As teorias de Newton lançaram-nos em um curso que desembocou no materialismo que ora domina a cultura ocidental. Esta visão realista materialista do mundo exilou-nos do mundo encantado em que vivíamos no passado e condenou-nos a um mundo alienígena. BERMAN, M., cit. GOSWAMI: 31
No decorrer do século XIX, a orientação mecanicista tomou raízes mais profundas - na física, química, biologia, psicologia e nas ciências sociais. LEMKOW, ANNA: 86
Vivemos à base de idéias, de morais, de sociologias, de filosofias e de uma psicologia que pertencem ao século XIX. Somos os nossos próprios bisavós. BERGIER, J. & PAWELS, L. O despertar dos mágicos: 31
Do ponto de vista filosófico, vai ficar mais difícil para os americanos defenderem o livre mercado em um momento em que o seu próprio mercado entrou em colapso. Alguns já vêem o atual momento como crucial. 'O mundo hoje se parece mais com o do século 19 do que com o do final do século 20. REYNOLDS, P., BBC News; Folha de São Paulo, 1/10/2008
Dos niveladores
O capitalismo de livre empresa, um mercado onde perdurassem a competição e a livre iniciativa, passou a ser considerado como instrumento de exploração do povo, enquanto uma economia planejada era vista como alavanca que colocaria os países no caminho do desenvolvimento. Caberia ao Estado, portanto, o controle da economia doméstica, das importações e a alocação dos investimentos de maneira a assegurar que as prioridades sociais se sobrepusessem à demanda egoísta dos indivíduos. FRIEDMAN, M., Capitalism and Freedom; cit. PERINGER, : 126
Até a chegada do inovador Mussolini o mundo jurídico não conhecia o córrego, A mistura de Platão, Hegel, Comte, Marx, Gramsci e Keynes resultou na Carta di Lavoro, coqueluche mundial. Em seguida os felizes operários foram enviados cantarolantes aos campos talados de minas e canhões, neste direito de morrer condigna e agradecidamente pela pátria que tão zelosamente lhe guardou. “Por isso, um príncipe cauteloso deve conceber um modo pelo qual os seus cidadãos, sempre e em qualquer situação, percebam que ele e o Estado lhes são indispensáveis. Só então aqueles ser-lhe-ão sempre fiéis.” (MAQUIAVEL, N., O Príncipe, D' Elia, Antônio: 15) "A implantação de um novo sistema de relações trabalhistas 'de cima para baixo' resultou, nas palavras de um juiz do trabalho brasileiro, num 'modelo artificial' imposto pelo Estado sobre os operários." (FRENCH, J. D., Afogados em leis: 85) Escravo tributário
Deste modo revelava mais uma vez sua mentalidade tipicamente racionalista: um código unitário, coerente, simples, um código, pois, que pudesse valer como lei universal só podia ser obra de uma única pessoa, com princípios estáveis e idéias claras. 'O código deve ser completo ou, em outros termos, abarcar todas as obrigações jurídicas às quais o cidadão deve estar submetido.' De l´organisation,, cit. BOBBIO, N 1995: 99
O que pode ocorrer com a civilização perante essa visão utilitarista que leva a descambar no interesse puro e simples, desprovida de valores de alçada superior, sem aquele ideal que possa significar a civilização plena baseada nos valores do homem indivíduo, da sociedade individual, da sociedade em geral, como somatória das unidades sociais que a compõem? BRAGA, Antonio Carlos, in NIETZSCHE, F., O livro do filósofo:8
A Revolução Industrial requeria a máxima força, jamais atingida. Em foles o aspirador trouxe enorme contingente. Como não associar o povo inteiro em qualquer projeto?
