quinta-feira, 6 de maio de 2010

Evolução por Supercordas - 7/11- Reação em cadeia





A vida não conquistou o globo pelo combate, mas por um entrelaçamento. As formas de vida multiplicaram-se e tornaram-se complexas cooptando outras, e não apenas matando-as. SAGAN, D., cit. DAWKING, R.: 288
A invencibilidade da Seleção Natural se deve à inconsistência do fantasiado opositor?. Por isso não: “Uma verdade superficial é um enunciado cujo contrário é falso" (BOHR, N., cit. DESCAMPS, C.: 103)
Seria mérito do "selecionador", inspirado em noites enluaradas do espetacular cruzeiro de cinco anos pelos mares tropicais? Teria visto a malvada montada na vassoura? Pois o investigador não andou pelas florestas brasileiras. Bastou-lhe o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O yacht chegou pela farol da Bahia, mas não por questões racistas, ao contrário: na Barra se inaugurava o carnaval, no Brasil! Mas como dar-se-ia o carnaval disseminado indiscriminadamente entre senhores e escravos? Já seria coisa só para inglês ver? Outra hora conto essa.
Seriam, então, decisivas as quinquilharias embarcadas, a ponto do passageiro não se importar incomodar o impaciente Comandante FRIZ ROY? Ou apenas a pirataria sobre  WALLACE, isto depois de uns vinte anos da chegada do tour? Mas e seu aprazível turismo? Que tipo de experiência poderia formatar para comprovar a certeza não só do método que dispôs, senão que até da cronologia empregada, assim rascunhando uma insofismável verdade? Se isso era impossível, posto demandar milênios de manipulações genéticas, do que se ocupou o hóspede da Casa de Hanover, além do desfrute em aprazível morada nos arredores do Londres, na bela fazenda adquirida pelo avô ERASMUS, sabe-se-lá de que modo? Ou seriam mesmo definitivos os dados e cálculos projetados à densidades populacionais ao enfrentamento da sobrevivência, esta aviltada pela época de carências e parcos recursos, porém fortes para dar asas às assombrações malthusianas, e outras coincidências arroladas, algumas forjadas com gotas de imaginação? Essas especulações manipuladas à estipulações, elucubrações eminentemente subjetivas, as quais de fato atingem o fito, e até se confirmam na experiência mais corriqueira, como qualquer metafísica um pouco mais lapidada, apenas elas assegurariam a perfeição do trabalho de DARWIN? Será que basta vermos o Sol passar para adquirirmos a certeza de que ele gira em nosso redor? A Teoria da Evolução não muda. Ela não precisa evoluir? Pois a imaculada apresenta notáveis pecados:
Há uma grande lacuna na teoria neodarwiniana da evolução, e acreditamos que deva ser de tal natureza que não possa ser conciliada com a concepção corrente da biologia. Concluímos – inesperadamente – que há poucas provas que sustentem a teoria neodarwineana; seus alicerces teóricos são fracos, assim como as evidências experimentais que a apoiam.
COYNE, Jerry, do Depto. Ecologia e Evolução. Universidade de Chicago. cit. BEHE: 37
Horizontes
A Teoria Cordas parece-me apropriada para desmontar este último baluarte platônico-newtoniano, uma "evolução" espartana por força diretamente aplicada à destruição, par excellence. Vá lá que algumas criaturas assim procedam, inclusive a mais inteligente, mas por certo se deve a mau processamento das informações, apenas. Assim como não é o Sol que circunda a Terra, embora tudo leve a crer que seja, e já que provadamente não há o planejador, o DEMIÚRGO, não cabe às espécies, more consciente ou instintivo, e não ao mero acaso, selecionar o que apraz? Uma Seleção Natural não seria mais eficaz se composta também pelas mentes dos atores, ao ínvés de condicionados a imposições aleatórias? Pois a inversão do mando-de-campo no próprio estádio da Seleção me parece natural, plausível, até mais apropriada, nem preciso frisar. Ampara-me a mater:
O Princípio da Incerteza define que o observador influencia o comportamento das partículas, provocando o fenômeno chamado colapso da função de onda, que de um modo bastante simplificado, pode ser representado pela idéia de que o elétron só está naquele estado específico porque está sendo observado.
LANA, C.A., O fim do determinismo newtoniano. http://educacao.uol.com.br/fisica/ult1700u53.jhtm
Em palavras diretas, enfáticas em nome da clareza, porém, ao abrigo da salvaguarda heurística: se o observador altera a trajetória do elétron, portanto dos átomos que compõem as circunstâncias, ainda mais reunidos em entes, não são elas propriamente que lhes moldam. Eles é que podem realizá-las; e ao interessado, cabe alterá-las.*
"Se uma onda pode agir como uma partícula, uma partícula também não deveria agir como uma onda?" (DE BROGLIE, L., cit. ISAACSON, W.: 338)
É precisamente uma interação - que já existe nos níveis materiais mais elementares entre o aspecto onda e o aspecto corpúsculo - o que impulsiona a dinâmica da natureza. Assim o mostram as relações de mecânica ondulatória, que explicou LOUIS DE BROGLIE, síntese genial que tornou possível, como diz RUEFF, uma filosofia quântica do universo, aplicável não somente às ciências físicas, senão também a todas as ciências humanas.
A oitiva não requer mudar paradigma.
Tal qual o arco faz vibrar as cordas do violino produzindo sons típicos, as excitações térmicas promovem transições eletrônicas e assim os átomos emitem espectros específicos de radiação (não sonoras mas) de ondas eletromagnéticas, em uma grande gama de freqüências tais como rádio, microondas, infravermelho, luz visível, raios X, etc.
COHEN, Aba, Listening to the atoms
A sinfônica complementa, coordena, e por isso amplia espetacularmente tudo o que foi alcançado pela Física de ponta, aliás esta nem tão de proa assim, posto já secular.
A Teoria de Cordas (ou supercordas) é uma teoria que se propõe a unificar a descricão das interacões fundamentais. Em particular, acredita-se que ela representa um caminho para a descrição quântica da interacão gravitacional, possibilitando uma conciliação entre a Mecânica Quântica e a Relatividade Geral. Na teoria de cordas as partículas elementares correspondem a diferentes formas de vibracão de cordas que se propagam no espaço. A interação entre partículas corresponde à interação entre cordas.
BRAGA, Nelson Ricardo de Freitas. - http://omnis.if.ufrj.br/~braga/cordas

