quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Baleias & terremotos


Na Oceania. centena de baleias deu com os burros n'água
Pesquisadores tentam descobrir o que causa o suicídio coletivo.
Mais de 100 baleias morreram encalhadas em uma praia isolada da ilha Sul da Nova Zelândia, anunciou um funcionário do ministério de Proteção do Meio Ambiente. As baleias, 107 no total, foram encontradas em uma praia de Stewart Island, ao sul da ilha Sul da Nova Zelândia. Várias baleias já estavam mortas e 48 foram sacrificadas pela impossibilidade de levá-las de volta ao mar. (21/02/2011)
Por que as baleias encalham nas praias?
Notícias sobre baleias encalhadas são publicadas com certa freqüência. Mas por que elas encalham nas praias? Existem vários fatores que fazem as baleias encalharem. Problemas auditivos, neurológicos, doença, atropelamento de uma embarcação, prisão em uma rede de pesca são alguns deles. As baleias que encalham por problemas auditivos são aquelas que são atingidas por uma espécie de parasita que atrapalha a audição desses cetáceos. Eles geram um tipo de distúrbio no sistema labirinto dos animais, que acabam por perder a orientação encontrando as margens. (http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/fevereiro/107-baleias-morrem-encalhadas-no-litoral-da-nova)
Apenas 24 seguem vivos, segundo disse a porta-voz do departamento de Conservação da Nova Zelândia, Carolyn Smith, à agência de notícias australiana AAP. Os cetáceos, que receberam desde quarta-feira os cuidados dos voluntários, ficaram presos na praia remota de Spirits Bay, onde outras 101 baleias-piloto morreram em 2007.
Os cientistas não sabem explicar a razão que leva algumas espécies de baleias a morrer encalhadas nas praias, e especulam a possibilidade de elas serem atraídas pelos sons de grandes navios ou seguirem líderes de grupo desorientados por conta de doenças. “Antigamente, quando não se sabia que havia esse líder, dizia-se que a baleia ‘cometia suicídio’ – o animal era levado ao alto mar e acabava voltando à praia. Hoje se sabe que elas voltam chamadas por ele,” E é difícil descobrir qual baleia lidera o grupo e o que está errado com ela.
Uma hipótese controversa tenta explicar a freqüência de encalhes em lugares como a Nova Zelândia. Ela diz que os cetáceos se orientam pelo campo magnético terrestre, e onde suas linhas convergem e sofrem distorções, as baleias se confundem mais facilmente. As praias neozelandesas seriam um destes lugares. 
Com todo o respeito, tenho a impressão de que esses cientistas é que estão desorientados.  Os mais antigos, então, beiravam a sandice. Tencionar ler a mente das baleias é tão bizarro quanto dispor a metafísica deísta, ainda mais usando como parâmetro o modo como agem os líderes da humanidade, em geral psicopatas. Suicídio em massa das baleias parece-me uma hipótese tão estapafúrdia quanto supor que elas tivessem conhecimento da solução socrática.


A ciência, por outras palavras, é um sistema de relações. Portanto, só nas relações se deve procurar a objectividade: seria inútil procurá-las nos seres considerados isoladamente uns dos outros.  POINCARÉ, H. cit. ABBAGNANO: 100 
Trago-lhes coincidências, que podem ou não serem responsáveis, mas muito  provavelmente constituem a causa dessas baleias abandonarem às pressas seu habitat . OS ANIMAIS PODEM PREVER TERREMOTOS  Antes do encalhe coletivo aconteceu o forte tremor geológico:
Um terremoto de 6,3 graus de intensidade na escala Richter atingiu a Nova Zelândia nesta terça-feira (22), ainda noite de segunda-feira (21) em Brasília.  O tremor ocorreu a 6,7 km de profundidade, às 13h04 locais (21h04 em Brasília), segundo o USGS (serviço geológico americano), e que o epicentro foi a 10 km da cidade de Christchurch - já atingida por um forte tremor de 7 graus em setembro do ano passado. A cidade é a segunda maior do país. O órgão registrou, ainda, réplicas de 5,5 graus de intensidade na escala Richter, com profundidade de 5 km
Mas seria assim, desta feita, o encalhe apenas coincidente com o terremoto? Afinal, no Brasil encalham muitas baleias e por aqui não existe o fenômeno geológico. Bem, verifiquemos as condições e o histórico neozelandês. A Nova Zelândia é atravessada por uma falha geológica que marca o encontro subterrâneo da placa do Pacífico e da placa da Austrália. O choque de ambas produz cerca de 14.000 tremores ao ano, entre os quais apenas 10% são perceptíveis aos humanos, segundo o Instituto de Ciências Geológica e Nuclear, mas por certo uma percentagem maior às baleias. Quem sabe se nas costas brasileiras também haja tremores imperceptíveis? No Ceará, precisamente em Sobral, os sismógrafos assinalam alguma freqüência. 
Em agosto de 2010, apenas nove baleias em um grupo de 58 foram resgatadas de outra praia da Nova Zelândia, onde, em dezembro, morreram 126 animais que também ficaram encalhados.
Será que nestas duas ocasiões também houve terremotos? Bingo!
Wellington - Um terremoto de magnitude de 7 graus atingiu Christchurch, a segunda maior cidade da Nova Zelândia, na manhã de sábado (pelo horário local), causando destruição, segundo o Centro de Geologia dos Estados Unidos (USGS na sigla em inglês). A magnitude do abalo foi revisada para baixo duas vezes pelo USGS. Inicialmente, ela fora estimada em 7,4 e depois em 7,2.  3/09/2010
WELLINGTON, Nova Zelândia, 26 dez 2010 (AFP) -Uma série de réplicas de forte intensidade resultantes do terremoto da véspera na região atingiu a cidade neozelandesa de Christchurch neste domingo, cortando o fornecimento de eletricidade, danificando prédios e forçando a várias evacuações.
Mais algum registro? Verifiquemos se houve abalo sísmico anterior, "por volta da remota praia de Spirits Bay, onde outras 101 baleias-piloto morreram em 2007".
O Instituto de Ciências Geológica e Nuclear da Nova Zelândia informou que o maremoto ocorreu às 16h23 (2h23 de Brasília) e que seu epicentro foi localizado a 12 quilômetros de profundidade. O diretor do Ministério de Defesa Civil e Gestão de Emergências da Nova Zelândia, John Hamilton, disse à imprensa que o país não corre riscos e que houve pessoas no exterior fizeram alguma confusão “entre as Ilhas Auckland e a cidade de Auckland”.“O terremoto ocorreu 475 quilômetros ao sul da Nova Zelândia e não causou danos” ao país, disse Hamilton à rádio neozelandesa. (1/10/2007)
Outra coincidência?
No final de 2009, os 126 animais encalhados em outra praia morreram asfixiados.
Os cientistas não sabem explicar a razão que leva algumas espécies de baleias a morrer encalhadas nas praias, e especulam a possibilidade de elas serem atraídas pelos sons de grandes navios ou seguirem líderes de grupo desorientados por conta de doenças.
Um forte terremoto na Nova Zelândia provocou uma deformação em uma das ilhas do país que a aproximou da Austrália em 35 centímetros, segundo um centro de pesquisas do governo neozelandês.O centro GEO Science registrou um terremoto de 7,8 graus no sudoeste da Nova Zelândia – o mais forte em 80 anos no país. Os cientistas neozelandeses afirmam que foi o tremor de terra mais forte do mundo neste ano, até o momento.
 Então é isso. Si non é vero, non é bene trovato?.
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Entre o passado e o futuro

