A política apressa-se a apagar as luzes para que todos estes gatos sejam pardos. ORTEGA Y GASSET, J. A rebelião das massas
José Dirceu quando atacado, ataca o outro. Esse é o esquema do pega-ladrão, que ele fundou no Brasil; ele bate carteira, sai correndo e grita: 'pega-ladrão, pega-ladrão'. (José Serra)
MEC gasta R$ 14 milhões para imprimir 7 milhões de livros e ensinar que 10 menos sete dá quatro.
Roubalheiras generalizadas, desvios, comissões, propinas. Rouba-se tudo, em toda parte. Roubam-se recursos do governo na União, nos estados e nos municípios. Roubam-se donativos humanitários e verbas emergenciais destinadas a socorrer flagelados. Rouba-se material, rouba-se combustível, rouba-se o que é possível roubar. Qual é, então, o gancho? Só pode ser a ladroagem. Não há outro, pelo menos que eu veja. É o tema do dia, não adianta querer escolher outro, ele se impõe. O crime compensa', um artigo de João Ubaldo Ribeiro 25/10/2011
O ministro denunciado por receber propina para conceder polpuda verba à irrisória academia da periferia do Distrito Federal alega que o acusador não merece crédito. Para firmar sua inocência ele informa que o mistério, digo ministério exige a devolução pura e simples dos mais de tres milhões repassados àquela "organização não-governamental. Delator conta como funcionava esquema
“Durante um ano esse sujeito procurou gente do ministério e fez ameaça, insinuação. E qual foi a nossa posição? Amigo, denuncie, fale o que você quiser. Por quê? Porque como nós temos convicção de que o que foi feito foi o correto, nós não tememos. E falávamos para ele: não nos interessa. Ele falava que existia um dossiê, que ia denunciar... A resposta era: faça, procure o Ministério Público, a polícia, a justiça, faça o que você quiser fazer”, afirmou. o ministro implicado.
A imprensa chapa-branca se mostra aliviada com o desempenho do artífice:
O ministro do Esporte, Orlando Silva, foi bem na forma de seu depoimento na Câmara dos Deputados. Treinado em anos e anos de palanques, discursos e assembleias estudantis em que representava o PC do B, ele estava firme, parecia à vontade. Não é uma postura comum para quem está sob suspeita. Se não houver provas e se não aparecerem fatos novos, fica a palavra do PM "desqualificado" contra a do ministro acuado. Cantanhêde: A esta altura do campeonato
Infelizmente não tratamos de mero joguinho de campeonato, onde duas agremiações disputam o cetro. 'Faxina era para inglês ver', afirma ACM Neto "De acordo com nota do Ministério, os pedidos de devolução refletem o trabalho constante de vigilância e a atenção à lei. Só essa piada bastaria para justificar a demissão do ministro e de sua equipe. Que vigilância, quando os órgãos de controle apontam irregularidades em 67 convênios?" (Dilma, a gerente omissa Rolf Kuntz) E se não foi por receber um percentual sobre a específica benemerência, ´afora as outras sessenta e seis, então por qual minerva o Ministro de Estado dos Esportes da República Federativa do Brasil, oferece assim, graciosamente, o volumoso dinheiro arrecadado pela União de todos estados brasileiros, inclusive dos mais pobres? O que lhe seduziu para destinar a formidácel cifra a essa espelunca de Kung-Fu, localizada em satélite do Distrito Federal, e que agora diz ser de bandidos?
Com a tranquilidade de quem "nem parece estar sob suspeita", na certeza de crime perfeito Palloci foi cantar noutra freguesia: "Trabalhei dentro da mais estrita legalidade. Mas o mundo jurídico não trabalha no mesmo diapasão do mundo político. O embate político não permitiria que eu continuasse desempenhando minhas funções na Casa Civil."
