quarta-feira, 21 de julho de 2010

O fenomenal Eduardo Jorge


Reportagem de Poliana Abritta na edição desta quarta-feira (21) do "Jornal Nacional", da Rede Globo, confirmou a revelação desta coluna sobre a identidade da analista tributária que é a principal suspeita pela violação do sigilo fiscal do ex-ministro de FHC Eduardo Jorge Caldas Pereira. www.claudiohumberto.com.br, 21/7/2010
Esse cidadão era Secretário-geral da Presidência nas gestões de Fernando Henrique Cardoso. Hoje é vice-presidente do PSDB. O PT escolheu este tucano de pouco poder e menos visibilidade como alvo de investigações a respeito de malversação do dinheiro público... As denúncias foram publicadas pela Folha de S.Paulo, processada pelo acusado. Em 2006, o jornal foi condenado pelo juiz Fabrício Fontoura Bezerra a pagar-lhe R$ 200 mil. Ao longo de cinco anos, segundo relatou o juiz na sentença, as investigações abertas contra ele pelo Ministério Público Federal, pela Receita Federal, pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal e pela Corregedoria-Geral da União nunca encontraram algum crime que pudesse haver cometido. O secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, foi convocado a depor na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, à qual disse que já foram identificados os servidores responsáveis pelos "cinco ou seis" vazamentos ocorridos.NÊUMANNE, José, Para os amigos, sigilo; para os inimigos, devassa. Estadão, 21/7/2010
Bobagem. Desse modo perco a confiança que o Estadão bem merecia. Não há devassa possível diante de tanta devassidão financeira. Já está tudo devassado, há muito. As próprias avestruzes atucanadas deixaram seus corpos à mostra, e foram fartamente divulgados. Vão ter que intimar o Google.
Lula referiu-se à ex-eleitora, hoje vice-procuradora-geral eleitoral, de maneira depreciativa. Chamou-a de 'uma procuradora qualquer'. http://www.dihitt.com.br/barra/procuradora-atacada-por-lula-ja-votou-nele-3-vezes
O PT tem frustrado seu eleitorado justamente por não possuir competência, não querer, ou ter medo de colocar o pessoal no xilindró. Só isso. O artista teria muito a contar. Convinha até lhe oferecer delação premiada, se alguém quisesse buscar a certeza do nome do mandante. Os MIDAS vem transformando niágaras, há quinze anos.
Como o lendário rei da Prígia, o esquema que montou no governo transforma tudo o que toca em ouro. A desenvoltura da turma de Eduardo Jorge na área de seguradoras e fundos de pensão está sendo investigada pelo Ministério Público, que começa também a apurar outro nicho de atuação do ex-secretário-geral da Presidência – o milionário setor de informática. A grande maioria dos milionários negócios com o governo foi conseguida sem licitação... Como ISTOÉ revelou na época, a Dataprev estava sob a direção de uma turma comandada por Ruy Lourenço Martins e Humberto Ledo Haidamus, que havia sido demitido no governo Itamar Franco, acusado de fazer compras superfaturadas, promover licitações viciadas e até falsificar documentos. Voltaram ao comando da empresa pelas mãos de Eduardo Jorge.
EJ, que sempre negou qualquer conversa com o juiz Nicolau dos Santos Neto sobre a liberação de verbas para as obras do TRT paulista, acabou confessando aos senadores que tratou do assunto com Lalau, pelo menos uma vez. “Encaminhei o juiz Nicolau e o presidente do TRT ao Martus Tavares” (ministro do Planejamento), contou Eduardo Jorge confirmando o que Lalau revelou na gravação divulgada por ISTOÉ. Na tentativa de justificar suas conversas com Nicolau, Eduardo Jorge se atrapalhou. Não conseguiu dar explicações convincentes para o fato de só ter Lalau como seu consultor permanente para a nomeação de juízes classistas.

Eduardo Jorge Caldas, quem diria, está envolvido em outra encrenca: o desvio de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para a Fundação Teotônio Vilela. Preocupado em garantir que o rico dinheirinho fosse para a fundação do PSDB, que tem o presidente Fernando Henrique como um dos conselheiros, Eduardo Jorge resolveu matar dois coelhos com uma só cajadada.
No segundo turno, quando Cristóvam e Roriz disputavam cabeça a cabeça, Eduardo Jorge mostrou seu poder acionando o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha (PMDB), para ajudar a injetar recursos na campanha de Roriz. Empreiteiras que tinham faturas pendentes, principalmente do Norte, tiveram seus recursos liberados pelo Ministério. Em troca, colaboraram com a campanha de Roriz.
Conseguiu transformar quatro amigos advogados em ministros do Superior Tribunal de Justiça, colocou outro no TSE , o irmão Marcos Caldas no TRE do Distrito Federal e emplacou o sócio de Marcos, Carlos Olavo de Medeiros, no Tribunal Regional Federal em Brasília (leia quadro na pág. 31). Na chefia de gabinete de Carlos Olavo, o ex-ministro empregou a sobrinha Ana Luiza Rabelo Pereira. A irmã mais velha, Delith Balaban, já estava integrada ao ninho tucano, como assessora do gabinete do senador Fernando Henrique Cardoso, depois na secretaria executiva do Ministério da Cultura no primeiro governo FHC, e no ano passado transferiu-se para o Sebrae. Seu irmão Fernando trabalha para a MCI, empresa de pesquisa e marketing que trabalha para o Palácio do Planalto. Arrumou emprego até para Jaqueline Rêgo, sobrinha da sua mulher Lídice, na Sasse, a seguradora da Caixa Econômica Federal. Sempre que uma nova denúncia de corrupção no governo paulista vem à tona, o governador Mário Covas (PSDB) fica agressivo e esbraveja ser um político de honestidade inquestionável. Não é bem assim. O número de inquéritos no Ministério Público (MP) e de ações na Justiça mostra que a gestão do governador merece ser vista com olhos de lince. Apenas com relação à Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), à Companhia de Seguros Gerais do Estado de São Paulo (Cosesp) e aos negócios do governo com as empresas De Nadai Alimentação e Tejofran — ambas de amigos do governador – existem 143 inquéritos no MP. Na Justiça, tramitam 27 ações por improbidade administrativa. Essas ações contêm um suposto prejuízo de aproximadamente R$ 436 milhões. Um superfaturamento equivalente a 2,5 vezes a falcatrua do prédio do TRT do foragido juiz Lalau. www.istoe.com.br/reportagen /30726_CAIXINHA+DE+SURPRESAS?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
_____________

Um comentário:

  1. Estou curtindo seu blog, Almirante. Sua indignação diante de tanta coisa errada é também a minha. O que queremos, já que nas altas esferas o dinheiro corre solto é que ele se distribua. Se tanta gente se locupleta (e não vejo solução) que o povo possa pelo menos comer as sobras.
    Um abraço!

    ResponderExcluir