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Ao caminhar o viandante coloca um pé no futuro. O outro fica no passado. Seu corpo faz o presente. O viaduto une as duas margens, ao mesmo tempo. Era o que preconizava Nietzsche: o ser como uma ponte. Assim se vê a eternidade. E assim caminha a humanidade.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dois milênios em xeque

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O úlimo faraó foi derrotado pelos persas (343 a.C). Posteriormente, o Egito foi conquistado pelos gregos e, em seguida, pelos romanos, num total de mais de dois mil anos de controle estrangeiro.
Na verdade, a política não mudou desde a sua invenção pelos gregos.
GALSTON, Willian, Brookings Institution, e ex-assessor da Casa Branca.
A catarse se apresenta faraônica. Impossível  detê-la, muito menos condensá-la. Ao contrário do pleito marxista, ela não acontece por força do sabre, e sim do saber  É expansiva, não restritiva. Guerra sem fronteiras.
Agora não tem mais volta. No Oriente Médio, na escola, nas diretorias de comunicação das grandes empresas, aqui na esquina. Afinal, estamos em plena revolução. Luis Cavesan, Folha de São Paulo, 19/02/2011
Vero.
O estilo de vida Web muda a natureza da relação entre empresas e clientes, e entre governos e cidadãos. Em última análise, põe o consumidor-cidadão no comando da relação. GATES, B., A empresa na velocidade do pensamento: 136.
Nesses primórdios irão os impostores árabes, estacionados por volta do século IV, calculo*. Em seguida, os oportunistas remanecentes da década dos gangsters. Ao cabo não veremos sequer os mais adoçados - os vigaristas democráticos, religiosos, e os parcos surfistas da enchente anterior. O mais exibido se safou abrigado no Mar do Caribe, parasíso dos piratas.. De lá só saíram seus arroubos:
A via que escolhi é a guerrilha que devemos desencadear nos campos e através da qual me integrarei definitivamente à Revolução Latino-americana. A guerrilha é, para mim, a única maneira de unir revolucionários brasileiros e de levar nosso povo ao poder. Como comunista, estou convencido de que meu gesto servirá ao menos para mostrar que comportamento revolucionário deve ter. CASTRO, FIDEL, cit. ALVES, MÁRCIO MOREIRA, 68 Mudou o Mundo: 30
Ora João Bafo-de-onça se atemoriza, e abana por salva-vidas.  
Se alcançamos que os intelectuais compreendam o risco que estamos vivendo neste momento, em que a resposta não pode ser adiada, talvez consigam persuadir as criaturas mais auto-suficientes e incapazes que já existiram: nós, os políticos. Não se trata de salvar a humanidade em termos de séculos ou de milênios: é preciso começar já a salvar a humanidade. (Idem, apelando ao salvador, 16/2/2011)
 Nietzsche já esperava sua capitulação, comandante:
O homem só muito lentamente descobre como o mundo é infinitamente complicado. Primeiramente ele o imagina totalmente simples, tão superficial como ele próprio.  (O livro do filosofo: 41)
O desinformado pessoal sulino ainda confia no seu taco, comandante, vê se pode: 
A revista britânica The Economist, em um editorial publicado na edição desta semana, cobra uma nova postura do governo brasileiro em relação a Cuba e Venezuela, de denúncia dos que 'usam o antiamericanismo como um pretexto para o autoritarismo'. BBC-Brasil, 24/4/2009
Eis a esdrúxula resposta enviada por nossa "chancelaria":
O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, pediu neste sábado ao FMI (Fundo Monetário Internacional) que reintegre Cuba como Estado membro. Chegou a hora de 'abrir as portas' à ilha.  Folha de São Paulo, 25/4/2009
Sábado? Haveria algum porteiro no FMI para receber o reclame do contador  elevado a ministro de  relações internacionais? Possuiria S.Exa.as credenciais pertinentes? Para ministro da Fazenda com certeza não. Contrariu sensu estaria monitorando as calamitosas contas públicas brasileiras, em vez  de servir de garoto de recado à ONU,  isto é, à imprensa internacional. Não é "hora de abrir as portas à grande ilha", porque sem serventia. Ela mantém a cortina de ferro, impedindo a saída do pessoal que ela diz o mais feliz do mundo. A hora é para a própria "grande ilha" "abrir as portas", no mínimo para salvar os restantes náufragos: 
No somos animales de circo, ¿no? Que nos conformamos con instrucción primaria y quizás con un poco de alimento. Queremos más. Queremos libertad. Necesitamos expresarnos asociarnos— y para eso es importantísima la solidaridad internacional. No nos dejen abandonados, no nos dejen solos, porque solos no podemos.(Yoani Sánchez para o Oslo Freedom Forum, 2010) (Vídeo no fim)
Mas o senhor não é Rapunzel,. comandante Fidel, para ser seduzida, nem Madalena para estar arrependida. Bastava o senhor abrir a janela da torre, comandante, e ver a matriz no que restou. São pilhas e pilhas de palimpsestos que elevam a aprazível babel  na qual o senhor é dos últimos inquilinos: 
O grego e o romano, capazes de imaginar a cidade que triunfa da dispersão campesina, detiveram-se nos muros urbanos. Houve quem quis levar as mentes greco-romanas mais além, quem tentou libertá-las da cidade; mas foi vão empenho. A escuridão imaginativa do romano, representada por Bruto, encarregou-se de assassinar César - a maior fantasia da antigüidade  GASSET, Ortega Y, Rebelião das Massas.-.
Toda a política dos filósofos se resume em por a onipotência do Estado ao serviço da infalibilidade da razão, a fazer da razão da razão pura uma nova razão de Estado. SOREL, Alberto, L'Europe et la Revolution Française, T.I, Cap.II, cit. em PRELOT, Marcel, Vol. II: 293
Os cientistas políticos geralmente dão a impressão de estarem inclinados a considerar a política como uma espécie de técnica, comparável à engenharia, digamos, envolvendo a idéia de que as pessoas deveria ser tratadas pelos cientistas políticos mais ou menos da mesma forma com que os engenheiros lidam com máquinas e fábricas. A concepção engenheira da ciência política tem pouco ou nada em comum com a causa da liberdade individual. ( LEONI, B., A Liberdade e a Lei: 19)
Foram  esses projetistas pelos quais o senhor quase na hora da morte amém implora  que elaboraram a free-way ao além, o cruzeiro da insensatez, brete que bipolarizou sua mente ainda antes do senhor descer das árvores de Sierra Maestra.
Fidel teria se declarado fascista. Era 'comunista' porque era anti-americano. Era um grande admirador do General Franco e em 75, na morte do ditador espanhol, decretou uma semana de luto oficial em Cuba.(LUKÁCS, JOHN, O Fim do Século 20: 47),
Tanto faz. Ambos são gêmeos platônicos. “O leninismo pode ser contemplado à luz do seu desenvolvimento como o primeiro movimento fascista do século 20.” (O Estado de São Paulo, 18/6/1995: A19)  O senhor faz pic-nic à beira do precipício:
Enquanto no início do século muitos acreditavam que o progresso e o desenvolvimento dentro da sociedade deveriam ser obtidos à custa de estrita e opressiva arregimentação política, o colapso do fascismo, seguido mais tarde pelo desaparecimento da chamada Cortina de Ferro, revelou que o projeto era inviável. Foi mais uma lição da história provando que a ordem imposta pela força tem vida curta. (DALAI LAMA, Sua Santidade o Dalai Lama: 186). 