Salve bravos carregadores,
'Mais longo o trabalho, maiores favores',
Sem ânimo ou vontade de sorrir,
sempre duros de cabeça e braço,
de originalidade nenhum traço
Sans géni et san esprit
NIETZSCHE, F., Acima do bem e do mal: 121
'Mais longo o trabalho, maiores favores',
Sem ânimo ou vontade de sorrir,
sempre duros de cabeça e braço,
de originalidade nenhum traço
Sans géni et san esprit
NIETZSCHE, F., Acima do bem e do mal: 121
E o indivíduo? Mero dependente de emprego. Portanto, que se adequasse.
Na era das chaminés, nenhum empregado isolado tinha um poder significativo em qualquer disputa com a firma. Só uma coletividade de trabalhadores, unidos e ameaçando parar o uso de seus músculos, podia obrigar uma administração recalcitrante a melhorar o salário ou as condições do empregado. Só a ação em grupo podia reduzir ou parar a produção, porque qualquer indivíduo era facilmente intercambiável e, por isso, substituível. Foi esta a base para a formação dos sindicatos de trabalhadores. TOFFLER, Alvin, Powershift: As Mudanças do Poder, Um perfil da sociedade do século XXI pela análise das transformações na natureza do poder: 238.
A ideologia cria uma 'falsa consciência' sobre a realidade que visa a modo de suprir , morder e reforçar e perpetuar essa dominação. (Wikipédia)Para falar a verdade, olhando a religião como um modo de acorrentamento da caverna de Platão, não se pode deixar de pensar que a humanidade como um todo tem uma certa tendência a gostar de ser mantida acorrentada na ignorância. BELLI, M., O Mito da Caverna de Platão e o Paradigma da Representatividade
O desígnio do trabalho vem do próprio latim, tripaliare. Significa tortura através de um instrumento chamado tripalium.“Na concepção cristã, o trabalho representava o pagamento do pecado, um ato de expiação que sugere necessidade, aflição e miséria.” (ROHMANN, C.: 122) “Para os católicos, o trabalho é uma sentença condenatória, como reafirma a Rerum Novarum, em 1891.” ( DE MASI, D.: 47) Esta encíclica foi a ponte fascista. "Uma ilusão geral constitui uma força social, que serve potentemente para cimentar a unidade e a organização política de um povo, como de uma inteira civilização." (Scritti politici - Teorica dei governi-elementi di scienza política, vol.II, 633; cit. RÊGO, W.D.L.: 88)
"Contemporaneamente o mito vai se identificando com a ideologia política: é que o processo mitológico sempre coloca suas crenças a serviço de uma ideologia. Barthes, coincidindo com este entendimento, afirma que através do mito consegue-se transformar a história em ideologia." (WARAT, L. A., Mitos e Teorias na Interpretação da Lei: 128)
"Conseqüentemente, a permanente necessidade da ideologia persuasiva sempre levou o Estado a utilizar os intelectuais formadores da opinião nacional. Em épocas remotas, os intelectuais eram invariavelmente os sacerdotes, e, por conseguinte, conforme indicamos, tínhamos a antiga aliança entre a Igreja e o Estado, o Trono e o Altar.." ( ROTHBARD, Murray, A Ética da Liberdade)
"Toda a política dos filósofos se resume em por a onipotência do Estado ao serviço da infalibilidade da razão, a fazer da razão pura uma nova razão de Estado." (SOREL, Alberto, L'Europe et la Revolution Française, cit. em PRELOT, M., Vol. II: 293)
"Na verdade, jamais houve qualquer legislador que tenha outorgado a seu povo leis de carácter extraordinário sem apelar para a divindade, pois sem isso estas leis não seriam aceitas... O governante sábio sempre recorre aos deuses." (MAQUIAVEL, Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio. Brasília : Editora UnB, 1994: 58 )
