quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ao salário, produção.

O trabalho é amor tornado visível. E se não conseguires realizá-lo com amor mas somente à contragosto então abandona teu trabalho e vai à porta do templo pedir esmolas. Pois quem assa o pão com indiferença assa um pão amargo que só sacia parcialmente a fome da alma humana. Khalil Gibran - http://shimarina.blogspot.comg
Quase todo empregado sonha em ser patrão. Como agirá frente a seus empregados, senão assemelhado à sua experiência?
A pior ameaça para a prosperidade, para a civilização e para o bem-estar material dos assalariados é justamente a incapacidade de líderes sindicais, de sindicalistas em geral e das camadas menos inteligentes dos próprios trabalhadores de entender e apreciar o papel dos empreendedores e capitalistas na produção.  Esta falta de discernimento foi classicamente demonstrada nos escritos de Lênin.  Condenar o lucro é defender o retrocesso da humanidade 15/8/2012 Ludwig von Mises
O empregador determina o que deve ser feito.  Pode ser a maior aberração, mas ele paga por isso.
As hierarquias marcadas pelas relações de poder, através das quais a autoridade fluía; manejavam o chicote com o qual o indivíduo era mantido dentro da linha. Compensações e punições vinham da hierarquia para o indivíduo, de modo que o indivíduo, habitualmente com a sua vista dirigida para cima, para o degrau seguinte da escada hierárquica, tornava-se condicionado pela subserviência. Resultado: o insípido homem da organização - o homem sem convicções pessoais (ou sem coragem para torná-las evidentes). Valia a pena conformar-se. TOFFLER, A., O Choque do Futuro: 119
Para reativar a economia combalida pela Crise de 29 Keynes sugeriu pintar a Floresta Negra de branco, desta forma ocupando enorme contingente. O Estado pagaria a despesa, em nome do desenvolvimento.  Uma espécie de investimento... sobre valor algum.
Empregados e empregadores tem lá suas idiossincracias, diversos motivos e ideais, mas todos se submetem às condições de sobrevivência deste mundo cruel. "Marx não inventou, somente observou, que o econômico é a sustentação, não exclusiva, da superestrutura: religiosa, moral, filosófica, jurídica, política, etc.; ou seja, da própria vida." (Ninguém joga dinheiro no lixo. Sempre é movido pelo interesse)
Seu biógrafo bem lembrou: "Ninguém escreveu tanto sobre o dinheiro tendo tão pouco no bolso."  Verdade ou projeção,  estamos de fato submetidos pelo vírus: "Sei que não é um mau salário, mas quanto mais a gente ganha, mais precisa. Hoje, as pessoas passam a vida pensando em ter e em acumular. É a fonte de todo o Mal." (Túnel do tempo: Uma frase que vale 10 mil anos - 5/9/2011)
Ao lograr o up-grade, ao impor suas condições à classe original julga o novel empreendedor desprender-se da restrita condição que por tanto tempo lhe incomodava; porém, ainda que ampliada, a nova condição não perde sua mais notável característica - afinal todos dependemos da matéria - seja para morar, para ingerir, ou para usufruir. Somos escravos uns dos outros; exceto os imperiais, claro:
No Brasil, quem fica com a renda dos trabalhadores é o Estado. Devolve depois? Para os trabalhadores das empresas privadas, pouco. O componente fiscal no Brasil é terrível em qualquer atividade. Na distribuição da receita bruta de uma empresa não financeira, o primeiro beneficiário é o Estado, que fica sempre com mais de 42% da receita. Os trabalhadores ficam com cerca de 20%. Fornecedores, credores, prestadores de serviço públicos e privados e os acionistas ficam com o restante. Desde 2002 a União investe menos de 1% do PIB. Existem estudos empíricos que mostram que os trabalhadores com menos de dois salários mínimos pagam mais de 50% da sua renda em impostos. E o Bolsa Família custa 1,7% da receita da União.. Só depois de impostos
Impostos respondem por até 73% do preço de um computador
Brasil tem o maior imposto sobre remédio do mundoVídeo: Brasil tem o maior imposto sobre remédio do mundo
Imposto per capita no País é 1/3 do de países ricos 
Página reúne reportagens sobre impostos
Na divisão do rescaldo, todos exploram o máximo de todos. Essa é a regra.  O que diferencia o empreendedor do funcionário é apenas a posição da gangorra. 
Parece incrível que essas  relações de produção não liquidem com ela, mas não poucas empresas, por certo a grande maioria, mantém esta queda de braço com todos os funcionários, e ainda assim, permanecem gerando riquezas.
O estilo de vida Web muda a natureza da relação entre empresas e clientes, e entre governos e cidadãos. Em última análise, põe o consumidor-cidadão no comando da relação. GATES, B., A empresa na velocidade do pensamento: 136.
Todo salário,ou remuneração, provém da riqueza. Remuneração sem a contrapartida é fraude. A riqueza em si não pode ser objetivo sem antes atender pre-requisitos.  A riqueza é consequência do preenchimento dos pre-requisitos.
O setor público tem um grande problema na hora de medir sua produtividade: seu produto, os bens e serviços produzidos pelo governo, não tem preço de mercado. O estado é deficitário; precisa de impostos, dívida e criação de moeda para se financiar. Como então, comparar sua produtividade com a do setor privado? Se fôssemos usar o critério de criação de valor dado acima, o estado invariavelmente apareceria como um destruidor de valor. Ainda assim, costuma-se aceitar que os serviços prestados pelo Estado têm algum valor; e por isso a preocupação em encontrar uma maneira de medi-lo. Setor público mais produtivo do que o setor privado?
Uma questão paradoxal que diz respeito à remuneração dos servidores públicos e aos incentivos que o sistema político acaba por criar: diferentemente do que ocorre na iniciativa privada, no setor público premia-se o fracasso com aumento de verbas e salários. Por exemplo, estamos em época de eleições e, segundo os recentes resultados do Ideb, sabemos que a educação avançou muito pouco e continua péssima. Mesmo assim, o que prometem os candidatos a prefeito? Aumentar salários de professores e funcionários. Em outras palavras, no governo, se os funcionários fizerem um péssimo trabalho, o mais provável é que eles venham a ser recompensados com aumentos. O resultado desse sistema é perverso e previsível: serviços públicos caros e de má qualidade.  Greve do funcionalismo: leis a favor da minoria
Que riqueza o país vem produzindo, a ponto do PIB periclitar negativo?