Eis a tocha que acendeu o Farol de Alexandria  e todas as pirações do mundo, em revezamento:
Quem se der conta com clareza de como depois de Sócrates, o mistagogo da ciência, uma escola de filósofos sucede filosófica sucede a outra, qual onda após onda, de como uma universalidade jamais pressentida de avidez de saber, no mais remoto âmbito do mundo civilizado, e enquanto efetivo dever para com todo homem altamente capacitado, conduziu a ciência ao alto-mar, de onde nunca mais, desde então, ela pode ser inteiramente afugentada, de como através dessa universalidade uma rede conjunta de pensamentos é estendida pela primeira vez sobre o conjunto do globo terráqueo, com vistas mesmo ao estabelecimento de leis para todo um sistema solar; quem tiver tudo isso presente, junto com o assombrosamente altas pirâmide do saber hodierno, não poderá deixar de enxergar em Sócrates um ponto de inflexão e um vértice da assim chamada história universal. NIETZSCHE, F., Nascimento da Tragédia:: 92
Seu tipo guerreiro, justiceiro, sua forma de conquista e manutenção de poder é por demais conhecida!
A única forma de constituir um poder comum, capaz de defender a comunidade das invasões dos estrangeiros e das injúrias dos próprios comuneiros, garantindo-lhes assim uma segurança suficiente para que, mediante seu próprio trabalho e graças aos frutos da terra, possam alimentar-se e viver satisfeitos, é conferir toda a força e poder a um homem, ou a uma assembléia de homens, que possa reduzir suas diversas vontades, por pluralidade de votos, a uma só vontade. (...) Esta é a geração daquele enorme Leviatã, ou antes - com toda reverência - daquele deus mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa. HOBBES, T, The Leviathan, cap. 17.
Isso foi na Inglaterra, por volta de 1650! E foi revogado, desmanchado seu sofisma, antes de findar aquele século.
Poder despótico é aquele possuído por um homem, facultando-lhe o direito sobre a vida de outro sempre que lhe aprouver [no caso atual, sobre o patrimônio] e o exercício de poder além dos seus direitos em benefício próprio. Por ser injusto e ilegal, não é amoral opor-se a ele. LOCKE, John, Segundo tratado sobre o governo civil. - São Paulo:, Coleção Os Pensadores, Abril cultural, 1973.
A tremenda luz do farol, contudo, sofreu a distorção  entre as brumas do Canal.
A trapaça, a má-fé e a duplicidade são, infelizmente, o caráter predominante da maioria dos homens que governam as nações. ( Frederico II   cit. CHALLITA: 156.)
O alerta do rei iluminista veio a tempo de elidir a catarse francesa, mas não foi forte para arrefecer o impeto socrático e a tecnologia platônica. Seu hóspede sabia disso:
Na Grécia, berço das artes e dos erros e onde se levou tão longe a grandeza e a estupidez do espírito humano, raciocinavam sobre a alma como nós. VOLTAIRE, «13.ª carta», Cartas Filosóficas.
Vamos à fonte, então. Apreciemos o depoimento do festejado repórter da cidadela :
A alma . . . se ela partir pura, não arrastando consigo nada do corpo, . . . parte para o que é como ela mesma, para o invisível, divino, imortal e sábio, e quando chega ali, ela é feliz, liberta do erro, e da tolice, e do medo . . . e de todos os outros males humanos, e . . . vive em verdade por todo o porvir com os deuses. PLATÃO. Phaedo (Fédon), 80, D, E; 81, A.
Somente o genuíno platônico habitante da caverna para se encantar com a estória de Orfeu! Mas Constantino pode bem reaproveitar o protótipo, trocando uma peça desprezada na ocasião. Tornou-o mais enxuto, mais palatável, talvez mais coerente, substituindo a lenda de Hades por um acontecimento terreno, o cruxificado rejeitado por Platão. Florença revigorou o motivo, para até hoje reis e políticos dançarem a Chula, cada qual a seu modo, se canhoto ou direito, mas todos usando a linha mestra para balizar e justificar seus passos e ações, assim enchendo a platéia de emoção! Ora cada dia mais gente percebe a plasticidade da massa recortada e alinhada pelo pastifício florentino, perfeita para ser enrolada. 
Tudo depende, portanto, de se fazer com que os súditos acreditem que o governo é bom e justo, e de os cidadãos sentirem-se felizes em obedecer às suas ordens - daí todo conjunto de medidas draconianas, aniquiladoras de toda liberdade de pensamento, sugeridas por Platão tanto na República quanto nas Leis, a fim de produzir e conservar nos súditos essa crença. KELSEN, H.: 501
Por isso o físico nuclear Richard Feynman (O significado de tudo: reflexões de um cidadão cientista, p. 14) alertava, de antemão: “Não há praticamente nada do que vou dizer esta noite que não pudesse já ter sido dito pelos filósofos do século XVII”.
Para encerrá-las, o pesquisador de Los Alamos trocava o “vou dizer” por “eu disse“; e praticamente repetia as concepções de Locke e Smith:
Nenhum governo tem o direito de decidir sobre a verdade dos princípios científicos nem de prescrever de algum modo o caráter das questões a investigar. Também nenhum governo pode determinar o valor estético da criação artística nem limitar as formas de expressão artística ou literária. Nem deve pronunciar-se sobre a validade de doutrinas econômicas, históricas, religiosas ou filosóficas. Em vez disso, tem para com os cidadãos o dever de manter a liberdade, de deixar os cidadãos contribuírem para a continuação da aventura e do desenvolvimento da raça humana. Obrigado.
Semi-analfabetos, contudo, porém mais do que isso,  comandante, o senhor e sua grei espalhada alhures permanecem ignorando os avisos aos navegantes.
"Todo o mundo sabe que Einstein fez algo assombroso, mas poucos sabem, ao certo, o que foi que ele fez."  (O maior cientista do Século XX: o Homem e o gênio; in TRATTNERr: 112 )
A noção de que aquele que pensa (o Ego) está, pelo menos em princípio, completamente separado e independente da realidade que ele está pensando é algo que está solidamente embutido em toda nossa tradição. BOHM, D., Totalidade e ordem implicada: 11
Seu supremo desprezo às massas aparece aqui e ali, em frases como 'um rebanho de ovelhas de cabeça vazia e em sua crença, freqüentemente expressada, de que a humanidade em massa é indolente, covarde, feminina, emotiva e incapaz de pensamento racional. Por isso, jamais ocorreria às vastas massas suspeitar de uma mentira tão grande e elas seriam perfeitamente incapazes de crer que alguém pudesse ter o infernal descaramento de perverter a verdade a tal ponto ', DOWNS, R., 151, abordando o estilo nazista,
Mientras continúa el fértil debate para dilucidar los entuertos propios del 'síndrome de Hobbes' en relación a los bienes públicos, los free-riders, las externalidades, el dilema del prisionero, las confusiones en torno a la 'tragedia de los anticomunes' y, en el contexto de la asimetría de la información, la selección adversa y el riesgo moral, mientras esto tiene lugar decimos, es menester buscar sa17lidas al atolladero en el que estamos si no queremos correr el riesgo de que todo termine abruptamente en el Gulag. Alberto Benegas Lynch, 17/2/2011
A cor do? - Paulo Betto Meirelles
Acorda
A corda está prestes a arrebentar

