho vira churrasco. Nazistas, fascistas, socialistas e comunistas bem sentiram a brasa, em troca do ideal forjado naquela longínqua Esparta.
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Apesar de ter feito a maior e mais cara preparação para uma Olimpíada --com mais de 1 bilhão de reais entre recursos do orçamento do Ministério do Esporte e da Lei Agnelo/Piva, além do patrocínio de empresas estatais diretamente às modalidades-- a delegação brasileira não conseguiu igualar na capital britânica o recorde de 5 medalhas de ouro, obtido em Atenas-2004, e ainda disputou menos finais do que na China, 35 contra 41.Atletismo e natação, duas modalidades que contam com patrocínio de longo prazo de estatais --Caixa Econômica Federal e Correios, respectivamente-- ficaram entre as modalidades que tiveram resultado abaixo do esperado em Londres, com menos finais disputadas do que há quatro anos. O atletismo saiu de uma Olimpíada pela primeira vez sem subir ao pódio desde Barcelona-1992.De acordo com o secretário de Esportes de Alto Rendimento do ministério, Ricardo Leyser, as medalhas que faltaram para se chegar às 20 foram de favoritos brasileiros antes da Olimpíada que não conseguiram cumprir a expectativa. O rei da praia - Essa é uma questão que precisa ser estudada, porque os favoritos brasileiros não conseguiram se impor aqui - disse o secretário. ‘Precisamos melhorar muito para 2016’, diz ministro do Esporte
Pela primeira vez o esporte brasileiro tem dinheiro, tem o carinho do governo, tem um sonho incrível daqui a quatro anos e muito trabalho a se fazer. Por outro lado me preocupa que TODOS os atletas que ganharam e tiveram um pouco de visibilidade reclamaram que a preparação não foi a ideal e que estão com problemas para treinar e se desenvolver. Se temos tanto dinheiro então porque essas feras estão em problemas? Por que chegam sem a preparação ideal? Análise de atleta. Londres acabou e agora Brasil?
A verba para os atletas brasileiros chegou a R$ 2 bilhões, mas o País ficou apenas em 22.º lugar no quadro de medalhas. O mesmo valor foi gasto pela Grã-Bretanha, anfitriã dos jogos e que ficou em terceiro na classificação geral, com 29 medalhas de ouro, contra 3 do Brasil. Cuba, cujo PIB é apenas 2% do brasileiro, obteve duas medalhas de ouro a mais que o Brasil e ficou em 15.º na classificação geral. Medalha não se compra
Os campeões que envergam jaquetas nacionais tem na fé, na alegria, principalmente no orgulho por seu país, na felicidade nele vivida, as emoções que os impelem acima da concorrência. Estes sentimentos podem até ser, e comumente o são, emulados pelo marketing governamental, mas são estas centelhas que acendem o estopim às vitórias, ao desabrochar de talentos em cascata. Alemanha e Itália foram hegemônicas nos anos trinta em virtude de seus atletas se acharem superiores aos malvados comunistas. Caída a máscara, os malvados cresceram. Até a queda do muro, U.R.S.S., TchecoEslováquia, Polônia, Hungria, Iuguslávia, Cuba e assemelhados disputavam palmo-a-palmo amaioria dos podiuns com os parceiros vencedores da II Guerra, muita vezes abiscoitando até maior fatia. Quando a farsa marxista sucumbiu na Guerra nas Estrêlas, a nova vitória revigorou as delegações norteamericanas, e ainda com reflexos, já por duas décadas. Do gap nazifascista e comunista ora despontam os asiáticos, imbuídos de um sentido uno, complementar, os mais isentos das fragmentações ocidentais, das perfídias dialéticas que vem tornando a civilização esquizofrênica.  Na rabeira do quadro de medalhas aparecem os latinoamericanos, cujos governos são de arroubos e prepotências, de retóricas, e safadezas. Candidato acusa prefeito do Rio de usar a Olimpíada para se promover
Vindo de Londres, o prefeito do Rio, Eduardo Paes desembarcou na cidade e encontrou manifestantes no Aeroporto Internacional Tom Jobim. O uso de verbas bilionárias para os Jogos de 2016, sem que isso represente legados sociais concretos para a população, foi a tônica das reclamações. Com máscaras reproduzindo o rosto do prefeito, os manifestantes, ligados ao Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, foram impedidos por seguranças de chegar ao local onde Paes desembarcou com a bandeira.
