quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A técnica da hostilidade


É necessário que tal cidade não seja una, mas dupla, a dos pobres e a dos ricos, habitando no mesmo solo e conspirando incessantemente uns contra os outros.  PLATÃO, A República, livro VIII., cit. SAUTET, M.: 252 
Afirmo que a doutrina de Maquiavel vive hoje mais do que há quatro séculos, pois ainda que as formas exteriores de nossa existência tenham mudado consideravelmente, não se operaram modificações profundas, nem no espírito dos indivíduos, nem no dos povos. BENITO MUSSOLINI

FREUD explica mas não desce ao fulcro. Prefere, apenas, "entender" o conflito da mente de acordo com sua turvada visão, e assim lhe admite natural. Mente. A metafísica retroativa busca apenas coincidir com alguma estatística. A costumeira revolta do filho contra o pai não se deve ao seu amor pela mãe, e sim pela animosidade estimulada por ela, para não perder ou repartir "o que" lhe pertence, ao tempo em que provoca o ciúme no pai, pela maior atenção ao rebento. Obviamente nenhum digladiante sai vencedor, em que pese ambos terminarem esfarrapados pelo esforço.  Eis o confronto primordialmente disposto, vaso à exceção: o interesse de um, em prejuízo de todos,
“Os sonhos são invariavelmente o produto de um conflito", afirma o senhor Freud. .” ( DOWNS, R. B. 218)  Ao dividir a mente em consciente e inconsciente, id, ego, superego, tataraego legolego e tal,,  o que mais faz senão introduzir a própria esquizofrenia, um pensamento revolto entre as fronteiras vizinhas, arbitrariamente delimitadas, e, para variar, oponentes, nunca complementares?Além do Princípio do Prazer demonstra a existência de dois instintos, opostos: um, de preservação, ligado ao prazer (Eros) e outro de destruição, de ausência de energia, de morte (Tanatos). Mas onde já se viu espiar a desgraça no meio do êxtase? Só mesmo uma mentalidade morbida a priori, socrática par excellence., mas a arataca evoluiu, e assim vem contaminando especialmente os apaixonados latinos, nosotros especialmente forjados e encantados com a miragem vista do interior da caverna grega. A passarela do novo século se ilumina com o laser: Transtorno Bipolar!  A técnica  Trago à ribalta o austríaco porque a técnica empregada é apenas estratégia de conquista, . script nasceu e foi aprimorado lá no sítio de Academus. Longe de ser afeto ao objeto, no caso em tela ao indivíduo, a metafísica se encontra no próprio umbigo do promotor. É a mesma que ofuscou o antigo campo científico,  modernamente  estratégicos, unisex de tamanho único, apropriada a qualquer diletante ciências sociais, especialmente políticas. Hobbes, Descartes, Darwin, Marx, suas versões executivas, os marketeiros e ainda os mentores do edifício religioso  vem obtendo pleno sucesso o graças a versátil ponte platônica, excludente travestida das melhores intenções, fito de promover a religação que ardilosa e antecipadamente pelos próprios se quedou segmentada,. a priori dialética par excellence.  Rume à decadência, excelência, que eu lhe venderei a solução reintegradora. TV Cultura | Roda Viva | Elisabeth Roudinesco | Historiadora da psicanálise
Como se diz, há que se tolerar também as elucubraçõs daninhas, porque não há nada fora do todo, e natiuralmente elas  também fazem parte; mas se esclarecidos, poderemos parar com essas grandiosas bobagens, pelo menos no que tange ao ser humano.
O conceito de um mundo sutilmente interligado, um oceano cósmico no qual estamos intimamente ligados uns aos outros e à natureza, assimilado por nosso intelecto e abraçado por nosso coração, poderá talvez inspirar novos modos de pensar e de agir que transformem o espectro de uma derrocada global no triunfo de uma renovação global – uma renovação para uma era mais humana e sustentável. LASZLO:205 
 Mas como, desde quando e por quem vem sendo ardorosamente adotado o  foclórico recurso, o que mais causa acentuar a cavernosa deturpação, qual seu efeito no núcleo científico ?
A partir de Bacon, o objetivo da ciência passou a ser aquele conhecimento que pode ser usado para dominar a natureza. A natureza, na opinião dele, tinha que ser ‘acossada em seus descaminhos’, ‘obrigada a servir’, ‘escravizada’. Devia ser ‘reduzida à obediência’ e o objetivo do cientista era ‘extrair da natureza, sob tortura, todos os seus segredos’. 