Ontem nó

Agora enforca

Acordou o seu mundo

Em um acorde perfeito

A cor da coragem

É fragilidade em seu peito

A corda é da cor do defeito

Que é fazer da cor

Um limite entre nós.
"É cada vez mais claro que uma revolução filosófica se encontra em marcha. Um sistema abrangente está se desenvolvendo com rapidez, como uma árvore que começa a dar frutos em todos os seus galhos ao mesmo tempo. (MASLOW, cit. FERGUNSON, M.: 54)
"Essa nova civilização tem sua própria e distinta concepção de mundo, maneiras próprias de lidar com o tempo, o espaço, a lógica e a relação de causa e efeito." (ORMEROD, 1996: 194).
"O exercício do poder está mudando do estado para o indivíduo. De vertical para horizontal. Da hierarquia para as redes." (NAISBITT, J., Paradoxo Global: 50)
Palmas para o liberalismo que consegue, em pleno século XXI, seduzir com os seus ideais as grandes massas dos países que ficaram por fora das reformas ensejadas no Ocidente pelos seguidores de Locke, Tocqueville e Adam Smith. Os ideais liberais superaram a prova da história, não ocorrendo assim com os ideais totalitários de Marx e quejandos. FARAÓS, CALIFAS, MULÁS, SOVIETES E MANDARINS
”A Tunísia foi a força que empurrou o Egito. O Egito será a força que vai empurrar o mundo”, disse Walid Rachid, um dos membros do movimento Juventude Seis de Abril, que ajudou a organizar os protestos contra Mubarak.
"No Egito e no mundo árabe não há agora nenhuma razão para se aplicarem os princípios ocidentais" Financial Times
A locomotiva nacional parece que sintonizou a frequência da Nav's ALL:
Na escola me ensinaram que a História começava no Egito e terminava no século 20, 3 mil ou 4 mil anos depois. Demorei para descobrir que essa História de um pequeno subgrupo de Homo sapiens, influenciada pela tradição judaico-cristã, descreve as ultimas páginas do último capítulo de um longo livro.  Fernando Reinach, Estadão, 3/3/2011
Com certeza.
Deve ser sido por demais saboroso o dolce far niente, a vida inteira no palácio da paradisíaca ilha caribenha, recebendo visitas famosas, e celebrações à granel, sem a menor contestação de quem quer que seja. Foi fácil manter um plantel imenso em torno de si, em regime semiespartano, apolíneo, o qual  lhe retribuia com centenas de medalhas olímpicas. .
O homem mau sente-se bem
Até quando o mal não der frutos.
Mas quando o mal frutificar,
o mau sim, o mal sentirá.

DARMAPADA: 66
O senhor deve estar com suas já escassas barbas de molho, e os afilhados também, com certeza. O nosso leva suas abalizadas sugestões.:
Lula vai ser recebido em Caracas, Havana e Manágua como um Bolívar de Garanhuns. Os compañeros vão vestir a guayabera de gala e ouvir seus sábios conselhos econômicos - para que façam os cortes orçamentários que Dilma está fazendo - e políticos - para que deem uma afrouxada para não serem mubarakados. MOTTA, N., O Bolívar de Garanhuns, Estadão, 18/2/2011,

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* Mais uma vez a Nav's ALL oferece o futuro de presente
Cumpre-se, assim, a profecia: a revolta que começou na Tunísia, destronou Mubarak no Egito, está encerrando a era Gaddafi na Líbia e tem focos em outros países da região veio para valer. O mundo árabe já não é mais o mesmo. (CATANHEDE, E.,O Brasil e a Líbia. Estadão, 23/02/2011
Que bonito seria pensar que o Oriente Médio poderia, sem grandes convulsões nem derramamento de sangue, mover-se para algo parecido ao Extremo Oriente, politicamente estável, abundantemente próspero. Esse dia poderia chegar, mas, se eu fosse jogador (e sou) apostaria claramente no contrário. A região árabe está mergulhada em um período de turbulências e o Ocidente talvez não escape de suas muitas e não planejadas consequências.: "Não pergunte por quem dobram os sinos, porque eles podem tocar por você. KENNEDY, Paul, jornal El País, 24/2/2011, 
Cuba, que es el cerebro del grupo y el faro ideológico, ha reconocido el fracaso de su sistema colectivista y trata de reemplazarlo por algo que llaman en la Isla el “modelo vietnamita”. Hugo Chávez ha perdido influencia en América Latina y, especialmente, en la propia Venezuela. La popularidad de Evo Morales en Bolivia cayó estrepitosamente tras su fallido intento de subir el precio de la gasolina. El pueblo se lanzó a las calles y el gobierno se vio obligado a revocar el decreto.En Ecuador aumenta la resistencia frente a Rafael Correa ante su desmedido apetito de poder. MONTANER, C.A., Firmas Press, 1/3/2011.

