O príncipe-campeão subiu na capota do Hammer saudado por milhares de entusiastas argentinos. .Nasser Al-Attiyah disputa o maior rali do mundo em companhia de Lucas Cruz, ex-navegador de Carlos Sainz. O príncipe do Catar vai lutar pelo bi desta feita compondo o Hummer Team. O aguerrido norte-americano Robby Gordon pilota o segundo carro da marca consagrada na Tempestade do Deserto. Começa o fantástico desfile de veiculos, imensas equipes e pilotos, tudo calibrado para altissimas performances através dos pampas argentinos, Chile, e desta feita incluindo Perú.
Na língua dos pássaros uma expressão tinge a seguinte. A rubra torna a outra no escarlate. Diante d'alva a vizinha vira lírio da manhã.
É linguagem muito transitiva essa dos pássaros.
Ela não requer prática, nem habilidade; tampouco conjunções, abotoaduras.
Comunica-se por encantamento.
E por não ser contaminada pelo carma, não gera contestação. alguma.
O idioma aéreo só produz gorgeios.
Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer que as coisas não pareçam o que são.MIGUEL DE CERVANTES
Não há dúvidas: o Barcelona possui a melhor equipe do mundo, o melhor técnico do mundo, o melhor jogador do mundo, a melhor estrutura do mundo, é um clube dos mais ricos do mundo, dono de uma das maiores torcidas do mundo. Tudo se confirmou na exuberante apresentação do Sol Nascente. Merece, pois, mais do que qualquer outro, ser campeão do mundo. O Santos, todavia, consagrado vice-campeão, entrou encolhido, quase envergonhado, como se sua presença fosse arranjada, não produto da flamante performance lograda no ano que finda. O Santos foi medíocre. Perdeu no grito. Apequenou-se diante da fama do rival. O Barça impunemente fazia malabarismos frente àquela zaga embasbacada, e aos comentaristas boquiabertos:
O supertime espanhol deu mais um show, uma aula de futebol, uma exibição antológica. Conseguiu transformar mais uma disputa importante em tarefa fácil.. . Messi e seus súditos jogam tanto que qualquer adversário parece timeco de churrasco de fim de semana.. Resumo: o Barcelona é demais. E ainda há quem o considere “monótono”.Santos vai do sonho à realidade pior que pesadelo
"Foi muito mais fácil do que se pensava. E a equipe catalã confirma, com a vitória arrasadora por 4 a 0 no Japão, que já é uma das melhores da história do futebol." (Barcelona, melhor do mundo, bate o Santos e é bi) Ao deixar a bola lhe passar por entre as pernas a falha do zagueiro merengue dá bem conta do modo que o alvi-negro praiano encarava o adversário. Tomou o primeiro, de saída. O segundo foi quase cópia, não fosse a pelota cruzar por baixo das pernas de dois defensores santistas, em vez de só um. O terceiro foi um raid em cima de cinco jogadores santistas postados dentro da pequena área, assim dando condição de jogo a todo mundo, e mais tres apavorados na marca do penalty.No último Messi entrou com bola e tudo, pelo meio, à despeito do Santos escalado com tres zagueiros, e tres volantes na entrada da área.
Muricy mudou a escalação do Santos para a final, ao apostar em uma esquema tático com três zagueiros, além de ter promovido o retorno do lateral-esquerdo Léo. Para ele, o estilo do Santos foi mantido para o duelo com o Barcelona. Defendendo a formação utilizada, o treinador disse que se recusou a mudar a essência do time com a escalação de mais volantes. Na Vila Belmiro, torcida desistiu cedo
"Não preciso ter atacante para ser ofensivo. Aprendi muitas coisas [no jogo] diferentes do que pensamos no Brasil. Acham que com três zagueiros não é possível vencer, que sem atacantes não é possível vencer", afirmou o resmunguento treinador diante das interpelações pós-jogo. É possível, sim, vencer com qualquer formação, mas o fundamento é acreditar que se pode vencer, e aí colocar o time com vontade de vencer, e não apenas para evitar vexame. Muricy deve ter estudado excessivamente o estilo, o modo de jogar do Barcelona, esquecendo do seu. Certamente estava aterrorizado. A mudança na zaga visava reforçar a defesa, porém demonstrou a insegurança do técnico com seu time. Contagiado pelo pessimismo, o Peixe entrou em campo congelado. Saiu do túnel de antemão derrotado. A esperança dos jogadores e por certo do técnico se restrngia a revés por escore mínimo. Ao cabo, como bom perdedor, a delegação brasileira reconheceu a superioridade do adversário, encarando o jogo tal qual lição. Cara e longínqua lição.
Lembro a Seleção da a telentrega '98, história até hoje mal contada.. Le Coq sequer precisou cantar. Sorrindo depenou o inerte e inepto Canarinho, servido em molho bufa. Alvo de inúmeras entrevistas, nosso coach saia pela tangente, não apresentando nenhuma justificativa plausível à formidável letargia brasileira. Em '70 Zagalo já obedecera o Pres. Medici na convocação de Dadá Maravilha. Para mim, o fiasco em Paris cumpriu pedido do corrupto Chirac, e determinação do não menor FHC, em troca do portaviões.
Acompanhei o desempenho santista durante a temporada. Todos sabem que pontifica Neymar, em cabelo estranho para muitos, sim, porém longe daquele corte em cunha invertida de um Fenômeno feito palhaço, borrado antes de entrar em campo. Muitas derrotas, empates cedidos, em nenhum momento o alvi-negro se apresentou de modo tão pífio, amarelado, muitos furos abaixo de sua potencialidade. Frente à exuberância do Flamengo, por exemplo, o Santos bem soube demonstrar o alto quilate, ambos construindo, esta sim, memorável partida, coroada com espetacular goal do prodígio. Certamente o Peixe voltará à disputa internacional, também por certo com maior autoconfiança, mas hoje o fator psicológico, na melhor das hipóteses, de plano solapou o sonho praiano. O Barcelona tem se mostrado imbatível, mas o Santos também possui um admirável elenco. Coloco em xeque o desempenho de seu carrancudo técnico, pelo menos no que tange à preparação para esta tão esperada final.Na mosca, de novo:
E os 4 a 0 em Yokohama (que poderiam ter sido 6, 8, 9 a 0) liquidaram muito mais que um adversário sem chances desde o primeiro segundo. Liquidaram os técnicos medrosos, as táticas retranqueiras, a discurseira defensivista, o cabeça de área, o volante que só desarma, o centroavante de ofício, o chutão do goleiro em direção ao imponderável, o jogo aéreo, o zagueiro que rifa a bola, o carrinho homicida, o atacante que não volta para marcar, os brucutus que trocam golpes de luta-livre na hora do escanteio e outras flores do buquê de cretinices tropicais. 21/12/2011 às 21:31O recado dos deuses do futebol
O Santos, é bem verdade, não jogou à imagem e semelhança da inventividade de Neymar, mas da visão conservadora e previsível de seu comandante, Muricy. Isso, no entanto, não tira o mérito do Barcelona, uma equipe que está revolucionando o futebol com uma visão nostálgica do prazer de jogar. Para quem ama o esporte, isso é um belo presente de NatalEstadão, 24 de dezembro de 2011 | 3h 03.Carrossel e o Barcelona
Quando você perceber que para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho; que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.