"O conceito espiritual do reino de Deus degenerou numa instituição eclesiástica, jurídica, política, militar, financeira que, substituindo a força do espírito pelo espírito da força, fez da Civitas Dei uma Civitas Terrena, com o agravante que esta cidade terrena é acintosamente proclamada como sendo a cidade de Deus. " (ROHDEN, H., Filosofia Contemporânea: 28)
"Como sinal da sua estratégia de consolidação do poder fascista o duce ordena, em 1923, que o ensino religioso seja implantado nas escolas públicas de toda a Itália, bem como se agravaram as sanções judiciárias para quem ofender a religião e os padres." (www.educaterra.terra.com.br/voltaire/seculo/2006/03/10/002.htm)
"Com efeito, hoje sabemos que o direito está imerso numa atmosfera ideológica e a teoria geral do direito, empenhando-se em abstrair este aspecto do direito, só pode falsear as perpectivas e, com isso, fica, por sua vez, sujeita à acusação de ser mais ideologia do que ciência." (PERELMAN: 621)
GAETAN PIROU (Introduction a l'etude de Economie Politique, cit. HUGON, P., História das Idéias Econômicas: 352) tentou explicar o execrável liame: “O catolicismo considera a corporação um meio de assegurar a ordem sem matar a liberdade, escapando, a um tempo, da anarquia liberal e da coerção socialista”. "As idéias corporativas tiveram grande aceitação: receberam apoio da Encíclica Papal Quadragésimo Anno, de 1931, influenciaram decisivamente a doutrina do partido nazista alemão e de inúmeros outros movimentos fascistas em diversos países. No Brasil, foi notória a sua influência na década de 30, durante a ditadura de Getúlio Vargas."(STEWART, Jr., D. O Que é Liberalismo: 24) E por causa desta visão completamente distorcida pelos contadores da estória de Adão e Eva, todos ligamos trabalho com castigo, escravidão, algo que deve até ser banido da programação humana.
"Foi portanto do utilitarismo do século XIX que nasceu a idéia de que se podia subordinar a atividade do legislador a uma teoria 'científica' da justiça, definida pela maximização do prazer, a um algorritmo que daria automaticamente a solução 'correta' e que permitiria fazer a economia do político. ((AUDARD, C., cit. RAWLS, J., Justiça e Democracia: XXX.) "Era uma questão tanto de sobrevivência quanto de política: uma panacéia que, pelo voto do trabalhador e pela transformação radical do Parlamento, proporcionaria ao trabalhador muitos assados, muito pudim de ameixas e cerveja forte, com três horas de trabalho diário." (RUDE, George: 196)
O dia para o prazer foi marcado pelo Vaticano, em combinação com seus estados. As nações asiáticas e nórdicas escapuliram da pauta; e os bretões se livraram do fetiche lá no século XVIII.
A Europa está dividida em duas: no Norte, uma Europa do crescimento, da eficácia, do trabalho quase para todos, da ordem nas contas. No Sul, uma Europa da melancolia, da baixa produção, do alto desemprego e de desempregados partindo para procurar emprego nos Estados Unidos ou na América Latina. Entre essas duas Europas, um estranho traço de união, um país que procede a um só tempo dos dois modelos, do modelo em ruínas do Sul e do modelo reluzente do Norte: a França. Duas Europas? Gilles Lapouge
No Terceiro Mundo e sobretudo na América Latina a social-democracia é adotada por quase todos os partidos políticos. Sendo liberal, democrática em política e socialista, intervencionista em economia, promete mais do que pode dar (comportamento típico do populismo)... Essa alternância de militares e populista, ambos intervencionistas, tem sido a saga da América Latina e a grande causa de sua má performance econômica. VILELA & CATÃO, O Monopólio do Sagrado; Correio do Povo, 5/11/1995: 21
