Olas

Na verdade, nem o corpúsculo, nem o campo é a coisa fundamental. Ambos, em igual medida, são aspectos da matéria. São as duas formas fundamentais e primárias da matéria como tal. A estrutura da partícula é um reflexo de suas interações.
TELLES Jr, Goffredo, O Direito Quântico: 56

Olas de inumeráveis freqüências e amplitudes circulam, permeiam, informam e assim formam tudo que se conhece. São eletromagnéticas, gravitacionais, ultimamente de rádio-difusoras, celulares, micro-ondas, além da mais antiga radiação de fundo, daquelas infravermelhas dos objetos quentes, hoje inclusos pessoas e animais.

O choque, a ação de um átomo sobre o outro, pressupõe também a sensação. Algo de estranho em si não pode agir sobre o outro. Se tudo possui uma sensação, teremos uma confusão de centros de sensações muito pequenos, maiores e muito grandes. ...
NIETZSCHE, F., O livro do filósofo: 45

Não há confusão. As ondas fundamentais são complementares; e as "alienígenas", sentidas conforme o interesse entre as bilhões que cruzam por nosso ambiente. Cada pensamento consciente enseja a escolha dentre a superposição quântica, uma espécie de cardápio. A opção colapsa a onda pertinente, apenas. Você lê, adiciona a imaginação, sente água na boca por um ou outro prato, e define.
Essas relações, a interavidade geral, e não o confronto intrínseco, atraiu quase toda a comunidade científica no rumo de estabelecer uma única teoria, uma concepção que torne tudo mais simples, portanto acessível, um delta a números e letras, à ciência, sim, mas sem dispensar a filosofia, como quis o grego introdutor. Percebe-se a união da matéria e do espírito, do corpo e da alma, masculino e feminino. LOUIS DE BROGLIE explicita como se desenvolvem essas relações, ondulatórias par excellence. Elas informam, por isso formam, e por tudo viabilizam a Filosofia Quântica do Universo, intitulação de RUEFF.
O assunto é controverso, esbarra em resistências e até admoestações, mas de posse de tantos novos conceitos podemos estender algumas velas, e assim zarparmos por esses mares "nunca dantes navegados", sem maior preocupação com exatidões. Se viver não é preciso, nosso navegar também não requer sê-lo - bastam aproximações, sem endereço definido; portanto, sem sêlos. O cruzeiro se estende por alguns pontos cardeais, sim, mas a própria viagem já será um deleite. Ao contrário de MAQUIAVEL, os meios é que justificarão os fins.
Não faltam renomados e competentes céticos que rechaçam a possibilidade dessa perfeição, tanto quanto os novos cockers afastam o ideal demiúrgico, teológico, mas a perfeição pode ser vista não como uma simples homogeneidade, um monoton, e sim como um espetacular desdobramento e participação dos mais básicos elementos.

A Teoria de Cordas (ou supercordas) é uma teoria que se propõe a unificar a descricão das interacões fundamentais. Em particular, acredita-se que ela representa um caminho para a descrição quântica da interacão gravitacional, possibilitando uma conciliação entre a Mecânica Quântica e a Relatividade Geral. Na teoria de cordas as partículas elementares correspondem a diferentes formas de vibracão de cordas que se propagam no espaço. A interação entre partículas corresponde à interação entre cordas.
BRAGA, Nelson Ricardo de Freitas. - http://omnis.if.ufrj.br/~braga/cordas

Tentar descrever esta magnífica composição não é tarefa fácil, ainda mais concisa em prosaico blog. Há algumas extensas obras à respeito, e outras tantas que buscam lhe contestar, diga-se a bem da verdade. Não cabe, de fato, no momento, defini-la como exata, verdadeira, a priori correta. A comprovação direta, que exige modo empírico, a experiência para ver se de fato funciona, parece de rara dificuldade. No entanto, não são poucos os indícios, ou coincidências, que nos remetem a levar a sério a elegante autorganização do Universo.
"Sabemos que o universo manifestado, que parece ser formado por objetos sólidos, é na verdade composto por vibrações, com os diferentes objetos vibrando em frequências distintas." (CHOPRA, DEEPAK, A realização espontânea do desejo: 124)
O que tentarei é usar termos que não sejam tão técnicos, muito menos as fórmulas matemáticas que lhe embasam. O certo é que o átomo capta e emite energia; recebe, e transfere informações. Por isso, é a liga fundamental.

O conceito de um mundo sutilmente interligado, um oceano cósmico no qual estamos intimamente ligados uns aos outros e à natureza, assimilado por nosso intelecto e abraçado por nosso coração, poderá talvez inspirar novos modos de pensar e de agir que transformem o espectro de uma derrocada global no triunfo de uma renovação global – uma renovação para uma era mais humana e sustentável.
LASZLO: 205

Um dos princípios elementares, entretanto, é bom que se frise, trata da indeterminação do rumo, do nosso futuro, afinal futuro. Não podemos estabelecer o tempo e a trajetória de um eletron em seu passeio ao redor do núcleo atômico.Ao focarmos nosso alvo, ele imediatamente muda o trajeto, e pior, sem deixar rastro*. O safado pratica o que se convencionou por salto quântico. Mas se possuímos essa incrível capacidade de alterar o destino do eletron, portanto das conjecturas, seja da forma que forem, porque não supor que podemos mudar a matéria até com simples ondas de pensamento, tal qual almejavam os famosos alquimistas?

Na rotina diária, nem sempre percebemos que tudo que existe é de certa maneira controlado por forças e interações invisíveis aos olhos. Nossa própria existência, do nascimento até a morte, é influenciada por essas forças. Elas controlam as menores partículas subatômicas e as grandes galáxias a bilhões de anos-luz de distância.

OLIVEIRA, A., ( Depto Física, Univ. Fed. de S. Carlos - http://cienciahoje.uol.com.br/133058 )

Somos isentos de submeter nossas hipóteses sob o crivo de exigentes bancas examinadoras. As informações se endereçam ao seu próprio pensamento, caro visitante, como uma semente. Se lhe proporcionar alguma prazerosa verificação no seu cotidiano, se prestar atenção, como diz o estimado Professor OLIVEIRA, já estaremos plena e naturalmente gratificados. A atenção energizará; e a intenção modificará, inclusive, remotas circunstâncias, onde me incluo.
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* Em vez de trajetória, o movimento de partículas em Mecânica Quântica é descrito por meio de uma função de onda, que é uma função da posição da partícula e do tempo. A função de onda é interpretada por Max Born como uma medida da probabilidade de se encontrar a partícula em determinada posição e em determinado tempo. Esta interpretação é a mais aceita pelos físicos hoje, no conjunto de atribuições da Mecânica Quântica regulamentados pela Escola de Copenhagen. Para descrever a dinâmica de um sistema quântico deve-se, portanto, achar sua função de onda, e para este efeito usam-se as equações de movimento, propostas por Werner Heisenberg e Erwin Schrödinger independentemente.