Da cúpula vem o exemplo onde a maioria se espelha. Políticos, chefões, coronéis, em grupos ou em firmes parelhas, manobram e driblam as leis. Leis feitas em defesa própria. Disfarces, mútua proteção, permitem a impunidade, revoltando toda a nação e levando-a à calamidade. Os exemplos são seguidos, aqui e ali, de cima abaixo, correndo repartições, a ponto de haver quem diga ser este um país de ladrões! Quanta vergonha e tristeza! Que lamentável vileza! Nosso querido Brasil, tão rico, com tanta beleza, precisa de homens de brio! Contagiante como a pior das pestes, a corrupção de muitos políticos vem contaminando todo o país. Enquanto não sanarmos lá em cima a podridão, ela vai escorrendo e infiltrando-se vertiginosamente por todo esse nosso rico Brasil.O raciocínio é este: “Se eles que ganham tanto e trabalham tão pouco, roubam desavergonhadamente, eu é que não vou bancar o trouxa?” E os crimes vão se multiplicando aceleradamente por toda parte! É muito destrutivo e deplorável o que fazem com nosso Brasil,transformando-o em carniça rodeada de abutres insaciáveis! www.poetaslivres.com.br
O comerciante está convencido de que a lógica é a arte de provar à vontade o verdadeiro e o falso; foi ele que inventou a venalidade política, o comércio de consciências, a prostituição dos talentos, a corrupção da imprensa. Sabe encontrar argumentos e advogados para todas as mentiras, todas iniquidades. Somente ele nunca se iludiu sobre o valor dos partidos políticos: julga-os todos igualmente exploráveis, isto é, igualmente absurdos. PROUDHON, P.-J., Filosofia da Miséria, Tomo I: 351.
O corrupto impede que esse dinheiro vá para a saúde, a educação, o transporte, e assim produz morte, ignorância, crimes em cascata. Mais que tudo: perturba o elo social básico que é a confiança um no outro. Sem confiança e sem um elo social, não há a vida republicana, em que prevalece a 'coisa pública' (res publica), e, assim, as pessoas andam na rua com medo da violência. Renato Janine Ribeiro - Folha Explica A República
Basta uma sacudida na economia para que o último degrau da escada social despenque no abismo de miséria de onde saiu, tornando inevitavelmente maior a sua propensão ao crime. Pesquisa recente do Centro de Pesquisa Social da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que São Paulo é a região do País onde mais se produziu miséria - 5,9%. SIMANTOB, Fábio Tofic,Estatísticas do crime e discurso do medo 12/2/2010
A corrupção é a culpada pela miséria do nosso país, pela falta de hospitais, pela falta de remédios, pela falta de escolas, pela falta de merenda, pela falta de saneamento, pela falta de rodovias, pela falta de cultura, pela violência, pela falta de luz, pela falta de água, pela falta de casas populares, pela falta de emprego, pela falta de investimentos, pela seca no Nordeste, pela miséria no Norte e Nordeste do país, pelas queimadas da Amazônia, pelos garimpos ilegais nas em Roraima, pelas derrubadas ilegais de árvores no país, pelo tráfico de armas, pelo tráfico de drogas, pelo roubo de cargas nas estradas federais, pela entrada de armas e drogas no país pelas nossas fronteiras, pelo sem némero de projetos a serem aprovados no Congresso há anos e que não saem do papel, pela roubalheira do Senado, pelo empreguismo do governo federal, que desde que assumiu quadriplicou o numero de funcionários na folha de pagamento. FERNANDES, Ana Lucia Martins, O Globo, 15/12/2009
Paralisado pela incompetência crônica que não poupa nenhum dos quase quarenta ministérios e sufocado por um rosário interminável de denúncias de corrupção, o governo federal e sua base alugada empregam mais tempo na tentativa de minimizar os estragos da bandalheira institucionalizada do que no dedicado à solução dos graves problemas conjunturais e estruturais que se acumulam e cobrem de incertezas o futuro do país. Acuados, refugiam-se covardemente nas maravilhas de um país de araque que existe apenas no imaginário deturpado desse bando que, liderado por um dos maiores blefes políticos que já se teve notícia, utiliza-se da mais indecente campanha publicitária para mentir à Nação. É só uma questão de tem:po
Educar os educadores!
Mas os primeiros devem começar
Por se educar a si próprios.
E é para esses que eu escrevo.
Nietzsche
Para quem estranhar o paradoxo apelo ao mais eloquente exemplo. Nenhum povo se mostrou mais educado do que o alemão. O passo-de-ganso encantava pela precisão. Prova fática por demais enfática, a pujança do parque fabril confirmava a correção educacional ministrada desde 1870, certeza dos junkers. Nada de novo no Front (Ocidental): "Por sua doutrina da similaridade entre Esparta e o estado perfeito,
tornou-se Platão um dos propagandistas de maior sucesso do que eu
gostaria de chamar ‘o Grande Mito de Esparta’, o perene e influente mito
da supremacia da constituição e do modo de vida espartanos." (POPPER, K. 1998,A sociedade democrática e seus inimigos, tomo I: 54)
Mas o que levou aquela gente outrora pacífica, espraiada em condados pelo amplo território, submeter-se assim ao único padrão, o desenvolvimento econômico como condição suprema, máximo ideal, por tudo inegável? A Napoleão coube a primazia de acender o pavio. E a Hegel, de formular a reunião, à retaliar. Novamente, Nada de novo no Front (Ocidental):
O que caracteriza os primeiros estudos sobre a sociedade é, precisamente, um ponto de vista finalista e normativo: finalista, isto é, tendo unicamente em consideração o ideal a realizar, a investigação do que deve ser a 'melhor' organização social e política; normativo, quer dizer, a preocupação imediata de estabelecer normas, regras de ação para a vida coletiva. É este, particularmente, o ponto de vista dos filósofos. Bastará recordar, quanto à antiguidade, a República e as Leis de Platão, a Política de Aristóteles. CUVILLIER, A.,Introdução à Sociologia – OS PROBLEMAS SOCIOLÓGICOS
Tal lógica, claro que com menor ênfase, isto apenas para não escandalizar, permanece adotada por inúmeros países. Somos levados a crer que se recebermos a reivindicada educação, teremos o futuro garantido.
