Um dos estudos mais fascinantes dentro do Tarot é o que combina a Numerologia (Gematria), a análise do nome e as lâminas do Tarot. Esse estudo tem estreita relação com a Kabbalah e aponta para aspectos muito importantes na prática com o Tarot. Um trabalho que acho fascinante é a TABELA MEDIEVAL DE BONGO que tem relação com a Kabbalah. www.taroterapia.com.br/arcano/cap.html
A marca, o nome perfaz uma espécie de mantra, uma vibração especial, coadunado com a nossa monâda de origem, mas raramente coincide com o intuito ou objetivo da pessoa; e na maioria das vezes, sequer com quem lhe batiza. E a criança parece incorporar o que dela se espera, tanto quando veste uma camiseta de futebol de seu ídolo, e presume dele se aproximar.
É quase impossível o pai e a mãe escolherem o mesmo nome sem prévia combinação, apenas por coincidência. Deste modo, prevalecerá o gosto, afinidade ou a vontade mais candente de um, com a natural concordância do outro. Se o rebento no decorrer da vida tiver maior proximidade com o voto vencido, temos aí o paradoxo como eterno companheiro, tal qual corrimão de escada-rolante.
Os orientais tentavam definir o destino já a partir do nascimento de modo coerente com a função que lhe se esperaria. Esta designação cabia a um monge, através de ideogramas, e muitas designações que para nós soaria muito estranho, tanto quanto aquelas dadas aos índios, para eles significava um destino traçado, portanto, livre de sobressaltos. Quase do mesmo modo praticavam os alemães, mas restritos aos sobrenomes. Lembro SCHUMACHER, que significa sapateiro. Fosse segui-lo mais à risca, quem sabe não teria arriscado ser campeão de salto alto!
Feliz ou infelizmente, o nome acaba por se identificar connosco: sempre achei que certas pessoas deveriam ter cara de Pedro, outras de Miguel, outras ainda de Luís e alguns com o nome de Sócrates, o da Grécia antiga - que nos legou a Filosofia, a mãe de todas as ciências. http://macroscopio.blogspot.com/2006/01/importncia-do-nome.html
Ainda bem que jamais conheci algum Platão. Dar-lhe-ia uma sumanta de laço!
Elizabetes, Reginas, Bárbaras, tendem a ver o mundo a seus pés, tanto quanto os Césares, como eu próprio, Ricardos, Eduardos, meus filhos. E o que dizer dos Eugênios, Benjamins, Felisbertos, Ulisses, ou Salvadores? Benito não se tinha muito bonito, a reencarnação do Imperador Romano? Ou seja: é bastante freqüente o simples nome subir a cabeça e alterar toda a naturalidade da pessoa. É óbvia a tendência de muitos pais quererem que seus filhos logrem o máximo sucesso, mas um nome mais sugestivo, mais representativo, pode induzi-los à onipotência, ou às vezes até frustrá-los por não lograrem a performance esperada.
Os nomes bíblicos me parecem portadores de alta carga emocional. Dentre todos os demais, ainda que muito comum, podem condicionar a pessoa cumprir uma trilha apartada da realidade.
Os Jrs. são os mais afetados. Dificilmente algum consegue edificar uma personalidade qie lhe seja própria, pelas óbvias razões. É certo que um Jr. de pai famoso encontrará uma freeway já delineada, o que por certo facilitará principalmente sua vida profissional, mas ela será exercida mecanicamente, porque vocação não se impinge. Não obstante, corre o risco de ser sempre bebê, um dependente, pelo menos até se dar conta e superar o peso de portar o nome do pai, sendo apenas o filho.
Naturalmente podem ser apontados inúmeras personalidades que não incorporam as características que pressupõem seus nomes, porém me refiro em tese, não em determinaçao absoluta, insisto, para não ser tomado dogmático, ou de algum modo enfeitiçado por idéias criadas por si mesmo.
Igualmente muitas vezes o interlocutor à primeira vista apresenta seu preconceito, ligando o nome à personalidade, de maneira que é mais um obstáculo, a ser superado.
Quantas vezes não ouvi "A César o que é de César", ou mesmo o "Ave César!" Maldição! Se é meu, não precisa ninguém me endereçar. E Ave, em mim até pode ser aplicado, mas soaria pessimamente se meu interlocutor se chamasse Adão.
Não vou falar da importância de nomes ridículos, ou vexatórios, que per se diminuem o portador, pela obviedade do aspecto, ou da remessa.
Alguns preferem justamente o contrário do que seus nomes projetam, e neste caso lembro do Theodore. O presidente americano, cujo quadro ilustra este post, pautou-se completamente afastado da pressuposta ética do Theo que lhe serve de prefixo. O mesmo se deu com Napoleão, que de boa, virou uma péssima parte. Pior ainda quando sua designação se rendeu a outra perna metafísica, calcada em alguma coincidência empírica:
A Numerologia apelida estas três vertentes com designações distintas: a personalidade interior é considerada o 'Número de Alma'; a personalidade que transparecemos exteriormente denomina-se por 'Número de Personalidade'; e o motivo que nos prende aqui intitula-se por 'Número de Expressão'. www.mulherportuguesa.com/saude-a-bem-estar/comportamento/2527
A conselho de seu astrólogo, Napoleão alterou o sobrenome de Buonaparte para Bonaparte, com vistas a obter "um número de vibrações mais positivas". Não deu certo: ele acabou uivando em Santa Helena.
Igualmente não quero fazer referência à influência espírita, quando então os pais, mercê de algum ídolo, colocam o mesmo nome no filho na esperança da reencarnação, ou seja, imediata tentativa de despersonalização de seu próprio produto. Colocar nome de cantor, jogador e artista, e até de políticos se tornou epidemia no país.
Nomes com letras iniciais do alfabeto correm risco em chamadas de escola, o que também podem alterar a trajetória de qualquer vivente. Engraçada, esta.
Igualmente, não posso fazer dessa tendência uma norma efetiva porque não poucos logram escapar do estigma, e se conduzem, por muitas vezes, de modo diverso do que seu próprio nome quer expressar. Insisto sempre. Trata-se, pois, de apenas indícios, mas que por relevantes exigem uma vigilância do portador para não ser enredado pelo mito que o nome contém.
Em quase todos os casos, apelidos são redentores, e por eles sim, parece que a personalidade melhor se desenvolve, desde que, naturalmente, não sejam pejorativos, ou desqualificadores. Os apelidos geralmente contém uma carga afetuosa, amorosa, a partir da aparência efetiva, ou da ação do agente, e portanto, podem ser mais eficazes, e até mais expressivos do que o expresso na certidão de nascimento.
O engraçado é que um nome estranho pode ser ainda pior, desnorteando todo mundo.
O que me parece comum é que os nomes simples, correpondem a igual tipo de personalidade; e os pomposos, de acordo com esses propósitos. Assim é que, muito mais do que o momento do nascimento, que classifica pelo horóscopo a índole do rebento, coisa que de antemão já registro meu desacordo, seu nome por certo terá, sim, influência decisiva em sua vida, como um sopro, um vento que carrega o veleiro. O que compete ao timoneiro é orientar sua vela para que tal intensidade o conduza ao porto que lhe parece mais compatível com seus próprios anseios e aspirações, e não aqueles pelos quais lhe presumiram. Não é fácil esta equação, bem sei.
Adorei o texto! Não tenho conhecimento de nenhuma das referências que fez... mas sempre pensei que o nome tivesse certa influência na personalidade rs legal
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