O coordenador do comitê, Marcelo Edmundo, explicou que o motivo da manifestação é denunciar o clima festivo e fantasioso gerado em torno da Copa de 2014 e das Olimpíadas. 'O objetivo é justamente fazer frente a esse grande mundo de fantasia que se criou em torno da Copa e das Olimpíadas, no qual se mostra a festa e a comemoração e se deixa de mostrar as violações de direito que estão ocorrendo nesse processo'. Chegada da bandeira olímpica tem manifestação contra gastos para 2016 
O Brasil já sentiu o gosto de abiscoitar grandes prêmios,e de modo encordoado. Houve década na qual sobressaimos no tênis masculino e feminino, boxe, iatismo, natação, basquete masculinoe feminino. No automobilismo enfileiramos nada menos do que tres campeões mundiais, cada qual por tres vezes! A canarinho já  brilhava no judô  e na ginástica olímpica, no handbol, hipismo, vôley de praia, de salão, e outras modalidades além do futebol, claro, com as seleções e vários clubes campeões da América e do Mundo. Ufanávamos de nossos feitos. O povo tinha orgulho de seu de seu país, e de seus governantes, merecessem ou não. Infelizmente, tudo piorou. Algumas de nossas decepções nos Jogos de Londres
O país atravessa uma de suas fases mais desmoralizantes, em que os três Poderes se mostram verdadeiramente apodrecidos. É um escândalo atrás do outro. Não há dia em que a gente abra os jornais sem deparar com uma denúncia grave sobre corrupção e outros tipos de irregularidades da administração pública, em seus diferentes níveis. A oposição parlamentar é omissa e inexpressiva, porque a classe política também está apodrecida, não há lideranças de respeito, o panorama visto da Praça dos Três Poderes é realmente desalentador. 23 de julho de 2012 O que mais espanta no Brasil de hoje é a omissão da sociedade civil (e militar, também) Carlos Newton
Folha: Verba para esporte cresceu; resultado, não
Correio: "Brasil precisa de R$ 3,7 bi para virar potência olímpica no Rio". Fosse o poder financeiro forte para emular talentos, ou mesmo formar competidores nenhum, país do terceiro mundo abiscoitaria algum recuerdo. A Etiópia é campeã mundial de baixa renda per capita, mas conquistou sete medalhas em Londres, suplantando a África do Sul (6), país mais rico da África, e a Turquia (5), do meio europeu, a Argentina (4) e a petroleira Venezuela, com apenas uma medalha olímpica.  O furo é mais acima. É moral: "Medalhas olímpicas são muito importantes. E eu estou falando de medalhas olímpicas e não estou falando de só ouro, só prata e só bronze porque a distinção é essa... um país ser premiado pela sua capacidade, pela sua expertise, pela sua arte" Quem tem isto presente? A própria presidente.
Dilma tentará destravar PPPs com novo pacote O governo supõe que seu caixa também possa promover o desenvolvimento; no entanto, mesmo devolvendo o dinheiro, e diminuindo impostos, e oferecendo regalias, e crédito, e vários estímulos, a Nação retroage. Conseguiram piorar o plano (Editorial)
A cultura do atraso de vida Centenas de milhares de trabalhadores permanecem em greve. Na vanguarda despontam os funcionários públicos federais.*  Policiais rodoviários fecham as rodovias para pressionar uma decisão favorável a seus exclusivos interesses  Quarta-feira promete calor no Palácio do Planalto. As centrais sindicais e o comando de greve convocaram uma barulhenta manifestação para às 10h – justamente o mesmo horário em que os maiores empresários do país estarão chegando ao palácio para se reunirem com a presidente.
Mercado reduz previsão do PIB para 1,81%  A esfuziante economia da inicial do Bric se mostra blefe, em acentuada recessão industrial. Mantega tenta afastar a crise econômica no gogó
D. Alves reclama de más energias  A Nação se dilacera entre o crucifixo ou o estado laico; entre negros e brancos; entre o financeiro e produção. Os crimes, em ascendência geométrica, acompanham o crescente descalabro ora vivido no exPatropi. O país do futuro, Pátria do Evangelho, esperança do mundo, mostra-se em quase todos os campos o maior fiasco do mundo. 'Brasil garantiu sua medalha de ouro em corrupção', diz leitor
 O que temos hoje, lastimavelmente, é um Estado tão cínico quanto hipócrita, mundialmente conhecido como corrupto, dono de surpreendente mediocridade, cuja gente é cada vez mais hostilizada ou motivo de pilhéria em qualquer lugar. "Quando se trata de comprar carros por status no Brasil, as classes mais endinheiradas estão tomando caipirinha de cachaça Pitu ou 51 achando que é uma bebida qualificada". (Para Forbes, preço de Jeep Cherokee no Brasil é 'ridículo) Contudo, a desclassificada classe dirigente ainda supõe que ninguém perceba as orelhas de burro que o chapéu de Midas tenta esconder. 
Seleção ganha camisa nova e busca inspiração de campeões
A meta estabelecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro é bastante ambiciosa: ficar entre os primeiros na classificação geral no Rio 2016.Em Londres, a décima posição foi ocupada pela Austrália, com 35 medalhas no total, sendo sete de ouro. O Brasil não conquistou nem a metade disso, ficando com 17 medalhas no total, incluindo três douradas. Sob pressão por medalhas, COB tem meta "dura e factível" para 2016
"O Brasil será o pior anfitrião em uma Olimpíada. Digo sem medo de errar. Se analisarmos as performances dos atletas em formação para 2016, o resultado é muito fraco e a previsão, a pior possível" (Longe da meta do COB, Brasil recebe a bandeira das Olimpíadas de 2016)
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