Daí, o homem é educado, preparado ou adestrado apenas para as virtudes próprias do bem-fazer; e assim, a verdade se torna a simples manifestação da utilidade ou do deleite. A dimensão do contemplativo é aniquilada; e falar em atualizar as potencialidades do ser humano para o bem-agir, para a virtude da prudência, torna-se uma atitude disparatada já que, em tal concepção, jamais há um sentido de 'bem honesto'.Logo, pela força do empenho pedagógico tecnicista o homem se afasta de sua humanidade, perde sua integridade. ARAÚJO, Prof. Adriano,A primazia do uso consciente da tecnologia, 20/9/2009
De antemão esclareço não ser educador profissional, mas vítima dessa cruel programação. Meu mais precioso tempo foi parcialmente tomado e alocado em prol desses alocados de '30, em cartaz nos '70, e a rigor até o presente.
A Universidade brasileira nasce sob estas fortíssimas influências: descompromisso elitista das 'Grandes Écoles', o reducionismo profissionalizante pragmático dos 'Land Colleges Americanos', e a departamentalização do saber de Humbolt e Descartes. Nesse ambiente cultural é formada em 1934 a primeira Universidade Brasileira, a Universidade de São Paulo, e, logo em seguida, em 1935, a Universidade do Distrito Federal. PINOTTI, J. A., A Universidade : do Arcaísmo à Transcendência; Folha de São Paulo, 8/2/2003: 5
O tradicional método grego dourado no prêt-à-porter cartesiano ainda organiza a experiência da vida dentro da sociedade. O resultado desta estratégia atende apenas ao estrategista, ao sábio de Platão. Sem esta consciência, estava curiosa e coincidentemente junto com os mais renomados cientistas de meu tempo: "Quando recordo o passado, parece-me claro que não aprendi as coisas mais essenciais com meus professores da escola, nem mesmo com os meus mestres universitários, mas com meus pais, que nada sabiam sobre ciência" (SAGAN, C., O mundo assombrado pelos demônios:16). Pois assim falava Michel Serres: "A aprendizagem significa passar para um terceiro lugar, ser desestabilizado da sua posição original e se ver num terceiro lugar." A muito custo reverto. À profilaxia cognitiva gastei o dobro do tempo,. Saí fora de órbita, digo do meio sócio-econômico. Instintivamente partia em busca do "terceiro lugar", com penosas consequências, claro. Tinha para mim que é possível sobreviver de inúmeras maneiras, mas da ciência não poderia prescindir. Valeu a pena. A verdade liberta o pointer quando surpreende a perdiz. Meu lamento é ver continuada a luta inglória nas novas gerações, a esmagadora maioria ainda atrás da forja, embora cada vez em menor número. O filme triste tem no trailer o efusivo apelo de "feliz para sempre", pinta que dissimula o deprimente epílogo. Esta ilusão toma maior vulto, quase irreversível, quando de fato ao longo da vida os melhores rendimentos se reservam aos cumpridores do script, os capacitados a satisfazer a plantada satisfação.
Era uma enorme cebola de ouro, suíço, pedras preciosas nos ponteiros, o tampo em filigranas, uma jóia, uma antigüidade, uma relíquia, uma preciosidade.
FESTER, R., O relógio do avô, in O mar tem várias cores. - São Paulo, Liv. Duas Cidades, 1979
Naturalmente a ampliação do instrumental à sobrevivência se faz ´prazeroso e necessário, mas este intuito não deveria atingir estágios superiores. Não há cultura, muito menos alguma epistemologia conectada com o “mundo das necessidades”. O ser ligado à luta pela vida julga não dispor de tempo para alcançar a verdadeira cultura. Esta perspectiva lançada na mais tenra idade, naquela que os espartanos tomavam os infantes das mães para adestrá-los aos combates, mira formar gente à servidão, educação que visa a domesticar, caprichosamente burilando na precisão da mediocridade, útil ao apetite do Leviathan. Nietzsche lhe enfrentava propugnando um “adestramento seletivo” que leve o jovem a tornar-se senhor de seus instintos: "o produto deste adestramento não é um indivíduo fabricado em série, adaptado às condições de seu meio… mas um ser autônomo, forte, capaz de crescer a partir do acúmulo de forças deixadas pelas gerações passadas, capaz de mandar em si mesmo…alguém que se atreve a ser ele mesmo”(DIAS,R. M., Nietzsche educador. São Paulo: Scipione, 2003. 86). Nietzsche foi enterrado como louco, e o utilitarismo, o pragmatismo, tomou conta do trem da história. Cantarolantes, os passageiros sequer tinham a menor a noção para onde se encaminhava tanta praticidade. Eis a razão primaz para Nietzsche refutar de plano o método democrático de governo, dono de uma aparente condescendência para com o cidadão, com o eleitor, mas que na verdade apenas dissimula, esconde a faina insaciável e inconfessável do jockey que o conduz. "O curso de Direito é e deve ser para a massa", enfatizava a Secretária de Ensino Superior do Ministério da Educação Maria Paula Dallari Bucci. (Conjur - 22/4/2009) O cobertor, todavia, parece curto: "Para o Judiciário, analfabeto em economia, um marco era um marco, independentemente de quantos zeros aparecessem na nota." (LEVENSON: 325) Ensino fraco tira jovem da universidade
Não deve estranhar, por outra parte, a preponderância dessa opinião confusa e ridícula sobre o direito, porque uma das máximas desditas do tempo é que, ao toparem os povos do Ocidente com os terríveis conflitos públicos do presente, se encontraram aparelhados com instrumental arcaico e ineficiente de noções sobre o que é sociedade, coletividade, indivíduo, usos, lei, justiça, revolução, etc. Boa parte da inquietação atual provém da incongruência entre a perfeição de nossas idéias sobre os fenômenos físicos e o atraso escandaloso das "ciências morais". O ministro, o professor, o físico ilustre e o novelista soem ter dessas coisas conceitos dignos de um barbeiro suburbano. Não é perfeitamente natural que seja o barbeiro suburbano quem dê a tonalidade do tempo? ORTEGA Y GASSET, Rebelião das Massas, Prefácio.:
O meio escolar para a escala profissional é diversificado, mas o fito é o mesmo que resplandece no horizonte do ladrão. Advogados faziam parte da quadrilha do traficante Nem Cada vez mais gente tem preferido esta que julga freeway ao sucesso, bem apropriada aos improdutivos burocratas regentes da produção e consumo. Como desde a Renascença os fins costumam justificar os meios, o que menos importa é a capacidade exclusiva do ser humano, e sim o que ele detém ou conquista. Mutatis mutandi, desbanca facilmente o Rei dos Animais, velho gateado quase em extinção. "A formação de médicos virou business, virou negócio", assegura Ricardo Brentani, diretor-presidente do Hospital do Câncer de São PauloProfissionais da saúde violam ética e anunciam em sites O cidadão, naquela época coberto de glórias por sua valentia, destreza, e disciplina, hoje se faz pelo vil metal.
O dinheiro é, talvez, o único poder social que ao ser reconhecido nos repugna. A própria força bruta que habitualmente nos indigna acha em nós um eco último de simpatia e estima. Incita-nos a rechaçá-la criando uma força paralela, mas não nos inspira asco. Dir-se-ia que nos sublevam estes ou os outros efeitos da violência; porém ela mesma nos parece um sintoma de saúde, um magnífico atributo do ser vivente, e compreendemos que o grego a divinizasse em Hércules.ORTEGA Y GASSET, J., idem, ibidem. .