Ministros serem pegos com a mão na combuca já nem causa maior comoção. Só neste exercício foram defenestrados cinco ministros
Paralisado pela incompetência crônica que não poupa nenhum dos quase quarenta ministérios e sufocado por um rosário interminável de denúncias de corrupção, o governo federal e sua base alugada empregam mais tempo na tentativa de minimizar os estragos da bandalheira institucionalizada do que no dedicado à solução dos graves problemas conjunturais e estruturais que se acumulam e cobrem de incertezas o futuro do país. Acuados, refugiam-se covardemente nas maravilhas de um país de araque que existe apenas no imaginário deturpado desse bando que, liderado por um dos maiores blefes políticos que já se teve notícia, utiliza-se da mais indecente campanha publicitária para mentir à Nação. É só uma questão de tempo
Dados da Advocacia Geral da União obtidos pelo GLOBO mostram que pelo menos R$ 67 bi foram desviados dos cofres federais em 8 anos Segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a cifra é dez vezes maior. A legislação tributária mais injusta e confusa do mundo é o fertilizante que faz brotar uma rede de corruptos em órgãos como a Receita Federal e o INSS. (O custo da corrupção no Brasil) O que me traz maior espanto é ver os governadores calados, enquanto seus estados são espoliados, e seus recursos assim ao léo atirados. Não há estado que não bata à porta do Planalto implorando por verbas para saúde, por exemplo. Imploram esmolas pelo que é seu, surrupiados por vários expedientes tributários. "Os impostos impregnados na cadeia produtiva subtraem o resto das esquálidas economias dos agradecidos prosélitos." A crise dos miseráveis O Governo Federal sabe ,melhor gerir os rendimentos dos trabalhadores, do que os próprios trabalhadores? Pois este ministro apreciador de tapioca agora sim, presta relevante serviço à Nação. Suas benemerências demonstram cabalmente a distorção de ambos, do Governo Federal e dos agrupamentos de não-governo. Posso ainda elencar um rosário de anomalias e arbitrariedades que vem sendo perpetrados pela União, por certo presumindo que por representar todos os estados seja mais importante, ou hierarquicamente superior a quem representa, e assim pode impor as leis que quiser, instituir e exigir os impostos que lhe aprouver, para jogar esses frutos no terreiro que lhe apraz. "Onde há alguém capaz de usar seu poder para impor ou remover custos sobre outra pessoa, há alguém capaz de ser corrompido." (Os poderes e os escândalos dos ministérios) Nesta sexta-feira passada lavrou-se mais uma enormidade com os rendimentos retirados dos trabalhadores de todos os estados: Este mesmo ministério jogou a bagatela aproximada de R$100 milhões `na conta de uma indústria paulista, que em contra-partida fornecerá 5 milhões de camisetas, quatro milhões de bermudas, mais 3o mil camisas polo, Quando 99% trabalham para enriquecer 1% Considerando grosso modo 200 milhões, 195 milhões de brasileiros são assim lesados, arcando com este verdadeiro capricho, na verdade punga governamental. Se tamanho disparate não é motivo para um imediato impeachment, pode me tirar o tubo. Orlando Silva comprou à vista terreno sobre duto da Petrobras (Revista. Exame)
No Brasil, quem fica com a renda dos trabalhadores é o Estado. Devolve depois? Para os trabalhadores das empresas privadas, pouco. O componente fiscal no Brasil é terrível em qualquer atividade. Na distribuição da receita bruta de uma empresa não financeira, o primeiro beneficiário é o Estado, que fica sempre com mais de 42% da receita. Os trabalhadores ficam com cerca de 20%. Fornecedores, credores, prestadores de serviço públicos e privados e os acionistas ficam com o restante. Desde 2002 a União investe menos de 1% do PIB. Existem estudos empíricos que mostram que os trabalhadores com menos de dois salários mínimos pagam mais de 50% da sua renda em impostos. E o Bolsa Família custa 1,7% da receita da União.. Só depois de impostos
Vírus da 'porteira fechada' contamina Esplanada
"Principais órgãos federais cobiçados por PT e PMDB encabeçam a lista de desvios de recursos investigados pela CGU nos últimos quatro anos; recordista é o Fundo Nacional de Saúde (FNS), com R$ 663,12 milhões desviados de 2007 a 2010." (Estadão, 22/1/2011) (Seis meses depois, há o reconhecimento: Agindo como Al Capones)
A política brasileira torna-se, nessa perspectiva, cada vez mais “pornográfica”, pois os partidos partem imediatamente para a satisfação dos seus desejos mais imediatos, particulares, procurando mostrar que o Poder é somente um instrumento de sua satisfação. Os “vitoriosos” vão usufruir o Poder exclusivamente para si. Velhas oligarquias se alternam com as novas. O jeito lulista de governar terminou produzindo uma afinidade entre oligarquias alicerçadas na tradição patrimonialista e clientelística brasileira e oligarquias “modernas”, ambas se disputando espaço em um governo de “unidade”, capaz de preservar os interesses de ambas. “Peemedebistas” maranhenses tornam-se companheiros de “socialistas” cearenses, cada qual apresentando suas “demandas” por favores e privilégios. O aparentemente novo é nada mais do que uma reapresentação de uma velha forma de fazer política. Denis Rosenfield
"Nos mais diversos setores da República, a perda de parâmetros, o abandono a princípios, a inversão de valores... Há de buscar-se, a todo custo, a correção de rumos, sob pena de vingar a Babel". (Min. MARCO AURÉLIO, STF, Folha de S.Paulo, 29/9/2009)
De que modo enquadrar esta mentalidade impregnada no vértice desde a Proclamação da República, incrementada na Ditadura do Estado Novo, e agora neste regime absolutista tocado por Medidas Provisórias, porém defiinitivas?