A Revolução Faraônica




domingo, 13 de fevereiro de 2011

Egito reedita a Gloriosa

O Cairo exulta, vizinhos se assanham, e a festa repercute pelo mundo afora. "Fim da ditadura de trinta anos!"  Na  vista do ALLmirante, contudo, a foto é bem mais ampla, assinalando um estado de exceção dez vezes maior.
A celebração desses trinta sobrepuja as festividades pela implosão soviética, que demorou o dobro,  e caiu por inanição,  A egípcia é por emoção.  Mais concentrada, e acompanhada no  tempo real,  em contagem regressiva,  a surpresa encanta como a tocha olímpica, apta para acender todos os candieiros do caminho.  Se fosse para comparar o espetáculo escolheria o desfecho do Dia D, o dia do Direito do cidadão,  quando o mundo livre resgatou a Cidade-Luz do apagão. O curioso, desta ,feita, é dar-se ao contrário - os libertadores vem subjugando os descendentes dos faraós, começando com o saqueador Napoleão, daí às mãos britânicas, e  por fim, norteamericanas.
A breve invasão francesa do Egito em 1798, chefiada por Napoleão Bonaparte, resultou num grande impacto no país e em sua cultura. Os egípcios foram expostos aos princípios da Revolução Francesa 
O delírio napoleónico, que então contagiou muitos espíritos, apoderou-se do dele no sentido de reconstruir em seu proveito o califado dos Fatimitas, e para isto não só intentou dar ao Egito os benefícios de uma civilização à ocidental, reformando sua economia, seu ensino e suas instituições militares, como estendeu pela conquista os domínios de sua administração, incorporando já o Alto Nilo, já a Síria, que seu filho Ibrahim invadiu em 1831, apoderando-se das principais praças, batendo as tropas do sultão e marchando sobre Constantinopla. OLIVEIRA LIMA – O ESPÍRITO LIBERAL E O ESPÍRITO CONSERVADOR. A EUROPA DE 1820 A 1848
Os baluartes "democráticos" também pleitearam pela renúncia do ancião egípcio,  porém na  esperança de substituí-lo por algum grupo, igualmente de sua confiança,  "O príncipe moderno só pode ser uma organização", recomendava Gramsci,. O exército postado à beira do campo agora toma conta do salão, encorajando-se a expulsar a platéia. Dificilmente logrará sorte se cometer os mesmos excessos da expressão que substitui. A quem suponha sua manutenção,  o monitor acusa ledo engano. O corte epistemólógico árabe remonta no mínimo para  um zero a mais - 300 anos! - tentado primeiramente no Irã,.  Por carência de cultura pintaram os tais aiatolás para atolarem a região num buraco de seis metros de fundura, num radicalismo ainda mais absurdo do que lama vencida.
O remédio não está em nenhum cataclisma heróico, mas nos esforços individuais em direção a uma visão mais sã e equilibrada de nossas relações com nossos vizinhos e com o mundo. É na inteligência, cada vez mais disseminada, que devemos buscar a solução das doenças de que nosso mundo sofre. RUSSELL, Bertrand., Ensaios céticos: 53
O Egito sacode a poeira para dar a volta por cima.
É cada vez mais claro que uma revolução filosófica se encontra em marcha. Um sistema abrangente está se desenvolvendo com rapidez, como uma árvore que começa a dar frutos em todos os seus galhos ao mesmo tempo. MASLOW, cit. FERGUNSON, M.: 54
O começo do fim-da-picada
Tirante lapsos, o Ocidente vem se mantendo na pauta renascentista-decadente de Maquiavel, Descartes & Hobbes, em desempenho sofrível. Não poucos relembram a lavratura do primeiro quarto do século XX, véspera do descalabro mundial,. Spengler vaticinava o "declínio do ocidente". De fato precipítou-se a insanidade,  mas  a. Inglaterra resgataria novamente a Europa do res do chão, onde não mais era pisoteada no galope do cavalo branco, mas no passo-de-ganso parece ter cooptada, capturada pelas forças retrógadas já vencidas, abandonadas desde o advento da Royal Society. O país avesso à pregação positivista e amante do entendimento agora se põe a tentar o controle da informação, erro cometido por Cromwell & jaimes. Eis o resgate do pecado mortal,  macête redimido por John Locke na formulação da Tábula Rasa. A santa sé aliada julga poder manter o controle mercê de um exército infinitamente maior, prática milenar, e principalmente pela adoção da salvaguarda roussoniana, naquela ocasião desconhecida. Uma vez deflagrada a entropia,  entretanto, não há estagnação, muito menos retrocesso, por isso a certeza de Fergunson.. Aquela Inglaterra derrubou a ditadura de um exército que lhe era muito superior, porquanto encorpado pelo resto do mundo no proselitismo da fé, na paixão, naquilo que hoje conhecemos como radicalismo religioso. do coturno nazi-fascista.  A formidável esquadra iluminista, contudo,
O mundo clássico estava aliás em decadência: esta foi apenas apressada pelas invasões bárbaras e pelo cristianismo. O império eclesiástico, tomando o lugar do império político, impediu que a cultura se apagasse à míngua de combustível. A Igreja substituiu-se ao império na sua função histórica, tendo-lhe este facilitado a ação graças à unidade administrativa que dera à aglomeração de cidades e de pequenos Estados formando a república romana. HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO MEDIEVAL
A Revolução Gloriosa, logrou o retumbante êxito exatamente por não se efetivar na arena dos gladiadores, na medição de forças em campos de batalha.
Não foram nem Montaigne, nem Locke, nem Bayle, nem Spinoza, nem Hobbes, nem Lorde Shaftesbury, nem o Senhor Collins, nem o Senhor Tolland, etc., que trouxeram à pátria o facho da discórdia; foram, na maioria das vezes, os teólogos que, tendo primeiramente tido a ambição de serem chefes de seita, bem depressa ambicionaram ser chefes de partido. Que digo! todos os livros dos filósofos modernos em conjunto não farão tanto barulho no mundo quanto outrora a disputa dos Franciscanos sobre a forma da manga e do capucho. VOLTAIRE, «13.ª carta», Cartas Filosóficas, Lisboa, Editorial Fragmentos, 1993: 55
Pela mesma causa o country dispensou o banquete republicano, preferindo dividir a propriedade de modo individualizado, exatamente ao contrário do coletivo, do público, da república genuinamente romana,, bandeira que Lenin levou ao Everest. Esta consciência, ou preconsciência, foi  disseminada  com o maior  júbilo, contagiando  de imediato as mentes iluministas  "como uma árvore que começa a dar frutos em todos os seu galhos ao mesmo tempo", fenômeno que atingiu até mesmo  recalcitrantes em seu núcleo primordial,. Resignado a se retirar, o Vaticano reprisou o dèbacle do Império Romano, o qual sucedeu.
A redenção
Há quem tema a porta aberta ao equivalente radicalismo,  reprise iraniana.. Se fosse para  esta vingar já  teria acontecido.  Os "moderados" reiteram a iminência do acordo, de uma composição com o monstro, ao  molde da democracia que se vem praticando, maquiavélica desde a Francesa.
"Os grupos políticos apoiam ElBaradei para negociar com o regime", disse Essam el-Eryan à rede de televisão Al-Jazira. A Irmandade Muçulmana é a principal força política de oposição no Egito, enquanto ElBaradei é a mais proeminente figura pró-democracia do país.