Na melhor hipótese ele crê atingir honestamente sua razão de viver, quando não é propriamente dele esta razão, e muitas vezes sequer de seus pares, mas do tutor, do Leviathan que lhe escolheu para formar em seu pelotão. "Por isso, um príncipe cauteloso deve conceber um modo pelo qual os seus cidadãos, sempre e em qualquer situação, percebam que ele e o Estado lhes são indispensáveis. Só então aqueles ser-lhe-ão sempre fiéis." (MAQUIAVEL, N., O Príncipe : 15).
Recentemente vimos uma esquálida postulante ao posto máximo da Nação, propugnar, com todo orgulho:
Um esforço emergencial é necessário para enfrentar a escassez crescente de trabalhadores qualificados em áreas estratégicas, caracterizando um verdadeiro apagão de capital humano. A superação dessa situação se dará pelo investimento intensivo em todos os níveis da educação formal, no ensino técnico e tecnológico, pela ampliação do acesso às tecnologias e pelo desenvolvimento de outros espaços de aprendizagem.Educação para a sociedade do conhecimento - Marina Silva
Ou seja, uma educação para tornar a gente mera peça do maquinário que ela queria gerir. Infelizmente a postulante não é exceção, ao contrário. "A existência de princípios constitucionais da educação demonstra cabalmente que a educação no Brasil é baseada em valores objetivados de cunho estatista".(A educação livre)
Na melhor das hipóteses, não se trata de excessivo egoísmo da sociedade educar o cidadão ao proprio desfrute? "O brasileiro, mesmo das grandes cidades, não sabe, nem remotamente, quanto pagamos de impostos. Não sabe mesmo quanto é descontado no contracheque. Nem muito menos, claro, o que sai embutido no preço dos produtos. Neste caso as pessoas não recebem tratamento correspondente aos animais de circo?(DIMENSTEIN, G.,Somos uma nação de idiotas? - Folha, 23/8/2010) Para este tipo de educação, alienante par excellence, posto desconsiderar todo o Universo em troca de um ponto almejado, o que menos importa é o conhecimento - aliás, novamente ao contrário: se o elefante souber que apenas um barbante lhe prende ao picadeiro, o palhaço se resignará com as piadas que alcance produzir. O que colhemos?
- a educação formal tende a tornar-se medíocre e, de algum modo, paradoxal, porque tudo vale e nada vale; porque tudo é verdade e nada é verdade; - o valor do conhecimento não se afere segundo citérios gnoseológicos e de verificabilidade, suscitadora de argumentação e de provas, mas obedece a critérios de ordem emocional e vivencial; - deixa de se considerar o valor intrínseco do conhecimento para sobrevalorizar o seu valor instrumental, ou seja, só se ensina e só se aprende o que tem utilidade imediata e interesse para e no quotidiano dos sujeitos; - o conhecimento com características universalizantes e abstracto é desvalorizado face a conhecimentos regionais e concretos, relativos ao contexto social, cultural, étnico dos sujeitos; - a complexidade torna-se o paradigma educativo fundamental, com a inerente opacidade de linguagem, de âmbitos e de finalidades; - é elogiada a espontaneidade supostamente criadora, não directiva, ao ritmo do bem-estar dos alunos, com o risco da dispersão em detrimento da concentração, do temporário em vez do voluntário; - a intencionalidade educativa desloca-se para a periferia da vocação escolar e, sobretudo, põe-se ao serviço das dinâmicas sociais culturais e económicas; - opera-se uma transferência do domínio das ideias, da razão, da objectividade para o das experiências significativas, com o consequente discurso parcial e despretensioso assente numa matriz intimista, narcisista, subjectivista; - a apresentação dos conteúdos, para serem aceites e reconhecidos, têm de se apresentar de forma inovadora, mediática, agradável e significativa para os alunos, confundindo-se, assim, o pensamento com o lúdico; - a escola vê-se obrigada a inter-agir com as tendências e modos de organização social vigentes, ganhando sentido em função das respostas que encontra face às exigências da economia e do mercado de trabalho; CONHECIMENTO E EDUCAÇÃO NA PÓS-MODERNIDADE
Ademais, ocorre a peculiaridade:
Em país de dimensões continentais como o nosso, onde as condições regionais muitas vezes pedem soluções diferentes, a centralização das decisões nas mãos federais, como hoje estamos verificando no Brasil, talvez seja a causa de todos os erros. O ENEM é uma mostra disto. Estamos insistindo na quantidade em detrimento da qualidade.Educação no Brasil,: José Celso de Macedo Soares
Nos últimos anos, enquanto se metamorfoseava em vestibular nacional, o Enem converteu-se num pátio de folguedos da pedagogia da doutrinação. O desfile de catecismos ideológicos abrange, ao lado de versões cômicas de um marxismo primitivo, constrangedores panfletos do ambientalismo apocalíptico e manifestos rudimentares do multiculturalismo pós-moderno... Mas a democracia brasileira fica um pouco menor quando o ministro da Educação veste a fantasia do Duce.No Enem, a saudação ao Duce Demétrio Magnoli
Nesse processo de cooptação dos seus inferiores, os mecanismos que Gramsci denomina de 'aparelhos privados de hegemonia', que consistem na escola, na igreja, nos jornais e nos demais meios de comunicação em geral.,, A tarefa do Partido Político é importante: possibilitar que a espontaneidade se eduque, a fim de que se torne realidade a hegemonia. O Partido deve zelar pela educação cultural das massas, na luta pela hegemonia, nas sociedades de capitalismo avançado. Trata-se de um modelo comportamental que se insere, certamente, na tipologia que Antônio Paim denominou de ética totalitária, cujo cerne consiste em pressupor que os fins justificam os meios. Tudo é válido para conseguir a hegemonia da classe trabalhadora.O MARXISMO GRAMSCIANO, PANO DE FUNDO IDEOLÓGICO DA REFORMA EDUCACIONAL PETISTA
Nietzsche presenciou a interferência avassaladora do II Reich na formação dos nazistas. Em“Sobre o futuro dos nossos estabelecimentos de ensino” (1872) o incisivo educador criticava a interposição já na base ginasial de dois vetores aparentemente antagônicos, na verdade complementares: a ampliação cada vez maior da cultura, na verdade a ideologia da totalidade orgânica, e a redução do conhecimento através da especialização. O Estado moderno percebe que se financiar a produção e a difusão da cultura que lhe apraz, naturalmente pode utilizá-la para seus fins. A massificação e universalização da cultura acabaram gerando também um número excessivo de estabelecimentos de ensino superior, todos voltados para a formação das grandes massas, onde mestres e alunos se confundem na mediocridade. Neste ponto, como em vários outros, o vilipendiado filósofo não ouvia seu eco por nenhum estereotipádo, mas por ninguém menos do que o maior cientista que a civilização reconhece:
Nos mecanismos universais, o mecanismo Estado não se impõe como o mais indispensável. Mas é a pessoa humana, livre, criadora e sensível que modela o belo e exalta o sublime, ao passo que as massas continuam arrastadas por uma dança infernal de imbecilidade e de embrutecimento. EINSTEIN, A., 1992: 12
Em Crepúsculo dos Idolos: (p. 61) Nietzsche sedimentou a certeza: "O que as “escolas superiores” alemãs sabem fazer de fato é um adestramento brutal para tornar utilizável, explorável ao serviço do Estado uma legião de jovens com uma perda de tempo tão mínima quanto possível. 'Educação superior' e legião – aí está uma contradição primordial.” Na mosca:
De todos os passos que foram dados rumo ao caminho da servidão, qual foi o pior? Em minha opinião, foi o de permitir que o estado educasse nossos filhos, seja diretamente por meio de escolas públicas, seja indiretamente por meio de escolas privadas reguladas integralmente pelo Ministério da Educação.Educação e liberdade por Harry Browne,
Como o próprio conhecimento é organizado relacionalmente ou na forma de hipermeios - significando que pode ser constantemente reconfigurado - a organização tem de se tornar hiperflexível. É por isso que uma economia de firmas pequenas, que interagem, reunindo-se em mosaicos temporários, é mais adaptável e, em última análise, mais produtiva do que uma outra construída em torno de uns poucos monolitos rígidos. TOFFLER, A;, Powershift, 250.