Foi Lula quem propôs a Dilma Rousseff a permanência de Orlando Silva e Wagner Rossi, a nomeação de Antonio Palocci, a recondução de Alfredo Nascimento e a anexação do Ministério dos Transportes ao latifúndio de José Sarney, um Homem Incomum. Dilma conhecia todos muito bem. (“Melhor que eu”, disse Lula mais de uma vez). Apesar disso, ou por isso mesmo, a presidente eleita convocou os cinco prontuários para o primeiro escalão. Proposta de chefe é ordem. NUNES, A., Direto ao Ponto.
A evolução da elite política brasileira no sentido de uma tendência abertamente fascista, com o Estado Novo, não poderia ter ocorrido sem trabalho prévio, ao longo de várias décadas, seja do castilhismo, no meio político, seja do positivismo, no meio militar. A base comum que possibilitou o trânsito de uma a outra das posições pode ser apreendida na análise de uma obra que expressa melhor que qualquer outra essa evolução: o Estado Nacional de Francisco Campos (1891/1968).
Faz 24 anos da redemocratização e 21 da promulgação da Carta que restabeleceu o estado de direito democrático, e mesmo assim percebe-se que as instituições republicanas, base da democracia representativa, ainda padecem de investidas do autoritarismo e dão sinais de ainda não estar consolidadas. O Globo, História conhecida (Editorial)
Deputado faz fortuna com emendas ao Orçamento
Orçamento aprova crédito adicional para ministérios; "Estado democrático de direito" no qual as leis são decretadas por medidas provisórias, a política econômica ditada pelo Banco Central, o Congresso controlado pelo Executivo, que também designa o quadro do Poder Judiciário até pode ser admitido pela turba, mercê de maciça publicidade; todavia, inadmissível à qualquer cidadão que possua a mínima capacidade de discernir o princípio fundamental da Separação dos Poderes.
Quando na mesma pessoa, ou no mesmo corpo de magistrados, o poder legislativo se junta ao executivo, desaparece a liberdade; pode-se temer que o monarca ou o senado promulguem leis tirânicas, para aplicá-las tiranicamente. Não há liberdade se o poder judiciário não está separado do legislativo e do executivo. MONTESQUIEU, Do Espírito das Leis, Livro XIX.
A usurpação subverte a democracia. Surpreende-me a leiniência de empresários, entidades sociais, advogados, magistrados, economistas,. sociólogos, filósofos, jornalistas e os respectivos órgãos de classe
Cada vez mais gente vem se dando conta estarmos em snooker de bico, a mercê de gangsters. A julgar por abalizadas opiniões, pela performance doméstica, mas principalmente pela faina de conquista exterior, subsiste um viés imperialista, É o que pensam os bolivianos, por exemplo; e também argentinos. Tanto os incas como los hermanos desta feita me parecem com toda razão. Em Angola as oportunidades do negócio e os investimentos brasileiros se concentram no governo de Angola. Honduras deplorou a indevida intromissão, e o Haiti clama por desocupação. Ora a presidenta busca apoio da Índia e África do Sul para se meter na Síria. As atitudes são, dissimuladas como emissárias de paz, típicas fascistas, flagrantes na condenação da morte do amigo. Lula se reuniu quatro vezes com o 'amigo e irmão' Kadafi
As cenas de júbilo popular na Líbia e no planeta com a morte brutal de Muammar Gaddafi deixam claro o erro do governo brasileiro ao se opor à coalizão de EUA, França, Otan e países árabes contra o sanguinário ditador. A suposta bandeira dilmista da defesa dos direitos humanos e da democracia no mundo não fica em pé diante dos fatos, da posição omissa do Brasil nas revoltas árabes. (Diplomacia de Dilma errou).
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