A partir de um único princípio - o de que no nível mais microscópico tudo consiste de combinação de cordas que vibram - a teoria das cordas oferece um esquema explicativo capaz de englobar todas as forças e toda a matéria.
GREENE, B.: 30
A novel proposição dá o acabamento, o toque humano que sempre faltou à todas as ciências, mesmo à Filosofia:
Outro exemplo dos fenômenos quânticos é o nosso corpo. Ele funciona perfeitamente, sem a necessidade de um controle externo... Todos os movimentos corporais e cerebrais partem de reações ocorridas no mundo atômico, regidas por leis quânticas.
BIEHL, L. Vulcanoglio: 34
Esta configuração não é de má temática, mercê da capacidade de reunir mythos e logus, o alcunhado sobrenatural com o cotidiano do mundo, a filosofia com a ciência.
Hoje a Antropologia não pode abster-se de uma reflexão sobre: o princípio de relatividade einsteniano; o princípio de indeterminação, de Heisenberg; a descoberta da ‘antimatéria’, desde o anti-elétron (1932) até o antinêutron (1956); a cibernética, a teoria da informação; a química biológica; o conceito de realidade.
MORIN, E.: 64
A amplitude multidisciplinar torna compreensível a atuação das forças ocultas, a incidência de remotos vetores na concepção material, não apenas o que capta uma parca visão de Galápagos:
"Nos sistemas não-lineares existe um aspecto muito significativo das bifurcações ou pontos de crise que ressalta muito bem o tempo como ‘meio de inovação’ para o qual o filósofo Henry Bergson tanto procurou chamar a atenção em seus trabalhos." (COVENEY: 187)
“Há infinitos universos paralelos formando ramificações. Em cada um se atualiza uma realidade." (TOFFLER, A. & TOFFLER, H.: 20)
"Sabemos que o universo manifestado, que parece ser formado por objetos sólidos, é na verdade composto por vibrações, com os diferentes objetos vibrando em frequências distintas." (CHOPRA, DEEPAK, A realização espontânea do desejo: 124)
A ressonância dos filamentos de energia, vibrantes por diversos padrões, como as cordas de um violino, este instrumento curiosamente preferido de EINSTEIN, deve-se a observação da Relatividade Geral ampliada além das quatro dimensões - altura, direção, tempo e outra, meios à propagação das ondas.
A matéria e a mente evoluíram dentro de um mesmo útero cósmico: o campo de energia do váquo quântico. A interação de nossa mente e consciênciacom o vácuo quãntico nos liga a outras mentes em torno de nós, assim como à biosfera do planeta. Ela 'abra' nossa mente para a sociedade,, a natureza, e o universo.
LASZLO, Ervin Ph.D, cit. ARNTZ, W.: 224.
Podemos escolher diretamente o prato no menú ofertado, o evento que aprouver colapsar, a música a dançar, enfim, dentro do imenso repertório colocado à disposição de todos pela fantástica Sinfônica das SuperCordas.
Nesse caso, os neutrinos que criamos em nosso organismo podem ter a nossa marca e podem estar fazendo a nossa interação com o universo. Podem estar levando nossa mensagem, mostrando nossa existência e o que somos, do mesmo modo que a luz das estrelas nos faz tomar conhecimento de sua existência.
ANDREETA, José Pedro e ANDREETA, Maria de Lourdes, Quem se atreve a ter certeza? A realidade quântica e a filosofia: 162.
Quando no pampa o verão é bom, até os cavalos dão cria. Diz-se, mas aí é demais.
É muito folclore; inacreditavelmente fantástico.
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* Às inversões não estou só:
Mais polêmica é a chamada forma “forte” do princípio, que afirma que o Universo tem um ajuste fino para produzir e sustentar vida. O princípio forte faz da vida uma espécie de causa final do Universo. A visão, digamos, darwiniana — de que a vida é uma acidente que se aproveita de condições favoráveis — é virada de cabeça para baixo: as condições é que conspiram para ser favoráveis, e a vida é um resultado inevitável. É concebível que exista uma infinidade de combinações capazes de dar origem a algo que talvez até nós, com todo o nosso provincianismo, reconhecêssemos como “vida”. (ORSI, Carlos, O Universo foi feito para nós, ou vice-versa? - Estadão, 28/4/2010)

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