. Por causa disso os sinos há meio século dobram:
Os guardiães da língua inglesa brigavam devido a questão da legitimidade do inglês negro. Os criminologistas brigavam devido a definição de crime. Os psicólogos discordavam das definições de personalidade. Os psiquiatras foram obrigados a rever a definição de homossexualidade como doença. Os sociólogos começaram a lidar não com problemas de pobreza, mas com a riqueza. Historiadores radicais resituaram as categorias supostamente atemporais de sexualidade, maternidade e inteligência como entidades subordinadas à historia e mutáveis, sujeitas a direcionamentos e influências humanas. Na ciência os ativistas desafiaram as instituições em questões relativas à raça e Q.I., a sociobiologia, preconceito sexual na ciência, o ensino da ciência, o controle da ciência pelas corporações e o envolvimento americano na guerra do Vietnã. A manifestação mais profunda dessa corrente pré-revolucionária nas sociedades ocidentais foi o Maio de 68, na França. Estudantes enfrentando polícia. Uma semana depois, violenta repressão aos estudantes e greve geral dos sindicatos em 13 de maio. Em Saclay, um contingente de 2.000 trabalhadores organizou-se para participar da gigantesca manifestação de 800.000 pessoas. As faculdades estavam ocupadas. As fábricas pararam. Os trabalhadores ocupavam-nas. Cerca de 9 milhões aderiram às greves. Todos estavam confusos com o estonteante rumo dos acontecimentos. SCHWARTZ, Joseph, O momento criativo - mito e alienação na ciência moderna: 310/11
De certo modo, não se deve permanecer na escola. Só a invenção é séria
MICHEL SERRES, 1999: 33
.
A educação ministrada no Brasil consagra o notável pensador contemporâneo. O único lugar no qual a gente está a salvo de ser impregnado pelo maldito conhecimento é dentro de uma sala de aula.. É por isso que o Estado obriga a todos nela se encerrar. A maior vantagem proporcionada pela academia é reunir a gurizada no páteopara a farra e confraternização. É o que se vê na pioneira, ora na crista da onda por querer acabar também com os distúrbios.
Os conselhos de Dilma Rousseff contra o protecionismo soam de forma hipócrita, principalmente após o Brasil ter anunciado o aumento do imposto incidente sobre automóveis importados. (IPI) O país que está listado em 152º lugar no ranking do Banco Mundial por seu desajeitado e pesado sistema de impostos está dando conselhos sobre impostos restritivos e políticas cambiais. Financial Times
Não é protecionismo, nós temos de nos proteger também, cada um faz o que pode. Agora, tem algumas medidas que nós nunca vamos controlar. Não vamos controlar a hora que eles resolvem despejar 800… A última vez foram 800 milhões? Bi? Trezentos? Quanto foi o último quantitative easing, o dois? Seiscentos bi? Eu não vou… não tem como controlar isso, não tem como controlar a política cambial chinesa. Nós achamos é que não… passamos o tempo inteiro dizendo isso: que tem isso, que não pode ser assim, que tem de mudar. E, hoje, isso meio que se internalizou; hoje, não somos só nós a falar isso Presidente Dilma Rousseauf,Discurso sobre o Nada, em Cannes
.
Ninguém falou tanto sobre o dinheiro tendo tão pouco no bolso. FRANCIS WHEEN, biógrafo de MARX.
Bem cabe a S. Exa. também o sarcasmo de Nietzsche (O livro do filosofo: 41):"O homem só muito lentamente descobre como o mundo é infinitamente complicado. Primeiramente ele o imagina totalmente simples, tão superficial como ele próprio".
Estou profundamente convencido de que qualquer sistema regular, permanente, administrativo, cuja finalidade seja assistir as necessidades do pobre, fará nascer mais misérias do que as que pode sanar, depravará a população que deseja assistir e consolar, reduzirá com o tempo os ricos simplesmente ao papel de funcionários dos pobres, acabará com as fontes da poupança, parará a acumulação de capitais, deterá o progresso do comércio, entorpecerá a atividade e a indústria humanas e terminará por conduzir a uma revolução violenta no Estado, quando o número dos que recebem esmola for quase do tamanho dos que a pagam e quando o indigente, não conseguindo tirar dos ricos empobrecidos o necessário para satisfazer suas necessidades, achará mais fácil espoliá-los de uma vez por todas de seus bens do que solicitar seus auxílios. TOCQUEVILLE, A., cit. RODRÍGUÈZ: 56
Será que S. Exa. se considera exitosa em chefiar um Estado de dimensões continentais, porém colocado em 84º. Índice de Desenvolvimento Humano 2011, segundo relatório divulgado nesta semana pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)? Dilma diz: faxina que Brasil precisa é contra a misériaConto do pacote? Como será que as nações européias da noite para o dia também se tornaram miseráveis, numa incrível coincidência, todas de uma só vez?Os europeus estariam dispostos a arcarem com juros que em menos de ano sobrepujam o capital emprestado, a fim de manter seu sistema financeiro? A ver retirado de circulação, transformado quase a metade dos recursos que deveria irrigar a produção e o consumo em depósito compulsório no cofre do Leviathan? Resignar-se-iam em manter uma relação cambial com artifícios de enxugamentos e leilões monetários, transformando um meio de pagamento no próprio objeto de comércio? "É exatamente isso que o BC faz: compra dólares e eleva o endividamento por meio do enxugamento de recursos com operações compromissadas."(Ministro da Fazenda Guido Mantega) Alterar-se-iam as constituições do Velho Mundo para reintrodução dos decretos mercantilistas, ou "medidas provisórias', no fito de alcançar poder absoluto ao Executivo? A carga tributária brasileira e os impostos sobre os mais pobres Tolerariam belgas ou alemães serem despojados de quase a metade de seus rendimentos a título de impostos? Dilma defende criação de "CPMF global" Isso não engana mais inglês Making taxes more app-arent: "Me neither. I doubt many people do. The phenomenon of charities like Oxfam, Médecins Sans Frontières, The Salvation Army and others supporting the Robin Hood Tax is bizarre. Most people give to charity thinking that their money will go on doctors for poor people, food for starving people, shelter for homeless people, or the like. They would be surprised – and, I expect, angry – to find out that their money was going on a political campaign.?" Atirariam a riqueza a muito custo gerada para ser simplesmente consumida, agravado pela total impossibilidade de rastreamento, de conferência? Será que vale a pena expor assim, por pura e inexpicável vaidade, não nossas parcas riquezas produzidas, mas nossas ambições desmedidas? Insensatez em marcha na política econômicaOFMI prevê que Brasil terá o segundo pior crescimento na América do Sul "O Brasil precisa deixar de gastar apenas dezenas de milhões de dólares em ajuda a outros países e passar a gastar centenas de milhões: isso não é uma enorme porcentagem do PIB brasileiro", disse Bil Gates. "Ajuda externa é uma decisão política e, por enquanto, os montantes envolvidos são excessivamente pequenos. Está na hora de o Brasil step up e assumir as responsabilidades que vêm com o novo status de potência global --não dá para querer ser tratado como 'coitadinho' em desenvolvimento ao mesmo tempo em que o país quer ser ouvido como potência." É dose!