A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta. NEWTON, Isaac. Principia, Book III . Newton’s Philosophy of Nature: Selections from his writings. Nova Iorque: H.S. Thayer, Hafner Library of Classics: 1953
NEWTON nada descobriu. Aliás, tanto quanto o meio-discípulo fundador da psicanálise, cujo método também é expresso cartesiano, quando uma suposição não se coadunava com a realidade, o ex-teólogo mascarava a realidade para manter seu cálculo. Era cambridgeano, neoplatônico. Interessado no poder, cujo ápice logrou alcançar pela designação de chefe da Casa da Moeda,. O articulador apenas adequou a proposta bíblica da passagem do tempo, com o edifício científico também construído pelo molde grego, E lá se foi qualquer pensamento ecológico; e com ele, os atores do cenário. Aos aspirantes e titulares políticos tal "ciência" vinha a calhar. Para Renè Konig, (Soziologie heute, cit. GOLDMAN, Lucien, Ciências Humanas e Filosofia - Que é a Sociologia: 40), professor das Universidades de Zurique e Colônia, ela se constituia em “elemento do processo de autodomesticação social da humanidade”. Eu suprimiria o auto, para acompanhar o Prof. A. PAIM ( UMA LÚCIDA ANÁLISE DO MARXISMO, 9/5/2010**):
Comte, como mais tarde faria Marx, falava em 'ditadura'. Ambos entendiam, por tal regime, uma estrutura governativa em que o poder executivo forte se pautasse pela ciência social, com total recusa à representação política e com o banimento de qualquer oposição.
Na pole-position à degola, os animais, pobres animais, açoitados sem dó nem piedade, das baleias aos pandas em extinção. E como o homem apenas desceu dos cipós, lá se foram justificadamente civilizações inteiras, o  próprio semelhante, este porém  diferente de nós por tomado pelo demônio.  Guerra na sociedade, dividida entre partidos, ao gáudio dos partidores. Burgueses de um lado, proletariado de outro  E por cima de todos, o Duce, flamante, regozija-se, ufana-se de sua astúcia. As refregas são assim estimuladas ao máximo, em detrimento de todos nós. A emoção do jogo, a discussão estéril, e a tervigersação contumaz refletem-se no dia-a-dia de cada um, turvando todas as relações. Pessoas passam a não mais dialogar, mas a argumentar, sempre de olho no galardão. Elas sonham com o podium, e acordam para as disputas. E oferecem títulos, honrarias, currículos. Vestem gravata, brilhantina no cabelo, Cartier no pulso, ICA na gasosa.
No trânsito aflora a mais notável consequência do vírus platônico. O motorista está sempre pronto a corrigir o outro, a levantar a bandeira da justiça, a disputar espaço, a correr, correr, correr, mais do que o adversário. A emulação lhe indica que precisa adquirir um veículo mais potente, mais luxuoso do que o do rival. Pensa ser mais respeitado, credencial à garagem da felicidade. Sempre haverá, todavia, alguém em sua frente a lhe obstaculizar a entrada, de modo que sua vida se torna uma eterna luta, cuja vitória é impossível alcançar. Por uma espécie de retroalimentação, a frustração lhe indica que necessita de mais força, e então se agarra em outras espécies. Uns, de tão desrespeitados, incorporam Napoleão. O risco aumenta na proporção do mito. Outros preferem invocar o exército supraterreno. O combate aos fracos abate e aos fortes nada acrescenta, mas quem não precisa de adversários para se impor? Então eles vem com a força máxima: "Se Deus é por nós, quem será contra nós"? Porém, se todos somos seus filhos, onde arrumar contendor?
Culpa & castigo compõem o projeto metafísico do carrasco, para satisfazer seu mórbido prazer. Qual melhor sensação do que apontar o pecado, para submeter o pecador?  A prova de sua "força" é que lhe realiza. Ao decair a sociedade, ele aponta as razões: a corrupção, a degenerência, a cupidez, o vício, a luxúria. Mas é o promotor a causa da degenerência. O resto, é conseqüência. Ele culpa a doença, mas ela vem instilada  a priori, à missão de enfraquecer quem se quer dominar. Antes de instauirar a religião, que é ato de religar, precisa a forja do desligamento. Impossível religar o que não pode ser desligado. Pobre de Adão e Eva, tragados pela astúcia não daquela cobra, mas de quem colocou ali o objeto do desejo, vedando-lhes acesso, mas permitindo o livre-arbítrio, já contando impor o castigo diante da opção mais natural.
Não concordo com essa de livre-arbítrio, porque restrita ao eixo mais simplório, borderline entre bem e mal,  e sim com a capacidade que temos de escolher o rumo que melhor aprouver, entre  bilhões e quatrilhões de pontos que compõem a proa da expansão do Universo. Pois bem. De que modo a Suprema Inteligência poderia captar, determinar ou oferecer um dado futuro mais pertinente, de seu alvitre? Francamente. Só por ingenuidade extremada, ou por muita má-fé. Como a primeira é inadmissível em maior de idade, trato de esconder minha carteira.