Nem assim. O movimento não é de cúpula, tampouco de equilíbrio de forças,  nem a massa está sendo dirigida, para ser objeto de negociação. Os egípcios estão a exigir a mudança do script, não dos atores, E digo mais: embora se proliferem capachos, e de montão, literalmente, ao beijarem perfilados os pés da excelência viandante,  a nova geração vem equipada com informações cruxiais, decisivas, completamente diversa da geração anterior, a qual  calculo já distante cerca de 500 anos.
Nas estações mais remotas, (e até recentemente), as informações eram guardadas como ouro. Poucos, muito poucos  tinham acesso à instrução. No naufrágio do Império Romano a  valiosa arca deu nas costas bizantinas, assim mantendo o império, embora mudasse a capital. Antes de cair a cândida Constantinopla. o tesouro foi contrabandeado de volta à bota, à espiritualista Florença.
Aí está a fera que, com sua afiada cauda, trespassa as montanhas e derruba as muralhas e as armas; aí está a que corrompe o mundo inteiro. ALIGHIERI, Dante, A divina comédia: 63
Mas quantas voltas deu o mundo depois disso?
Contemporaneamente o mito vai se identificando com a ideologia política: é que o processo mitológico sempre coloca suas crenças a serviço de uma ideologia. Barthes, coincidindo com este entendimento, afirma que através do mito consegue-se transformar a história em ideologia. WARAT, Luiz Alberto, Mitos e Teorias na Interpretação da Lei: 128
Ah tá, Porém, cruzamos Nova Era, sem a menor dúvida. Isso decide:
Essa nova civilização tem sua própria e distinta concepção de mundo, maneiras próprias de lidar com o tempo, o espaço, a lógica e a relação de causa e efeito. ORMEROD, P., 1996: 194
As notícias mais alvissareiras e também muitas denúncias chegam pelos átomos internéticos a todo mundo, da capital ao interior mais remoto, instantâneamente,  invisíveis ao todo, mas com um efeito nuclear jamais cogitado. Alguém pode culpar algum filósofo pela falta do deslumbramento, tão significativa lacuna? Com certeza. O que faziam aqueles que se punham a formular desenhos nas nuvens?
Durante longo tempo o ideal do conhecimento científico foi aquele que Laplace havia formulado com sua idéia de universo totalmente determinista e mecanicista. Segundo ele, uma inteligência excepcional dotada de uma capacidade sensorial, intelectual e computacional suficiente poderia determinar qualquer momento do passado e qualquer momento do futuro. É essa visão pueril e talvez louca do mundo que está prestes a desmoronar, mas ela ainda reina, e efetivamente excluiu todo o problema da reflexividade. MORIN, Edgar 2000: : 32
Outro, não menos importante, é o de pensar a modernidade. Porque esta não é um momento datado da história, definindo uma época. É o nome de uma ruptura, de uma crise relativamente à tradição. Estamos diante de uma nova episteme: da indeterminação, da descontinuidade, do deslocamento, do pluralismo (teórico e ético), da proliferação dos projetos e modelos, da ampliação de todas as perspectivas e do tempo da criatividade. JAPIASSÚ, H., Nascimento e morte das ciências humanas: 10
A amplitude 
Isto faz dos seres vivos elementos numa vasta rede de inter-relações que abarca a bioesfera de nosso planeta – que em si mesma é um elemento interligado dentro das conexões mais amplas do campo psi que se estende pelo cosmos. (LASZLO: 198 )
De plano arrisco a pleno. Assim como a Revolução Gloriosa libertou a humanidade do subjogo despótico, esta revolução tem potencial para acabar não só com os 300 anos de subserviência aos estrangeiros, mas com a ilusão produzida pelo magnífico farol de Alexandria, sinal que induziu o Oriente Médio ao rumo das Colunas de Hércules, isso distante dois milênios, longe sim, porque consequência imediata da boa técnica que levou ao triunfo os Trinta Tiranos de Athenas.  O Egito por lá ficou atolado. Adaptóu-se, e acomodou as nações que lhe rodeiam.
Tudo depende, portanto, de se fazer com que os súditos acreditem que o governo é bom e justo, e de os cidadãos sentirem-se felizes em obedecer às suas ordens - daí todo conjunto de medidas draconianas, aniquiladoras de toda liberdade de pensamento, sugeridas por Platão tanto na República quanto nas Leis, a fim de produzir e conservar nos súditos essa crença. KELSEN, H.: 501
O protesto contra o ocidente, "morada dos depravados", já sabemos que é só "para inglês ver", A tacada vale dois coelhos: latindo evita qualquer tentativa de desembarque da Royal Navy, e seus aliados, ao tempo em que mostra ao próprio povo a certeza do seu poderio. E o povo que não se bobeie com as tentações do Demônio,  este que adora enxergar os rostos de todo mundo, até em público, o sem-vergonha! ´O que Belzebú pretende é uma colônia global de nudismo! .
Os governantes promovem essas hipócritas manifestações anti-ocidentais e o povo embarca ingênuo, ignorante  das informações à cerca de sua própria cultura, quiçá pioneira. A hipocrisia pode ser curada com maiores e melhores informações. E agora a gurizada recebe niágaras de informações, de todos os quadrantes e tempos. Num click ela fica sabendo de onde veio, e isto por lá ganha ponderação acentuada, Embora a gente denote a capacidade, o esforço, a arte, o conhecimento, até a eternidade, mesmo, porque vai ser difícil desaparecer tamanha solidez, e também o enigma, por que não,  além de excepcional  atrativo ao turismo, e à curiosidade em geral, os mais jovens tendem a considerar o grande feito de seus ancestrais o mais inútil do mundo, levado à cabo apenas por capricho dos exóticos megalomaníacos faraós, desaparecidos dinossauros.
A XXX Dinastia foi a última de origem nativa a governar o país durante a era dos faraós. O último faraó nativo, Nectanebo II, foi derrotado pelos persas aqueménidas343 a.C. Posteriormente, o Egito foi conquistado pelos gregos e, em seguida, pelos romanos, num total de mais de dois mil anos de controle estrangeiro.
Mercê de intempéries, e também pela expectativa, às vezes exagerada, quando então se vê o desenho que quer na posição das estrelas ou nas nuvens, ou um oásis distante do Nilo, é mais fácil a gente se enganar,  mas o vulto divisado à bordo da Nav's ALL sugere o par de milênios em, revolução ainda mais abrangente do que a Gloriosa, ao quilate  faraônico .
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* Mr. OBAMA por certo captou a frequência e admite a certeza do radar de proa da Nav's ALL   "Segundo o líder americano, uma nova e vibrante geração está pedindo por mudanças no Oriente Médio, e os governos da região precisam reconhecer a “fome de mudança” de suas populações." (BBC-Brasil, 15/2/2011)
Aviso ao navegante: A "fome de mudança" pode virar contra si. Não se meta. Pela sua não-ação, tudo pode e até deve ser feito. Ficará melhor para todos, nclusive à sua pátria, que também precisa, e muito, modernizar-se, 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O caso Assange, ocaso britânico.