O estoque da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFI) subiu 1,64% em março, para R$ 1,267 trilhão, depois de ficar em R$ 1,247 trilhão em fevereiro. Os dados constam de relatório do Tesouro Nacional.
À parte as doutrinas particulares de pensadores individuais, existe no mundo uma forte e crescente inclinação a estender em forma extrema o poder da sociedade sobre o indivíduo, tanto por meio da força da opinião como pela legislativa. Ora bem, como todas as mudanças que se operam no mundo têm por efeito o aumento da força social e a diminuição do poder individual, este desbordamento não é um mal que tenda a desaparecer espontaneamente, mas, ao contrário, tende a fazer-se cada vez mais formidável. A disposição dos homens, seja como soberanos, seja como concidadãos, a impor aos demais como regra de conduta sua opinião e seus gostos, se acha tão energicamente sustentada por alguns dos melhores e alguns dos piores sentimentos inerentes à natureza humana, que quase nunca se reprime senão quando lhe falta poder. E como o poder não parece achar-se em via de declinar, mas de crescer, devemos esperar, a menos que uma forte barreira de convicção moral não se eleve contra o mal, devemos esperar, digo, que nas condições presentes do mundo esta disposição nada fará senão aumentar MILL,John S. La liberté, trad. Dupont-White: 131.
Porque deslocando-nos sobre sua superfície numa direção qualquer, temos a impressão de que viajamos em linha reta. A realidade, como se sabe, é outra; e a prova é que se nos continuássemos a viajar na mesma direção, acabaríamos fazendo o circuito da Terra e regressando ao ponto de partida.EINSTEIN, A., cit. TRATTNER, Einstein por ele mesmo - A vida do grande cientista: 43
Estado de bem-estar era um ardil político: uma criação artificial do Estado, pelo Estado, para o Estado e seus funcionários. É um eco irônico da democracia de Lincoln de, por e para ‘o povo’. Quando seus bem escondidos, porém crescentes excessos e abusos no governo central e local foram revelados recentemente, havia se passado um século de defesa falaciosa.
SELDON: 60
A situação é deprimente: termos técnicos da economia e o senso comum estão bloqueando todas as rotas de fuga para escaparmos desse declínio. E temo que os governantes permaneçam imóveis por anos e anos enquanto parabenizam a si mesmos pela solidez das medidas propostas.
KRUGMAN, Paul, Motivos para se desesperar.
O modelo de bem-estar social europeu está em xeque, ainda que Obama queira seguir no mesmo caminho. Por isso o Tea Party gera tanta revolta. Os social-democratas gostariam de crer que é possível viver eternamente no conto de fadas. Estão apavorados com a idéia de que finalmente a fatura dos anos de farra irresponsável chegou. Com juros.
A pauta macroeconômica não era ensinada nas faculdades de Direito na época de Obama, e talvez nem atualmente. O que o futuro presidente tomava ciência era do sucesso e popularidade de Roosevelt, e de Kennedy, e isso lhe parece suficiente. Claro que a tanto é mister adular o eleitorado com medidas paternalistas. "O welfare state não se originou de um projeto socialista, mas tornou-se cada vez mais atraído para a órbita do socialismo, pelo menos o de tipo reformista." (GIDDENS, 1996:170)
Então Roosevelt, influenciado por Felix Frankfurter, pela Sociedade Socialista Intercongregada e por outros, fabianos e comunistas, maquinou uma revolução que colocou o país na senda que leva ao socialismo e, numa perspectiva mais distante, ao comunismo. Foi, contudo, a emenda doimposto de renda, levado em 1909, no Congresso americano, o início do socialismo. Então, o New Deal não foi uma revolução. Seu programa coletivista tivera antecedentes - recentes - com Herbert Hoover, durante a depressão; mais remotos, no coletivismo de guerra e no planejamento central que governaram os EUA durante a Primeira Guerra Mundial ROTHBARD, 41
Naquela que o recente Nobel de Economia se consagra, todavia, é óbvio a exigência da calculadora. Por decisiva, a macroeconomia recebe carga desmedida, uma preponderância avassaladora do numerário.
A ciência econômica, no ultimo século, se entregou totalmente ao positivismo científico, ao utilitarismo; e, com a avalanche keynesiana, virou uma completa conversa de loucos travestida de ciência. Um amontoado de equações (há quem diga que a economia hoje é apenas um braço da matemática) que não querem dizer coisa alguma, e que servem apenas para apresentar um verniz científico para respaldar políticos que querem gastar cada vez mais e mais. No meio acadêmico, produz-se em massa teses que ninguém lê e que pessoas comuns jamais entenderiam. Ciência Sombria? Ciência feliz!
A teoria econômica veio a ser uma ampla empresa de terrorismo intelectual, cujo aspecto pseudo-científico serve, na realidade, de coerção para excluir todos os verdadeiros problemas da sociedade contemporânea. Seu exagerado profissionalismo, herdado de sua mitologia científica, e todo o aparato matemático que a rodeia, servem para mascarar seu objetivo ideológico, que transforma sua disciplina numa máquina para estabelecer as leis das relações de força que existem na sociedade, numa civilização materialista e produtivista, orientada totalmente para a acumulação de bens materiais. Seu dinamismo serve, na realidade, para legitimar a posse do poder em mãos daqueles que dominam o aparato produtivo, quer seja a tecnocracia, nos países ocidentais, ou a burocracia planificadora, nos países socialistas. GUILLAUME, Marc & ATTALI, Jacques, cits.GOYTISOLO, J. V. : 94.