Logicamente predizia Adam Smith que a América Latina, em contraste com as 'colônias' da América do Norte, ia acabar na pobreza e na tirania porque sua tradição visava reconstituir a velha ordem romana, sustentada na visão mercantilista da riqueza como ouro e prata, numa economia produtiva de grandes latifúndios e na união da Igreja e do Estado. O novus ordu proposto por repudiava esses três sustentáculos do absolutismo. Nada disso foi assimilado. "Os intelectuais da América Latina estiveram durante muito tempo enamorados dos esquemas ideológicos, das utopias geométricas... Em alguns aspectos a classe intelectual latino-americana necessita fazer uma autocrítica de suas ações no decurso dos últimos 50 anos. (OCTAVIO PAZ (www.consciencia.org/entrevista-de-octavio-paz-1985)
A maior felicidade do maior número constitui medida do certo e do errado. BENTHAM, Jeremy, cit. SABINE, G.: 595
Os niveladores... rapazes bonzinhos e desajeitados... mas que são cativos e ridiculamente superficiais, sobretudo em sua tendência básica de ver, nas formas da velha sociedade até agora existente, a causa de toda a miséria e falência humana... O que eles gostariam de perseguir com todas as suas foras é a universal felicidade do rebanho em pasto verde, com segurança, ausência de perigo, bem-estar e facilidade para todos; suas doutrinas e cantigas mais lembradas são 'igualdade de direitos' e 'compaixão pelos que sofrem' - e o sofrimento mesmo é visto por eles como algo que se deve abolir. NIETZSCHE, F., Além do Bem e do Mal: 45
Na nação orgulhosamente mais católica do mundo, não por acaso das mais atrasadas, ora agravadas por grave crise de industrialização, em aproximadamente 20% do ano todos somos legalmente impedidos de trabalhar. "Entre nós, o sintoma mais típico e persistente desse atraso é a confusa expectativa de que há uma espécie de 'força superior', o 'Estado', capaz de distribuir a todos os bens desejáveis deste mundo: emprego, salários altos, bem- estar - em suma - 'felicidade geral da nação'." (Roberto Camos. Do Estado gendarme ao Estado babá. - Zero Hora, 19/1/1997:241)
Um governo fundado no princípio da benevolência para com o povo, como é o caso do governo do pai em face dos filhos, ou seja, um governo paternalista, no qual os súditos, como filhos menores que não podem distinguir entre eles o que lhes é útil ou prejudicial, são obrigados a se comportar passivamente, para esperar que o chefe do Estado julgue de que modo eles devem ser felizes, esse governo é o pior despotismo que se possa imaginar. KANT
A Declaração de Independência reconhecia os 'direitos inalienáveis' para "Vida, Liberdade e a busca da felicidade" "Em nenhuma parte o fundamental documento inclui a palavra democracia. Isso ocorre porque os autores estavam com medo de todos os tipos de tirania, incluindo a da maioria. Os Pais Fundadores projetaram um sistema no qual o poder é fragmentado. Nenhum ramo do governo está em cima de outro. Cada um foi projetado para limitar o poder do outro. O economista Steve Hanke resume tudo: "A Constituição foi concebida para governar o estado, e não pessoas" A América Latina, contudo, passou a acreditar que "democracia" fosse sinônimo de liberdade, independentemente do que os Pais Fundadores temiam: que as democracias se tornassem tiranias da maioria.
GORE VIDAL (cit. MENDOZA, P. A., 207) junta-se ao diagnóstico. O renomado autor atribui o desastre da América Latina "ao espírito de um rei católico, totalmente beato e totalmente não inteligente de nome Felipe Segundo, seguido de um estúpido regime que suprimiu culturas regionais, florescentes naturais, preenchendo o vazio de sua falta com os piores elementos da cultura arcaica, de mausoléu." Tem gente que quer mandar até em comandantes aeronáutico, e, olha só, logo por causa do mau tenpo "que eles provocam"!