 
Se o governo se exceder ou abusar da autoridade explicitamente outorgada pelo contrato político torna-se tirânico e o povo tem então o direito de dissolvê-lo ou se rebelar contra ele e derrubá-lo.
LOCKE, J., Second treatise of civil government: 184
JOHN LOCKE resgatou o princípio hobbesiano responsável pela quebra do quadril do Rei Divino e pelo script  à  òpera bufa protagonizada pelo Lord Protector 
Numa repetição das ações do rei deposto que haviam contribuído para a guerra civil, Cromwell dissolveu o parlamento republicano em 1653 e tomou o controle do Estado, como Lorde Protetor perpétuo.
Como o deus-terreno Leviathan logo vira tan tan,  no caso e seguidamente alhures, o médico iluminista tratou de arrefecer o intuito plenipotenciário original. Seria injustificável repetir capítulos de Rei Divino, já devidamente superado pelo Lord, ou do deus prêt-à-porter, na performance do intrépido Protector,  encarnação de vida efêmera..“A doutrina do Estado de Hobbes é a mesma doutrina do Estado totalitário contemporâneo.” (VIATOUX, J. cit. PRELOT, Marcel, vol II: 263)
O Segundo Tratado Sobre O Governo Civil  revogou o precedente, fincando a primeira democracia do mundo, com a salvaguarda da aristocracia dirigi-la. porque a massa lhe amassa. LOCKE deu a conhecer o direito do cidadão. Consagrou a propriedade privada, ao invés de ser tudo do Rei -  nada mais socialista, ou socializante - , plano integrado que viabilizou a Revolução Gloriosa, cuja pólvora não disparada fez a Inglaterra disparar anos-luz à frente dos continentais,  reunidos! Esta notícia, quiçá por meio velha, não recebe mais a ribalta. Talvez tenha se perdido pelas mãos atrapalhadas de um desses mais românticos aprendizes que no country tem despontado. Dou-lhes a saber: esta obra lhes garante, até hoje, a permanência incólume a qualquer  prêt-à-porter, doméstico ou estrangeiro. Bem diverge da vizinha, no  sarcasmo de Hitler a Vaca Leiteiraexpert em produzir  constituições e ditaduras de toda índole.
Locke e Shaftesbury consideravam o despotismo como um mal francês e, quando escreveu o documento, em 1679, Locke acabava de voltar da França, após estudar o mal francês enquanto sistema político. A filosofia de Shaftesbury foi planejada para combater a interpretação mecanicista da realidade, mas sobrepujou a filosofia daqueles em seus esforços para salvar as artes dos efeitos das idéias mecanicistas: aspirou fundar bases não só para a verdade e a bondade, como também para a beleza. BRETT, R. L.: 109
En passant,  estaria o Egito sofrendo até hoje dos males e malefícios impostos pela França? Certamente:
A breve invasão francesa do Egito em 1798, chefiada por Napoleão Bonaparte, resultou num grande impacto no país e em sua cultura. Os egípcios foram expostos aos princípios da Revolução Francesa  
Mas o problema árabe, e mesmo da França, é mais antigo. Remonta a Ptolomeu. O Farol de Alexandria, contudo, já desapareceu. Os descendentes dss faraós ora parecem se valer das próprias luzes, por mais obscuras, eclipsadas que estejam. Tradicionais meios de comunicação tributam o espetáculo das Arábias à Internet. Ela  acaba com tabús. Não há como pautá-la, difundir apenas as notícias do Príncipe. Diferentemente de todos os órgãos de imprensa e edições culturais, que podem ser cerceados, na estupenda rede cruzam todas informações já produzidas, e as em gestação,  histórias entrecruzadas pelas políticas de todas nações, seus êxitos e principamente seus fracassos, sobressaindo-se as locomotivas  jurídicas, econômicas, filosóficas, religiosas, seitas e mais seitas. Iimpossível dirigi-la.,E o colosso atua de modo quase imperceptível, como raízes subterrâneas que preparam o tronco. E ela  também reserva surpresas. Tal qual passe-de-mágica, muitos começam o dia no anonimato, e vão dormir famosos pelo mundo inteiro, rol no qual  Wikileaks ocupa a pole-position. Distinto do enorme  número de sites, ainda mais aqueles voltados à críticas corrosivas, ASSANGE não se abriga no anonimato. A real performance do Caçador da Arca Perdida, exige do australiano assumir, com toda honra e galhardia, a responsabilidade pelos dados que veicula, ineditamente comprometedores do estilo governamental reinante no globo. Ele já cumpriu até pena, além de intenso interrogatório, no  presídio de Wandsworth. Agora espera em "liberdade condicional"  (Vê se pode -  qual condição?, mas, pior, qual o motivo da prisão?), ASSENGE  teve que oferecer seu peso em libras esterlinas para readquirir parcial e, precariamente, esta liberdade "em prisão domiciliar" UpGrade, pelo menos. Vem aí nova audiência à extradição.  Na atitude de dar curso oceânico à fofoca, esta Commonwealth, tal qual a original puritana, fere de morte a gloriosa história do próprio Reino. Vão tomar mais algum?.
Diferentemente de um Bin Laden, que nunca apareceu, ou de Salman Rushdie, sempre oculto em algum porão dos EUA, ("atravessei o túnel do medo", disse ele à Veja , o caçador não teme por seu próprio destino, insignificante frente ao destino de milhões de seres, em perigo constante. Igualmente o mosqueteiro rebelde demonstra firmeza, e serena jovialidade, por certo bem calculadas todas probabilidades. Sua conduta é irreparável. 
Por seu trabalho no Wikileaks ganhou outros prêmios, como o Sam Adams Award e o Index on Censorship do The Economist em 2008, além de ter sido considerado o "homem do ano" pelo jornal francês Le Monde em 2010.  Assange ganhou o Amnesty International UK Media Awards de 2009, por ter exposto os assassinatos extrajudiciais no Quênia.Assange também ganhou o Index on Censorship do The Economist de 2008.Além disso, algumas comunidades da Internet estão promovendo a indicação de Julian Assange para o Prêmio Nobel da Paz 2011, pela fundação do WikiLeaks
Muitas  novidades são presumíveis.
WikiLeaks publica hoje 9 documentos que mostram como a representação americana acompanhou de perto a trajetória de Dilma e o processo eleitoral brasileiro – que, aliás, a própria Hillary Clinton classificou de 'bizantino'. (http://indignacaoecidadania.blogspot.com/2011/02/serie-wikileaks-e-o-brazil-dilma.html)
Não preciso de tantas informações sobre o motivo de OBAMA ao decorar o maior sindicalista da história deste país com medalha de cara. Tampouco para cogitar a inexistência dos binladens. Logo vi que eram tvs, e rádios, e jornais, e fotógrafos, repórteres norteamericanos que aguardavam a aurora, momento do maior espetáculo da Terra. Enquanto no saguão do WTC  os primeiros saltos-altos embarcavam nos elevadores, do lado de fora centenas de pés caminhavam às pressas, com roupas de campanha, enquanto  escolhiam os ângulos mais apropriados ao registro da mais grave ocorrência de todos os tempos. Não havia nenhuma aljazira preparada para o absurdo, façanha realizada sob o patrocínio de American Airlines. Ao cabo, não observei as relações de embarque dos infaustos passageiros, tanto quanto não tomei conhecimento se havia no interior das aeronaves alguma personalidade mais conhecida, ou VIP.
O artífice mais querido dos suecos apenas expõe a verdade, esta metafísica tão perseguida, e propalada, mas completamente desconhecida pela classe dirigente que assola o mundo. Diria que esses presidentes parecem o Pequeno Príncipe, de pé sobre a minúscula esfera branca. Como o grupo é enorme, digo que nossos príncipes dividem o mundo da lua!
James Madison, que elaborou a Constituição americana, dizia que o conhecimento sempre irá governar sobre a ignorância. Então as pessoas que pretendem ser mestras de si mesmas têm de ter o poder que o conhecimento traz. Essa filosofia de Madison, que combina a esfera do conhecimento com a esfera da distribuição do poder, mostra as mudanças que acontecem quando o conhecimento é democratizado. Os Estados e as megacorporações mantêm seu poder sobre o pensamento individual ao negar informação aos indivíduos. É esse vácuo de conhecimento que delineia quem são os mais poderosos dentro de um governo e quem são os mais poderosos dentro de uma corporação.Assim, o livre fluxo de conhecimento de grupos poderosos para grupos ou indivíduos menos poderosos é também um fluxo de poder, e portanto uma força equalizadora e democratizante na sociedade. JULIAN ASSENGE.
Em Honduras o jecaLaia  pensou bastarem alguns capangas nacionais e internacionais para se manter gozando as delícias palacianas. Depois, se contentou em morar, por longo período, às nossas custas, de muda à embaixada brasileira.  E vi o gajo com um violão no peito, a mirar nem centena de cartões natalinos expostos no mural como grande manifestação de apoio internacional,  Eis o maior mico já pago por nosso país, pobre país virado país de todos, inclusive de mico estrangeiro, Não sei onde anda o azarão. Estaria ele nesse Forum Social de Dakar, pobre Dakar, destituída do famoso Rallye em prol  de nossa América Latina, não deveria o protegido estar pelo menos na claque de seu Lord Protector?