O que é apenas instrumento, diapasão e consequência da produção, pela cátedra assume o foro de objeto supremo, e por isso, exclusivo. "A família e a nação são biológicas; o truste e o sindicato são econômicos." (RUSSELL, B., Ensaios céticos: 210) Eis o motivo do impasse: "Na verdade os interesses dos banqueiros têm sido contrários aos dos industriais: a deflação que convém aos banqueiros paralisou a indústria britânica." (Idem, 2002: 68)
"Uma concepção adequada de desenvolvimento deve ir muito além da acumulação de riqueza e do crescimento do Produto Nacional Bruto e de outras variáveis relacionadas à renda. Sem desconsiderar a importância do desenvolvimento econômico, precisamos enxergar muito além dele." (Nobel de Economia SEN, A.; 28)No sentimento do confesso desesperado, contudo, não há tempo nem espaço para ocupação filosófica, sempre discutível. A matemáticos a Filosofia lhes parece até mesmo confusa. Ela "bloqueia rotas de fuga." afirma categóricamente a sumidade. A pergunta que se impõe é a seguinte: além de Krugman e dos ladrões, a quem mais apetece fugir?
Assim, a economia, a ciência social matemáticamente mais avançada, é também a ciência social e humanamente mais fechada, pois se abstrai das condições sociais, históricas, políticas, psicológicas, ecológicas, etc., inseparáveis das atividades econômicas. Por isso, os seus experts são cada vez mais incapazes de prever e de predizer o desenvolvimento econômico, mesmo a curto prazo. MORIN. Edgard, Compreender não é preciso; cit. MARTINS E SILVA: 30
A Guerra da Secessão tornou os Estados Unidos da América no Eua. Os estados perderam seus rumos, em prol do únco programa da totalidade ética - bélico, é claro: duas guerras mundiais, e sei-lá quantas menores. Coube a F. Hayek, Prêmio Nobel de 1974, reintroduzir a melhor tradição britânica àquela gente perturbada, há rigor, desde a Guerra da Secessão. Foi apenas recentemente, então, no raiar dos '80 que a Escola de Chicago emparelhou com a Austríaca para oferecer um mapa de retorno à cabeceira perdida. As universidades norteamericanas tocaram seus pós-graduações para aprofundar as pesquisas, em alternativa aos procedimentos em nada econômicos receitados por Marx & Keynes.
Com o descrédito de economias inflacionárias, o crédito internacional mudou. Keynes e seu vulgarizado keynesianismo, em moda em 45, foi desacreditado. F.A. Hayek e a Escola Austríaca, e Milton Friedmann e a Escola de Chicago viraram moda. Adam Smith, adaptado por Alfred Marshall, começou a parecer mais relevante que Marx, enquanto adaptado por Lênin.JOHNSON: 615
Em setembro de 1987, vinte cientistas se reuniram no Instituto Santa Fé para discutir A Economia como Sistema Complexo Adaptativo. Dez eram economistas teóricos, convidados por ninguém menos que Kenneth Arrow, um dos economistas mais importantes do século XX e que em 1972 dividiu o prêmio Nobel de economia com Sir John Hicks . Além de sua contribuição com Debreu para a prova matemática da existência do equilíbrio geral, Arrow também provou que a escolha social, ou de decisão social, não é necessariamente racional por poder transgredir o princípio da transitividade. Arrow percebeu que, antes dele, economistas como Adam Smith, Schumpeter, Hicks, Marshall, Friederich Hayek e outros haviam entendido as implicações de fenômenos complexos para a economia, mas não possuíam o instrumental necessário para estudá-los formalmente. Evidenciava-se claramente que as utopias coletivistas nos reduziam a condições de absoluta servidão, ainda mais submissos do que animais inferiores. Em seguida os russos perceberam a artimanha pela qual foram envoltos, e o mundo assistiu a especacular e surpreendente implosão do muro soviético. Os Bush, entretanto, colocaram tudo a perder. E lá se veio um Eua neofascista, e os vagões rodopiando sem parar:
Menos de dois anos passados após o triunfo de Obama, a democracia nos EUA se vê confrontada por difíceis desafios que, na verdade, já estavam evidentes antes dos estragos causados pelos oito anos da era Bush - estragos que foram agravados por suas consequências... hoje é uma nação em relativo declínio, num mundo em que os novos atores emergentes não comungam os valores liberais nos quais se fundam a democracia americana. SOTERO, P., A América no espelho - Estadão, 13/9/2010
Infelizmente, com o passar do tempo, o intervencionismo estatal norte-americano foi se fazendo mais e mais presente, a ponto de aquele país hoje estar mais parecido com uma social-democracia, muito em parte devido à ação de grupos sindicais, formais ou informais, de trabalhadores e patronais, de tal forma que as recentes crises econômicas e o seu lento crescimento econômico retratam este estado de coisas.PIRES, Klauber, www.imil.org.br,
A conjuntura dos emergentes transforma-se e abre janelas ao desenvolvimento, mas essas janelas parecem estar viradas para o quintal dos fundos, para o passado. Afinal, as circunstâncias atuais podem não perdurar e punir, no futuro, países menos criteriosos nas suas políticas industriais. Ironicamente, a frase de lorde Keynes resiste: desse jeito, “no longo prazo, estaremos todos mortos”, ou, então, condenados a um eterno retorno. “Empoderamento desenvolvimentista”
Essa descrição se aplica à atual recessão econômica nos EUA e na Europa, bem como aos esforços de se revertê-la por meio do uso de "políticas fiscais" e de "pacotes de estímulos". O significado desses termos é 'mais gastos governamentais" e 'menos impostos voltados especificamente para estimular o consumismo'. Isso inclui dar dinheiro de restituição de imposto de renda para pessoas que não pagam imposto de renda e as quais compreensivelmente, justamente por causa de sua baixa renda, saíram correndo às compras, consumindo mais à medida que mais dinheiro foi lhes sendo repassado pelo governo Explicando alguns conceitos básicos de economia por George Reisman,
Embora seja muito difícil para qualquer pessoa de bom senso entender como é possível que aumentos absurdos de gastos públicos ou endividamentos constantes e progressivos possam ser sadios ou benéficos, o que se vê atualmente é o mais absoluto desprezo às virtudes da prudência e da parcimônia, tão caras aos economistas clássicos. ,O "Zeitgeist" Keynesiano
A alavanca das frustradas tentativas de manutenção de padrões de vida irrealistas em meio à guerra mundial por empregos é o evangelho do brilhante Keynes, o manual de combate às crises das sociedades em declínio, que imaginam ter apenas problemas de curto prazo. Paulo GuedesA linguagem do declínio.