Servidores deferais protestam na Avenida Paulista, em São Paulo - Tércio Teixeira/Futura Press
Não há dúvida que funcionários públicos são indispensáveis ao funcionamento do Estado. Não há dúvida que são necessários para a estrutura social. Contudo devemos lembrar que o Estado não produz nada. Desculpe, sinto informar que nosso país possui uma economia doentia onde existem cidades que se sustentam única e exclusivamente dos vencimentos dos servidores públicos, das transferências de renda (bolsa-família etc), e nas aposentadorias dos mais velhos. Toda a economia girar em torno de recursos oriundos dos cofres públicos é absurdo.  Assim se destrói um país 
O Ministério do Planejamento continuou na quarta-feira, 22, as negociações com vários setores, mas não deu sinais de que irá um centavo além dos 15,8% oferecidos na semana passada, divididos em três parcelas. A aceitação do reajuste, explica um assessor próximo da presidente, não significa que o governo deixará de negociar outros itens, como ajustes nos planos de carreira.
O Partido dos Trabalhadores se fez fomentando greves  dos trabalhadores, para por fim pousarem de justos, moralistas. "O presidente Lula da Silva fez um discurso inflamado durante a posse da nova direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A centenas de sindicalistas presentes, Lula disse que 'esta é a hora de se reivindicar salários, aumentos de conquistas e mais direitos trabalhistas'. (Lula fala como 'sindicalista' e diz que é hora de pedir. - Estadão, 2/8/2008)
Época Capa 745 (Foto: divulgação)
Quando a mais completa plêiade de funcionários públicos resolve largar seu trabalho e sair em passeatas contra o malvado patrão, flagrante desrespeito ao contrato de trabalho, e mais ainda, numa afronta à autoridade pública constituída, qualquer satisfação oferecida não tem gosto de lesa-pátria? 
Dilma, no entanto, não quer continuar a conversa com os servidores em greve. A pressão veio por meio da decisão de cortar o ponto e descontar os dias parados de 11,5 mil servidores em greve. Em alguns casos, funcionários tiveram o pagamento zerado este mês, o que causou revolta nos sindicatos. 
No entanto, pelo Min. Plan. já concedeu reajuste com promessas de vantagens, e mais:
Gilberto Carvalho, que vem a ser irmão da ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Do alto de sua importância, Carvalho afirma à imprensa que o governo tem R$ 14 bilhões para grevistas... Mas o boquirroto ministro foi mais longe, ao assinalar  que R$ 14 bilhões representam apenas o valor inicial com o qual o governo está trabalhando para conceder reajuste para os servidores públicos federais em greve. Ministro Gilberto Carvalho é do tipo Ofélia - só abre a boca para dizer bobagens
O governo dos trabalhadores conhece os dous lados. Muitos eram pelegos.

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