domingo, 25 de novembro de 2007

Tudo em vão


Onde foi parar nosso cofrinho?

E o que dizer de nosso filhinho?

E dos que restaram, resta o quê?

Dos poucos sonhos, nem assim?

Qual vantagem a humanidade

desumana, sem piedade?

Qual a graça de viver

sem nada a ver?

O que esperar do amanhã

senão a morte, já de manhã?

Nem me importa perder tanta matéria,

mas a expressão da miséria.

Se a esperança é a última que morre,

de nada vale levada por vigarista.

A esperança vive; mas longe da vista.

Rendo-me. Não há como buscar um mundo novo.


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