As políticas mundiais de crescimento induzido pelo Estado tiveram exatamente o efeito oposto do que pretendiam: tinham aumentado, e não reduzido, o custo da produção de bens e serviços e tinham abaixado, e não aumentado, a capacidade das economias de conseguirem uma produção vendável. SKIDELSKI: 140
É o que se sucede na Grécia de governo auto-denominado socialista. Por lá ninguém se entende mais - pessoal só fala grego. O proselitismo e corrupção decorrente acenderam o estopim da crise monetária européia..
O Euro contém DNA espartano, platônico, com função programada à competição. "E agora se encontram trancados em uma sala de espelhos, da qual não conseguem escapar. É a jaula do euro, em que entraram por ambições geopolíticas de enfrentamento aos americanos." (Paulo Guedes, Hora da verdade)
A crise mundial é uma crise de poder, protagonizada pelos burocratas e políticos que comandam Não é uma crise da sociedade, que não é livre na escolha dos burocratas ... Os burocratas são, no mundo inteiro, uma classe em permanente expansão, criando funções, cargos, exigências, o que torna a máquina estatal cada vez mais pesada para a sociedade. Grande parte da crise mundial decorre dessa multiplicação burocrática, que transforma o Estado em carga tão onerosa sobre o povo que este mal pode sustentá-lo com seu trabalho e seus tributos. Ora, a crise financeira mundial – que é, fundamentalmente, uma crise da insensatez de todos os governos, por não controlarem o nível de sua dívida pública.Prof. MARTINS, Yves Gandra, Anatomia do poder e a crise mundial
Anima-nos constatar que líderes globais se chamem Cameron, Sarkozy, Obama, Berlusconi, Merkel, etc. etc.? ... Sim, o mundo é cada vez mais medíocre, para não dizer incompetente. Inepto em geral, e mesmo na inépcia, desigual .A desigualdade global.
O estilo '30 até reanimou os sobreviventes do dèbacle de 29, mas agora não dá mais para atar elefante em barbante, muito menos prender cachorro com linguiça:
Esse mesmo problema afligiu a economia americana durante a Grande Depressão. Porém, naquela época, o planejamento central havia acabado de ser imposto. Agora é diferente: o velho planejamento centralizado está destruindo a economia americana dia após dia, mesmo sem nenhuma alteração dramática na legislação. Como o governo está destruindo a economia americana
O planejamento em escala abrangente é uma impossibilidade epistêmica.
GRAY, J., cit. GIDDENS, A.: 80
"As corporações centralizadas e autoritárias têm fracassado pela mesma razão que levou ao fracasso os estados centralizados e autoritários: elas não conseguem lidar com os requisitos informacionais do mundo cada vez mais complexo que habitam. " (FUKUYAMA, F., 2002: 205)
Não pretendamos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar superado... A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios; sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la ALBERT EINSTEIN
A China bem soube mudar. Ora ela ensina:
Jin Liqun, presidente do Conselho do China Investment Corp – o fundo soberano da China (US$ 400 bilhões de patrimônio) –, entende que os atuais problemas da Europa se devem “às desgastadas políticas de assistência social”. Ele acha que “as leis trabalhistas geram preguiça em vez de trabalhadores”.Soberania atropelada Celso Ming
Num futuro próximo, a China desembocará na sociedade perfeita, onde reinará a justiça distributiva e todos receberão o que pedem, segundo as próprias necessidades, e então a utopia coletivista igualitária se tornará realidade.Mário Vargas Llosa
Give me your tired, your poor, Your huddled masses yearning to breathe free, The wretched refuse of your teeming shore. Send these, the homeless, tempest-tost to me, I lift my lamp beside the golden door! *
Poderia The Lady Liberty, pelo menos, readotar os venerados preceitos, isto é, reencaminhar a Nação à exitosa freeway lavrada pelos seus cientistas políticos e economistas clássicos, desta feita ainda super-sinalizada no prêt-à-porter da Escola Austríaca, e mais ainda, consubstanciado pela ciência de ponta? Ou veremos novamente a simploriedade do Capitalismo condenado?Mas e daí? Já que o materialismo não tem objeto, um neofascismo ou new deal evidentemente é inviável, muito menos em comunismo, quem sabe um tsunami hippie?
A macropolítica, a macrocultura, a macroeconomia dependem da micropolítica, da microcultura, da microeconomia (em termos de seu respectivo âmbito, quantitativo ou extensivo), e aquelas não podem absorver estas sem sofrer as conseqüências que, ao fazê-lo, provocaria. A vida é interação das partes no todo.GOYTISOLO: 74
A teoria do caos não só fornece uma explicação para as flutuações de uma economia de mercado, mas também demonstra que o Estado não tem o conhecimento necessário para adotar as medidas anticíclicas corretas. Na medida em que é extremamente baixa a probabilidade de se alcançar um estado final desejado em um mundo caótico, é difícil enxergar como o governo poderia especificar uma política para atingir esse objetivo, a não ser por acaso.(Rosser, J.B. Jr., Chaos Theory and New Keynesian Economics, The Manchester School, Vol. 58, n. 3: 265-291, 1990; cit. Parker e Stacey: 95).
_____________ *" Envie-me seus fatigados, seus pobres, Suas massas encurraladas, ansiosas por respirar liberdade, O miserável refúgiado das suas costas cheias. Envie esses, o desabrigado, o aturdido para mim, Eu levanto minha lâmpada ao lado da porta de ouro ! "
Seria bom se fosse possível dizer que o governo da doutora Dilma tem tolerância zero com malfeitos. .. A quadrilha dos irmãos Vieira,...
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Conexões Epistemológicas
Matéria sem espírito não tem sentido. Espírito sem matéria não é sentido.
O carma
Até o Renascimento, o Ocidente praticamente desconhecia Platão. Alguns manuscritos gregos, contrabandeados de Constantinopla, mudaram o cenário. Entre eles, levados a Florença em meados de 1430, estava nada mais nada menos do que a obra completa de Platão.
"Apreciei o original que versa sobre os paradigmas das revoluções do século XVIII. Concordo com suas disposições e recomendo à edição." Embaixador Oswaldo de Meira Penna
ReVerSão (1997)
"CESAR RAMOS é para ser lido com calma e atenção. Assim como eu li FRITJOF CAPRA e BERTRAND RUSSELL, por exemplo. É um trabalho fantástico [...] Aprendi muito e me identifiquei muito com ele. Aplaudo sua visão multifacetada, crítica e culta, no melhor sentido. É uma cultura que não precisa se exibir para se mostrar culta. Estudantes brasileiros têm muito a aprender com esta obra. Trabalho de peso e importância e, por isso, está guardado aqui em meu arquivo especial como fonte de referência permanente." CLEMENTE NOBREGA - Físico Nuclear e Consultor Empresarial. Consultor das revistas EXAME e VOCÊ. Autor dos Best-Sellers: Em busca da empresa quântica e Supermentes.
Atrás fica o porto. O vento enfuna as velas. Acolá se estende o tenebroso mar. Meus marinheiros, Companheiros de batalhas e vigílias... Vinde amigos: Inda é tempo de buscar um mundo novo! Albert Einstein