Temos um mundo repleto de causas, nada mais do que artifícios, justificativas à presença do Levuathan. Jogam-se uns contra os outros, tocam fogo na cidade, e assim os bombeiros são requisitados. Multas, autos-de-infração, processos de toda ordem recaem sobre o povo e a produção. O Direito, outrora balizado pela natureza e pela tradição, virou objeto de esperteza e meio de pungar o cidadão. Inventa-se códigos de menor, de mulher, de consumidor, de futebol, de trabalho, de trânsito, de aviação, de comunicações, de turismo, de órgãos de classe, consolidações, portarias, regulamentações, pacs, pecs, proers, promer, etc., fora a esdrúxula constituição, engenharias legitimadoras de veladas intenções, as quais não requerem pudor para violar costumes, vontades, princípios éticos, jurídicos, econômicos, comerciais e filosóficos encerrados por séculos de estudos e hábito social. Essas transformam uma fábula, um jogo de palavras em metonímias, numa realidade sectarizada: o interior e o exterior, a alma e o corpo, o âmago e as circunstâncias que o envolvem, todas orientadas pela própria moral tirana.
Nada menos que 2.045.235 multas de trânsito foram emitidas pela prefeitura do Rio no ano passado, um recorde. Como a cidade tem 2.148.734 veículos, é como se praticamente toda a frota tivesse sido autuada. O número representa um aumento de 460% em relação a 1998, quando entrou em vigor o Código de Trânsito Brasileiro. O Globo, 14/3/2009
O santo é de fato muito malvado. Prioriza o impossível, em detrimento da liberdade de ser. Aprisiona, para linchar. 
Tudo isso não se restringe, infelizmente, à imaginação de Freud, ou a criação da figura imagínária do Deus Pai Todo Poderoso.  MAQUIAVEL jurava que a natureza humana era essencialmente má e os seres humanos queriam obter o máximo ganho a partir do menor esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso. No dizer de HOBBES o homem se fazia lobo do homem, um autômato. Pelo diagnóstico de DESCARTES, o indivíduo nasce dotado de más intenções. Conforme ROUSSEAU, o ser é produto de eterno conflito, igual ótica de HEGEL. No catastrofismo de MALTHUS, somos meros reprodutores. Pelos legisladores BENTHAM, AUSTIN e MILL, ADÃO seria muito egoísta; Mísero símio, na configuração de DARWIN. Exclusivo materialista, pelo prisma de MARX. Um elemento impregnado de neuroses e psicoses, de tanta guerra interna, pela interpretação psicanalítica de FREUD.
O marxismo e a psicanálise freudiana expressam os dois lados de um mesmo 'fato', duas perspectivas de uma mesma realidade, a realidade do indivíduo 'cindido', explorado e alienado. PISANI, M. MELLO, Revista Mal-estar e subjetividade . - Fortaleza, CE, março/2004
Pois a primeira desintegração lavra-se mesmo no interior do próprio homem, dividido entre corpo e alma, esta em princípio divina, mas que poderia tomar o rumo do inferno, se capitulasse frente aquele mundano e limitado, contraste que leva diretamente ao confronto, à esquizofrenia mental, e à patologia corporal.  Liquida o "oponente" de modo integral, por terra, mar e ar. Uma dieta causaria a vida longa? Ou o fato de não ingerir algo prejudicial em função de seu precário metabolismo, já combalido, é que lhe traz tamanho êxito? Onde inicia o Reino de Deus senão na morte? Morra! Eis o decreto dos arautos das pregações. Delenda Cartago! Morte aos imperialistas norteamericanos! Guerra cambial! Bloqueiem a China! Acabem com os muçulmanos, xiitas, e tudo mais. Antes era com os índios, com os negros, com os judeus, com qualquer vizinho mais perigoso.
A conquista da terra, que quer dizer sobretudo tomá-la daqueles que têm compleição diferente ou narizes ligeiramente mais achatados que os nossos, não é uma coisa bonita, quando se olha demais para ela. O que redime é apenas uma idéia. Uma idéia por trás dela; não um pretexto sentimental, mas uma idéia; e uma abnegada fé na idéia - uma coisa que podemos instalar, diante da qual podemos curvar-nos e para a qual podemos oferecer sacrifícios. CONRAD, JOSEPH, Heart of darkness.
Estrangeiros mereciam o que mais?
E  depois de tudo dito e feito,  vem as mãos repletas de dinheiro extraído do próprio povo, em atitudes  piegas, cínicas porque interesseiras, traidoras, porque jogam a riqueza nacional nos pés do estrangeiro. E dê-lhe fanfarronice
"O Brasil tem cacife hoje para colocar dinheiro emprestado para ajudar países pobres." (Presidente da Silva, em Londres, 2/4/2009)
Ah tá. Pobre britânico.