Pilotos e tripulantes do avião presidencial querem pedir ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que dê um toque para a presidente Dilma Rousseff mudar sua conduta nos voos presidenciais. A tripulação reclama que Dilma teria mania de, durante o voo, entrar na cabine, criticando as turbulências e fazendo perguntas sobre a segurança da viagem. Anna Ramalho. Pilotos dão puxão de orelha em Dilma Rousseff
O cleptomaníaco Coronel JUAN DOMINGOS PERÓN (Perón y el justicialismo) deu asas aos santos de pau-ôco: "A diferencia de los otros, el movimiento justicialista era ideológicamente cristiano, y tanto lo era, que por diez años consecutivos el clero argentino, desde su más alta jerarquía, hasta el más humilde cura de campaña, apoyó al Peronismo, ta nto en sus campañas electorales como durante su gestión partidista en el gobierno"
Assim é que não apenas no domingo, mas muitas empresas já desde o sábado simplesmente cerram as portas, assim frustrando a todos de obterem a realização do trabalho, e, mais ainda, da população ser provida das necessidades, estas que não são pautadas por nenhum calendário eclesiástico, ou oficial, Com esta letargia, não só estagnamos, como de fato nos acarreta um invisível atraso. É que o tempo não lhe acompanha, e avança inexorável. Maior bobagem não há.
Brasil competitivo precisa mudar legislação trabalhista
A empregabilidade depende de visão empreendedora
A empregabilidade depende de visão empreendedora
Sete-vidas do Duce
E, ainda que o fascismo e o nacional-socialismo tenham sido destruídos enquanto realidades políticas na Segunda Guerra Mundial, suas ideologias não desapareceram e, direta ou indiretamente, ainda se opõem ao credo democrático. KELSEN, H; A Democracia: 140
Proudhon zombava dessa distinção entre capital e trabalho. Ele acreditava que capital e trabalho não são dois tipos diferentes de riqueza; que toda a riqueza sofre um processo contínuo, passando de capital a trabalho e de trabalho a capital, ininterruptamente e que as mesmas leis de justiça que regulam a posse de um, deveriam regular a posse de outro. TUCKER, B., Socialismo Estatal e Anarquismo, 1888; cit. WOODCOCK: 135
Tudo depende, portanto, de se fazer com que os súditos acreditem que o governo é bom e justo, e de os cidadãos sentirem-se felizes em obedecer às suas ordens - daí todo conjunto de medidas draconianas, aniquiladoras de toda liberdade de pensamento, sugeridas por Platão tanto na República quanto nas Leis, a fim de produzir e conservar nos súditos essa crença. KELSEN, H.: 501
No lábaro estrelado o fascismo se mantém revigorado: "Brasil continua único País do planeta onde é possível encontrar um Juiz togado tentando resolver problemas entre capital e trabalho. Trata-se de entulho legado por Getúlio Vargas, cuja morte completa 40 anos. Todo entulho de regulamentos produzido pelo Estado Novo continua intocado, ainda vigente.". (O Estado de São Paulo, 21/5/1995: A12)
"São 100 mil advogados trabalhistas, mais 15 mil que vivem ligados à Justiça do Trabalho, no total chegam à cerca de 150 mil. Um lobby de 150 mil é maior que o desejo do restante da sociedade." (Pedro Evangelinos, diretor da FIESP in Jornal O Estado de São Paulo, 25 de novembro de 2001: B6 )
Parece ser também muito conveniente que a Justiça do Trabalho seja responsável por grande parte da mortandade – que é enorme no Brasil – das micros e pequenas empresas. Já existem em cidades como São Paulo grupos organizados de 'trabalhadores' que vivem, exclusivamente, de indenizações trabalhistas impostas contra as pequenas empresas. Brasil Maior ou Brasil Menor ?
