Me comprometo por mi honor a desempeñar lealmente el cargo que se me ha conferido y a guardar y defender la Constitución de la República
JOSÉ MUJICA, Presidente do UruguaiEntre a Esquerda e a DireitaO ex-guerrilheiro José 'Pepe ' Mujica, de 74 anos, é o presidente uruguaio mais velho da história e o segundo dirigente de 'esquerda' a assumir as rédeas do país.
BBC-Brasil, 2/3/2010Na verdade esta designação "geográfica" não mais encontra respaldo. Se quisermos confrontar métodos políticos, existe apenas um eixo, pelo qual todas as administrações públicas se restringem - a maior ou menor participação do Estado no desenvolvimento das nações.A esquerda remontava aos jacobinos, e por recente ao marxismo.
"O período da Revolução Russa que se inicia em 1924 foi definido como termidoriano, em referência à Revolução Francesa." (MAESTRI, M. & CANDREVA, L., Antônio Gramsci: vida e obra de um comunista revolucionário: 228)
La Sinistra tinha como lema o fim do Estado. Então, levou ao colapso as nações que geriu:
"Longe de ser a filosofia insuperável pretendida por Sartre, é o marxismo a mais obsoleta versão do romantismo antieconômico, antimonetário, antiindustrial do século XIX." (PENNA, J. O. de Meira, O dinossauro: 13)
O Estado, que ela jurava extinguir, ampliou-lhe ao máximo, de acordo com seu paradoxo:
"O leninismo pode ser contemplado à luz do seu desenvolvimento como o primeiro movimento fascista do século 20.” (O Estado de São Paulo, 18/6/1995, p. A19)
O próprio HITLER (Documentos da Polícia Alemã; cit. TOLAND, John, Adolf Hitler: 657) realçou a semelhança:
“Se Stálin roubou um banco, não o fez para encher de dinheiro os próprios bolsos, mas para ajudar o seu Partido e movimento. O senhor não pode considerar isso um roubo de banco.”
O "socialismo chavista" não foge à regra.
A ascendência estatal, e assim provam todas as experiências, é levado ao extremo apenas no fito de agir sobre o dorso, mas principalmente sobre o bolso dos seus cidadãos. A inovação é a seguinte: em vez do "Estado sou eu", o Estado é meu.
"O resultado é uma apropriação indébita de recursos públicos por grupos de interesses escusos que manobram o aparelho de Estado à sua conveniência (GUEDES, Paulo, O despertar do Judiciário 3/3/2010)
Atualmente o brasileiro se obriga a repartir com o guardião a metade do que produz, um absurdo consentido graças à tributação camuflada em todas as atividades, do acordar ao dormir.
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Na América Latina recentemente tivemos governos ultranacionalistas, militares, portanto tidos como de direita, semifascistas. Embora em linhas gerais se assemelhassem, os regimes argentino, uruguaio e chileno foram bastante distintos do brasileiro, e mesmo do paraguaio. Os uruguaios combatiam numa área bastante restrita, em um país com reduzida população, fraco desempenho industrial, e com características e tradições eminentemente comerciais e liberais, algo de agrário, com viés financeiro e turístico. Antes da ditadura, o rincão era chamado de Suíca da América do Sul, não exatamente apenas por sua pujança econômico-financeira, tampouco pela semelhante configuração geográfica, mas pelo mesmo espirito de liberdade e independência. A classe operária não lograva o peso que adquirira na Argentina, Chile ou principalmente no Brasil. A massa não era assim, homogênea, e os famosos tumaparos, os guerrilheiros que ousavam enfrentar a espada se assemelhavam mais aos maquis, uma resistência uruguaia segundo suas próprias tradições. Claro que a Frente Ampla, como se chamava o movimento de desestabilização governamental, mantinha em suas fileiras ideólogos e interessados de vários matizes, desde bandidos a inocentes úteis, de verdadeiros crentes a oportunistas. Não tenho delineado a trajetória deste novo Presidente, ex-guerrilheiro. Para mim S. Exa. surgiu apenas quando foi escolhido candidato da situação, para substituir o quebrador do tabú, o médico Dr. TABARÉ. No entanto, diferentemente da maioria dos esquerdistas, com tendências marcadamente populistas, por isso falsos e demagogos, neste lapso jamais obtive algum dado que confirmasse a regra no modesto PEPE MUJICA. Pelo retrato que apresenta, suponho que tenha sido contaminado pelo romantismo multifacetado dos anos 60, by your halidom (por sua profissão de fé) no messianismo marxista, ou, quiçá, simplesmente revoltado pelo estado policialesco que submeteu aquela Suíça ao capricho dos altos-coturnos. Pagou caro pela desconformidade: 13 anos encarcerado. Apesar do sofrimento, todavia, S. Exa. não parece alimentar rancor, tampouco tendência revanchista. Há que se considerar a produtiva parceria da esposa, uma HILLARY ao BILL.
Curiosamente, uma das celas que recebeu aquele prisioneiro político, hoje consagrado presidente, hoje é stand de griffe internacional. Punta Carretas, a tenebrosa cadeia localizada no bairro de mesmo nome, foi transformado em sofisticado shopping center.
Admito engano, mas ouso o vaticínio. Creio que o novo presidente uruguaio irá surpreender aqueles que pensam em se adonar da valorosa cidadela. Seu discurso é baseado na ética e respeito ao cidadão, austeridade, erradicação da pequena miséria, enaltecimento da cultura, e no desenvolvimento econômico em ambiente de paz e solidariedade, tudo desprovido da costumeira dialética, tão ao sabor de seus coleguitas latinoamericanos.
O mundo em geral vê com toda a simpatia a presença desta personalidade. MUJICA pode muito bem ajudar a compor um quadro mais civilizado e harmônico, até mesmo melhor do que o apresentado por seu preparado antecessor, cuja batuta gerou uma série de confrontos políticos, sociaie e econômicos, celeumas extensivas até mesmo ao outro lado do Prata.
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terça-feira, 2 de março de 2010
Mujica assume Uruguai inspirando confiança
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