A soma tungada da produção brasileira atinge a impressionante cifra de R$1 trilhão, somente este ano. Diante de tantos zeros, nem arrisco a expressão puramente numérica. Tem dinheiro de montão. riqueza não somente para emprestar, como para doar, sim senhor. Ou será que devemos aguardar um retorno de investimento sobre as cabeças dos desvalidos do Haiti, Miammar, da Bolívia e Moçambique. até cobrindo a gorda venezuelana, bem  fantasiada? mperativo oferecer-lhes a recompensa, nossas penitências por tantos erros e crimes do passado.   Por que não jogar pelo ladrão a dinheirama auferida de todos? Quem reclamará? Quem sentirá falta do numerário? Se o dinheiro é de todos, não é de ninguém, tanto quanto as nuvens.Nada contra estes povos, mas algum estrangeiro vem despejar algum recurso nas milhares de favelas que assolam o país?  
Elejamos os mais humildes, os açoitados, os desvairados, os oprimidos, os torturados. Todos do chão-de-fábrica  passem à cobertura, por favor! Fora Acrópole. Viva a ágora. Morte ao Rei, viva a Revoliução da liberdade, da igualdade, da fraternidade... na insanidade! Matemos a família do Czar. O palácio agora é do povo! Onde já se viu adorar uma vaca? Isso é coisa do demônio! Só existe um Deus. Abram alas, que a Divina Providência lhes salvará! Fora com o corpo, esse depositário de falsos sentidos, o inconsciente traidor da consciência. Abaixo o calor do Sol, que não nos permite adorar sua luz durante muito tempo. 
O tráfico, os crimes vem em proporção geométrica, estimulados ainda pela farta publicidade jornalística. Não há melhor assunto, mais rentável, de maior audiência, do que colocar no vídeo o mais terrível dos bandidos. O povo que se julga no poder, vê-se impotente diante da realidade vivida. Então clama por mais segurança, mais saúde, mais educação, mais tudo. Leviathan, o providencial, atende-lhe e toca suias cornetas: "Contratamos mais um batalhão de policiais! Compramos caças, aviões, helicópteros, submarinos, até um portaviões. Bloqueamos as fronteiras. Abrimos concursos píublicos para preenchimento dos cargos." Quem paga tudo isso? Quem não quer ser mais assaltado, paga um preço maior do que o assalto dos bandidos, meros trombadinhas frente aos gangsters legitimados em seu nome.
Somente na hostilidade, no contraste, no pano negro do infortúnio pode brilhar a nobre causa, maior, espraida, com amplitude máxima! Eis o signo, o emblema da mistificação. Se teu olho te escandaliza, arranca-o. É mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha que um rico entrar no reino dos céus. Sejamos todos pobres, e escolhamos como inimigos os ricos! Ou queiramos ser ricos; mas diante de nossa incapacidade, culpemo-lhes pela exclusividade, e por nosso infortúnio. Então instituímos penas e mais penas, impostos e impostos. Recairão sobre nós!  A culpa do operário ser quase indigente é do patrão, o malvado! Taxemos produtos supérfluos, importados. A culpa é do branco, que não quer deixar o negro entrar na Universidade. A culpa é do diabo, mas quem teria inventado Deus, se não o próprio diabo, o mortífero do tridente, o Hades do subterrâneo,  o carrasco da civilização?  Que cara apresentava o divino Sócrates, um biotipo fiel ao crime - um rosto horripilante cobrindo  uma alma ainda mais monstruosa, a ponto dela preferir abandonar seu próprio habitat precocemente? Viver para o sábio significava padecer da doença, de uma enfermidade por demais duradoura, insuportável. Por que não ingerir de uma vez a cicuta? Pobre Sócrates, quis partir à Eternidade, quando nela já se encontrava, justamente pela Eternidade nenhum tempo descartar, muito menos o breve tempo da vida de Sócrates.
Sócrates fez Athenas abandonar a trilha da virtude, da ética, em prol da dialética que instaurou. Sòcrates empurrou a cidadela ao declínio, ao gozo dos Trinta Tiranos. Sócrates empurrou o Ocidente ao declínío, para despencar da Acrópole e cair nos seus braços. Sócrates condenou a humanidade à longa enfermidade, na expectativa de arrumar a gigantesca companhia, o mais breve possível. O Império Romano mandou meio mundo, e se espatifou.. A tarefa se estendeu ao Bizantino e por fim o Florentino, ainda vigente, mas agonizando.  Sócrates foi um palhaço levado à sério. Tiririca seria um Sócrates?

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