A estupenda fila de reclamatórias trabalhistas ainda requer o desperdício de formidável cifra em prol dessas entidades em nada produtivas. “Justiça - Lobby classista luta para manter privilégios - Presidentes de TRTs tentam no Senado derrubar projeto que proíbe nepotismo”. (O Estado de São Paulo 29/10/1995) “Juizes e sindicalistas são patrocinadores de irregularidades constatadas pelo Estado na Justiça do Trabalho. Desperdício e nomeação de parentes são comuns nos 24 Estados onde foi feito o levantamento.” (Casado, José, Herança e Desperdício, O Estado de São Paulo, 20/8/1994: A4.) "Há realmente tribunais que têm se utilizado de influência política para aumentar sua participação no Orçamento da União e isso traz transtornos para o controle que o TST deveria ter sobre eles." (Ex-Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Min. Wagner Pereira Ministro defende redução de TRTs no País. - revista Consulex, Brasília, 30/9/1997: 16)
O fato é que nas ações trabalhistas (são 22 milhões o total de ações existentes), boa parte do resultado vai para a mão do governo (INSS, IR e custas), valor que fica na contramão do social. Para a ação trabalhista, mantém-se uma centena de mil serventuários e juízes que representam na folha, 93% do total do orçamento anual do judiciário laboral. É preciso romper a intransigência da Justiça do Trabalho Roberto Monteiro Pinho, 27/3/2012
O país gastou R$ 8,4 bilhões para que a Justiça do Trabalho atendesse 2,4 milhões de trabalhadores e empresas em 2007. Isso significa que cada um que recorreu à Justiça gerou um gasto público de R$ 3,5 mil. O montante dispensado na Justiça Trabalhista representa 0,31% do PIB do Brasil. A folha de pagamento continua a abocanhar a maior parte desses R$ 8,4 bilhões da Justiça do Trabalho — 94% vai para o bolso dos servidores e juízes. O número aumentou em relação a 2006 (93,65%) e 2005 (92,5%). Daniel Roncaglia
"Jorge prega a extinção da Justica do Trabalho e a realização de contratos individuais entre empresas e empregados. 'Hoje o trabalho virou uma indústria', lamenta. 'Na Europa há uma crise de desemprego, tendo como causas a força dos sindicatos e o Estado com leis extremamente protecionistas'." (Moraes, Jorge, Presidente da Federação dos Jovens Empresários de Porto Alegre. - Jornal do Comércio, Porto Alegre, 9/4/1997)O Ministério do Trabalho, instituído como cabide de emprego aos sindicalistas, não mais requer trabalho. A Força Sindical arromba os cofres, o o dinheiro jorra à vontade. Na Câmara o que se vê são de puta dos corporativistas, engordados a mensalões: "O retorno da CPMF num governo com excesso de arrecadação prova a vitória da 'república sindicalista', que não tem a menor idéia de como ganhar dinheiro trabalhando." (O Sul, 22/5/2008.) Os pelêgos jamais obtiveram tantas vantagens, tantos recursos. Até Banco Nacional de Desenvolvimento cuida de desenvolvê-los, através de polpudas quantias proporcionadas às ONGs instituídas por familiares exclusivamente para tal capacitação. Por tudo, tal sistema continua vigente:
O modelo monopolista sindical que temos é fascista. Só que o corporativismo fascista falava, pelo menos, na harmonização dos interesses de toda a sociedade, em oposição à luta de classes que o ex-recente líder socialista Mussolini conhecia bem. Conseguimos combinar resíduos do corporativismo fascista com o mercantilismo colonial e acabamos reduzidos à condição de súditos, não de cidadãos. (Roberto Campos, O Estado do Abuso, Jornal do Comércio, Porto Alegre, 22/05/1995: 4)
O que agora excita... é o efeito, considerado desastroso, das políticas keynesianas adotadas pelos Estados econômica e politicamente mais avançados, especialmente sob o impulso dos partidos social-democráticos ou trabalhistas. Nestes últimos anos lemos não sei quantas páginas sempre mais polêmicas e sempre mais documentadas sobre a crise deste Estado capitalista mascarado que é o Estado do bem-estar, sobre a hipócrita integração que levou o movimento operário à grande máquina do Estado das multinacionais. Agora estamos tendo outras tantas páginas não menos doutas e documentadas sobre a crise deste Estado socialista igualmente mascarado que, com o pretexto de realizar a justiça social (que Hayek declarou não saber exatamente o que seja), está destruindo a liberdade individual e reduzindo o indivíduo a um infante guiado do berço à tumba pela mão de um tutor tão solícito quanto sufocante BOBBIO, N. O Futuro da Democracia: 132
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