Nem na rede vi alguma manifestação de apoio ao sósia do Ratinho, exceto em  chapa-branca. e por conta  daquela  segurança nacional. A julgar pela candência, parece que a nossa meio gripada ainda sofre o respingo, depois de ver a imensa e aterrorizante sombra da  nuvem preta de furacão caribenho.
Zelaya foi derrubado do poder, neste domingo (28), em um golpe orquestrado pela Justiça e pelo Congresso e executado por um grupo de militares, que o expulsaram para a Costa Rica, provocando uma condenação mundial unânime. O golpe foi realizado horas antes do início de uma consulta popular sobre uma reforma na Constituição que tinha sido declarada ilegal pelo Parlamento e pela Corte Suprema. Folha de São Paulo, 29/6/2009
"Condenação mundial" é para amargar. Mas havia, sim, um  poderoso exógeno com  interesse contrariado:
Às vezes, o mundo todo prefere uma mentira à verdade. A Casa Branca, a ONU, a Organização dos Estados Americanos (OEA), e grande parte da mídia condenaram a deposição do presidente hondurenho Manuel Zelaya, no domingo, como um golpe de Estado. Isso é um absurdo. Na realidade, o que aconteceu aqui é simplesmente o triunfo da lei. SANCHEZ, OCTÁCIO, in Terra, 5/7/2009
O caipira hondurenho ambicionava muito além do que o contrato social permite. Golpista era ele e o plebiscito chavezco que articulava, e não a Nação, manifesta através de seus representantes parlamentares, e até pela Corte Suprema, como ao cabo frisa a reportagem. Os poderes constitucionais tiveram que requisitar força policial, um exército para remover o recalcitrante desastrado. Honduras, exemplo de Estado de Direito
A legitimidade das  instituições democráticas hondurenhas não vem ao caso para os governos do Eu-a e do Brasil.  A julgar pela foto, em vez de Barack Obama convinha-nos  parar com as brama. Sorry.
Ao presidente do Eu-a ainda há tempo de observar a palavra dos seus embaixadores:
Durante grande parte da história da humanidade, governante e lei foram sinônimos — a lei era simplesmente a vontade do governante. Um primeiro passo para se afastar dessa tirania foi o conceito de governar segundo a lei, incluindo a idéia de que até o governante está abaixo da lei e deve governar através dos meios legais.
www.embaixada-americana.org.br/democracia/law.htm
A Internet vem apontando as falcatruas, e os periódicos se obrigam a publicá-las também. "Os charlatães estão sendo expostos no YouTube.  Não há nada que eles possam fazer quanto a isso." ( Gary North ) Os brasileiros nem dão bola. Para nós o poder é muito distante, quase inatingível, e ninguém está aí para se incomodar, muito menos bater de frente com o Brucutú. Que adianta demoli-lo se vem outro em seu lugar? A Inglaterra, contudo,  desde 1689 sabe que pode substituir o grotesco privilégio por um sistema compatível com a ética, não com a dialética, sempre dúbia, carma do ocidente. E por causa da primazia exorcista,  a ilha se destacou e ainda se destaca perante todas as nações.
A democracia inglêsa é a única democracia moderna que combina o sentido de independência e excelência com o impulso da classe média em direção à liberdade de consciência e à responsabilidade pessoal. (Tocqueville, A., 1997: 17)
Responsabilidade envolve, necessariamente, a verdade. O Farol do Iluminismo, contudo, parece oscilar. Confunde  as questões jurídicas lavradas em formalismo principesco pelas representações internacionais com sua própria tradição, até obrigação, de zelar pelos seus súditos. A exótica Suécia exige repatriá-lo, mas JULIAN ASSANGE sequer é sueco!. O que pretende aquele nórdico ainda meio vizinho soviético talvez seja algum receio de se descobrir sua Nomenklatura. Calá-lo se faz, no mínimo, prudente  Como tolerar venha a verdade solapar a fantasia, logo na Terra do Papai Noel?  Mas é crível  o rincão mover meio mundo atrás de um acusado qualquer? Só mesmo Bush, foi capaz de eleger um alvo personalíssimo, com certeza também forjado, jogando milhões de armas e combatentes, não poucos à última morada, e dólares e tudo o mais na missão até hoje não cumprida. O fantasma da verdade abala qualquer villão. Eis as razões  aparentemente desproporcionais dos governos, principalmente o norteamericano, suspeito mandante.
Nos EUA, o senador Joe Lieberman, presidente da Comissão do Senado  para quesões Governamentais e de Segurança Nacional, utilizou bem sucedidamente o poder do estado para fechar uma parte do WikiLeaks.  Ele conseguiu isso ao ameaçar sanções à Amazon, que à época hospedava aquela parte da operação de Assange. Gary North ,
O indivíduo ameaça a à cidadela, ou então prejudica por levantar negócios de baiixo-calão, como sói acontecer. E como os fins justificam os meios, para aperfeiçoar o timão os platônicos vieram com uma quilha sexual  sem camisinha, e com ela movem o Reino Unido embretado na armadilha de promover a Reunião de Estado para definir a procedência da reivindicação, e a legitimidade correspondente a qualquer decisão.
Em agosto de 2010, um mês depois da divulgação, pelo WikiLeaks, de documentos secretos do Exército americano sobre a Guerra do Afeganistão, a Justiça da Suécia expediu mandados de prisão contra Assange, um deles por estupro e o outro, por agressão sexual. Assange estava então na Suécia para uma série de palestras,  A acusação da Justiça sueca contra Julian Assange é a de que, durante uma sessão de sexo consensual, seu preservativo se rompeu, tendo sido retirado – o que na Suécia é equivalente a estupro (pena de dois anos de prisão). Uma das denunciantes, Ana Ardin (a outra é Sofia Wilen) alega que Assange rompeu a camisinha de propósito. Ardin é cubana, anticastrista, e consta que trabalhou para ONGs financiadas pela CIA.
Ah tá.  Essa acusação, radicalmente insignificante, calcada numa estória mais insignificante ainda, faz-se exorbitante por conta da colaboradora nazista. Lembra Dali, na obra-prima surreal. Ademais, nem esta esquálida infração social pode ser colada em ASSENGE. porquanto completamente incompatível com a personalidade, a ética evidentes em seu caráter. Que meios ou que tanta tara acometia  ASSENGE para atacar uma pessoa, num país para ele completamente estranho, fingir que coloca a camisinha, e no meio da operação faz ela estourar? Quereria o destemido um filho sueco?  Mas não deveria ter  algum antecedente em seu próprio país, uma experiência qualquer fora-da-lei, ou ignóbil já realizada? ASSENGE tem ficha-limpa na Austrália. The Parliamene já deveria ter vetado a risível exigência sueca, esta sim, de cuecas, virada mandalete yankee depois de longo e tenebroso inverno marxiano, ela ótima invernada.Aumenta a pressão internacional sobre o imbroglio, colocando em xeque o próprio country:
Os argumentos para recusar o pedido são limitados, sendo baseados principalmente em se a extradição iria violar os direitos humanos do suspeito ou se o mandado de prisão foi redigido corretamente.  Reuters Brasil, 7/2/2011
Se a Corte decidir pelo óbvio, restarão muitos governos descontentes, Se por respeito ao formalismo positivado, ou, na realiade, para atender ao pleito travesso do parente transviado entregar um filho seu ao estrangeiro, com toda a certeza no outro dia a pomposa guarda real aparecerá de capacete. Terá que enfrentar a fúria que  Jaime II evitou ao sair de fininho:  "Aquele que tenta colocar a outrem sob o seu poder absoluto põe-se em estado de guerra com ele". (LOCKE, idem, CAP III – DO ESTADO DE GUERRA) Isso para não falar da cadeia de protestos internautas, fortes para levantar qualquer neblina, mesmo londrina.
Como na ilusão egípcia, não basta mais calar ASSANGE porque ele não é o inventor das histórias. Se interromperem o  Mercúrio da Nova Era as fontes abastecerão outro assange, de modo que uma sentença condenatória espelhará uma sandice incompatível com a fleugma tão orguilhosamente venerada.  ASSANGE já fez escola. Neste caso, sim, nada adianta acabar com o Brucutú, porque vem milhares atrás.
É a informação  a informação como um fator real e efetivo que estabeleceu os parâmetros do universo em seu nascimento, e, portanto, governou a evolução de seus elementos básicos em sistemas complexos. LASZLO, Erwin: 21
Não ando à cata das notícias processuais. O simples fato de receber o pedido, e instaurar um processo dessa magnitude diante do vil argumento sexual, ainda mais partido de uma sociedade estrangeira na qual o sexo foi  até recentemente, o mais depravado do mundo, dar seguimento a este estapafúrdio pleito já se faz decepcionante. Esparta, de novo, dominará Athenas para lhe impor os Trinta Tiranos? Impressionante a força do carma. Que o Eu-a ainda se valha da torpeza até é compreensível, mas agora todos devemos consagrá-lo, começando pela mater? Maior non sense só atravessando o Rubicão.  Brasil permanece deitado no berço esplêndido, e o apagão favorece o sono do gigante, mas em nome do quê a Inglaterra também prefere o apagão, em vez do seu exitoso farol secular? Quem dormirá com um barulho desses?
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 ASSENGE  em Estocolmo
Part 2 
Part 3 
Part 4
Part 5