quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Diretas, Já!

Internautas defendem voto nulo 
Revoltados com os políticos, alguns leitores defenderam o voto nulo nas eleições. É o caso de Olegario Silva. 'É difícil admitir, mas o voto nulo é a única arma constitucional que podemos utilizar para virar o jogo político em nosso país', diz Olegario, desiludido com os políticos.'Que vontade de rasgar o meu título de eleitor. Votar para quê?', completa Rubens Lima. O Globo, 5/2/2009
Ocorre que em nenhum país do mundo, seja comunista, fascista ou clonado, democrata, socialista ou travestido, há eleições diretas. A propalada festa da eleição, a tal "arma do voto" é uma metonímia, uma farsa monumental. A democracia está completamente subvertida em todos os lugares. A população é refém da classe política.
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TODA ELEIÇÃO É INDIRETA. Ninguém pratica a democracia  e sim   particracias . O fenômeno se dá pelo prosaico motivo: nenhum eleitor pode escolher em quem votar, exceto nas chapas apresentadas pelos caciques partidários com exercício vitalício. Ademais, há flagrantes indícios que os concorrentes já vem até combinados. Como se escolhe sparrings para lutadores de box. Entram na contenda apenas para legitimar o adversário. É o que acontecerá nas próximas, à Presidente, por isso o destacamento de uma inexpressiva funcionária para concorrer. Assim fica combinado um pouco pra ti, outro pouco pra mim, e tudo bem*. 
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Os homens do FHC são os homens do Lula. Geddel é um caso típico, era o homem de mais absoluta confiança do FHC e hoje é o homem do Lula. Não existe diferenças entre ex e atual presidente. Nada é mais igual que o PSDB do Fernando Henrique e o PT do Lula no governo.SIMON, Sen. Pedro, Terra Magazine, 16/2/2009..
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A maior prova que não é o povo coisa nenhuma que detém o poder, é a elevação do impostor nordestino à testa do salão superior do Congresso Nacional, eleito por seus pares mediante arranjos e destacamento de verbas orçamentárias. É de se recordar que o distinto mentor daquele plano cruzado que prostrou a Nação de joelhos, na lona, chegou no Senado "eleito" através de um estado nortista que jamais visitou, porque no próprio foi corrido a pau, pedras e cusparadas, pela torpeza no exercício ilegítimo de uma eleição indireta, levado à cabo pelo líder das diretas, que pagou com a própria vida a aventura. Ah, e não esquecendo de sua dileta filha, pego com a boca na botija de milhões de dólares, não nas cuecas, por se tratar de uma dama, mas sobre a mesa, como sobremesa, como convém às altas negociações.
Getúlio foi cognominado Pai dos Pobres e Mãe dos ricos. Para manipulá-los, criou respectivamente o PTB e o PSD, hegemônicos até a chegada do Homem da Vassoura.
Ora temos o PT e o PSDB. Nada mudou de lugar. Exceto o prosaico B.
Já é tempo de alguma Nação acordar. Nem precisa mais espetáculos pirotécnicos. A Internet mostrou sua força ao eleger um sujeito que nada tinha de quaker, e muito pouco de americano, posto ter nascido mais no oriente do que no ocidente, e com pais na África.
We can change. I hope!
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*O atual número da revista norte-americana Foreign Affairs traz 10 páginas de anúncio sobre o Brasil nos quais o princípio constitucional que veta a aparição de autoridades em publicidade oficial foi totalmente esquecido. Financiado pelo BNDES, Petrobras, Embratur e um grupo de entidades e empresas privadas, a propaganda traz fotos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Henrique Meirelles, mas tem como estrela a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apresentada como provável candidata às eleições presidenciais de 2010.
O texto lembra que Dilma também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras e cita frases da ministra sobre o programa de biocombustíveis do governo Lula. O titular da pasta de Minas e Energia, Edson Lobão, é a única outra autoridade federal a aparecer no anúncio, que fala de maneira extremamente elogiosa do ex-presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso.
Os bancos brasileiros são sólidos e lucrativos graças à estabilidade criada pelo antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso. De maio de 1993 a abril de 1994, FHC (como ele é conhecido) foi ministro da Fazenda do Brasil e introduziu o Plano Real para acabar com a hiperinflação. Embalado pelo sucesso de seu plano, ele foi eleito presidente em 1994 e reeleito quatro anos mais tarde. Cardoso foi sucedido em 2003 por Lula, que também foi reeleito; o mandato atual de Lula vai terminar em 2011”, diz a propaganda, apresentada em formato de reportagens sobre distintos temas com o título 'Brazil, um gigante acorda'.” (Cláudia Trevisan, Estadão, 5/2/2009)

Um comentário:

  1. O que você diz, pode ser fastio. Pode. Porque, pelo menos aqui, o voto pode fazer diferença. Pode. Se o exercício da própria vontade é coar(c)tado neste país, aí é outra estória. E pobrezim do Maiquel Felpa, fumou, apareceu, afundou!!! Argh, inda bem que sou Sulamericano. Hein???

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